Anna E O Renascer Dos Mortos Vivos escrita por Robert Julliander


Capítulo 23
Anti-sono


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei um pouquinho, mas como falei,
sempre estarei por aqui :P
quero agradecer o apoio as divas
Maria Valentina — Por sempre estar aqui comigo acompanhando
e a Maryelly essa nova leitora fofa que me inspirou a mais um capitulo.
E obrigado tbm aos outro que leem, se estiverem gostando
por favor comentem, sua opinião tbm me interessa :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366377/chapter/23

Assim que o galo cantou e em seguida o relógio despertou, Anna acordara de um ótimo e relaxante sono. As garotas precisarão entrar em seus dormitórios sem serem vistas, aliás, ficar na rua depois do toque de recolher, é advertência e a dupla não pretendia correr esse risco. A camponesa senta e coça os olhos depois de um breve bocejo e então olha alguns pontos específicos em seu quarto. Noturno estava encolhido, apoiando a cabeça em seu próprio rabo branco peludo. Ágnis estava acordada atenta com seus perfeitos olhos amarelos, Belah estava encostada na parede e parecia estar dormindo, não era fácil perceber se uma vassoura inteligente está ou não acordada. A bela jovem de cabelos bagunçados olha para sua esquerda, onde ficara a cama de sua amiga, que para sua surpresa, não estava deitada em sua cama.

— Hey! Noturno! — Ela cochichou baixo, balançando seu gato para que acordasse.

— Miiiaauuu... — Ele boceja — Já está na hora do meu leite matinal?

— Não seja guloso, — ela sorriu — você viu para onde a Gabí foi?

— Ela saiu do quarto? — O bichano parecia mais desenformado que tudo no mundo.

— Você tem audição de gato, sensibilidade de gato...

— Tudo bem Anna, só me deixe dormir. — O peludo e branco animal reclama e volta a se encolher, antes que ela pudesse terminar seu sermão.

Anna revira os olhos e levanta de sua cama, a porta do banheiro estava a berta e parecia que alguém o usou recentemente, a cama de Gabriella estava muito bem forrada, o que poderia ter acontecido? Onde estaria sua amiga?

Olhando para o relógio no criado mudo ao lado da cama, ela perceubeu que não poderia se atrasar, então apressou-se a tomar banho e vestisse apropriadamente para escola. Desceu as escadas da Irmandade que a levara para o refeitório. A camponesa ficou parada a porta esperando ver alguma de suas amigas, mas nenhuma delas estava no local, o que era estranho. Anna olhou para um grupo de moradoras veteranas da Irmandade e se atreveu a perguntar.

— Com licença! — Um grupo com cinco garotas mistas entre humanas, elfas e ninfas a olharam ao mesmo tempo. — Vocês por acaso viram uma elfa loira pequena e uma índia por aqui? — As garotas a olharam de baixo para cima, sorriram e voltaram a cochichar entre si.

Anna ergueu as sobrancelhas constrangida, olhou para os lados algumas vezes, e respondeu um "obrigada" tão baixinho, que nem quem estivesse com os ouvidos colados em seus lábios poderia escutar.

— Hey Você! Humana camponesa. — Uma garota atrás dela gritou, fazendo-a virar.

— Falou comigo? — Anna automaticamente perguntou.

— Está vendo mais alguma humana camponesa por aqui? — A estranha perguntou sarcasticamente. Anna não sabia que tipo de ser era aquela garota, suas orelhas eram pequenas de mais para ser uma elfa, sua pele verde-musgo de mais para ser uma ninfa e seus dentes afiados de mais para ser qualquer outro tipo de ser que a pequena jovem conheça. Porém, a jovem camponesa não queria ser indelicada, ou parecer preconceituosa ou até mesmo arrogante para perguntar o que essa garota era. A jovem estranha também tinha os olhos castanhos e um cabelo ruivo-cobre muito volumado e cacheado. A ruiva fez um gesto para que Anna se aproximasse e assim ela fez.

— Oi meu nome é Anna. — Ela se apresenta fazendo a referencia cordial da escola. Levantando a mão direita na altura do rosto, moveu os dedos como se pegasse um pouco de ar e os fechou, deixando seu polegar dentro dentro de seu punho, em seguida levou sua mão aonde localizasse o coração. A garota desconhecida faz o mesmo, simbolizando respeito.

— Meu nome é Trulan! — Anna ergueu as sobrancelhas surpresa com o nome incomum. — Eu sei, você deve ter achado estranho esse meu nome, eu também achei o seu muito estranho. — A camponesa sorrir, coçando um pouco a nuca envergonhada. — Mas enfim, ouvi você perguntando as patricinhas ali, se viram suas amigas...

— Você viu? — Anna enchera os olhos de felicidade.

