Hanna I - The best friend of my brother . escrita por Chars


Capítulo 1
Prólogo .


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem . :D



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Sou Hanna Blanco, tenho apenas 15 anos, cabelos escuros, pele bronzeada, estatura baixa, etc. Atualmente moro em Copacabana com meu irmão mais velho Andrew, e seu melhor amigo Tyler. Meus pais viajam muito e eu ficava muito sozinha morando longe de tudo, então meus pais decidiram que era melhor eu morar com ele, quando éramos só nós dois ainda ficava tudo bem, mas com meus pais viajando tanto e Andy decidindo vir morar no Brasil com Tyler, tudo ficou mais difícil pra mim, ficar em um país, morando praticamente sozinha com apenas 12 anos.

Eu e Tyler nunca nos demos muito bem, ele sempre foi o amigo peste, que me provocava quando criança, falando sobre meus personagens favoritos morrerem, e eu acreditava e chorava muito, o que só o fazia continuar. Até hoje ele me chama de pirralha.

Passei dois anos morando totalmente sozinha, desde que Andrew se mudou, ficava com os empregados da casa, e eu só tinha doze anos, então quando fiz quatorze, meu pai prometeu ao Andrew que se ele cuidasse de mim, e me deixasse morar com eles, ele pagaria uma mesada, que não era pouca coisa, e Andy como nunca foi bobo, aceitou.

Já moro com eles a mais de um ano, e o convívio com Andy e Tyler é até fácil, o problema são as festas, bebida, as garotas...

Sempre os mesmos motivos para as brigas começarem.

Eu estava no meu quarto, deitada ouvindo Red Hot Chilli Peppers, quando a porta foi brutalmente aberta.

— Não sabe bater? – perguntei, enquanto tirava os fones.

— Já disse para não pegar as coisas da minha gaveta! – ele gritou, nervoso

— Eu não mexo nas suas coisas, muito menos naquela sua gaveta pervertida. – falei calmamente, para logo em seguida me irritar – E quem você acha que é, para chegar no meu – dei ênfase – quarto e ir gritando comigo desse jeito? – voltei a respirar e falar baixo – Continuando... Eu não mexo nas suas coisas, já pensou que pode ter sido o Andy?

— Eu grito com você, quando pega as minhas coisas! – continuou gritando – Sei que foi você quem pegou a camisinha que estava lá. E sim, já pensei que poderia ter sido ele, mas ele tem as dele, não mexeria nas minhas... Já você...

— Você não grita comigo quando quiser, coisa nenhuma, garoto! – levantei a voz, enquanto ficava de pé e me aproximava dele, estava me deixando estressada. – Nem preciso revidar a de eu não ter as minhas, pois foi um insulto a minha virtude e a sua quase inteligência. – simplesmente revirei os olhos. – Já pensou que você poder ter usado? Manda essa garota pra casa e vai comprar alguma coisa para nós comermos, estou morrendo de fome.

— Tem pernas, vai você! – ele falou irônico e saiu do meu quarto.

— Ridículo! – gritei e ele virou e sorriu.

— Esse é seu melhor insulto?

Ele perguntou e eu fui até a porta, vi ele indo até o quarto e mostrando o dedo do meio, como se soubesse que fosse até lá.

— Vai lavar este dedo. – gritei e ele riu

— Vai fazer uma plástica. – retruquei

Bati a porta e fui trocar de roupa, coloquei o som bem alto, como de costume para não escutar gemidos, nem algo do gênero. Me troquei ao som de Avril Lavigne.

Assim que sai do quarto, desci as escadas e dei de cara com Tyler se despedindo da garota da vez.

— Onde vai? – ele perguntou e eu quase gargalhei.

— Não é da sua conta! Mas como você disse que tenho pernas, estou indo usá-las.

— Ótimo, compra alguma coisa pra mim.

— Eu não! Você tem pernas. – disse engrossando a voz e o imitando.

— Então vou com você.

— Pode ir, pra onde quiser... Só não comigo. Tchau. – falei, peguei meu skate e sai.

Estava de skate, e olhava para os lados procurando um lugar para comer, desastrada, acabo por praticamente atropelar alguém.

— Ei, olha por onde anda! – gritei, enquanto me levantava, tentando colocar a culpa nele.

— Me desculpe! Não te vi. – falou, enquanto me ajudava a levantar.

— Ah... Sem problemas – falei, depois de olhar para ele e perceber que era bem bonito, até tinha um aspecto meio surfista, só que com cabelos escuros. – Você é daqui? Nunca te vi antes...

— Na verdade não, me mudei a alguns dias. Estava procurando um lugar pra comer.

— Ah, eu também. Se quiser... posso te ajudar.

— Claro. Ótimo!

Peguei o skate e coloquei em baixo do ombro, caminhávamos em silêncio, até eu decidir puxar conversa.

— Então... porque se mudou pra cá?  - perguntei, tentando puxar conversa.

— Meu pai teve uma proposta de emprego aqui.

— Ah, entendi! Qual é seu nome, mesmo?

— Cameron, mas pode me chamar de Cam, e o seu?

— Hanna, mas pode me chamar de Hanna. – brinquei e ele sorriu.

— Tem quantos anos, Hanna? – ele perguntou e eu sorri.

— Quinze e você?

— Também. Você estuda aqui perto?

— Mais ou menos. Estudo no colégio Alfa.

— Sério? – perguntou, espantado.

— Sim, porque? – perguntei, fazendo cara de assustada.

