Perhaps One Day escrita por mikaels0nfire


Capítulo 3
Novo Mundo


Notas iniciais do capítulo

Terceiro Capítulo e um dos meus preferidos. Adorei escrever esse capítulo e já estou terminando o quarto.
Prometo que mostrarei para você o mais rápido possível. Curtam esse.
Beijinhos.



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   – O que você está fazendo aqui, Caroline? – Klaus perguntou sem interesse.

   Caroline o olhou e depois encarou o chão enquanto trocava o peso do corpo de pé. Tinha que dizer ao híbrido o que estava acontecendo, mas não sabia direito se conseguiria fazer aquilo. Não tinha coragem o suficiente para falar a Klaus o que estava querendo. O orgulho estava a impedindo de fazer o que queria.

   – Caroline? – Klaus chamou o nome da loira.

   Caroline o encarou e suspirou. Não conseguiria dizer. Klaus ficou impaciente com a demora da vampira e se incomodado com o olhar dela em cima dele. Nenhuma pessoa conseguia ficar o encarando por muito tempo e essa resistência de Caroline o estava incomodando. O híbrido se levantou e começou a caminhar para fora da sala onde estava quando a voz da loira o fez parar.

   – Espere, Klaus.

   – Caroline, eu não quero ficar parado vendo você me encarar que nem uma louca e gastar meu tempo. Tenho coisas para resolver. – e ele continuou a andar.

   – Eu só queria lhe agradecer... – ela começou mais parou.

   Caroline se sentou no sofá pensando estar sozinha, mas Klaus tinha parado novamente e agora estava a encarando. O híbrido suspirou e voltou para o sofá onde tinha estado sentando e se acomodou ao lado da loira. Caroline olhou para ele e deu um sorriso pequeno.

   – Continue. – Klaus pediu.

   – Hoje é o meu aniversário. – Caroline o encarou. – E, com toda certeza, esse foi o melhor aniversário que eu tive na minha vida. E tudo isso graças a você, Klaus. Tudo bem que você estragou a minha vida me sequestrando, mas obrigada. – ela segurou a mão dele.

   Klaus olhou para os olhos azuis dela e depois para as mãos dos dois. Estaria sonhado ou delirando? Caroline estaria apenas brincando com os sentimentos dele ou estava falando realmente sério? Será que Silas havia descoberto onde ele estava e agora estava querendo acabar com a vida dele?

   – Eu sei que não é fácil de acreditar no que eu estou fazendo porque eu sou grossa e estou odiando você, mas é tudo verdade o que eu disse, Klaus. Muito obrigada. – a loira apertou a mão dele.

   – Bom, amor, se é assim de nada. – Klaus sorriu e retribuiu o aperto de Caroline. – Eu já sabia que hoje é o seu aniversário. Lembro-me muito bem do dia em que eu salvei você pela primeira vez, no seu aniversário. Uma mordida do seu namorado, lembra?

   – Como esquecer? – Caroline levantou as sobrancelhas com ar de provocativa.

   Klaus ficou meio confuso com a frase de Caroline. Será que era difícil ela se esquecer de Klaus salvando a sua vida ou de Tyler a mordendo? Caroline sorriu como se estivesse sabendo toda a confusão que se passava na cabeça de Klaus e aproximou o rosto dela do dele.

   – Eu nunca vou esquecer-me desse dia. Como também não vou esquecer-me do dia em que você me salvou. E também do dia em que você ameaçou todos aqueles que eu amo.

   Com essas palavras, Caroline colou os lábios nos de Klaus ao mesmo tempo em que enfiava uma estaca de madeira na barriga do híbrido. Klaus arfou com o ataque surpresa e com o beijo e tentou se afastar de Caroline, mas essa apenas enfiou mais ainda a estaca na sua barriga. Ele urrou de dor e fuzilou a loira enquanto via um sorriso triunfante no seu rosto.

   – Como eu disse, Klaus, eu nunca vou me esquecer desse dia. – Caroline riu e empurrou o híbrido para o chão. – Muito obrigada por hoje. – e saiu caminhando para o quarto.

   Klaus ficou deitando no chão enquanto urrava de dor e tirava a estaca de sua barriga. Queria subir e arrancar a cabeça ou o coração da loira, mas sabia que se fizesse isso iria se arrepender pelo resto de sua vida. Além disso, era isso que Caroline queria: morrer para ficar longe dele. Pois Klaus só iria piorar ainda vida dela. Não ia se entregar aos joguinhos dela.

   – Por que diabos estamos do outro lado do mundo, Klaus? – Caroline perguntou enquanto saiam do aeroporto.

