O Escolhido escrita por woozifer


Capítulo 14
♕ 14


Notas iniciais do capítulo

To postando porque a Amanda é paga pau minha u_u' -n KKK Amandita ♥

Desculpe se houver erros.



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Entrei correndo no palácio e de tão apavorada que estava em chegar logo no meu quarto acabei trombando num rapaz que teve que me segurar para que eu não fosse ao chão.

– Oi, desculpa, bom dia – falei para Louis enquanto me soltava dele e ia andando de costas e de frente pra ele, e acenei.

Eu ia me virar para voltar a corre em direção as escadas quando uma pergunta risonha dele me fez continuar do jeito que estava:

– Você está de tênis? – disse ele segurando o riso, dei de ombros.

– E sem maquiagem, acho que pareço menos encantada agora... Enfim, tchau – falei e lhe dei as costas, então corri até as escadas.

Cheguei ao terceiro andar quase morrendo já, e tudo já estava bem, eu já tinha quase chegado ao meu quarto, mas então a porta do quarto dos meus pais se abriu e eu paralisei já esperando a bronca que viria em seguida, eu esperava ver minha mãe ali, mas era o meu pai, ele me olhou da cabeça aos pés, então me olhou risonho e balançou a cabeça.

– Tire logo esse tênis antes que sua mãe saia – disse ele rindo de mim, sorri para ele e lhe mandei beijo enquanto corria pro meu quarto.

Assim que entrei minhas criadas me olharam aliviadas.

– Senhorita, não a ouvi saindo hoje cedo – disse Rose suspirando aliviada.

– Estou bem, por favor, me ajudem com a maquiagem – falei tirando os tênis e fui pegar saltos no armário, então me sentei na cama e fechei os olhos enquanto elas trabalhavam rápido no meu rosto fazendo a maquiagem mais rápida que já tinham feito, quando terminaram eu calcei o salto e saí do quarto ao mesmo tempo que minha mãe. – Bom dia, mãe.

– Bom dia, Bella – disse ela sorrindo para mim quando me aproximei, e descemos as escadas conversando.

Quando entramos na sala de jantar todos já estavam comendo, mas os Selecionados pararam de comer e fizeram uma reverencia silenciosa, nós fizemos a reverencia de volta e fomos a nossos lugares.

Enquanto tomávamos café da manhã eu e meus pais conversávamos, os selecionados também conversavam entre si, e então um guarda entrou e foi cochichar algo com meu pai, tentei não prestar muita atenção, mas acabei ouvindo coisas a ver com ataques rebeldes no sul e pessoas capturadas, e acabei perdendo a fome.

Quando o guarda se retirou eu e minha mãe dirigimos um olhar preocupado ao meu pai, ele pegou a mão de nós duas e olhou primeiro pra minha mãe e depois para mim, então disse calmo:

– Está tudo bem, queridas, não é nada demais, aqueles pequenos incômodos de sempre, como vocês sabem.

– Você vai ter que ir pro sul, não vai? – disse minha mãe pesarosa e não pude evitar, acabei fazendo biquinho.

– Alguns dias, apenas – afirmou ele e eu suspirei.

Odeio quando ele faz isso, sai daqui, diz que vai simplesmente pro meio de um ataque rebelde e ainda pede que não nos preocupemos com ele, é impossível não se preocupar com o seu pai quando sabe que há dezenas, ou talvez centenas de pessoas, querendo a cabeça dele e ele ainda está indo pro lugar que querem a cabeça dele.

– Pai... – choraminguei baixinho, meu pai acariciou minha mão e sorriu confiante.

– Está tudo bem meu amor, são poucos dias – disse ele me olhando nos olhos.

– Não quero que você vá.

– Volto logo Isabella.

– E volte inteiro, por favor – pediu minha mãe, meu pai desviou o olhar de mim para olhar para minha mãe e sorri terno para ela.

– Vou tentar, querida.

