E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 14
Encontro das mulheres.


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente...não sei se demorei taaaaaaanto assim, mas esse capítulo tá maior do que o outro e o resumo é: Hime e Ichigo estão meio enrolados e ela não sabe o que fazer. Esse capítulo é só mulher que entra e no final temos um salvamento. E é interessante porque o pessoal da SS e da HM interagem. Espero que gostem.



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Claramente que a ideia não foi assim tão excelente, certo? Ichigo e Orihime tinham vários pontos nos quais não concordavam e beleza e vontade não é tudo. Entretanto, a jovem pode perceber que se apaixonou mesmo por esse Ichigo que estava deitado em seu sofá dormindo docemente e sorriu, porque aquela era uma oportunidade de ouro. Ele já tinha voltado pra casa e ela tinha voltado ao trabalho, mas ainda se lembrava docemente daqueles cinco dias de “ficar.”

Kurosaki-kun, onde vamos dormir? Eu achei melhor você dormir no meu quarto e eu durmo no sofá, eu fico bem confortável e eu prefiro..o que você acha?” E por mais que Ichigo tivesse concordado, Orihime sempre acordava nos braços dele.

As vezes onde ele a flagrou se trocando foram as mais divertidas, já que parecia impossível ele se parecer mais com um morango do que o próprio nome dele denotava. Inoue não se via como um ser sensual, então não ligava pra isso.

O treinamento pra “ficar” era a parte mais interessante, os tremores de ambos os corpos e o final esperado onde Ichigo a empurrava pra não fazer nenhuma besteira era incrível. Será que sexo era besteira? Será que ele não tinha certeza? Orihime deixou de debater tanto e aproveitava da fraqueza do homem. Beijava-o no pescoço, nos lábios, tirava a camisa dele e explorava o mamilo. Ela tinha se afeiçoado ao mamilo dele e não sabia o motivo.

Nunca passou da linha da cintura dele e teve que reconhecer o esforço que ele fazia para não apalpá-la em todos os lugares. Manteve a mão trêmula na cintura dela e quando chegava ao seio, ficava morrendo de vergonha. Ele tinha essa ideia que a pureza dela era algo pra ser preservado, mesmo contra a vontade dela. Interessante.

No final dos 5 dias, eles estavam bastante excitados, empolgados, mas não estavam totalmente conectados. O que fez com que Hime pedisse pra ele voltar pra casa, já que não tinha dado em nada aquele esforço, pelo menos na cabeça dela.

E quem sabe até esquecer tudo o que tinha acontecido? Se isso fosse vontade dele, claramente.

Entretanto, algo inesperado aconteceu. Ichigo voltou pra casa dele, mas depois de alguns dias, voltou pra de Orihime, trazendo mais pertences. Primeiro trouxe mais trocas de roupas, depois trouxe sapatos, ternos, perfumes e um leãozinho de pelúcia que ele chamava de Kon.

A casa estava cheia de coisas de homem, o quarto parecia de um casal e a rotina também, mas sempre faltava alguma coisa. Hime sempre se sentia uma estrangeira nessa terra de relacionamentos, mas não podia negar que gostava de ter gente esperando por ela em casa.

Depois de uns 15 dias, ela ainda estava confusa sobre tudo isso e como o relacionamento chegou a esse ponto. Começou a ler incessantemente sobre casais que vão morar juntos repentinamente e as estimativas não eram das melhores. Resultado: paranoia certa. Começou a falar menos e fazer comida normal. Ichigo começou a apreciar a comida que ela fazia. E eles ainda não tinham feito amor.

E com tudo isso na cabeça, somando as atividades rotineiras, Orihime começou a cair muito. Ela sempre levava tombos gravíssimos e sempre acabava na enfermaria.

“O que acontece com você, senhora Kurosaki?” a enfermeira perguntou docemente.

“Como? Do que a senhora me chamou?”

“Senhora Kurosaki. Não é você que mora com o patrão, menina?”

“Não somos casados.”

“Mas dividem a casa?”

“Sim.”

“ E então?”

“Não sei o que pensar. Isso aconteceu muito rápido. Eu não esperava e não sei como lidar.”

“As melhores coisas da vida acontecem quando a gente menos espera, criança. Não se preocupe.”

“Minha senhora. Eu nunca namorei ninguém na minha vida. A senhora entende? Tem coisas que eu não sei fazer. Não sei como agradar um homem, não sei como ser séria, não sei como encarar esse compromisso sem querer me esconder debaixo da cama. Eu gostava, ou melhor, amava o Kurosaki-kun quando éramos adolescentes, mas esse Kurosaki eu não conheço. Eu era melhor quando era adolescente. Eu era mais bonita, mais decidida, caía menos...cozinhava melhor e era mais calada, por assim dizer. Hoje eu não sei quem eu sou. Só sei o que eu faço e não sei se foi a decisão mais acertada aceitar esse relacionamento nessa velocidade.”

