No Rules escrita por drê


Capítulo 16
Matando a saudade


Notas iniciais do capítulo

Mas hein... Contém uma cena de sexo na metade do capítulo.



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Nosso apartamento nunca ficou tão pequeno como nessa noite. Haviam muitas pessoas, pessoas que eu nem sabia quem era. Talvez uma das garotas comentou com alguém que comentou com outro alguém e que no final resultou nessa multidão. Mas não nos importávamos, até porque cada pessoa que veio, trouxe alguma coisa, como uma garrafa de vodca, por exemplo.

O som estava alto e eu estava me divertindo bastante. Todo o pessoal espalhado pela nossa sala, dançava como se não houvesse amanhã. Eu sentia a energia positiva que cada pessoa soltava. E assim, eu me sentia bem. É complicado explicar, mas quando vejo alguém feliz me sinto feliz. As pessoas me cativam facilmente.

Estava escorado na parede, próximo à sacada, descansando um pouco e com uma garrafa de cerveja nas mãos. Quando avistei que Trisha se aproximava.

– E aí, Nate. - falou, se escorando do meu lado.

– Quanto tempo hein?! - ri.

– Você não me procurei mais, né.. - brincou.

– Ué, você sabe onde eu moro, Trisha. Era só aparecer qualquer hora. Sabe que sempre estou em casa. Ou quando não estou, você sabe onde fui. - sorri, tomando um gole da cerveja.

– Mas não queria te atrapalhar. Há boatos que você estava meio enrolado com uma garota. - falou. - Achei que não deveria me intrometer. Vai que fosse algo sério.

– Não.. Já passou agora, Trish. E além do mais, você nunca atrapalha. - olhei-a, sorrindo.

Fiquei olhando-a. Mais admirando do que olhando. Sempre achei Trisha linda, todos sabem disso. É difícil olhar pra ela e não lembrar do que tivemos. E fico feliz, que depois de tudo, ainda somos amigos. E fico feliz também, por saber que ela não mudou nada. As bochechas redondinhas, a boca carnuda..

– Estava pensando agora.. Você não mudou nada, depois do que tivemos, não é? - ri. - Digo, ficou mais bonita. Parece até que se cuidou mais.

– Idiota. - riu. - Depois que terminamos eu precisava parecer bonita pra ver se conquistava alguém, não é? Não queria morrer sozinha. - brincou.

– Que boba! - falei, rindo. - Sabe que não precisa se arrumar muito. E você é bem mais bonita ao natural. Sem maquiagens, acessórios e aquela caralhada toda. - comentei.

– Já entendi, Nate. Está me deixando sem graça agora. - falou, encolhendo-se um pouco. Foi lindo de ver, ficou tão inocente.

– Ah Trisha.. - falei, sentindo vontade de agarrá-la. - Se soubesse como é linda! - completei, seguindo reto, largando minha garrafa de cerveja vazia e pegando outra. Bebi um gole e subi as escadas, encarando-a e sorrindo.. Fiz um sinal pra que ela me seguisse. E ela veio sem perder o foco.

Fui até meu quarto, sentei na minha cama e esperei ela entrar. Tinha certeza que ela sabia que eu estaria por ali. E quando ela entrou no quarto, fechou a porta e ficou encostada na mesma. Larguei a garrafa que estava em minhas mãos no chão, e segui até ela. Peguei-a pela cintura, enquanto ela me olhava nos olhos. Encostei o meu corpo no dela e a acaricia onde minhas mãos estavam. Ela estava séria, um pouco nervosa.

– O que houve? - falei baixinho, aproximando meu rosto do dela.

– O que estava fazendo? - falava no mesmo tom, passando suas mãos, delicadamente pelos meus braços.

– Matando a saudades, Trish.. - sussurrei, próximo ao seu ouvido.

Dei-lhe um leve beijo na orelha e segui com os beijos pelo seu pescoço até chegar naquela boca carnuda dela. Beijei-a da maneira mais delicada que podia. Não estava mentindo. Fazia cerca de dois anos que eu a Trisha não tínhamos mais nada e eu só queria ter certeza que ela não tinha realmente mudado.

Nos beijamos ainda encostados na porta. O beijo foi ficando mais intenso e ela já erguia a camiseta que eu vestia. Como ela era mais baixa do que eu, peguei-a no colo facilmente, sem pararmos de nos beijar. Segui até a cama, e com todo o cuidado que eu tinha, deitei-a na cama. Nosso beijo e nossas carícias estavam cada vez mais intensas.