Minha mãe tentou sorrir, mas pareceu mais uma careta do que um sorriso.

O rei – vulgo Maxon, ou meu pai- se levantou e os rapazes olharam para ele.

– Com licença, rapazes, preciso me retirar – disse ele então curvou a cabeça ligeiramente e saiu.

Olhei receosa pra minha mãe, como lhe fazendo uma pergunta silenciosa e ela assentiu calada parecendo entender o que eu havia perguntado e ainda respondendo a pergunta.

Nós duas estávamos com medo por meu pai, mas sabíamos que ele ficaria bem.

Alguns minutos depois que meu pai me saiu eu e minha mãe nos levantamos caladas, inclinamos a cabeça como meu pai havia feito e saímos da sala de jantar.

Eu estava aflita, incomodada, irritada, a felicidade que tive mais cedo saiu caminhando por aí, para fora dos muros do palácio com a chegada da notícia de que meu pai iria pro sul.

Me arrastei quieta pelo corredor em direção ao Grande Salão, eu poderia muito bem ter ido pro meu quarto para fazer a mesma coisa que eu planejava fazer no Grande Salão, mas no Grande Salão não teria a falação das minhas criadas, seria um lugar mais calado, onde eu poderia pensar e tentar me acalmar.

Quando entrei no Grande Salão vi que ele estava vazio, nenhuma alma viva por perto, o que era bom, porque eu realmente queria ficar sozinha.

Me dirigi ao piano no fundo do salão e me sentei na banqueta, então dedilhei as teclas e inspirei fundo, fechei os olhos e comecei a tocar.

Eu não precisava de partitura pra tocar minhas músicas preferidas, eu as sabia de cor, todas as pausas, o lugar em que cada nota se encaixava.

Toquei alguns minutos de olhos fechados, então os abri e encarei as teclas brancas e pretas a minha frente durante uma pausa tão longa que fazia parecer que a música havia acabado, então continuei a tocar por mais uns minutos enquanto sentia minhas preocupações saírem de mim por entre meus dedos e se dispersarem quando chegavam as teclas.

Toquei as ultimas notas prolongadas e então a música havia acabado, era uma das músicas mais tristes que eu conhecia, e foi a primeira que me veio em mente quando me sentei ali.

Ouvi palmas a minhas costas e olhei por sobre o ombro para Louis, ele vinha com os olhos brilhando maravilhados.

– Você tava aí? – resmunguei suspirando.

As pessoas não me viam tocar muito, na verdade algumas nem sabiam que eu tocava, nem minhas criadas conseguiam me ver tocar, porque eu só tocava quando estava sozinha, sem público ou coisas do gênero.

– Eu... Uau – dizia ele me olhando ainda com os olhos brilhando.

Louis, pare com isso, sério cara, tá me deixando envergonhada.

Pigarreei e me virei no banco para olhá-lo.

– Desculpa, eu te segui – admitiu ele fazendo careta e eu crispei os lábios- e bom, sim, eu estava aqui desde que você começou a tocar.

– Hum...

– Você está brava?

– Não, não sei direito.

– Porque está brava? Você toca maravilhosamente bem.

– Obrigada.

– Você está mal não é? Quer me falar o que foi? – agora ele estava parado a minha frente, me olhando preocupado.

Meneei a cabeça sem saber ao certo se a futura viajem do meu pai era ou não um segredo.

– Não quer falar? Tudo bem... – disse ele suspirando e se sentou ao meu lado, com o braço roçando o meu – Sabe, você deveria tocar pra mim mais vezes.

– Pra você?

– Sim, considerei essa música minha, já que fui só eu que vi, e ela parecia tão intima e tudo o mais...

Eu ri sem muito humor.

– Sua né? Ok.

Entenda, eu não estou brava com Louis, eu só estou brava com tudo e todos.

– Você está muito mal mesmo... – ele falou suspirando e então ficou em silêncio.