— Meus pais me matricularam lá, começo essa semana. Vai ser bom conhecer alguém...

— Verdade, pior coisa é chegar numa escola nova e não conhecer absolutamente ninguém. – falei e ele concordou, logo paramos em frente ao lugar que queria mostrar a ele. – Chegamos!

Entramos e procuramos uma mesa, encostei o skate na parede e esperamos ser atendidos.

— O que vão querer, queridos? – a garçonete, Honda, perguntou.

— Quero um número sete com milk-shake, por favor. – ele respondeu eu sorri.

— O de sempre Honda.

— Tudo bem, já vou trazer. – ela disse e olhou para mim com um sorriso no rosto. – Bom te ver de novo, Hanna.

Esperamos pelos pedidos e logo que chegaram começamos a comer, estava com muita fome.

— Você vem sempre aqui? – ele perguntou e eu assenti.

— Quase todos os dias depois da escola. Moro com meu irmão e o melhor amigo, e somos todos uma negação na cozinha. – ele deu risada e quase que o milk-shake saiu pelo nariz.

— Vai com calma, Cam. – falei, para logo em seguida rir também.

Ele somente assentiu, deve ter ficado envergonhado. Terminamos de comer e ele começou a me contar a história dele.

— Me mudo muito, sabe. Espero continuar aqui por algum tempo, tenho uma irmã mais nova e ela é muito fofa, só não a deixe se aproximar do seu cabelo. – ele falava e eu não conseguia parar de rir de tudo o que ele dizia, parecia ser de proposito, as piadas sutis.

— Não sou muito fã de esportes, mas também não sou dos piores no futebol. – ele continuava a falar sobre sua vida.

Meu celular começar a vibrar sem parar, me irritei e decidi atender.

— Rapidinho, melhor eu atender essa porcaria logo.

IDL

Porra, cadê você? Seu irmão já deve estar chegando e você não apareceu ainda. Já viu que horas são? Assim você me mata! Não atende o celular quando eu ligo, não responde as mensagens. Onde você está sua idiota?

— Calminha neném. Eu estou ótima, daqui a pouco vou para casa, e eu não estou sozinha. Ah, e vaso ruim não quebra, então você não morre tão cedo.

— Com quem, e onde você está, Hanna? – ele gritou.

— Tava na Bibi’s até agora a pouco, e agora estou indo para casa. Tchau!

— Cara de marmota! – ele gritou antes de eu desligar.

FDL

Assim que desliguei, reparei que Cameron me olhava assustado.

— Era seu irmão? – ele perguntou e eu ri.

— Não. Era o idiota do Tyler, o melhor amigo dele.

— Vocês se insultam assim sempre?

— É claro, nada é tão divertido.

Ele riu e nós continuamos o caminho, deixei ele em frente a sua casa e voltei.

— Sua maluca! Estava aqui preocupado comigo, e você na rua. Com quem você estava? – ele gritava e eu estava sem entender nada, desde quando ele se importava onde ou com quem eu estava?

— Um amigo. – respondi, seca, e subi as escadas.

Ele segurou meu braço, me fazendo derrubar o skate.

— Que saco Tyler, é meu amigo! – gritei e ele me encarou nervoso.

— Não o conheço, conheço?

— Não.

— Quando o conheceu?

— Hoje. Esbarrei com ele na rua e ele estuda comigo.

— Conheceu ele hoje? Quando seu irmão chegar conversamos melhor...

— Que se foda. – falei irritada e subi as escadas para meu quarto.

Fechei a porta e fui tomar banho. Estava de toalha, quando percebi que meus três pijamas estavam para lavar.

— Que merda Tyler! Custa tanto assim lavar roupa? Pelo menos uma vez na vida?

— Amanhã é dia da Tayla vir lavar a roupa, não hoje. – ele respondeu, com a voz suave.

— Caralho, tem três pijamas meus para lavar. Como isso é possível?

— Você suja muito pijama?

— Vai a merda! – gritei e fui me aproximando e dando socos nele.

— Tá ficando fortinha, em.

— Fortinha, é o teu pau.

— Também. – ele falou, dando risada.

— A única coisa que falta, é um cérebro não é Ty?

— E pra você, uma roupa Hanninha. – falou debochado.

Assim que disse isso, eu corei, corri de volta para meu quarto. Esqueci completamente que estava de toalha.

Coloquei um moletom, mesmo e desci. Enquanto o “jantar” se passava, o assunto acabou por vir.

— Então Andy... Amigão... Hoje sua irmã chegou em casa eram quase oito horas, falando que estava com um amigo novo. Conheceu ele hoje e já passou o dia todo com ele... Assim, sem nem saber seu nome completo. – Tyler começou e eu quase engasguei.

— Legal! Bonitão ele? –

— Ahá. Seu trouxa. Te disse que ele não se importa, que não ia falar nada. – gritei para o Ty em tom de zombaria. – E sim Andy... o Cameron é o maior gato! – dei ênfase e ele riu.

— Cameron né?

— Isso, é Cameron o nome do bonitão! – ele falou e Andy riu.

— Fala sério, Ty. – Andy falou brincalhão.

— Ai, ai. Como já venci a batalha de hoje, posso ir dormir sossegada. Tchau pra vocês!

Subi as escadas e fui até o banheiro, escovar os dentes. Logo depois me joguei na cama, teria uma semana e tanto para enfrentar. Afinal, amanhã já era segunda. E quem é que gosta de segundas?


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Notas finais do capítulo

Gostaram ?