A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore escrita por Vinícius


Capítulo 8
Entrevista de emprego




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Alguns anos se passaram, até que o diretor Dippet, decidiu se aposentar. Eu acabei sendo nomeado diretor de Hogwarts. Posso afirmar, que não havia honra maior para mim. Nem mesmo ser Ministro da Magia. E me ofereceram várias vezes este cargo. Mas isso não era pra mim. Meu lugar era em Hogwarts.

Quando virei diretor, vários bruxos me procuraram para conseguir ser professor em Hogwarts. É claro que não aceitei todos. Mas em especial, uma me fez sentir feliz. Minerva McGonagall me procurou para ocupar a vaga no qual eu havia deixado vaga. Não pensei duas vezes. A contratei. 

Mas teve outro bruxo que me pediu emprego. E esse merece ser contado com todos os detalhes. Eu estava em minha sala, quando houve uma batida na porta. Pedi para que entrasse. 

Tom Ridlle entrou na sala. Não fiquei surpreso ao ver. 

- Boa noite, Tom. - Eu disse. - Você não se sentará?.

- Obrigado. - Ele disse e afastou o assento para o qual eu tinha gesticulado. - Eu ouvi que você tinha se tornado o diretor. Uma escolha merecedora.

- Fico satisfeito que você aprove - Respondi - Eu posso lhe oferecer uma bebida?

- Seria ótimo, eu vim de longe.

Me levantei e  me dirigi para o gabinete que estava cheio de garrafas. Servi uma taça de vinho para Tom e me servi uma. Voltei ao assento atrás da escrivaninha...

- Então, Tom... a que devo o prazer?.

- Eles não me chamam mais de Tom. - ele disse - Agora, sou conhecido como...

- Eu sei como você é conhecido. - respondi agradavelmente. - Mas para mim, me desculpe, você sempre será Tom Riddle. É um das coisas irritantes de professores velhos. Desculpe se eles não esquecem totalmente de seus jovens no inicio.

Eu estou surpreso por você ainda permanecer aqui. - ele disse depois de uma pausa curta. - Eu sempre desejei saber por que um bruxo como você nunca desejou deixar esta escola.

- Bem, para um bruxo como eu, não pode haver nada mais importante que passar artes antigas, ajudar a afinar a mente dos jovens. Se me lembro corretamente, você se sentiu atraído para o ensino uma vez também.

- E ainda me sinto. Simplesmente me perguntei por que você, a quem tantas vezes o mistério pediu conselhos e a quem já foi oferecido duas vezes, acho, o posto de ministro...

- Na realidade já foram três vezes. Mas o ministério nunca me atraiu como carreira. Mais uma coisa que temos em comum, acho.

Ele inclinou a cabeça, sério, e tomou outro gole de vinho.

- Retornei. - Ele disse, depois de um pequeno tempo. - Mais tarde do que talvez o Professor Dippet esperava... mas voltei, para tornar a solicitar o que ele uma vez recusará por que eu era muito jovem. Eu vim a você pedir que me permita voltar a este castelo, como professor. Eu acho que você sabe o que eu vi e fiz desde que deixei este lugar. Eu poderia mostrar e contar aos seus estudantes que não poderiam aprender com nenhum outro bruxo.

- Certamente sei que você viu e fez muito desde que nos deixou. Rumores de suas ações chegaram a sua velha escola, Tom. Eu lamentaria ter de acreditar na metade deles.

Grandeza inspira inveja, inveja engendra despeito, despeito produz a mentira. Você tem que saber isto, Dumbledore.

Você chama de 'grandeza', o que você tem feito? - Perguntei delicadamente. 

Eu tenho experimentado, ampliado os limites da magia, talvez, mais do que nunca foram ampliados.

De alguns tipos de magia. - Eu corrigi. - De alguns. De outros, você permanece... me perdoe... completamente ignorante.

Pela primeira vez, ele sorriu. Era um olhar lascivo, uma coisa má, mais ameaçador que um olhar de raiva.

O velho argumento. - ele disse suavemente. - Mas nada que eu vi no mundo respaldou as suas famosas declarações de que o amor é mais poderoso que meu tipo de magia, Dumbledore.

Talvez você tenha olhado nos lugares errados. - sugeri.

Bem, então, que lugar melhor para começar minhas novas pesquisas que aqui, em Hogwarts? Você me deixará voltar? Compartilhar meu conhecimento com seus estudantes? Eu coloco meus talentos à sua disposição. Eu sou seu serviçal.

- E o que restará desses que você comanda? O que acontecerá a esses que se chamam, como os rumores tem dito, os Comensais da Morte?.

Percebi que ele não esperava por isso.

- Meus amigos, continuarão sem mim, seguramente.

- Eu estou alegre em ouvir que você os considera como amigos - respondi.-  Eu tinha a impressão que eles eram pra você, como servos.

Você está enganado! - Respondeu com raiva.

- Então, se eu fosse esta noite ao Cabeça de Javali, eu não acharia um grupo deles, como Nott, Rosier, Muldber, Dolohov esperando seu retorno? Amigos dedicados realmente, viajar esta distancia com você em uma noite nevada, somente para lhe desejar sorte em sua tentativa de conseguir um cargo de professor.

Foi então que Tom me pareceu assustado.

- Como você é onisciente, Dumbledore.

- Oh não, apenas amigo dos donos de botecos locais. - respondi ligeiramente. - Agora, Tom, fale abertamente. Por que você veio aqui, cercado por homens, hoje à noite pedir um trabalho que nós dois sabemos que você não quer?.

- Um trabalho que eu não quero? Pelo contrário, Dumbledore, eu quero muito.

- Ah, você quer voltar a Hogwarts, mas quer tanto ensinar aqui quanto queria aos dezoito anos.Que é que você está procurando, Tom? Por que não experimenta pedir abertamente uma vez na vida?

- Se você não quer me dar um emprego. - ele zombou.

- Claro que não quero. E não acho, nem por um minuto que você esperava outra resposta. Contudo, você veio e pediu, logo deve ter uma razão.

- Esta é sua resposta definitiva?

- É.

- Então nós não temos nada mais para conversar.

Não, nada. - respondi - Já se foi o tempo em que eu assustá-lo com um guarda-roupa em chamas e forçá-lo a compensar os seus crimes. Mas quem me dera poder Tom... quem me dera poder.  

Tom então se levantou e saiu da sala. Jamais me arrependi por não ter lhe dado o emprego, até porque eu sabia que havia feito a coisa certa.
 


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