Anna E O Renascer Dos Mortos Vivos escrita por Robert Julliander


Capítulo 24
No alvo


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas com a volta do NYAH
e minha saudades de vcs. PQ não voltar com tudo né????
Boa leitura. :)



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Anna cumprimentou a professora de forma correta desta vez, fazendo os gestos com a mão a levando ao coração. A professora também fez o cumprimento padrão e sorriu.

— Olá SRa Woler! — Um quase e sem graça sorriso brotou no rosto da garota do campo.

— Está indo para aula do Professor Lux? — Anna, percebendo que sua professora preferida nem parecia notar, que ela havia acabado de sair do laboratório, relaxa com um breve e singelo suspiro. Aliviada ela tenta falar com a professora Mistsey o mais descontraída possível.

— Sim! Minha primeira aula de auto defesa.

— Está ansiosa? — A feiticeira adulta pergunta gentilmente, enquanto faz menção para que ela e Anna continuem a andar.

— Na verdade, pelo que a Gerla me falou ontem, é uma aula meio agressiva. — A camponesa andava igualmente calma ao lado de sua professora de feitiçaria.

— Como foi seu primeiro dia de aula?

— Foi, diferente. — Anna sorriu. — Seu primeiro dia de aula foi diferente também?

— A querida, você vai perceber que até os dias mais calmos na Poft, são diferentes. — Elas riram enquanto andavam entre alguns quadros e caminhavam sobre um tapete vermelho.

— Ah, aqui é o ginásio. — Mistsey aponta para a porta aberta.

— Obrigada por me acompanhar professora, foi uma honra. — Anna agradece gentilmente.

— Na verdade Anna, preciso falar com seu prefessor o SR Lux.

— Uh! — A garota não conseguiu guardar sua feição surpresa, mas não era de sua conta o que os professores tinham a falar, então andou em direção da Gabriella e Suailla. A elfa estava basicamente em estado de hibernação, mas inteligentemente pensado, a índia a colocou sentada num dos bancos, para que os outros alunos não percebessem. Anna ainda estava longe das garotas mas acelerava os passos, entretanto tivera que parar de andar.

— Anna! — Grita o professor Vindicem. A jovem da meia volta e obviamente desconfiada olha para o elfo. — Queira a companhar a Sta Woler até a sala do diretor por favor.

Todos os outros alunos, inclusive Gabriella olharam para Anna. A garota do campo olhou rapidamente para a amiga índia que gesticulou um " O que você fez?" e como resposta ela gesticulou um "eu não sei". Mas ambas temiam que fora a ida de Anna ao laboratório. Mistsey estava a esperando na porta e enquanto andava em direção a professora, Anna finge um pequeno tropeção desajeitada, basicamente se jogando em cima de Stevan. De um jeito discreto, ela entrega o pequeno tubo com o Anti-sono para ele e cochicha rápido.

— Diga a Gabriella, que basta apenas um pequeno gole. — Ele pareceu confuso, mas quando sentiu o vidro em sua mão, entendera tudo com facilidade e fingiu que ajudava ela a se levantar, enquanto escondia o pequeno tubo em um de seus bolsos.

— Desculpa! — Ela pediu em voz alta.

— Não é nada. — Ele disse lhe dando um tchauzinho de pode deixar comigo. A bela garota finalmente conseguiu olhar para a face dele e sorrir. Esse mesmo sorriso que foi devolvido na mesma hora com outro. Então Anna saiu do ginásio com a professora Mistsey Woler, indo diretamente para sala do diretor. A duvida em questão era, será que ela estava tão encrencada assim?

—Tudo bem turma quero que façam um circulo, todos de pé por favor. — Pede o professor Vindicem.

Gabriella se viu em pânico ao ver sua amiga elfa sentada-desmaiada, não sabia mais o que fazer. Então Stevan se aproximou tentando ser discreto.

— He he! ela está exausta, ficou até tarde estudando. — A índia falou por instinto. No entanto o garoto apenas fez uma careta de duvida e mostrou o tubinho com a porção dentro.

— Anna disse que apenas um pequeno gole basta, — ele se esticou um pouco e olhou para Suaila inconsciente. — agora entendi o porque.

