Anna E O Renascer Dos Mortos Vivos escrita por Robert Julliander


Capítulo 26
Incomum


Notas iniciais do capítulo

Hey :)
mais um capítulo saindo do forno.
Empolgado a cada capítulo que escrevo.



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— Elas podem fazer isso? — Anna pergunta para Mistsey que parecia abalada com a decisão do Sr Aphirian.

— O que? — A feiticeira adulta olha para sua aluna — Refazer o ritual?

— Não, digo, errar. — A garota encara sua professora, mas não obtém respostas. A mulher estava tão desorientada quanto ela sobre isto.

— Não é comum isso acontecer — fala o diretor, sentando em um dos aconchegantes sofás —mas não é impossível.

— E no que elas poderiam errar? — Aflita a garota da um gole em seco.

— Talvez sua classe mágica. — Ele responde olhando para o fogo, que comia pequenas toras de madeira quase totalmente carbonizadas em sua lareira.

O silêncio se espalha rápido pela sala do diretor. Melcon encarava o fogo pensativo como se refletisse ou procurasse algo em seus pensamentos mais profundos. Mistsey continuava parada, imóvel, ainda surpresa. Em tantos anos de trabalho nunca tinha visto as fadas errarem em algo. Anna olhava para os adultos com estranheza e aflita, não sabia o que pensar. As fadas podiam ter errado com ela? Ela poderia ser de outra classe mágica? Ela de fato é um ser mágico? A garota do campo jurava que poderia abrir os olhos a qualquer hora e perceber, que tudo poderia não passar de um sonho. Agora que tinha amigas, culturas diferentes para aprender, um mundo novo para explorar, não poderia perder tudo.

Os três presentes no local, olhara para a porta. Ainda subindo as escadas, podiam ouvir passos e cochichos, provavelmente das fadas se aproximando.

— Fica quieta Meredith, a culpa é toda sua sabia? — A voz estava mais perto.

— Minha? Daynna porque a Francine é tão má comigo?

— Vocês duas fiquem quietas.

— Hum, hum. — Um pigarro forte é dado e as três fadas olham para uma aporta aberta. Dando visão a Anna que sorria das três, a feição estranha que Mistsey fazia e o olhar sério do diretor da POFT. A maildoll entra no comodo e faz as apresentações das fadas. — Aqui com vocês, as fadas do oráculo que descobriram a aluna Anna Rampart.

A fada lunática Francine é a primeira a entrar, ela dá um pequeno tchau pra Anna e um sorriso para os adultos presentes. A segunda a dar o ar de sua graça dentro da sala, é a fada selvagem Meredith, seus pulos alegres e orelhinha de urso panda foram diretamente Anna, que abraça a fada com um caloroso abraço de urso. Logo as duas param ao perceber os olhares de todos para as duas. E por ultimo e a não menos importante a fada elemental, Daynna. Ainda com seu vestido provocante de tonalidade quente, um jeito de adulta e muito madura, ela sorrir para os presentes na sala como um gesto de cumprimentação. Atrás delas a Fruy fecha a porta e continua sua com seu trabalho.

— Então, — Fala Daynna seriamente — o que de tão importante querem conosco?

— Precisamos que por favor, refação o teste que indicou Anna como uma feiticeira. — Diz o diretor sem rodeios. Anna engole em seco e as fadas se surpreendem de um jeito espantoso.

— Como? — Francine é a primeira a perguntar.

— Mas, nós fadas nunca erramos. — Choraminga Meredith, fazendo seu famoso biquinho de chateação.

— Há algo que queira nos explicar diretor. — Daynna se pronuncia tentando entender.

— O circulo mágico, está rejeitando ela no ritual de Expisco. — Fala Mistsey, tentando amenizar a tensão.

— Mas, isso é impossível. — Reclama Daynna. — Ela é uma feiticeira, não a dúvidas. A mana dela é compatível com a minha e eu sou uma fada elemental.

— Entendemos o que você quer dizer — o diretor tenta explicar — mas se a garota é mesmo uma feiticeira como dizes, porque o circulo a rejeitaria?

— A Anninha não tem elementos? — A fada selvagem pergunta surpresa.

— Não seja inconveniente. — Reclama Francine, segurando as orelhas de urso da pequena fada. — Daynna, acha que podemos ter errado?

— Não sei, foi nossa primeira vez. — A fada elemental diz tentando raciocinar — Mas eu tenho certeza do que senti. — Ela olha para todos em volta, inclusive para Anna. O olhar de Daynna volta para o diretor Melcon — O senhor acha que podemos ter cometido algum erro?

— Não tenho certeza. — Ele diz sincero.

— Tudo bem fadas — as asas de Daynna pareciam mais brilhantes agora — vamos refazer o teste da Anna. Por você tudo bem? — Ela pergunta direto para garota do campo.

— E que escolha eu tenho? — Anna sussurra e então dá de ombros.

— Garotas em suas posições — Daynna comanda e as três fadas fazem um um triângulo, deixando a garota no meio. Os adultos apenas observavam.

As orbes começaram a brilhar, a frente de cada fada. As três mudara a cor de seus olhos e então começaram.