E o silêncio ficou entre nós por muitos minutos, até que Louis se levantou repentinamente e me puxou pela mão, me levantei sem vontade alguma.

– O que foi? – murmurei.

– Vamos, vou te alegrar – disse ele me puxando pra fora do Grande Salão.

– Onde vamos?

– Comer doces.

– Oi?

– Vamos a cozinha, Isabella – disse ele revirando os olhos.

Eu não tinha ido muitas vezes a cozinha e a ultima vez que fui lá foi a anos atrás, é que eu simplesmente não precisava ir lá, as pessoas levavam minhas refeições onde eu quisesse, onde eu estivesse, e sim, sei que sou bastante mimada.

Ele teve que me arrastar para fora do Grande Salão e por alguns corredores, até que suspirei e o segui de bom grado, pensei que quando eu fosse ir atrás dele por bem, ele fosse soltar da minha mão, mas ele não fez isso, na verdade ele entrelaçou os dedos com os seus quando o segui.

– Suas andadas perdidas te renderam descobrir onde era a cozinha? – falei tentando brincar um pouco, já que ficar emburrada não adiantaria nada.

– É, na verdade acho que o único lugar que sei como ir por mais de um caminho, fui parar lá muitas vezes desde que cheguei aqui – disse ele meio que corando e eu ri.

– Isso é bom, ou pelo menos significa que você não morreria de fome por não saber onde é a cozinha e tudo o mais.

– Isso aí, digo, as cozinheiras gostam, de mim, então elas as vezes dão guloseimas para as criadas levarem para mim e tudo o mais...

– Que coisa feia, elas te desejam, Louis – falei brincando e ele gargalhou, eu o acompanhei.

– Sou irresistível, Bells.

– E muito modesto também – comentei, ele riu e abriu uma porta ao final de um corredor para mim.

Entrei antes, o barulho todo que estava lá antes de entrarmos parou imediatamente quando as pessoas me notaram ali, mas nem pareceram se incomodar com Louis.

Todos pararam o que estavam fazendo e fizeram uma demorada reverencia, dei um sorriso amistoso a eles que sorriram de volta e voltaram a seus afazeres.

– Louis, Bella! – disse Marlee se aproximando de nós, ela abriu os braços para nos abraçar mas então olhou para si própria, fez careta e recuou – Estou fedendo a alho.

– Eu sei tomar banho – falei revirando os olhos e a abracei, ela riu e me abraçou, então beijou meu rosto.

– É bom te ver, Bella... – ela me soltou e olhou para Louis – Porque não estou surpresa que tenha sido você a trazê-la aqui?

– O que foi? Não tenho idéias muito românticas para encontros – disse Louis brincalhão e as pessoas que estavam mais perto de nós riram, assim como eu e Louis também.

– Vou falar pra Carter te aconselhar – disse ela e ele riu e assentiu.

Carter Woodwork era o marido da tia Marlee.

Bufei e ela riu.

– Isso, preciso de dicas – disse Louis fazendo careta, eu lhe dei um tapa no braço e ele riu.

– Do jeito que você fala parece até que nossos encontros são horríveis – falei sorrindo, ele riu.

– Tudo bem, pelo menos eu tomo banho pra ir te ver – disse ele dando de ombros e eu ri.

– Bom saber disso.

– Pois é. Enfim, Marlee poderia fazer dois milkshakes daqueles que você pediu pra Maria levar pra mim anteontem? Alguém aqui está precisando deles – disse ele e me abraçou pelos ombros, revirei os olhos.

De certa forma, eu não estava nem um pouco surpresa por Louis já ter se entrosado com os funcionários, eu sabia que se alguém daqueles príncipes de nariz fosse ser simpáticos até com os funcionários, esse alguém seria Louis, era meio que impossível não gostar dele.

– Claro querido, venham, sente-se ali – ela apontou para uma bancada no fim da cozinha com duas banquetas altas.