   Klaus a tinha ignorado por toda caminho e assim ficaria até quando quisesse. Estavam em Tóquio dessa vez, mas estavam a trabalho. Bom, pelo Klaus. Na verdade, ele estava a trabalho em todas as cidades onde esteve, mas um dia havia prometido a Caroline que a levaria em todas as cidades onde os dois estiveram. Klaus estava buscando bruxas para levar a Nova Orleans e acabar com Marcel, mas também estava querendo mostrar o mundo a sua amada. Ainda não tinha perdoado ela totalmente, mas não conseguia deixar de amá-la.

   – Como você tem uma memória tão boa com os dias, não se lembra daquele dia que eu disse que levaria você para conhecer Paris, Roma e Tóquio? – ele disse enquanto sorria desafiadoramente para Caroline.

   A loira o ignorou e revirou os olhos. Tentou se prender em alguma coisa e conseguiu. As pessoas que passavam ao lado dela eram tão iguais e diferentes ao mesmo tempo. As roupas, o jeito de andar, o cabelo... Estava começando a ficar deslumbrada pelo tipo de pessoas que ali viviam. Um grupo de estudantes passou por ela e Caroline reparou no uniforme padronizado delas com uma saia rodada preta e a camisa polo preta com uma escrita em amarelo. Os calçados eram todos diferenciados, mas eram bem bonitos. Os cabelos das meninas eram compridos, lisos e pretos. Pareciam bonequinhas.

   – Quanto tempo vamos ficar aqui, Klaus? – Caroline perguntou.

   – O tempo necessário para mim, Caroline. – Klaus respondeu enquanto pegava sua mala.

   Caroline seguiu o híbrido porque não tinha opção porque senão iria para o lado oposto o dele e conheceria melhor a cidade que mais parecia um novo mundo. Era tecnologia estranha e totalmente convidativa por todos os lados. Caroline tinha seus olhos perdidos em vários aparelhos e pessoas que passavam por ela. Em uma das paradas de Klaus, Caroline havia comprado uma roupa nova para ela. Klaus reparou muito bem em Caroline quando ela colocou uma calça jeans apertada e uma blusa estilo japonesa além de ela ter prendido os cabelos com pauzinhos escuros. Ela havia ficado muito bonita e o pescoço dela era totalmente convidativo. Se ela fosse uma humana, Klaus já teria cravado os dentes nas veias que ali havia. Caroline conseguia ser perfeita de qualquer jeito, mas Klaus não poderia perder o tempo da viagem se imaginando junto de Caroline. A realidade sempre vinha em primeiro lugar. A bruxa estava exatamente onde tinha que estar.

   Caroline foi autorizada a dar uma volta pela cidade enquanto Klaus entrava em uma casa de ervas. A loira ficou curiosa, mas ficou tão aliviada quando viu que estava longe do híbrido. Poderia fazer o que quiser. Conheceu de tudo um pouco do que havia na cidade e quando Klaus a encontrou admirando um lago na cidade, ela não se afastou quando ele parou ao lado dela. De certo modo ela estava um pouco feliz com a volta do híbrido. Como isso era possível, ela não sabia.

   – Conseguiu o que queria? – ela perguntou sem olhar para ele.

   – Sim e não. – ele sorriu e olhou para baixo.

   Caroline o olhou meio confusa e cruzou os braços. Klaus riu porque sabia que quando ela fazia isso era porque precisava de uma resposta e não desistiria tão fácil assim.

   – O segundo motivo da minha viagem até aqui eu consegui, mas o primeiro nem está perto de ser conquistado.

   – O que você quer dizer com isso, Klaus? Seja claro. – Caroline revirou os olhos.

   – Fiz essa viagem para eu me aproximar mais ainda de você, Caroline. Eu cruzei o mundo por você, pra fazer você gostar de mim, mas não consigo isso. Sempre temos pedras no caminho e eu não queria que fosse assim.

   – Você não quer que seja assim porque é acostumado a ter tudo o que quer. – Caroline disse sinceramente.

   – Mas o que eu mais quero eu não tenho. – Klaus se aproximou de Caroline.

   A loira tinha um instinto que gritava dentro dela para fugir de perto de Klaus. Esse instinto não gostava nem um pouco da aproximação de Klaus. Mas tinha um fogo, outro instinto dela que gritava para ela ficar o mais perto possível de Klaus. Esse instinto sabia que poderia conseguir tudo com o híbrido e que tinha o poder. Esse instinto estava também começando a sentir algo por Klaus. Algo que passava de riqueza e luxuria. Era o amor. Caroline permitiu que Klaus segurasse sua mão e aproximou o rosto do dele quando Klaus a puxou pela nuca para perto dele.

   Um barulho de telefone fez os dois se separarem rapidamente e Klaus xingou mentalmente quem o estava ligando. Iria ignorar e tentar começar tudo de novo com Caroline, mas era o seu irmão Elijah que ligava.

   – O que foi, Elijah? – Klaus perguntou.

   – Niklaus... É hora de você voltar para a casa. Temos algumas complicações. – Elijah disse e parecia assustado.

   – Droga. – Klaus disse e desligou o celular.


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