Os Sete Seres. escrita por Lord JH


Capítulo 39
A floresta da ilha negra.


Notas iniciais do capítulo

Lizzie,Veros, Naco, Snow, Clara e Nero finalmente chegam a ilha negra. Lá eles acabam encontrando uma velha amiga do Veros, no meio da temível e assustadora floresta negra.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366121/chapter/39

O sol estava brilhando fortemente sobre o mastro e as velas do Loveship. Veros ajudava Lizzie a carregar o navio com provisões e roupas que nos seriam úteis no clima quente e estranho da ilha negra.

Enquanto isso, na parte da proa do navio, Clara, Snow e eu observávamos o mar e pensávamos em como sairíamos vivos daquela ilha.

Nero, será que nós vamos sobreviver e retornar para nossas casas? — Perguntou Clara preocupada.

Espero que sim. — Respondi esperançoso. — Quando isso tudo acabar eu quero retornar para a casa onde meu pai e minha mãe moraram. O lugar onde eu nasci...  — Sussurrei ao olhar o límpido mar.

O que você espera encontrar lá? — Perguntou Clara ao olhar o meu rosto estático.

Um lugar tranquilo e isolado para viver. Eu ficarei muito feliz se você me acompanhar até lá. ^-^ Nós podemos nos mudar para lá quando você crescer um pouco mais. — Falei sorrindo e imaginando a nossa vida juntos.

Seria legal! ^-^ — Concordou Clara. — Mas você não acha que esta se precipitando um pouco? Nós nem sabemos ainda se a casa de seus pais ainda está em pé.

Eu percebi a verdade nas palavras de Clara, mas respirei fundo e acariciei o pelo branco de Snow antes de falar — Você está certa. Porém nós só saberemos a verdade quando formos até lá.

Sim. — Concordou Clara ao me abraçar e me dar um beijinho apaixonado.

Então, depois de Lizzie finalizar todos os preparativos, nós finalmente decolamos para a ilha negra.

A viagem não foi muito longa, mas nós decidimos esperar pelo anoitecer antes de pousar pelo lado sul da ilha.

Bem vindos, mortais; Á minha casa! — Exclamou Veros com um sorriso sínico no rosto.

Naco, o chacal ficou eufórico ao ver as plantas e arvores de cor negra da ilha e da floresta onde ele nasceu.

Esta é a floresta negra. — Falou Veros antes de se jogar do navio e pular de um galho de uma arvore até pousar numa enorme pedra cinza que fazia um contraste contra a paisagem negra das outras pedras e plantas de cor preta.

Parece ser um lugar sombrio. — Comentou Snow ao farejar o ar e olhar atentamente para floresta.

E é. — Respondeu Naco o chacal. — Não é um lugar onde um cãozinho de pelo branco como você poderia sobreviver.

Ah, então você fala? Por um momento eu achei que você fosse mudo. — Comentou Clara que olhava atentamente para o pelo negro do chacal.

Foi então que Lizzie se aproximou e falou — Sim! Ele fala. E ele irá nos ajudar junto ao Veros á encontrar a caverna que leva até a passagem secreta do castelo.

Então vamos. — Falei ao embainhar a espada negra na bainha especial feita pelo Neufer no castelo de Erond.

Descemos até a floresta e seguimos por uma pequena trilha secreta, tão pequena que nós tínhamos que nos mover em fila indiana.

No caminho avistamos Alguns chacais, coelhos, insetos e corvos totalmente negros e assustadores.  Avistamos também alguns cervos com longos, afiados e pontudos dentes caninos que pareciam ser mais adequados á um predador do que um á animal considerado uma presa.

Que animal é aquele? *-* — Perguntou Clara curiosa ao ver os longos e finos caninos da criatura.

É um cervo vampiro. Nós o chamamos assim por causa dos longos dentes que eles possuem e usam para ferir os seus inimigos. No passado existia uma lenda que dizia que eles sugavam o sangue de suas presas e devoravam a sua carne. Uma mentira forjada a partir do avistamento desses animais que ás vezes roem os ossos de outros animais e se alimentam de alguns morcegos mortos. — Explicou Veros.

