__Acordem vocês duas!__Grita Noturno num tom agudo e irritante. As meninas levantam rápido da cama como se o lugar onde elas estão tivesse pegando fogo. Olham a hora e encaram com o triste fato de estarem atrasadas, correm desesperadas para os guarda-roupas, onde pegam quase qualquer roupa e Gabriella corre rápido pro banheiro. No ato de ajeitar a cama antes de sair, Anna deixa um pequeno papel rosado voar até o chão.

__Uh? O que é isto?__Ela apanha a amassada folha quando percebe que aquilo era o horário das aulas e todas as aulas que elas teriam nesta unidade. Elevando um pouco a voz, a garota ainda de camisola, chama atenção da colega de quarto que cantarolava fanhosamente algo no banheiro.__Gabí!

__O-oi! O que foi?__Ela grita lá de dentro.

__você já tinha visto esse papel?

__Que papel?__Ela coloca a cabeça pra fora da porta. Anna mostra a folha rosada e a índia estranha totalmente o que poderia ser aquilo.__Não nunca o vi! O que tem nele?

__Nossas aulas e horários dessa unidade!__

__Não brinca!

__Yeah! Pode terminar seu banho, já já te mostro!

__Ok!__Ela volta para as águas quente que saía de seu chuveiro.

Anna tenta desamassar o papel sem muito sucesso e observa as matérias de estudo.

Aulas primeira unidade

Magias e feitiços nível 1/Prof. Richard Lohan

Porções e encantamentos nível 1/Prof. Diego Frimon

Fauna e flora básica/Prof. Onella Proush

Auto defesa nível 1/Prof. Vindicem Lux

Aprendiz de classe mágica nível 1/ Mistsey Woler (Para calouros feiticeiros), Hindra Magush (Para calouros magos), Larissa Pupillam (Para calouros bruxos)

Etiqueta e bons modos nível 1/Prof. Kenny Jurio

História da magia/ Prof. Fredie Solem

Geografia/ Prof. Safira Melo

Assim que Anna viu o nome da Mistsey para calouros feiticeiros ela abre um rápido sorriso, as aulas hoje seriam ACM (Aprendiz de classe mágica), EBM (Etiqueta e bons modos), MF (Magia e feitiços) e FF (Fauna e flora). Assim que Gabriella saiu do banheiro ainda com a toalha enrolada na cabeça, Anna a entrega o papel e entra para tomar banho e fazer suas necessidades fisiológicas. As duas saem dos dormitórios correndo, ignoram o café da manhã mesmo já estando com fome e sobem numa carruagem, pedindo para o cocheiro seguir caminho para Poft. Chegando no castelo/escola elas descem e vão correndo para onde possivelmente seja a sala de aula, a primeira aula é a ACM. Como Anna e Gabirella são de classes mágicas diferentes, essa primeira aula elas teriam que se separar.

__É amiga, aqui a gente se separa!__Fala a índia triste.

__A gente se vê na segunda aula!__Anna acena entronchando um pouco a boca, demonstrando frustração. Cada uma segue por um corredor diferente.

O corredor onde Anna havia entrado, era diferente de todos os outro corredores por esta tão grande escola. Nele tinha vários quadros de grandes feiticeiros, que já foram alunos da Poft, cada quadro passava um tipo de sentimento diferente para quem se aproximasse. Um tinha a assinatura de uma feiticeira de lindos cabelos ruivos alaranjados. Estava assinado como Yny Ratzo, Anna olhou atenta a foto da feiticeira que usava um lindo vestido provocante e branco. O rosto dela parecia tão perfeito que despertava uma obvia inveja de algumas pessoas, os olhos dela era de certa forma quase fechados, pois a beleza oriental da Yny era lisonjeante, os cílios dela eram longos e verdes e suas orelhas de elfa estavam como sempre levantada. A garota do campo passou por diversos outros quadros, olhando feiticeiros e feiticeiras que eram de certa forma poderosos, até ela passar por um que lhe rendeu um batimento cardíaco acelerado.

Aquela mulher, também de branco. Seus cabelos negros levemente trançados, sua pele rosada e seus olhos incrivelmente azuis. Anna sentiu um calafrio passar por seu corpo, era como se ela acabace de ter uma empatia poderosa por esta pessoa, as lágrimas vieram quase instantaneamente nos olhos da garota e ela acabara de se aproximar o mais perto que pode deste quadro. Por que teria tanto sentimento por uma pessoa desconhecida? Por que esse calafrio ao ver a imagem de alguém que ela nem em sonhos conhecia? Anna já iria tocar na tela, que estava protegida por uma camada fina de vidro transparente e uma moldura de ouro reluzente, quando escuta uma voz que fez seus tímpanos doerem de tão irritante.

