Anna E O Renascer Dos Mortos Vivos escrita por Robert Julliander


Capítulo 4
Festival da primavera


Notas iniciais do capítulo

Cabei, haha demorei mas tô conseguindo meio que postar um por dia *o*



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O dia amanhece ensolarado, pássaros cantando alegremente e o céu límpido e azul. A grama estava saltitando nos tons verdes, as arvores já haviam acordado e o rio não tinha mais as cascas de gelo do inverno que passara. As flores encobriam colinas e os chãos gramados por toda a parte de Sirloom. Sendo hoje o primeiro dia de primavera do ano, os camponeses, burgueses e o alto clero, desconheciam suas diferenças para comemorar um dos feriados mas importantes do ano, o Festival da primavera.

__Acorda Noturno!Acorda!__Anna grita, alisando a cabeça do felino que logo reclama.

__Anna sabe que odeio ser acordado tão cedo!

__Ai seu gato ranzinza, acorda a primavera chegou olha como tá tudo lindo lá fora!__Ela pega Noturno e o coloca de cara na janela, de imediato o estressado gato branco fecha os olhos, o sol estava ardendo em seus olhos e ele não estava nada satisfeito com a bela vista que lhe tinha a frente.

__Muito legal! É lindo!__Fala ele sarcasticamente e continua a reclamar de mal humor, voltando para sua pequena cama.__Mas... é como dizem, a cama é o melhor amigo do gato, obviamente depois do atum!

__Ah não Noturno! Hoje é o festival da primavera, você e eu vamos ajudar o papai e a mamãe! Deixa de moleza vem!__Ela o coloca nos braços e ele se debate desesperado e choramingando implorando a sua tão desejada cama. Anna corre segurando ele até a cozinha e salda seus pais com um alegre bom dia. Guilherme vai até a frente da casa e ajeita a mini carruagem que compraram ano passado, em outro festival da primavera. Hoje Anna estava com um lindo vestido verde com laços de fita vermelha e belos sapatos pretos bem engraxados. Ela prende seus cabelos, fazendo um leve coque seguido de uma fina trança no lado direito e deixa sua mecha sempre caída em seu rosto.

O festival da primavera era um evento muito importante, os comerciantes sempre lucram com suas barracas desmontáveis no meio das ruas do Reino de Platina, essa época do ano as fadas da primavera iam especialmente visitar o Rei de Plantina. Elas são suas convidadas de honra no castelo e em troca elas trazem alegria e decoram lindamente o Reino de Platina inteiro. As casas no dia do festival era coberta de flores diversas, as ruas tinham várias luzes mágicas iluminando tudo e as borboletas voavam em bando, e diversificando mais ainda as cores que iluminavam os lugares.

Dentro da carruagem que estava sendo puxada por dois asnos, Anna podia ver da pequena janela circular,artistas talentosos em busca de alguns trocados, pessoas que encantavam alguns animais, pessoas que tocavam vários instrumentos musicais, estatuas humanas dando susto em pessoas e principalmente comerciantes. O Sr Rampart parou sua carruagem em uma calçada, que por sorte era um bom lugar para montar sua barraca e assim fez. Anna e Deborah o ajudou e não mais que alguns minutos e já estavam prontos para venda. Anna havia economizado bastante dinheiro para poder se divertir no festival e os Ramparts não queriam que fosse diferente, ela sempre os ajudaram fazendo as tarefas pesadas, então a garota não era obrigada a vender os itens com eles.

__Vá se divertir minha querida!__Sorri Deborah vendendo um bolinho de alegria pra uma mulher com cara de enterro.

__Tem certeza mamãe?__Deborah assentiu com a mão e o Guilherme da um pequeno chão para que ela não tivesse receio de ir.__Então tá, vem Noturno!__Anna coloca o gato no braço, e desta vez ele não reclamou e ainda sugeriu um lugar para ir primeiro.

__Claro vamos! Que tal passarmos por um vendedor de peixes primeiro?__Anna apenas sorriu e concordou.

__Claro que sim! Mas depois você come seu peixe, olha como esse lugar é lindo!__A garota estava fascinada com tantas cores e beleza, que irradiava de tudo a sua volta. A praça que tem uma bela fonte no centro, parecia um sonho dos inimagináveis, pessoas com roupas coloridas andavam por toda parte. Anna então foi a sua primeira barraca, jogos de magia.

Lá encontrava-se os mais diferentes e diversos jogos mágicos, como por exemplo as cartas que liam o futuro, tabuleiros onde os pinos tinham a cabeça do jogador ou até mesmo mínis quites para fazer suas próprias poções mágicas, com tubinhos de ensaio e tudo. Anna olhou para uma caixa preta com pedrinhas roxas que chamava muito sua atenção.

__Vi que gostou da caixa Senhorita!__Fala um mulher muito gorda, com roupas plumadas e elegantes num tom rosa choque.

__E-Ela é linda!__Anna se viu encantada pela pequena caixa negra.__Mas que jogo seria esse senhora?

__É chamado de caminho da morte! Não ligue muito pelo nome, vários adolescentes como você, vem procurando esse jogo e nenhum reclamou!__Fala a vendedora com seu charme e intimação apropriados para venda.