Nossa! *-* Nunca imaginei que poderiam existir cervos com dentes tão longos! *-* — Exclamou Clara maravilhada.

Sim. Eles existem, mas não são nada amigáveis. Então nunca se aproxime nenhum deles se não quiser levar uma mordida. — Alertou Veros ao levantar um galho baixo que estava em seu caminho.

E onde fica esta caverna da que vocês tanto falam? — Perguntei ansioso para sair daquele lugar sombrio e assustador.

Ela fica no final desta trilha. Porém devemos tomar cuidado para não sermos vistos. Apesar da floresta negra ser um lugar sombrio e desolado, muitos demônios vem aqui para caçar, matar, punir ou “amar!” Então não façam muito barulho. Não quero encontrar nenhum caçador ou um casal aproveitando-se da hospitalidade e privacidade de nossas matas nos avistando e nos interrogando. — Falou Veros ao responder minha pergunta.

Decidimos então seguir o conselho de Veros e ficamos em silencio, até que Snow e Naco sentiram cheiro de sangue demônio próximo a trilha.

Tem cheiro de sangue no ar! — Alertou Snow preocupado.

É sangue de demônio. — Completou Naco. — O que devemos fazer? — Perguntou o chacal ao seu amigo demônio.

Veros: — È arriscado seguirmos em frente, mas como não devemos sair da trilha... Eu tenho uma ideia.

 Temeroso, Veros pediu para que Naco fosse na frente e checa-se a fonte do odor. Então, após alguns segundos, o chacal negro retornou e disse: — É uma mulher de longos cabelos negros e uma marca de V na barriga.

Uma punida. — Sussurrou Veros ao colocar a mão no queixo. — Vamos! Eu quero ver quem é. Se for alguma conhecida eu posso salva-lá e talvez ela nos ajude. E caso seja uma estranha... Eu colocarei um fim ao sofrimento dela. — Sussurrou Veros de forma sínica e provocante para mim.

Fomos até a tal mulher e encontramos uma linda demônia, nua, pregada por pregos e ferros enormes á uma grande cruz de madeira em formato de X gigante e amarrada por cordas e cipós negros e espinhentos que lhe machucavam e perfuravam a sua branca pele.

O cabelo da mulher era bastante negro, mas o sangue que escorria do seu corpo tinha uma coloração vermelha enegrecida. O seu corpo estava repleto de arranhões e queimaduras, os seus belos seios e mamilos estavam perfurados por agulhas e espinhos enormes, as suas pernas acorrentadas por correntes negras e perfurantes, e abaixo do seu peito, na região da parte de cima da barriga, havia uma marca de queimadura na pele feita no formato de uma grande letra V.

Ela é linda... — Eu sussurrei sem perceber que Clara e os outros escutaram.

Sim. Mas por que ela está amarrada desse jeito? E o que é esse V na barriga dela? — Perguntou Clara indignada.

Esse V significa “Vlush”! Significa desonrada na antiga língua negra. — Falou Veros ao se aproximar do corpo da bela mulher.

Horrendo. — Sussurrou Clara ao olhar novamente para o corpo da pobre demônia.

Se eu fosse você eu não ficava apenas com repulsa, mas também ficaria preocupada e com medo. Pois esse pode ser o nosso fim se falharmos aqui. — Falou Veros ao levantar e analisar o belo rosto da belíssima mulher.

Clara aparentou ficar um pouco amedrontada, mas eu logo á consolei falando — Não se preocupe Clara! Eu matarei qualquer um que tenta fazer algum mal á você.

Clara abraçou o meu braço fortemente, mas o Veros apenas sorriu e falou — Ora, ora eu conheço essa mulher. É a minha velha amiga de infância chamada Mia.

Ao ouvir o seu próprio nome a pobre demônia abriu os olhos lentamente, e ao reconhecer o rosto do homem que estava á sua frente, Sussurrou — Veros? É você mesmo seu desgraçado?

Olá Mia! Há quanto tempo não? Você não parece estar muito bem. O que aconteceu para você ser punida desse jeito? — Perguntou Veros ao retirar e lamber uma das agulhas que estavam enfiadas no seio esquerdo da pobre mulher.