__Ah sei lá, só acho que eu deveria ter um quarto naquele mine castelo, bem maior do quê o que tenho!__Anna nem precisou se virar, ela já sabia quem estava chegando por ali, a princesa Layla murmurando e falando alto, sempre reclamando de algo e pra falar a verdade ela não estava falando com ninguém, só reclamando e pensando alto. Ela passa por Anna no corredor dando uma olhada na simples garota de cima a baixo, olhando com desprezo como se visse um amontoado de lixo parado no corredor. Não precisava ser um gênio ou uma pessoa mais vivida, para saber oque a mesquinha princesa, dos cabelos dourados e face perfeita estava pensando de Anna. A garota simples do campo simplesmente continuou encarando ela como se a princesa Layla, não fosse realmente uma princesa, ela olhava para os olhos azuis da loira como se fosse qualquer outra pessoa. No entanto olhar cara a cara para alguém com o ego cítrico como Layla, as vezes chegara a ser ofensivo, o que fez a preciosa e sarcástica princesa ir confrontar, quem a estivesse olhando de igual para igual. __O que você esta olhando?__Anna continuou em silencio. __Ah, você não fala? Eu sei que você fala, sua mãe não te deu educação? Quando uma princesa fala você deve responder!

__Minha mãe me deu educação suficiente para entender, que para pessoas arrogantes o silencio é a cura!__ Anna falou com um sorriso tão simples e irônico que a Layla a olhou como se fosse sua pior inimiga.

__Olha aqui sua garotinha desprezível! Eu sou a princesa Layla, herdeira das terras Cannor, um dos maiores e mais poderosos reinos deste vasto continente, me reverencie agora ou farei da sua vida um verdadeiro inferno!__ A loira realmente estava irritada, suas bochechas, nariz e orelhas ficaram vermelhos com tanta ira exposta. Ela agora apontara o dedo pro chão ordenando que Anna se ajoelhasse a sua frente.

__Uh?__Anna olha para o dedo dela, a garota do campo apenas se virou e voltou a caminhar pelo corredor, indo direto para sala de aula, dando as costas para ridícula cena que a princesa de Cannor fazia.

__Ei volte aqui, não me dê as costas vadia recalcada!__Ela gritou, mas foi ignorada o que a deixou furiosa. Layla seguiu a garota do campo até a sala de aula. Antes que Anna pudesse tocar na maçaneta da porta, a princesa olha intensamente para a parte metálica que Anna já iria tocar. Ao colocar a mão, Anna se depara com uma forte queimadura, a superfície metálica da maçaneta estava muito quente, o que resultou um grito da pobre garota, que tirou a mão rápido da maçaneta ao perceber, o forte calor que sua mão acabara de sofrer.

__Ai! O que você fez?__ Ela olhou para sua mão que a gora estava vermelha, a princesa sorriu como se tivesse acabado de dar uma lição.

__Você me ouviu, da próxima vez que alguém da realeza te der uma ordem, você obedeça!__Layla toca na mesma maçaneta mas não sente o calor da mesma forma que Anna.

Cannor é o pais onde se tem mais vulcões no mundo inteiro e a Deusa que guarda este pais, deu a família real, um presente sanguíneo que é passado hereditariamente. A família real de Cannor consegue suportar quase qualquer temperatura contanto que esta mesma seja quente. No inverno eles não sentem frio. Com Layla, não era diferente, ela é uma herdeira de Cannor, filha de um dos Reis mais poderosos desta época. A princesa mimada encarou Anna, com seus belos olhos azuis e o seu rosto angelical, que agora dava um pequeno sorriso diabólico, mostrando a verdadeira pessoa maquiavélica que ela é por dentro, alguma coisa naquele momento, havia feito a princesa notar a garota simples do campo. Agora a princesa dos perfeitos cabelos ondulados e dourados, tinha adquirido um ódio em seu coração em relação a Anna. O que provavelmente dificultaria a felicidade da garota dos lisos cabelos negros, nesse tempo que ela vai estar estudando na Poft. A loira abre a porta entrando normalmente na sala de aula e Anna tinha certeza de algo, que uma rivalidade acabara de surgir.