Passei minha mão por sua barriga, encostando em seus seios e descendo novamente, pela lateral de seu corpo. Era tão magrinha.. Aquilo tudo já estava me deixando louco! Baixei minhas mãos, passando-as por suas pernas. Não demorou muito para que eu a deixasse apenas de roupa íntima. Desci meus beijos até seu pescoço, onde em seguida já ouvia seus gemidos. Ela pressionava seu corpo contra o meu e apertava meus braços. Fui deslizando meu corpo, onde dava leves beijos por todo aquele corpo. Senti-a se arrepiar com o toque dos meus lábios em sua barriga. Continuei meus beijos indo mais abaixo.

Dei-lhe prazer com vigor até fazê-la chegar em seu êxtase e depois ela disse que me faria sentir nas nuvens. Achei engraçado e ao mesmo tempo instigante, e então ela se pôs a me dar prazer. Foi um momento único na minha vida. Eu realmente achava que aquela parada de me sentir nas nuvens não ia rolar, mas ela conseguiu. E eu me senti, de fato, nas nuvens. Foi ótimo. Foi gratificante. Foi.. Inexplicável.

Mas não paramos por aí. Depois partimos para mais uma etapa daquela noite que preferia chamar de “matando a saudade” Procurei por algum preservativo, e bem, você sabe, era a vez de ambos sentirem prazer, ao mesmo tempo, numa só sincronia. E deu resultado, claro. Chegamos aos nossos êxtases praticamente juntos.

Quando terminamos, deitei ao lado dela, onde ela se encaixou no meu ombro. Alisava seus cabelos e acariciava seu rosto. Ela me olhava as vezes sem falar nada, apenas sorria. Eu achava aquilo lindo e me confortava.

– Nate.. - me chamou baixinho, com a voz falha.

– Fala. - olhei-a por cima. Ela logo foi de encontro aos meus olhos. Sem falar nada, impulsionou seu corpo por cima do meu e me beijou. Eu a beijei, sem falar nada também.

– Eu sei que você fez isso, não especialmente para matar a saudade de mim.. Mas da outra garota. - falou. Eu a encarei.

– O que? Como pode dizer isso? - senti-me ofendido.

– Não fica com raiva, você sabe que é verdade. - falou, com cara tipo “não briga comigo”. Não resisti. Suspirei.

– Não estou com raiva, Trish. Mas não, não é verdade. Não sinto saudade da Kate.. - suspirei de novo. - Não sinto saudades da outra garota. Eu realmente me senti atraído por ti. E eu queria fazer isso por ti, pra ti..

– Tudo bem Nate, não estou dizendo que é mentira. Só estou dizendo que você não fez isso atoa. Você deve estar magoado ou não, enfim, alguma coisa aconteceu pra você fazer isso.

– Trisha, para de besteira. - segurei-a pelo rosto delicadamente. Pressionei nossos lábios, dando-lhe um selinho.

– Por que não consegue admitir?

– Por que quer que eu admita uma coisa dessa, poucos minutos depois de transarmos? - falei, já irritado com aquela conversa. Ela não falou nada, apenas ficou me olhando. Vestiu suas roupas íntimas e ficou sentada na cama. - Por que aceitou mesmo assim? Se sabia que era verdade.. O que você disse aí. - falei.

– Porque eu queria ter você, Nathan. Nem que fosse por uma noite. Eu precisava ter você.. Precisava sentir o calor do teu corpo no meu. Eu queria saber como era, depois de tanto tempo, o teu beijo. Se a tua carícia continuava a mesma. - falou.

Me aproximei dela novamente, levei minhas mãos até seu pescoço e a acariciei. Beijei-a por um longo tempo. Não acredito no que ela havia acabado de dizer. Trisha sentia saudades de mim. Ela me queria de volta. E agora estou me senta culpado. Um idiota culpado. Não deveria ter feito isso com ela..

– Desculpa, Trish. - encostei minha testa na dela. - Me desculpa se não posso ser o cara que tu tanto queria.

– Eu sempre soube que você nunca poderia ser meu, Nate. Mas não me importo. - sorriu. - Sabe, fico feliz que, de um certo modo, você esteja feliz e curtindo sua vida. Parece burrice falar isso, mas ah.. Eu sou assim. - sorriu de novo. - Eu só precisa.. Por uma última vez, te sentir de novo. Sentir a mesma coisa que eu sentia quando estávamos juntos.

– Você é maravilhosa! - falei. - E vai encontrar alguém a tua altura, não duvide disso.

Nós nos vestimos e descemos para a festa abraçados. Foi um pouco estranho o que acabara de acontecer, mas até que foi bom. Eu não sabia dos sentimentos que Trisha levava consigo.. E achei ótimo ela me falar. Bom, sempre soube da ousadia daquela garota e também sabia do quanto ela era sincera. Talvez não fomos feitos para ficarmos juntos, apenas para ajudar um ao outro, fortalecer, cuidar. E só de saber que era Trisha que fazia tudo isso, pelo outro lado, isso tudo era ótimo.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. ♥



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