Anna suspira toca de leve na maçaneta da porta e percebe que não esta mais quente, aperta e entra na sala de aula. O luga é bem grande e a sala estava escura, não haviam janelas, apenas velas acessas por toda parte, tinham também cortinas cor vinho por todo lugar o que o deixava bonito apesar tom meio escuro. Todos olham para ela, os alunos estavam em pé, fazendo um circulo com a Mistsey no meio do circulo. Tinham exatamente seis alunos na sala contando com Anna. Mistsey também olha para garota e enlarguece os olhos, com a surpresa em reconhece-la.

__Oh Anna? Você é feiticeira? Então será minha aluna!__Um sorriso da professora faz todos franzirem a testa desconfiados para Anna, inclusive o olhar estreito de Layla. A inveja momentânea tomou conta da expressão facial da loira e bela princesa de Cannor.

__Uh! Desculpe o atraso!__Anna sorri sem graça, tocando na mão direita que doía graças a queimadura, feita por sua atual rival.

__Venha até o circulo junte-se a nós!__Os outros alunos apenas continuaram olhando. E Mistsey continuou sua aula de onde parou. __ Bem como eu ia dizendo, os feiticeiros só descobrem suas afinidades pelos elementos da natureza, com um ritual que chamamos de Expisco, que significa descobrir em algumas línguas. Estão vendo onde estou pisando?

Anna agora ficou ao lado de um garoto negro, de cabelos enroladinhos, olhos castanhos e seu corpo é muito atlético e alto, ele sorri para ela e acena, ela faz o que a professora havia ensinado para ela no lobo uivante, levanta a mão, a fecha como se pegasse um pouco de ar e a leva para o coração. Ele entende e da um sorriso muito fofo pra ela, que logo foi reciproco ela sorriu de volta. Todos os alunos olham para o chão que quase a dois segundos estava muito escuro e estava impossível de se ver, mas as pequenas chamas que estavam saindo da pólvora das velas aumentam, dando claridade ao ambiente. E logo puderam ver nitidamente que a professora estava sobre um pentagrama(estrela de cinco pontas). E ela continuou explicando.

__Nós feiticeiros, temos a mana espiritual, ela é a que nos guia para os elementos da natureza. Água, fogo, ar, terra e espirito, por isso o pentagrama é o simbolo da feitiçaria, pois nós conseguimos nos conectar com a poderosa mãe terra! Hoje meus preciosos e queridos alunos feiticeiros, vocês iram descobrir a afinidade de vocês com cada elemento. Eu tenho grande satisfação de ter afinidade com a terra, água e ar! É um presente em tanto, da nossa mãe terra para mim não acham?__Todos estavam sorrindo.

__Então quem quer ser o primeiro a descobrir sua afinidade?__ Como se a Mistsey tivesse gritado o nome dela a Layla dá um passo a frente, com um sorriso tão obvio de egoísmo, que Anna revirou os olhos frustrada e depois olhou para sua mão que ainda doía.

__Eu quero!__Ela fala irritantemente.

__Uh, ótimo então Sta...?__A professora fez menção para garota falar seu nome.

__Princesa Layla, herdeira do trono de Cannor! __A loira jogou os cabelos para trás ignorando o resto da turma.

__Muito bem turma, prestem atenção na senhorita Layla! Peço que todos se afastem!__Ela abre os braços pedindo que a turma dê mais espaço para o pentagrama ficar mais visível no chão na sala.__Então vendo os desenhos que estão em cada ponta da estrela?__A turma gritou um sim coletivo e ela continuou sua explicação.__Eles representam cada elemento neste lugar. Cada ponta do pentagrama representa um elemento em específico!__Ela indicou o lugar para que Layla ficasse ao centro da estrela, então explicou. __Nossas manas são basicamente o mesmo tipo de mana, mas a manifestação de nossos espíritos reage diferente dependendo de cada pessoa! Por exemplo, quando descobrir meus elementos, uma fumaça cinza, apareceu na ponta onde indica o ar, uma fumaça verde apareceu na ponta da terra e uma outra azul surgiu na ponta da água!

__Então oque eu tenho que fazer?__Reclama Layla ansiosa para descobrir seu elemento. A professora a olhou indiferente, ela não gostava nada de que sua aula fosse interrompida, por um tipo fútil de gente mimada.

__Como eu ia dizendo!__Ela elevou sua voz totalmente ignorando o que a princesa egoísta acabara de falar.__Não se incomodem em descobrir seus dons, as vezes eles podem parecer mais sombrios do que imaginamos! Pois eles se manifestam de acordo com o que realmente somos por dentro, eles reagem nas formas de nossos sentimentos mais profundos, nossos medos ou nossas conquistas, nossa alegria ou nossas tristezas! O que eu quero dizer, é que não importa o que venha a surgir, agarre seu elemento com sua própria vida, mais que tudo que você já batalhou para ter! E é assim que o ritual Expisco funciona!__Ela encarou a loira no centro do circulo e ordenou.__Feche os olhos minha querida!__Assim Layla impacientemente fez suspirando e quase reclamando, ela literalmente odiava receber ordens de quem quer que fosse. __Apenas concentre-se em seu interior, esqueça seus problemas, seus medos e até seus sentimentos bons também!__Nesse momento Anna pigarreou, tentando descobrir numa possível conversa mental com ela mesma, se a Layla tinha algo realmente bom dentro dela.__ Sinta seu elemento tomar conta de sua alma e abrir caminho até seu coração, deixe ele sair de seu corpo e demonstre, a verdadeira forma de sua essência espiritual!

