Anna E O Renascer Dos Mortos Vivos escrita por Robert Julliander


Capítulo 21
Luxo é lixo


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a quem ainda estará aqui comigo, acompanhando as aventuras de Anna
e seus loucos amigos.
E mto mais ainda Obrigado a uma leitora
pra lá de especial que me lembrou, o porquê de eu estar escrevendo Anna.
Maria Valentina Obrigado de coração por ser uma de minhas leitoras.
Obrigado de coração tbm, a quem esperou por mais tempo e ainda vai acompanhar
Bjus... Continuarei a FIC.



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— Como posso servi-la senhorita? Aceita um pouco de chá? — Pergunta uma bela índia vestida com um fardamento preto de empregada, para uma bela e jovem dama loira.

— Claro! Pode colocar um pouco numa xícara para mim, serviçal! — A loira rir de forma maldosa, com o olhar vitorioso. A dama loira trajava vestes vermelhas, um vestido gigante e armado vermelho, coberto por pedras verdes e brilhantes de esmeralda. Seu cabelo estava amarrado com uma trança cara e detalhada, misturada num coque alto e muito elegante.

— Pois não! — A criada servia sua madame como se fizesse a pior coisa de sua vida, como se fazer aquilo fosse uma obrigação maior que suas questões pessoais. O vestido da mesma era simples, sem luxo ou demonstração de curvas, de seu verdadeiro corpo esplendoroso. A morena é de uma beleza extraordinária e chamativa, seus cabelos são macios e negros, também amarrados num coque, mas um coque simples sem muitos atrativos.

Elas estavam numa sala de jantar, com uma mesa gigantesca e retangular. Um banquete de grande nível e maestria estava servido para a madame loira e seus convidados (Seus inúmeros convidados). Vinte Maidolls estavam sentadas a mesa junto a matriarca da casa.

— Traga a refeição principal serviçal! — Fala a loira, deixando por motivos maldosos a xícara cheia de chá recém colocado, cair no carpete. A mesma manda um sorriso muito malicioso para a índia trajada de empregada, e ordena que limpe a sujeira.

— Qualé Layla quer jogar tão sujo? — Pergunta a morena para a loira que nem pareceu ouvi-la.

— Não falo com serviçais, agora limpe e traga a refeição principal! — Fala a princesa de Cannor abanando a mão.

*SMACH*

Um som é claramente ouvido, dois tipos diferentes de fumaça tomou conta do corpo das garotas ali presentes, uma fumaça de cor rosa fez com que a pele da dama de vermelho evaporasse, assim do mesmo jeito uma fumaça verde evaporou a pele da morena que se abaixara para pegar a xícara caída. A fumaça rosa invadiu o simples vestido de empregada e a verde, dominou com maestria a roupa de dama vermelha. Trocando assim, os papéis das duas garotas naquele fabuloso banquete.

— Sem chance! — Reclama Layla irritada. — Eu não vou servir essa plebeia!

— Por favor querida serviçal! — Gabriella se empolga ao falar serviçal. Com a ironia que esta cena se tornara, até saiu de forma engraçada. Por algum instinto de troca de papel a princesa de Cannor se pós a limpar o chão.

— OH! Não! O que é isso? — Todos na sala de aula estavam rindo enquanto assistiam a tal cena, que com certeza constrangeria a princesa por muito tempo.

— Poderia me trazer a refeição principal ou está difícil, querida! — Gabriella estava tão feliz em dar uma ordem a Layla, que seus olhos estavam gritando vingança.

— Eu não vou buscar nada pra você! — A loira vestida de serviçal bufa indignada — Qual é professor? Bate logo esse sino e me tira desse papel ridículo de empregada! — Infelizmente para a jovem princesa, nenhum som parecido com um beijo soou e ela teria que obedecer as ordens de sua patroa, ou as consequências seriam desagradáveis.

Layla parou por alguns segundos e pensou no que estaria perdendo se não fizesse. Primeiro, pensou ela, perderia uma nota no começo do semestre. Segundo, daria o gosto da primeira vitória no jogo da escrava para sua pior inimiga, e por fim não menos pior, acabaria sendo escrava de uma escrava. A perversa presença loira sorriu como nunca sorrira na vida, mostrou seus dentes de cima num sorriso encantador e gentil.

— Já volto com o jantar principal madame! — Ela se virou elegantemente e seguiu para a cozinha.

