E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 17
E a ressaca moral, onde fica?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo mais curto porque teve um cliffhanger! uahsuahsuah...Primeiro que eu faço. Muito obrigada pelos comentários lindos e pela recepção tão boa do capítulo do Las Noches. Adorei saber que vcs curtiram a maneira como eu escrevi sobre o pessoal do Hueco Mundo. Muito obrigada mesmo



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Orihime acordou com uma dor de cabeça imensa, parecia que seu crânio estava sendo espetado por agulhas e em algum ponto do percurso elas se quebravam e a coisa ficava cada vez pior. Não restava nada além de abrir os olhos e procurar um alívio momentâneo para aquele suplício.

Levantou-se cambaleando na cama e percebeu que estava completamente nua e olhou para a cama e viu que não estava sozinha. O que eu fiz ontem? Meu Deus, o que foi que eu fiz ontem? Por favor, que seja o Ichigo, por favor que seja o Ichigo, por favor e em nome de tudo o que importa nessa vida, que seja o Ichigo. E viu que Ichigo Kurosaki estava li, tão nu quanto ela e com um semblante tranquilo e sereno.

Sentiu uma dor profunda entre as pernas e repentinamente alguns flashes do que supostamente aconteceu para deixá-la assim começaram a dançar pela sua mente. Em cada um deles Orihime não se reconhecia. Estava dançando para Ichigo na mureta da casa deles, que agora ela se sentia bem em dizer que era deles, e eles entraram e ela o desafiou ao tirar as roupas e em outra lembrança ela diz que ele a está machucando e que isso não deveria ser tão bom assim e no outro ela toma as rédeas e o galopa.

“É...acho que eu agora sei como deve ser fazer amor, não? Será que eu fiz alguma coisa errada? Devo ter feito. Mas como solucionar isso? E essa dor de cabeça infernal que não passa?”

Enquanto pensava como aliviar a dor de cabeça, seu celular tocou e ela foi correndo atrás dele para não acordar Ichigo e viu que era sua melhor amiga Tasuki.

“Tatsuki-chan, tudo bem?”

“Não. Minhas mãos estão doendo, minha cabeça está em chamas e parece que o Sado falou mais que o normal ontem. E parece que a gente fez mais que o normal ontem. Eu estou cheia de chupões. E sou sempre eu quem agride. Nunca fico com marcas.”

“Você não se lembra? Você não se lembra mesmo?”

“Eu lembro de partes,mas isso acontece sempre que eu bebo demais. Só que eu acabo lembrando.”

“Será que eu vou lembrar também?”

“Como assim também Orihime? Do que está falando?”

“Tatsuki-chan, você lembra o quanto eu amo o Ichigo desde sempre e pra sempre e todas aquelas coisas de adolescente, certo?”

“Claro.”

“Então não fica brava, mas eu acho que eu fiz amor com ele.”

“Acha?”

“Eu não lembro de muita coisa. Eu dancei pra ele no murinho aqui, falei um monte de coisas sobre ele não querer fazer amor comigo, disse que eu não ia chamar ele de Ichigo enquanto isso não acontecesse e outras coisas que estão retornando a uma velocidade a qual eu não consigo acompanhar sem um misto de vergonha e orgulho de mim mesma.”

“Ok Hime. Calma. Fica calma. Isso é normal, até esperado. Você lembra que você reclamou que vocês não faziam nada? Lembra? Então. Aconteceu. Isso não é bom? Por que eu iria ficar brava?”

“Porque você sempre zelou pela minha pureza?”

“Mas eu sempre incentivei você a fazer algo em relação ao Ichigo e isso você deveria se lembrar. Eu não gostava do pessoal que te agarrava sem nenhum motivo aparente, mas eu sempre soube que a sua vontade era impressionar e beijar o Ichigo. Desde que eu te conheço e sei dessa sua paixão por ele. Eu estou é feliz.”

“Sério??? Você não está brava? Nem decepcionada?”

“Claro que não Orihime! Está louca? Como eu disse, eu estou é feliz.”

A mulher deu um suspiro resignado e percebeu que a dor de cabeça tinha até passado. “Mas então, como assim marcas?”

“Ah Hime, vai no banheiro e olha o seu pescoço. O Ichigo nunca te deu um chupão?”