Louis e eu fomos até aquele espaços e nos sentamos lá enquanto observávamos as pessoas correndo de um lado pro outro com pratos, utensílios, e panelas em mãos. Aquilo era uma bagunça organizada.

– Então, você conhecia a Marlee? – disse ele meio confuso.

– Sim, ela é a melhor amiga da minha mãe, ela é tipo minha segunda ou terceira mãe – falei dando de ombros e ele sorriu.

– Eu não sabia que você era tão amiga assim dos criados.

– Qual é, tenho tanta cara de nariz empinado assim?

– Na verdade... Tem – disse ele fazendo careta, uma mulher que passava por nós e ouviu aquilo começou a rir, eu também ri.

– Adoro sua sinceridade, Lou.

Ele deu um sorriso enorme e eu me reclinei na bancada.

– Acho que as vezes eu tenho que fazer toda essa pose sabe? – falei fazendo careta – As pessoas as vezes esperam que eu seja uma princesa mimada e esnobe, mas eu odeio fazer esse tipo, simplesmente odeio.

– Sei como é, as pessoas esperam que você seja uma pessoa má e que só pensa em si próprio, e se eles vêem que você não é isso ficam irritados e tentam fazer você virar essa pessoa esnobe que pensam que você é.

– Exatamente, isso é irritante, você não sabe o quanto eu adoraria trocar todos os meus vestidos por calças jeans e meus saltos por tênis, e o que eu não daria pra não ter que usar essa coroa idiota.

– Não sei mesmo, digo, eu nunca tive que pensar em trocar vestido por calças e tudo o mais – ele dizia tudo isso sério, o que me fazia rir e ele me acompanhava na risada – tô brincando, sei o que você quer dizer, e esse tempo que estou passando aqui tem sido ótimo, porque não preciso usar aquela porcaria de coroa – reviramos os olhos ao mesmo tempo – e é claro, porque eu adoro ficar... Você sabe, com você e tudo o mais.

Me senti corar e pigarreei, então Marlee surgiu com dois copos grandes na mão, os dois tinham tampa e um canudo grosso.

– Prontinho, dois milk-shakes de Cookie – disse ela sorrindo e colocou os copos na bancada a nossa frente, peguei o meu e experimentei, era ótimo.

– Tia – falei séria, ela me olhou hesitante – estou chateada com você... Porque nunca fez isso pra mim antes?

Então voltei a sugar o liquido do copo enquanto ela ria, assim como Louis.

– Desculpa querida, é que as vezes acho que essas coisas que faço aqui são simples demais pra você – admitiu ela e eu bufei.

– Qual é, tia, isso aqui é a melhor coisa que eu já bebi na vida.

Ela sorriu contente e então se inclinou sobre o balcão e colocou a mão como concha ao lado da boca para “tapar” sua boca e para Louis não ouvir o que ela falaria, mas ela acabou dizendo meio alto para que ele realmente escutasse:

– Já viu a pesquisa da revista? Lá estão as porcentagens da aposta do publico para o nosso próximo príncipe, e sabe quem está sendo mais votado? – ela indicou Louis com a cabeça.

Eu não sabia o que fazer, então apenas sorri e olhei para Louis enquanto minha tia se recompunha, Louis tinha as sobrancelhas arqueadas enquanto bebia seu milkshake.

– Que foi? – disse ele fazendo cara de ingênuo e fingindo que não tinha ouvido nada.

– Nada. – falei rindo da cara de anjo dele, então voltei a beber meu milkshake e sorri de canto para Marlee – É, o povo manda.

Ela riu satisfeita e se foi, olhei para Louis novamente, ele tinha virado o rosto pro outro lado, mas pude ver um pedacinho da sua bochecha corada e dava pra notar mesmo com ele de costas, que o príncipe francês estava com um sorriso enorme no rosto.


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Notas finais do capítulo

spoiler: Maxon vai viajar, vai acontecer alguma coisa com ele na viajem, é.

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