— Na verdade sim, uma delas saiu daqui apressada com a boca e mãos cheias de coxas de galinha — Anna imaginou Gabriella saindo e se forçou a não rir — e a outra saiu chorando porque queria comer mais uvas. — Então a camponesa imaginou a Suaila seguindo a índia chorosa, mas por que não a esperarão?

— Você sabe dizer se elas falaram para onde iriam? — Anna perguntou relutantemente.

— Ouvi uma delas dizer algo sobre, desafiar a sapa rainha, antes que ela continue poluindo o mundo com seu mal cheiro, ou algo assim. — Gabriella com certeza, pensou a camponesa.

— Obrigada Trulan, você foi de grande ajuda. — Anna sorriu gentilmente, andando em direção a mesa de comidas.

— Vimuria! — Trulan gritou para Anna.

— O que? — Ela parou de andar curiosa.

— Sou uma vimuria! — Explica a ruiva de bagunçados e imperfeitos cachos. A bela jovem humana apenas sorrir, agradecendo sua nova (talvez amiga vimuria) por tirar sua pequena dúvida interior.

♥--♥--♥--♥--♥

Assim que chegou no castelo da Poft, já alimentada e preparada para um puxado e divertido dia de aula, Anna corre até o ginásio, onde seria a aula de auto defesa nível 1 (ADN1). A camponesa se esforça um pouco, mas sem muitas dificuldades avista suas amigas "desaparecidas", que estavam sozinhas no ginásio.

O ginásio era o lugar para todos os alunos e professores fazerem exercícios físicos. Assim como uma quadra olímpica, ou o (original coliseu) onde as pessoas faziam todos os tipos de esportes, como correr a distância, saltos, tiro ao alvo, saltos com varas, até mesmo natação. No entanto, o ginásio utilizado para esse tipo de aula, ensinam os alunos a usarem suas habilidades com algum tipo de arma. Espada, arco e flecha, sais, florete, machado, bordão, clava, entre outros, entre muitos outros. Obviamente seria raro um aluno precisar de uma dessas armas em suas vidas cotidianas, mas ninguém nunca se sabe o perigo que pode ocorrer. Então foi criada uma regra, onde todos os alunos da Poft deveriam saber se defender e agir, diante de qualquer que fosse a situação.

— Por que não me esperarão? — Ela pergunta as duas, que pareciam desconfiadas.

— Desculpa, eu levantei muito mais cedo que deveria e não queria te acordar. — Gabriella explica. — Eu tava muito ansiosa pra ganhar daquelas filhas de porções mágicas inúteis. — Anna tentou mas não conseguiu deixar um sorriso escapar, as coisas e o modo que sua amiga falava, tirava qualquer um do sério.

— Eu tô mortinha de sono... — Boceja Suaila quase caindo no chão de tão sonolenta.

— O que aconteceu com ela?

— Ah! Eu fiquei com pena de acordar você e acordei ela as duas da manhã. — A índia afirmou como se dissesse "olá, bom dia!".

— Gabí você está maluca? — Anna dá um pequeno surto. — Ela quem vai competir contra as princesas do mal hoje e olha como ela está acabada.

— Ah... Foi mal! — Gabriella sorri indiferente. — Mas eu acho que ela aguenta, não aguenta Su? — Elas esperam ouvir alguma confirmação da loira, mas a mesma estava deitada no chão do ginásio totalmente apagada. Anna olhou zangada para a amiga índia, enquanto a mesma só dava um sorriso muito sem graça.

— E agora? O que vamos fazer? — Gabriella estava desesperada, nem cogitava a possibilidade de ser escrava das odiosas princesas, pensar nisso era se torturar demais. Anna tentava manter a calma mas a índia estava tão estérica que era quase impossível pensar em algo. — Vai amiga me diz, o que vamos fazer? Daqui a quinze minutos começa a aula de ADN1.

— Tô tentando.

— Vai logo.

— Calma! — Anna pede.

— Pensa logo! — Gabriella apressa.

— Espera.

— Ai droga vou ser escrava pro resto da vida. — A morena dá voltas perturbada, agitada e pensativa.

— Gabí, cala boca! — Anna basicamente suplica.

— Eu deveria ter tomado mais café da manhã, quando eu for escrava daquela nojenta da Layla, ela só vai me dar os restos dela. — Resmunga a bela índia se lamentando amargamente.

— É isso, Gabí você é um gênio! — Anna fala contente.

— O que? Eu deveria ter tomado mais café?

— Não! Existe uma porção mágica que meu pai sempre fazia quando precisava se manter acordado para trabalhar, — Anna parecia confiante — é um revigorante a base de café e algumas ervas.

— E isso pode funcionar com a Su?

— Talvez, lembro-me de ter efeitos colaterais aleatórios. — Anna comenta.

— Que tipos de efeitos colaterais? — Gabriella franze a testa.