— Anna Rampart. — Grita Meredith.

— Garota de aspecto gentil, bondosa e coração puro. — Diz Francine em alto e bom som.

— Você tem mana correndo por suas veias. — Enquanto falava as palavras, todos na sala se arrepiavam com a onda de energia emanada neste pequeno ritual. Anna apenas se sentia como da primeira vez. Seu coração estava repleto de alegria, ou algum sentimento bom que preenchia ela de todas as formas.

— Anna Rampart! — Diz a fada elemental — Você é uma feiticeira. Sua mana é classificada e identificada por mim, Daynna a fada elemental, como mana espiritual!

Enquanto a bela garota do campo sorria, a professora e diretor se estranhavam. No entanto, as fadas deveriam ter voltado ao normal, mas ao invés disso, o trio caem de joelhos no chão. As três aladas ao mesmo tempo estavam brilhando. Daynna emitia de suas asas uma chama ardente. As asas delicadas e majestosas de Francine, emitiram acima de sua cabeça uma aurora boreal nos tons claros alternando as cores entre rosa claro e azul céu. E Meredith soltara estrelinhas faiscantes de suas pequenas asinhas pontudas.

Anna estava assustada com o que vira, mas ao mesmo tempo encantada. Não saberia o que fazer, sair do triângulo de suas amigas fadas, não parecia uma opção. Melcon e Mistsey estavam assutados e não sabiam o que poderiam fazer. Nunca viram algo parecido. Então como um coro, as fadas libertaram um cântico.

"Só a luz poderá te guiar. Mesmo quando a escuridão tocar em seu coração e o medo enfraquecer a sua alma, confie em si mesma, pois só a luz poderá te guiar."

As fadas caem por cima de suas orbes mágicas, todas inconscientes. Anna se sente um pouco enjoada e antes que possa perder por completo a força de suas pernas, Mistsey consegue segurá-la.

— Fruy. Leve as fadas para enfermaria. — Ordena Melcon.

— Tudo bem senhor. — A pequena e perfeita boneca, fica no meio das fadas e bate palma duas vezes. E com um pequeno passe de mágicas, todas são teletransportadas para enfermaria. Em caso de emergências as maildolls podem teleportar para enfermaria da POFT, mas ao fazerem isso, elas precisam ficar vinte e quatro horas sem uso, para recarregar suas próprias manas.

—Ela não parece bem. — Reclama Mistsey. — O que ela tem?

— Não sei. — Se preocupa o diretor.

— O que as fadas fizeram com ela e o que foi aquele cântico? — A feiticeira adulta repousa a cabeça da jovem no encosto. A garota fechou os olhos lentamente, até que apagou de vez.

— Uma coisa é certa, ela é uma feiticeira. — Afirma Melcon — Uma feiticeira sem poderes elementais? Isso não faz sentido.

— Ah não ser que ela tenha... — Mistsey para de falar.

— O que? — Ele pergunta intrigado.

— O dom da luz. — Diz Mistsey olhando para Melcon.

— Impossível. — Ele se arrepia. — Todos do reino Kristália foram mortos. E só os descendentes da família real, tinham o dom da luz.

— Mas, — A feiticeira sussurrou — o cântico falou para ela seguir a luz Melcon. E se ela for a única descendente viva da família real de Kristália?

— Escute-se Sta Woler! — exclama o diretor. — Até onde sabemos, o reino mais poderoso de Rimedra foi derrotado, devastado e praticamente aniquilado, por forças das trevas mais poderosas do que eu, você e toda escola POFT juntos. Acha mesmo que esta pobre garota do campo, poderia ser uma sobrevivente de um reino extinto? Olhe bem para ela! O ser, qualquer que seja ele, conseguiu destruir a família real mais poderosa do mundo, não deixaria uma simples garota escapar de suas mãos.

— Eu sinto muito senhor, não estou sendo muito lógica — Admite a feiticeira — me deixei ser levada pelo momento, perdão.

— Tudo bem. — Ele diz se levantando e se aproximando da lareira — Ninguém sabe o que realmente aconteceu aquele povo, ou ao rei e rainha. Mas o que quer que tenha acontecido, não voltou para assombrar nosso continente. E peça aos deuses minha jovem, que nunca volte.

Mesmo com o silêncio na sala, o clima parecia pesado. A feiticeira adulta parecia aflita e fitava a garota deitada no sofá com estranheza, algo naquela garota ainda lhe era familiar, mas o que? Mistsey sentia uma forte dor em seu peito sempre que tentara lembrar e isso a incomodava, como se ela devesse um favor, ou não estivesse cumprindo suas promessas. Por dentro era como se alguém querido estivesse lhe pedindo ajuda, contudo ela se sentia incapaz de ajudar.

As únicas certeza que todos teriam naquele dia, é que Anna Rampart com certeza é uma feiticeira. E que Anna Rampart é de longe, a feiticeira mais incomum de todas.


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Notas finais do capítulo

Por favor, quem leu deixe sua review.
É muito importante saber o que estão achando da estória.
( Se estão gostando OU não)
Fora que é muito inspirador ver os leitores
interagirem.
Obrigado! Até o próximo capítulo.



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