— Tudo bem, é... Obrigada. — Ela sorriu envergonhada, puxando rápido o tubo da mão do mago. Ela endireitou a cabeça da elfa, enquanto Stevan ficou na frente tampando a visão de todos. — Não funciona. — Gabriella reclamou.

— Você deu a ela apenas um pequeno gole? — Ele perguntou a maga índia.

— Claro, mas não funciona.

— Apenas tenha calma tudo bem. — ele pede.

— Vou dar tudo a ela.

— nem se atreva. — Stevan se vira para impedi-la mas já era tarde demais. Gabriella basicamente empurrou o tubo goela abaixo da amiga loira, que acordou instantaneamente.

— Você não deveria ter feito isso. — Ele reclama indo para o circulo de alunos que estava se formando.

— Você que não entende, ela é irmã do professor. — Gabriella cochicha, enquanto ajudava uma Suaila recém acordada a levantar.

— Tanto faz, minha missão aqui está concluída. — Ele diz e vai para outra ponta da fila.

— Convencido. — Ela resmunga estressada.

— Onde estou? — Pergunta a elfa olhando para todo ginásio.

— Você está no ginásio, lembra? Vamos desafiar as princesas do mal para um competição de arco e flechas. — Aflita, a morena tenta resgatar a sanidade mental da loira.

— Alguma coisa errada com ela? — Pergunta o professor.

— Ah não, ela só está um pouco preguiçosa hoje. — Rir a índia.

— Su? Você tá legal? — Ele tenta confirmar a versão da morena. Para a sorte da mesma o efeito da porção começara a funcionar, a bruxa elfa arregalou seus belos olhos verdes e lembrou rapidamente o porque de estar lá.

— UHUUUUUUUUUUUUUU... — Ela dá uma volta sorridente, então levanta uma de suas pernas e gira como se dançasse balé. — Estou ótima nunca estive melhor, por que acha que tenho alguma coisa? Eu tô com cara de doente? Eu estou me sentindo bem, Estou me sentindo MUITO BEM!

— Ok, só tente se controlar mais ok? — Ele sorri de um jeito estranho, enquanto Gabriella só olhava com estranheza a cena louca que sua pequena amiga loira e orelhuda fazia. Vindicem olhou para a índia — Por favor cuida dela.

— Pode deixar, comigo ela está em boas mãos. — Assim que ele se afastou um pouco, a morena segura forte o braço da loira — Fica quietinha que em casa eu te dou doce.

— Oba, doce, doce, doce, doce. Eu adoro doce, já disse que fico elétrica com doce? Eu adoro, gosto mesmo, doce é tão legal, é maravilhoso, prefeito, delicioso e...

— Cala boca. — Gabriella fala de um jeito má, na tentativa clara de assusta a elfa eufórica, enquanto lamentava em seus pensamentos. "O que eu fiz?".

Gabriella vai até uma das princesas e entrega um pequeno pedaço de papel, desafiando a princesa Carmem Pangor, para enfrentar a Suaila no jogo de arco e flechas. A princesa de lindos olhos verdes e pele cor café dá um sorriso surpreendente, fazendo a pobre índia engolir em seco. Layla deu uma gargalhada e se aproximou da bela morena indígena.

— Você escolheu, nossa melhor atiradora de flechas. Sua perdedora! — a loira e bela princesa joga seus macios e dourados cachos para trás, num jeito debochado e cheio de auto estima — O povo do reino de Pangor são conhecidos por seres os melhores na arte do arco e flechas, é queridinha, prepare-se para ser nossa escrava. — Um sorriso agoniante saiu do grupo irritantes de princesas, fazendo a pobre índia soar frio.

A morena corre para sua pequena e loira amiga elfa e basicamente sussurra desesperada.

— Você precisa se concentrar Suh, minha vida depende disso! — A elfa lhe lança um olhar sério e diz.

— Não é engraçado? Sua vida depender de um alvo? — Ela começa a rir compulsivamente como uma maluca — Sua vida está por um fio, o fio do arco, ahahahhahahahhaha... — Suaila não parecia ter noção alguma de realidade e Gabriella ficava mais desesperada a cada segundo.

O alvo era composto por sete cores, seguindo a ordem das cores do arco-íris. O vermelho no centro, seguido por uma circunferência laranja, logo depois mais um circulo com a cor amarela e um outro circulo verde, mais duas circunferências com dois tons diferentes de azul e o ultimo circulo roxo. Cada cor tinha uma determinada pontuação.