Há! Fui cortejada durante á ultima noite, porém não aceitei o cortejador. E infelizmente ele não aceitou a recusa tão bem. — Explicou a demônia como se estivesse conversando normalmente.

Triste, não? — Ironizou Veros — E por quê você não tentou engana-lo com palavras? — Perguntou o sarcástico demônio enquanto brincava com as agulhas no seio da Demônia.

Ah, você sabe come eles são. Não são todos que são como você e aceita um “não” como resposta. — Respondeu Mia antes de tossir um pouco de sangue.

É verdade. Mas pelo que eu me lembre eu nunca recebi um não seu como resposta! ( ͡° ͜ʖ ͡°) — Ironizou Veros ao segurar com força os longos e negros cabelos da bela demônia.

Lógico que não! Você é o filho do líder! O filho do rei! Quem seria louca de dizer não para um príncipe? — Respondeu Mia com um sorriso pervertido.

Pois é! Mas a partir de hoje eu não serei mais apenas o príncipe dos demônios. Eu serei o novo rei deles. — Confessou Veros com uma certa arrogância.

Hahahaha... Pelo visto você está mais louco do que eu quando decidi recusar a oferta dos meus estupradores! — Ironizou Mia com um olhar sarcástico. — Se eu tivesse aceitado dormir com aquele porco gordo talvez eles e os seus dois amigos não tivessem me estuprado e me torturado durante uma noite inteira. Se você ousar desafiar o seu pai ele fará picadinhos de você. — Alertou Mia com descrença nas palavras do príncipe dos demônios.

Hahaha... Você é mulher e estava sozinha contra 3. Eu sou o príncipe e estou acompanhado de amigos. Talvez você deva se juntar a nós e futuramente conseguir uma chance de se vingar de seus torturadores. — Propôs Veros ao espetar uma das agulhas que ele havia retirado de volta ao seio esquerdo da pobre mulher.

Mia: — Há! Você acha que vocês e os seus amigos são pareôs para o que estar por vir? O seu pai tem Chaos e vários demônios e criaturas ao lado dele. E você o que tem? Uma gostosa de azul, um cachorro branco, um chacal e duas crianças? Faça-me o favor Veros. Você sabe muito bem que se todos vocês forem adiante com este tipo de pensamento vocês vão acabar igual á mim! Ou talvez até pior.

Verdade. Você pode até estar certa, mas pelo menos nós temos o que você aparenta não ter mais! Que é a vontade de lutar e viver. — Exclamou Clara inconformada com a descrença da bela demônia.

Hihihi... Garoto corajoso esse que lhe acompanha. — Zombou Mia com uma voz fraca.

Não sou um garoto! Sou uma mulher assim como você. — Respondeu Clara com um orgulho jamais visto antes.

Ah é? Peço perdão garotinha. Os meus olhos já estão começando a ficar fracos por causa da dor. Mas me responda uma coisa, brava e corajosa garota... Você já foi estuprada antes? — Perguntou Mia ao olhar nos olhos de Clara e esperar um não como resposta.

Porém para a pobre demônia a resposta de Clara foi muito diferente do que uma pessoa normal normalmente responderia.

Já! — Disse Clara com poucas palavras.

Lizzie e Veros olharam um para o outro, provavelmente espantados pela revelação que apenas eu sabia.

Oh, é mesmo? E o que você fez depois do tal ato? — Perguntou Mia curiosa.

Eu o matei! — Respondeu Clara sem rodeios. — Na verdade eu estava planejando mata-lo desde o momento em que ele começou a me abusar.

Oh, então você é realmente uma garota brava e corajosa. Rsrsrs... Porém há uma enorme diferença em ser estuprada por um humano e ser estuprada por três demônios. E eu não estou falando apenas da diferença numérica. — Comentou Mia antes de tossir um pouco de sangue novamente.

Eu sei muito bem disso. Os demônios são mais fortes, mas não é por isso que você deve desistir de lutar. — Respondeu Clara confiante.