Layla estava ofegante e suando, um vento seguindo por de baixo de seus pés erguerão seus sedosos e cheirosos cabelos, a loira juntou as duas pernas e apertou com força suas mãos. Todos a olhavam tensos, esperando o elemento sair do interior da garota e lutando para ganhar um forma real. Layla abriu seus olhos e aqueles incríveis tons de azul que eram o de se esperar que tivesse, haviam sumido, seus olhos agora estavam vermelhos, como duas pedras de rubi já lapidados. Ela sorriu, um sorriso sem mostrar os dentes, curvando seus lábios para o lado direito de seu rosto. Era um sorriso maquiavélico brotando de sua face, como se ela calculasse, ou planejasse algo grandioso e maldoso. Todos deram pequenos gemidos surpresos, quando o elemento de Layla se manifestou. Na ponta da estrela onde se encontra o elemento fogo, tinha uma personificação espiritual perfeita da princesa de Cannor, era outra Layla ali parada olhando para a verdadeira no centro do pentagrama. Elas sorriram uma para a outra, como se elas se conhecessem a vida inteira e por mais assustador que pareça, as duas tinham o mesmo sorriso diabólico. A cópia perfeita da princesa, ergueu a mão e a abriu contra a Layla verdadeira, soltando um tipo de estrelinhas vermelhas e brilhantes em direção dela. A loira no centro da estrela de cinco pontas apenas levantou o pescoço como se algo incrivelmente espetacular estivesse entrando em seu corpo, como se ela estivesse finalmente se sentindo realizada consigo mesma. Depois de alguns segundos a segunda Layla através dessas estrelas brilhantes e vermelhas, entram por definitivo no corpo da Loira princesa, que sorri e deixa algumas lágrimas caírem de satisfação em sua face.

A princesa de Cannor saiu do centro do pentagrama e logo o garoto que estava ao lado de Anna pediu a vez, que foi concebido com um sorriso e "Sim" caloroso da feiticeira adulta. Ele foi fazendo o que ela foi instruindo e logo raízes cheia de espinhos se ergueram da ponta referente a terra na estrela, as raízes eram muito verdes e vivas, logo outra raiz se ergueu na ponta da água, mas essa então parecia uma raiz de gelo, também coberta por espinhos, só que gélidos e afiados. As raízes de gelo e a de planta se unificaram, fazendo um tipo diferente de planta, era linda, verde e cristalina ao mesmo tempo, a planta virou um tipo de pô brilhoso, que o garoto chamado Jack Julos inalou com apenas um suspiro. Ele sorriu e olhou feliz para todos a sua volta. Outra aluna queria se apresentar, já estava dando um passo a frente quando a professora propositalmente chama o nome dela.

__Anna, venha até o centro do circulo querida!__Ela sorri calorosamente fazendo menção para que a garota dos cabelos negros fosse a frente. No mesmo instante Anna corou, sorriu timidamente e se pós a andar.

No centro da estrela de cinco pontas, Anna suspira e segue cada palavra, da instrução detalhista da professora Mistsey. Ela fecha os olhos e esquece seu medos, suas preocupações e até os seus momentos felizes, para poder sentir e deixar florescer o que quer que seu espirito demonstre. Por um instante Anna sentiu uma leve alegria circular seu peito e sentiu como se alguém acabasse de lhe dar um abraço, era quente e aconchegante, fazendo a garota suspirar e depois ofegar. No entanto esse abraço se dissipou, se transformando em um tapa frio em seu rosto. Anna acabara de cair no chão, todos os alunos gritaram, e algumas das meninas até colocaram a mão em suas bocas abertas, Jack já iria ajudar a Anna a levantar mais Mistsey o interrompeu.

__Não, deixe que ela deve ser forte, para suportar seu espirito!__A professora encarava a garota caída no centro do circulo com queixo erguido.

Anna abre os olhos e vê todos a olhando, ela apenas chorou e se levantou, a pobre garota do campo sabia que ela não sentia nada, nem uma fagulha do fogo, nem uma brisa fraca do ar em movimento, ou se quer uma gota molhada de chuva, que seria proposto pela água, nem sentiu o perfume das rosas ou se quer sentiu algo especial como seu espirito mais forte. Nada, literalmente nada, era como se ela não tivesse afinidade com nenhum elemento da natureza, como se ela não fosse digna de nenhum dos dons que os feiticeiros, todos os feiticeiros, podem ter. Mistsey a olhou desconfiada, colocou a mão em seu queixo e pediu para que Anna deixasse o circulo e a esperasse do lado de fora da sala. Ela não acreditava que Anna fosse realmente uma garota sem dons.