A rica princesa, nunca conhecera os aposentos dos empregados, se é que podia-se chamar de aposentos. A cozinha era linda, contudo, todos os empregados, cozinheiros, mordomos e outro trabalhadores, corriam de um lado para o outro tentando terminar os pratos maravilhosos que seriam servidos. Layla estava perdida, nem em seus maiores pesadelos ela pensara em ajudar a criadagem. Aquele belo sorriso que fincara em sua face outrora, acabara de se desfazer, e abalada por pensamentos de desespero, ela já estava ficando sem ar. Então milagrosamente para sua felicidade, um som divino como um beijo surgiu. A loira abrira os olhos e estava novamente sentada a mesa principal e sendo bajulada em seu banquete.

Na sala de aula o grupinho de princesas parecia feliz com o resultado. Elas estavam cochichando entre si, o que pra Anna pareceu estranho. O professor parecia não entender o porquê do sino ter tocado, se ele não o fizera, mas para ele tanto fazia, amava ver o desenrolar dessa prova.

Gabriella corria junto com as empregadas e cozinheiros, parecia saber o que fazer. Cortava legumes, carregava baldes pesados com água e segurava com firmeza todas as bandejas que lhe entregavam. Da cozinha ouvia-se um sino, não o sino com o som prazeroso da troca de lugares, mas sim, as badaladas de um pequeno objeto barulhento que estava sendo badalado pela própria loira do mal. Aquilo só tinha um significado, quero a comida aqui e agora.

Vários empregados com medo entregaram quase todas as bandejas para a Índia. Gabriella sabia carregar uma bandeja ou duas com destreza, entretanto cinco eram demais. Desequilibrada e sem muita visão do que estava a frente, graças aos montes de bandejas empilhadas em seus braços. A pobre serviçal tropeçara, acidentalmente derrubando todas as iguarias por cima de sua madame. Os líquidos esverdeados de sopas e pedaços marrons de carne e outros pedaços coloridos de legumes, estavam no ar, prontos para cair por cima da princesa de Cannor, que sorria e acenava para as Maildolls sentadas a mesa. Infelizmente para a bela moça morena, o som angustiante de beijo tomara conta de seus ouvidos e uma repentina troca de lugares, a fez levar um triste e trágico banho quente de sopas.

Layla olhara para si mesma e se irritara por estar mais uma vez vestida de empregada, mas quando bateu os olhos em sua rival e percebeu o que lhe havia acontecido, ela deu a mais pura e mal gargalhada que poderia ter dado. Um orgulho e alegria tomara conta de seu ser.

Humilhada e abatida, Gabriella apenas se pôs a chorar. Não era de seu feitio chorar na frente de qualquer pessoa, sempre fora batalhadora e há muito tempo atrás se prometera, não deixar ser humilhada por garotas como a Layla. Mas, o que ela poderia fazer? Já estava com o pobre pensamento que será sempre o tapete. — Gabriella tem uma teoria, as garotas tapetes. São aquelas que estão sempre ali, não mechem com ninguém, sempre estão por baixo e foram feitas para um tipo certo de garotas passarem por cima. — E era assim que a pobre índia se sentira neste momento, uma garota tapete.

— Por favor, por favor professor Kenny! Eu desisto! Não quero competir com ela. — Uma fumaça colorida emergiu, trazendo as jovens competidoras a visão da sala de aula novamente. A princesa de Cannor olhara para seu grupo malvados de princesas com orgulho. já a pobre Gabriella passara correndo por entre todos os alunos, de cabeça baixa e com sua alto estima tão baixa, que naquele momento ela preferia a morte, ao olhar de novo nos olhos azuis da princesa Layla.

— Gabi! — Anna grita antes de ver sua amiga sair da sala, mas a mesma a ignora fingindo não ouvi-la. A garota do campo estava decidida, olhou para trás e encarou Layla. Sua respiração estava forte, ela apertava seus dedos fechando-os num punho. — Vocês pagaram caro, por tudo que estão fazendo! — Ela disse e correu atrás de sua amiga. Logo atrás Suaila seguia as duas correndo.

Kenny não parecia abalado, as princesas muito menos e mesmo que o resto da turma estivessem preocupados ou arrasados, não podiam demonstrar. Apoiar um grupo que não fosse o das princesas perfeitas e poderosas, seria uma desclassificação social total.


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Gabí né gente????
Tudo vai melhorar, assim espero...
Bjus até logo...