Ah não? Talvez você não saiba, mas não existe um prazer maior para um estuprador do que quando a presa dele reage e luta. É por isso que se chama estupro querida! Se a vitima não reagisse qual você acha que seria a graça deles estuprarem alguém? Pois é exatamente isso o que eles querem! As suas lagrimas, a sua dor, a sua vergonha! Você devia saber disso mais do que ninguém se o que você diz é verdade. —Rebateu Mia apática porem irônica.

Sim, eu sei! Mas não é por causa de uma situação dessas que nós devemos desistir de fazer o que é certo para nós. Nós sempre devemos lutar, não importa a situação. — Insistiu Clara mais uma vez.

E você acha que eu não lutei? Você acha que eu não resisti? Eu tentei! Eu juro que eu tentei, mas eram três! Dois á mais do que eu sozinha. Você já tentou seguir em frente depois de ser estuprada e abusada incessantemente durante uma noite inteira enquanto três “porcos” fedidos e gordos te abusam e te revezam mesmo quando você está desmaiada por não aguentar mais tanta dor e humilhação? Você sabe o que é ser torturada do jeito que eu estou agora? Já imaginou a dor que é ter uma dessas agulhas, ferros, espinhos ou pregos enfiados na sua pele ou nos seus seios? Você sabe de que planta é este espinho que está perfurado no meu seio direito? — Explodiu Mia em raiva e revolta.

Não. Ela não sabe. Provavelmente ela nunca ouviu falar em “dor de viúva”. — Falou Veros ao retirar um dos enormes espinhos do seio de sua velha amiga.

Dor de viúva? O que é isso? — Perguntei confuso.

É uma planta venenosa que cresce nesta ilha. Uma gota da toxina presente em seus espinhos aumenta a sensibilidade e a dor de um corpo em 10 vezes mais. — Explicou Lizzie ao tomar o espinho da mão de Veros e analisa-lo atentamente.

Isso mesmo. Então corajosa garotinha, você aguentaria ser estuprada e torturada cruelmente enquanto está sobre o efeito de uma droga tão terrível? — Perguntou Mia inconformada.

Por um momento eu pensei que Clara finalmente ficaria calada e quieta, mas para a minha surpresa, a corajosa e bela (Para mim!) garota de cabelos curto, se aproximou do corpo de Mia e falou — Provavelmente não. Eu sou apenas uma humana fraca e inexperiente. Mas você aguentou! Ou seja, você sobreviveu á tudo o que eles impuseram á você. O que me faz lembrar que eu nunca conheci uma mulher tão resistente e durona como você antes. ^_^ Uma pessoa como você realmente merece se juntar ao nosso grupo.

Mia ficou paralisada ao ouvir as palavras de consolo e encorajamento de Clara e após dar um longo suspiro, falou — Ok. Você realmente conseguiu... Você finalmente venceu e conseguiu fazer eu recuperar um pouco da minha dignidade e vontade de viver. Vamos Veros, me tire daqui para que eu possa me juntar á vocês e morrer de uma maneira mais digna.

Sério? — Perguntou Veros descrente — Você tem certeza que quer arriscar a sua vida desse modo? Se eles nos pegarem eles podem fazer coisas muito piores á você novamente. — Alertou Veros com o seu sorriso sínico.

Quem se importa? Deixe eles tentarem! Desta vez eu arrancarei com a minha boca cada P* que eles tentarem colocar na minha boca. — Declarou Mia com um pouco de autoconfiança recuperada.

Ok. Morda isto! Vai demorar um pouco até eu conseguir retirar todos os pregos e coisas que eles enfiaram em você. Sem falar que essas cordas, cipós e correntes vão doer muito quando eu retirar. — Falou Veros ao oferecer um graveto grosso para Mia.

Tudo bem. Coloque esse seu pau pequeno na minha boca e ande logo com isso. ( ͡° ͜ʖ ͡°) — Ironizou Mia com um olhar e um sorriso pervertido.

Hêhehe... Está é a Mia que eu conheço. ( ͡° ͜ʖ ͡°) — Comentou Veros antes de colocar o graveto grosso na boca de Mia e puxar o primeiro prego com toda força.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Sete Seres." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.