Sempre adorei lecionar em Hogwarts, mas as vezes eu queria que tivesse sido mais fácil esse meu emprego. Como vice-diretor, me sentia responsável em observar e saber tudo sobre meus alunos. Mas acabei falhando. 

Em 1943, um monstro aterrorizou Hogwarts. A lenda dizia que Salazar Sonserina, um dos fundadores da nossa escola, havia construído uma câmara, onde se tinha um monstro que matava bruxos nascidos trouxas. Foi um ano muito difícil, principalmente porque tivemos uma morte. Tom já estava em seu 5º ano e eu tinha minhas suspeitas. 

Certa noite, encontrei Tom saindo da sala do nosso diretor.

- O que você anda fazendo, andando por aí tão tarde Tom? - Eu perguntei.

- Tive que ir ver o diretor.

- Então vá logo para a cama. É melhor não perambular pelos corredores hoje em dia. Não desde....

Não consegui terminar. Tom se despediu de mim e continuou seu caminho. Mas eu sabia que ele não tinha ido para seu dormitório. 

No outro dia, Tom veio à mim e ao diretor nos contar. Um de nossos alunos havia aberto a câmara secreta.

- Foi Rúbeo Hagrid que abriu a câmara, senhor. - Informou Tom.

- Essa é uma acusação muito grave Tom. Você tem provas? - O diretor Dippet respondeu. 

- Sim. Vá até as masmorras. Ele está escondendo o monstro lá.

O diretor e eu fomos correndo até as masmorras. E Tom realmente estava certo. Hagrid tinha uma acromântula, ainda filhote como estimação. Ela acabou fugindo, mas Hagrid não teve a mesma sorte.

Pode parecer loucura, mas as vezes consigo perceber quando a pessoa está mentindo. Hagrid chorava muito, alegando que era inocente. Dippet não acreditava nele, mas eu sim. Sabia que não havia sido ele.

Tentei de todas as formas o diretor a não expulsar Hagrid. Ele não quis me dar muita atenção, mas concordou em deixar Hagrid morar em Hogwarts, para que ele fosse treinado para ser o guardião das chaves e dos terrenos.

Tom, que acompanhará tudo, não pareceu muito satisfeito. Eu sabia que havia algo de errado. Ele só me parecia preocupado com a fato de ter que voltar para o orfanato, caso a escola fosse fechada. 

Curiosamente, após aquele dia os ataques pararam. Espalhamos a noticia de que a aluna que morta pelo monstro, havia sido morta em um acidente imprevisível. 

Mas algo ainda me incomodava. Sentia que Tom estava planejando algo. Ele acabou tendo muitas conversar particulares com Horácio Slughorn. Mas ele se recusava a me contar sobre o que eles haviam dialogado. 

Naquele mesmo ano, durante as férias de verão, fiquei sabendo que o Sr. e a Sra. Riddle haviam sido mortos. Seu filho também havia sido morto. O jardineiro acabou sendo acusado, mas pouco tempo depois, Morfino Gaunt se entregou, dizendo que havia matado os três. 

Quando encontrei Tom novamente, eu lhe disse sobre o que havia acontecido e surpreendentemente, ele já sabia. Não me pareceu que ele havia ficado triste com essa notícia.

Tom Riddle acabou se formando em Hogwarts. Não se parecia mais com aquele menino, no qual eu havia visitado há 7 anos. Apenas uma coisa ainda era a mesma. A sua vontade de querer ser o centro e ordenar tudo. Ele não havia feito nenhum amigo, por isso, muitos professores acreditavam que ele não fosse se dar bem. Outros, viam como uma grande qualidade o fato dele não se dar vem com ouras pessoas, então apostavam que ele seria ministro da magia. Mas eu tinha uma certeza. O futuro de Tom, não seria bom.