__E... por esse nome eu já senti um arrepio na ponta de meu rabo!__Fala Noturno tremendo. Anna no entanto estava mais encantada pela caixa do que pelo jogo.

__Quanto é?

__Cinco moedas de prata! Como é vai levar?__A garota coloca sua mecha atrás da orelha aperta um pouco os olhos e decide com firmeza.

__Sim! Eu quero!__Ela paga a vendedora e ainda lhe restara vinte e duas moedas de prata. Havia passados algumas horas, Anna e Noturno já tinham rido horrores, experimentando roupas estranhas, usando perucas e dançando com alguns alegres músicos.

__Estou morta de fome e você Noturno?__Anna senta na beira da fonte que fica no centro da praça com seu gato no colo.

__Nem me fale! Minha barriga dói!__Reclama o bichano. Eles vão até um lugar para se alimentarem e o gentil garçom os pergunta.

__O que vai desejar bela Senhorita?

__Ah eu quero um bife bem passado e ração!*__(*ração significam para eles quase todos os grãos de um habitual almoço, feijão e arroz)__E para meu amado gato um grande salmão!

__Bem passado com um pouco de limão por cima!__Completa Noturno fazendo o garçom se assustar um pouco, logo ele se acalma e vai pegar o que pediram. Enquanto Anna e seu amado Noturno esperam suas iguarias chegarem, algo muito inesperado acontece a eles. Uma carruagem bate numa pedra alta no meio da estrada entejolada e cai dela uma vassoura, a vassoura se levanta do chão, com um cabo aparentemente flexível se inclinando para frente. Anda com suas palhas como pés, dois pés, e vai em direção da garota e o gato sentados a um restaurante.

__Ei volte aqui!__A carruagem que a carregava tinha parado e um homem alto, vestindo um terno azul céu desce dela. A vassoura não correu em sua direção a ele, ficou atrás de Anna e tremeu como se estivesse com medo.__Ei você garota devolva minha vassoura!

__O que? Eu não peguei ela! Ela veio correndo até aqui!

__Então me entregue ela agora!__Mesmo com a intimação do senhor, a vassoura se recusava a ir, ela balançava seu cabo de madeira de um lado para o outro negando o senhor de terno.

__Parece que ela não quer ir!

__Ela tem que vir, é mercadoria tenho que vende-la!

__E se eu à comprasse?__Anna pergunta.

__Ela é uma vassoura cara, Senhorita! É uma vassoura de Merlim o mago!

__Quanto seria isso?

__Vinte moedas de prata!__Anna olhou em sua pequena sacola de moedas, ainda possuía vinte e duas moedas e sabia que gastar vinte moedas numa vassoura seria perder, mas ela estava com tanta pena da vassoura que parecia amedrontada que não pensou duas vezes.

__Eu compro!__Ela guardou as suas moedas restantes no bolso e deu o saquinho com vinte moedas ao senhor de terno azul. Que fala sorrindo.

__Foi um prazer fazer negocio com você! Faça bom proveito de sua vassoura! Há aproposito, vassouras de Merlim o mago, são conhecidas por sua obediência e sua capacidade de voar! Esta no entanto acho que está com defeito, ela é burra e tem medo de altura! Como disse faça bom proveito com sua vassoura!__Antes que Anna pudesse se queixar de algo o homem havia corrido muito rápido, e já estava longe com sua carruagem.

__Ah! Ladrão!__Anna resmungou. Olhou para vassoura que parecia entender o que ela falava.__E você mocinha! Que belo prejuízo você me deu!__A vassoura se inclinou assustada para trás se escondendo atrás de uma cadeira e Anna não conseguiu fazer nada além de rir.

O garçom chega com as iguarias, mas como Anna havia comprado a vassoura ela ficaria devendo quatro moedas de prata para o restaurante, então eles a obrigaram a lavar pratos por uma hora. Noturno limpara o chão da cozinha com ajuda da vassoura, que fez questão de ajudar. Depois de cumpri sua pena, por não ter dinheiro o suficiente Anna sai do restaurante cansada com Noturno ao seu lado e a vassoura de outro.

__Sabe temos que dar um nome pra você!__Anna falou olhando para vassoura que saltitou alegre com a ideia, Anna sorriu um pouso e começou a dar palpites.__Que tal gasta gasta?__a vassoura se inclinou pra frente fazendo sinal de tristeza.__A não se chateie eu estava brincando! Hã... deixa eu ver, que tal vassourite!__A vassoura sacode rápido o cabo negando o nome que lhe fora sugerido.

__Que tal varre nada?__Brinca Noturno. E leva uma varrida violenta da vassoura, ele pula e dá um grito assustado.__MIAAAAUUUUU maluca!

__Belah?__Anna falou querendo soar suave e gentil. A vassoura no entanto adorou, deu dois pulos felizes indicando a adoração ao nome escolhido por sua nova dona.__Então está certo vai se chamar Belah!__Próximo ao castelo, haviam três fadas, eram as fadas do oráculo, todos os anos essas mesmas três fadas se juntavam ali e os jovens adolescentes se amontoavam ao redor delas pois todos os anos, as fadas revelavam os usuários de magias. Os bruxos, Magos ou Feiticeiros.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... obg por ler até o fim :)



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