Vermelho: 100 pontos

Laranja: 70 pontos

Amarelo: 50 pontos

Verde: 40 pontos

Azul céu: 30 pontos

Azul escuro: 20 pontos

Roxo: 10 pontos

A princesaCarmem foi a primeira, cada uma tinha direito a atirar seis flechas. As unhas de Carmem eram feitas de esmeraldas, os humanos do reino Pangor são abençoados pela Deusa Pangor, Deusa da da terra. A divindade é responsável por todas as pedras preciosas e cristais desse belo reino. Apenas a família real possuem partes dos corpos feitas com algum tipo de pedra preciosa. Por isso as unhas de Carmem a bela princesa de longos cabelos cacheados, eram feitas de esmeraldas, verdes, belas e reluzentes esmeraldas.

Ela pega seu arco e se concentra onde deve mirar, a princesa estava a mais de vinte metros de seu alvo. Seus olhos verdes com a mesma cor perfeita de suas unhas, miravam o centro do alvo como se estivesse caçando. Depois de alguns longos segundos de tensão ela disparou sua flecha, acertando em cheio a cor vermelha no alvo. Um coro de gritos felizes, das princesas chamaram atenção de alguns alunos e até do próprio professor, que perceberam que ali estava tendo uma "amistosa" competição. ( Não imaginam eles que isso, é bem mais que uma amistosa competição). Todos estavam parados olhando a princesa de Pangor, atirar sua segunda flecha que atingiu rapidamente a circunferência de cor laranja. Layla revirou os olhos, não aceitara uma pontuação menor que cem.

Carmem segurou mais uma flecha e atirou acertando desgostosa a cor amarela, as princesas bufaram irritadas, deixando a amiga de bela e macia pele negra mais nervosa e tensa do que já estava. A princesa que segurava o arco suspirou de um jeito pesado e atirou a quarta flecha, acertando novamente na cor amarela. Frustrada, a bela jovem limpa o suor frio de tensão que escorria em sua testa, segura firme o arco, apoia a flecha no fio do mesmo, puxa e solta, fazendo sua flecha acertar com precisão mais uma vez a cor laranja no alvo. Todos os alunos presentes bateram palmas, exceto Gabriella que ficava nervosa e as princesas que queriam apenas os pontos máximos. Suaila era uma das que torcia, sem se dar conta que sua inimiga, querendo ou não só estava tirando ótimas pontuações.

Finalmente só restara uma única flecha para a bela princesa de unhas esmeraldas. Ela engoliu em seco, respirou fundo e soltou a flecha. Todos esperavam ansiosos para saber onde ela acertaria, até que um grito de alegria entre o grupo de princesas acabara com o resto da tensão entre todos, Carmem acertara novamente o centro do alvo, conseguindo um belo e triunfante ponto máximo.

Vindicem o professor, agora contava os pontos e sorriu ao dar a nota.

— Parabéns Senhorita Carmem Pangor, quatrocentos e quarenta pontos. — A bela princesa sorriu vitoriosa. Entregou o mesmo arco a bela e pequena loira elfa.

Antes de ir ao lugar devido, Gabriella segura um dos braços de sua amiga.

— Você acha que consegue fazer isso?

— Quem é você? — Suaila perguntou inclinando o pescoço.

— E-eu sou a Gabí sua maluca. — A índia quase chora de desespero.

— Há, oi Gabí — A elfa sorriu — por que não disse logo? — Gabriella se deu um pequeno tapa na testa, balançando a cabeça.

— Ok, faça o seu melhor! — Enquanto a elfa andava até o ponto indicado para atirar flechas, a morena de perfeitos cabelos lisos, lastimava sua longa e péssima vida temendo ser escrava.

A elfa pegou o arco e flecha de um jeito desajeitada. E atirou sua primeira flecha sem nem ao menos pestanejar.

— Azul céu. — Comemora alto uma das princesas.

Gabriella olha para o grupo de princesas apreensiva, então vai até sua amiga elfa.

— Tenta prestar mais atenção Suh. — Ela cochicha. — Preciso dessa vitória. Suaila apenas olhou por um tempo para sua amiga índia e ficou vesga e sorriu, contorcendo o pescoço. Se afastando, Gabriella percebeu, que sua vida estava arruinada.