— Não tenho certeza, depende muito do estado físico das pessoas que tomam. — As duas se viraram e olharam para a pequena elfa caída de sono no chão, então se olharam de novo e olharam uma ultima vez para Suaila.

— Acho que não vai dar em nada. — Comenta a morena dando de ombros.

— Talvez se ela tomar só um pouquinho. — A branca camponesa tenta concordar com a amiga.

— OK, vai corre! — Grita Gabriella — Do que precisa pra fazer a porção?

— Poucas coisas, só café e algumas ervas. — Fala Anna rapidamente.

— No laboratório de porções provavelmente tem, fica a poucos minutos daqui. — Se apressa a morena. — Vire a direita no corredor.

— Tudo bem! — Grita a camponesa de longe, correndo como louca.

— E vê se volta logo faltam apenas oito minutos! — Grita a índia para sua amiga que corria ao longe.

— O que? — Anna volta um pouco para poder ouvir a companheira de quarto.

— Só vai o mais rápido que puder criatura, anda. — A morena estava tão estérica que e nervosa, que Anna relevou seu modo de falar, apenas revirou os olhos e continuou correndo.

Aproveitando a ausência de alunos e que alguns professores não estavam em suas salas devido ao horário, Anna entra cautelosamente no laboratório de porções mágicas. Onde haviam várias mesas cheias de tubos de ensaios, feitos com o mais puro e fino cristal, de vários tamanhos e formatos, o sonho de qualquer amante de porções mágicas. Anna estava maravilhada com a variedade de itens e ingredientes disponíveis, fora as incríeis e raras ervas para porções mágicas de todos os níveis. Anna automaticamente lembrara de seus pais e o quanto ela neste exato momento, estava mais que agradecida por ser filha deles e aprender tudo o que pode sobre o assunto.

A garota pegou um pode com grãos de café, que são bastante usados em porções, e amaçou alguns com utensílios avançados para poquissoneos. Enquanto destilava a água com um pó azul de erva especial, ela misturava o pó de café com polem de uma flor amarelada. Rapidamente ela já estava quase acabando sua porção quando viu um vulto na porta, agindo por reflexo ela se abaixou, ficando atrás da mesa onde fazia sua porção do anti-sono. Anna engatinhou um pouco e tentou espiar o mais discretamente possível para ver quem estava chegando. Por alívio ela não avistara ninguém entrando no laboratório e se levanta, para terminar sua tão importante porção.

— Sabe que não pode entrar aqui sem a supervisão de um professor não é?

— Ai que susto garoto! — A camponesa pula para trás ao perceber que Stevan estava a sua frente. — Quer me matar do coração?

— Não tente me enganar, o que você está fazendo? — Ele observa o verde e pegajoso líquido que borbulhava no transparente recipiente.

— Não é da sua conta. — Ela diminuiu a temperatura do fogo.

— Será, se eu contar ao professor...

— É uma porção. — Anna revira os olhos.

— Bem, isso está claramente óbvio! — Ele sorriu.

— Então por que pergunta? — Ela corou, não conseguia manter o olhar fixo nos olhos castanhos escuros e sedutores do Stevan, por mais que a garota tentasse ser indiferente ou falar com ele como se falasse com qualquer um, ela simplesmente não conseguia. Se achar uma tola por não conseguir algo tão simples já estava quase virando um hábito.

— Tudo bem, posso reformular a pergunta, para quer serve essa porção? — Ele sorrir ao olhar para ela, que mal conseguia ter um contato visual com ele.

—Posso não te falar para quer serve? — Ela quase implorou. O belo e jovem mago sorriu e disse.

— Pode.

Anna o olha por um momento, mas rapidamente desvia o olhar.

— Eu, te vejo na aula de ADN1? — Ele pergunta de um jeito compreensivo.

— Um hum! — Ela apenas acenou. Assim que o lindo mago saiu da sala, Anna relaxou os ombros e soltou a respiração. — Burra, burra, burra. — Ela murmurou para si, numa lastima quase interna. Enfim ela sacudiu um pouco a cabeça e tentou esquecer isso, faltara agora apenas menos de dois minutos, para a aula começar.

A jovem poquissonea colocou o líquido com o cheiro forte de café, num pequeno tubo de ensaio e o tampou com uma rolha ideal para porções. Correndo com o vidrinho no bolso ela se dirige ao ginásio. Mas no meio do corredor fora interrompida.

— Hey, Anna? — A garota simplesmente congelou, o tom de voz era firme, o tom que alguém usa quando quer dar uma bronca ou lição de moral, ou até mesmo chamar sua atenção. Anna virou para trás devagar e suplicou para não ser a voz de quem ela imaginava. Infelizmente era exatamente ela, a feiticeira e professora Mistsey.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, já já tem mais BJUS *-* ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anna E O Renascer Dos Mortos Vivos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.