“Nunca me deixou marca alguma, porque de acordo com o que ele mesmo diz, eu tenho que me dar ao respeito. Já pensei em tantos lugares para ele enfiar esse respeito dele que olha....”

“Nossa Hime...que mudança. Está olhando?”

“Estou. Estou cheia de marcas no pescoço. Estão doendo.”

“Então a noite deve ter sido boa.”

“Mas eu me sinto mal em não lembrar.”

“Bom, vai ter que fazer de novo, minha amiga.”

“Provavelmente. Mas e como você está? Estava triste ontem.”

“Bom, eu como sempre tentei resolver as coisas na violência. Peguei umas pedras e coloquei no saco de boxe, pra ficar mais difícil. Eu estava com muita raiva do Sado. Por favor, trocentos anos juntos e nada de “minha linda”, nada de “meu amor” e só “ bate mais forte”. Que é isso? Isso faz com que a gente duvide de si mesma, não?”

“Talvez ele e o Ichigo sejam duas faces da mesma moeda. Um delicado demais e outro áspero demais.”

“Eu acho até que é...mas eu acho que é na fala. O Ichigo fala que nem uma matraca e o Sado não. Pode ser nisso.”

“Nossa, então eu devo falar mais ainda, porque parece que eu falo tanto e o Ichigo mal consegue falar..”

“Ah, mas falar demais não faz mal. Falar de menos é que é estranho porque a gente nunca sabe o que está acontecendo. Eu já te falei que eu nem sabia que eu estava namorando o Sado?”

“E isso é possível?”

“Na verdade foi. Tinha um cara na empresa interessado em mim e eu tinha começado o envolvimento com o Sado, a quem eu culpo o belo vinho tinto do Urahara e esse cara foi pedir dicas pra ele de como se aproximar de mim. E além da surpresa de ver o Sado falando muito com uma pessoa, ele demonstrou ciúmes e possessividade, o que eu logo cortei, né? Porque homem mandando em mim é algo inadmissível.”

“É...eu também não gosto disso não. Eu também não entendo quem foi que disse que homens comandam. Mas e daí? O que você disse?”

“Eu disse que geralmente a garota sabia antes de outras pessoas que estava namorando e envolvia um pedido. Mas daí como ele não tinha pedido, pedi eu. Foi muito engraçado. Foi a única vez que eu vi ele completamente constrangido.”

“Mas você pediu sério?”

“Claro, né Hime. Olha, vou ser bem honesta. Eu não dava nada por esse relacionamento. Porque eu e o Sado mal nos falávamos no colégio e eu sinto tanto em admitir que eu tinha uma queda pelo Ishida. E aquela coisa de orgulho sempre me espantava.”

“Espera! E você nunca me contou.”

“Porque ao contrário de você, que eu sabia que não importasse o tempo que passasse, você iria conseguir, eu não iria tão longe pelo Ishida. Ele era bonito. E só.”

“Humm, continua.”

“E essa coisa do Sado me deixou intrigada. Ele é um cara muito misterioso.”

“Misterioso?”

“Claro que é Hime. Ele mal fala. É complicado demais se comunicar com ele. Escuta, você sabe quem é o terapeuta do Ichigo?”

“Não. Esse segredo é mais bem guardado do que as fórmulas dos novos robôs. Eu perguntei uma vez e ele ficou tão furioso que eu nunca mais quis nem saber. Fiquei com medo. Por quê?

“Dizem que esse homem é milagroso. Sado disse que precisa aprender a falar mais e que ia pedir o número pro Ichigo.”

“Se tem alguém que pode descobrir quem ele é, é o Sado-kun. Kurosaki-kun nunca questionaria sua lealdade.”

“Mas você não estava chamando ele de Ichigo até agora pouco?”

“É...e agora vou ter que chamar. Disse que só o chamaria de Ichigo se fôssemos íntimos e o meu corpo está dizendo que somos. Não tem como escapar disso agora, né?”

“E você acha ruim chamar ele pelo primeiro nome?”

“Parece estranho Tatsuki.”

“E o que não é estranho nessa vida minha amiga? O que não é estranho nessa vida?”

“Tatsuki, tem alguém batendo na porta. Vou lá ver.”

“Ok, me liga depois?”

“Ligo sim.”

Orihime vai à porta e abre quando percebe quem é.

“Rangiku-san, o que aconteceu?”


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