FOOOP.

Mais uma flecha tinha sido disparada pela pequena loira de longas orelhas. Verde.

— Eu gosto de verde. — Grita a elfa de um jeito eufórico cheio de pulinhos. A morena apenas pensou, verde é melhor que azul céu, ao menos quando se tratara de arco e flechas.

Suaila pegou duas flechas e as disparou de uma única vez. Acertando cores aleatórias, como se não ligasse a mínima para o que estava em jogo. Amarelo e laranja. E uma pequena chama de esperança ilumina os pensamentos de Gabriella, que comemora com o incrível avanço de sua amiga. De repente, Suaila olhou para o rosto de Carmem que parecia vitoriosa. A loira elfa franziu a testa, pegou sua penúltima flecha, a endireitou no arco, puxou a corda e ainda olhando para a princesa, ela atira no alvo.

Todos deram rugidos de adoração. A elfa acertara exatamente no centro, fazendo o sorriso da princesa Carmem esfumaçar de seu perfeito rosto. Suaila, não parava de olhar sua rival, até que sorriu de um jeito maluca e pegou sua última flecha.

— Tá acabado. — Fala a princesa Layla, balançando seus cachos perfeitos e dourados. — Mesmo se ela acertar o vermelho de novo, ela perde por cinquenta pontos. — As princesas se aproximam de Gabriella. Até que ouvem mais um disparo rápido de flecha.

Todos ficaram em silêncio por alguns segundos, o grupo de princesas que andavam em direção a índia param de andar, quando o grupo de alunos presentes fazem festa depois da flecha disparada. Carmem olhou para o alvo e não acreditou quando viu. Suaila conseguiu fazer com que sua flecha acertasse novamente o centro do alvo, mas de um jeito único. Fazendo com que a nova flecha disparada, ficasse dentro da outra que fora atirada.

— Trezentos e noventa pontos. — Grita o professor feliz. — Temos um empate entre vocês duas. — Ele rir de um jeito competitivo.

— Empate? — Reclama Layla — Perdão professor, mas tem uma diferença de cinquenta pontos, entre quatrocentos e quarenta e trezentos e noventa. Não acha?

— Não! Ele está certo. — Tremeu Carmem. — No arco e flecha, acertar uma flecha dentro de outra, gera cinquenta pontos bônus na pontuação. Gabriella sorriu esperançosa.

— Como faz para ter o desempate professor? — Pergunta a índia de um jeito sorridente.

— As duas terão que atirar de uma só vez. — Ele disse ansioso. — Uma única flecha para cada uma. A flecha que ter a melhor pontuação dirá quem será a ganhadora.

Carmem estava suando frio e Suaila, apenas estava tirando meleca de seu nariz. O que deixou a princesa mais nervosa do que já estava, aliás, a elfa deveria temer sua rival, mas ao invés disso ela nem parecia receosa. Com um simples feitiço, o professor Vindicem alterou as cores da flecha. Carmem irá atirar uma flecha de cor verde e Suaila disparará uma flecha de cor vermelha.

As duas arqueiras ficam em suas posições, as duas puxando a corda que fará com que suas flechas e suas habilidades, decidam quem ganhará esta. As garotas apenas esperam um singelo sinal de seu professor, para que atirem suas flechas ao mesmo tempo. De um lado a pequena loira elfa, possuída pelo efeito estranho da poção feita por uma de suas melhores amigas. De um outro a bela princesa Carmem, com suas unhas feitas de esmeralda e super tensa, quase até mesmo incapaz de respirar de tão ansiosa que está.

— Disparar fogo. — Grita animado o professor. Para um primeiro dia de aula, esse era o tipo de agitação que ele estava esperando. Verem os alunos tão empenhados, para ele é uma dádiva.

As garotas soltam a corda, atirando cada uma sua flecha. As flechas corriam rápido pelo vendo, tudo que viam eram vultos de cores, verde e vermelha. Um silêncio reinou, quando se ouviu o som das finas e afiadas armas, perfurarem o alvo com precisão e força. Qual delas conseguiu a melhor pontuação?


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Notas finais do capítulo

Momento tenso.
Me perdoem por deixar vocês
nesse grau de curiosidade, mas quero vcs aqui
o máximo que eu conseguir :P
Até o próximo capítulo.



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