“Decisões não são certas ou erradas, mas me diga. O que seu coração lhe diz?”

“Para aproveitar a viagem.”

“Então faça isso. Mas já que o sobrenome dele lhe incomoda, como posso lhe chamar?”

“Me chame de Orihime, por gentileza.”

“Tudo bem então, Orihime. Mas tenha cuidado com esses tombos, viu? Isso pode lhe dar uma bela de uma torção. E você não é professora de dança?”

“Sou sim.”

“Então não abuse.”

Depois que a enfermeira lhe deu os analgésicos, Hime começou a pensar que todos já sabiam que ela estava morando com o patrão. E incrivelmente, ninguém mudou de atitude com ela. Muito pelo contrário. Estavam até mais agradáveis e ela não sabia se era o medo ou se era simplesmente eles sendo mais afáveis. Quando chegou ao seu posto, Nemu a olhava curiosamente.

“O que foi Nemu?”

“Inoue-san, como você está? Como está lidando com morar com o Kurosaki-san?”

“Não sei bem. Não parei pra analisar isso ainda. Por quê?”

“Parece distraída e insegura. Eu sei como se sente.”

“Como assim?”

“Eu estou morando com o Ishida também. Tem muita coisa que eu não sei. Muitos limites que eu não sei quais são. É estranho estar na casa dos outros.”

“Mas que bom, Nemu-san. Fico tão feliz, mas o Kurosaki-kun está morando no meu apartamento. Ele que veio pra minha casa. Essas coisas de limites também me confundem muito. Não sei bem como lidar. Nunca morei com ninguém na minha vida.”

“Nunca?”

“Nunca. Depois que o meu irmão morreu, eu sempre morei sozinha. Minha tia me ajudava, mas financeiramente apenas. Nunca tive nenhum apoio humano, sabe? A Tatsuki-chan me ajudava sempre, mas não podia morar comigo.”

“Humm..bom, eu sempre morei com alguém, mas nem sempre foi uma coisa boa. Por que não saímos pra tomar alguma coisa depois do expediente?”

“Tomar alguma coisa? Bom, eu não tenho aula de dança hoje, já que a escola está sendo detetizada. Acho que sim, eu topo de ir. Nunca fiz isso na vida mesmo?”

“Nunca saiu com amigos?”

“Não.”

“Então estamos combinadas?”

“Estamos sim. Combinadas Nemu-san.”

As mulheres continuaram a trabalhar até chegar o horário do fim do expediente e Nemu e Inoue foram encontrar Matsumoto.

Chegando na frente da S.S, estava Rukia, Matsumoto e Tatsuki esperando pelas duas, o que surpreendeu e muito a doce Orihime.

As recém-chegadas foram se aproximando com receio e Tatsuki já foi segurando a amiga pela mão e se dirigiram ao bar de sempre. Aquele era o dia em que tinham que se reunir pra falar mal de tudo o que estavam incomodando.

As mulheres foram se colocando perto da mesa de sempre e encontraram com duas amigas que estavam passando o ponto da sobriedade. E ainda podiam ouvir algumas das reclamações.

“Ele não me ama Hallibel. Não sei o motivo. Eu faço de tudo por ele. Lavo aquelas roupas, limpo aquela casa onde eu nem moro. Porque eu não moro com ele. Você sabia que eu não moro com ele. Não tenho nem uma mísera gaveta naquele moquifo de apartamento Hallibel.”

“Neliel. Calma, olha o vexame mulher!! Olha o vexame.”

“Eu não ligo pra porra de vexame nenhum. Você sabe disso. Você é minha amiga. Tem que me escutar e me pagar mais saquê. Vamos lá. Cadê o meu saquê? E não vem não proque ..proquê você também tem do que reclamar. Bora. O que adianta encher a cara e não reclamar? Hein? Pede mais saquê?”

“Você tem razão minha amiga. Aquele idiota do Nnoitra é um idiota mesmo. Ruim de cama, idiota, eu já falei que ele é idiota? Garçom? Traz saquê aqui pra nós. E desconta desse cartão aqui, faz favor.”

“Que cartão é esse Hallibel? Que cartão preto é esse?”

“Ah meu amor, esse é o sem limites da Hueco Mundo. Oras, que vantagem tem trabalhar no departamento financeiro? Peguei mesmo, oras. Nem precisa de senha. Adorável.”

“Hallibel. Tu é louca mulher? Isso dá demissão sumária. SUMÁRIA. Isso se o Aizen-sama não te matar.”

“Não vai matar nada Neliel. Não mata nada porque isso é coisa de gente que entende de economia, minha cara. Relaxa o corpo que hoje eu vou encher a cara. Não era você que tava aí achando ruim que eu tava segurando o copo?”

“Ah, então por que a gente não chama essas garotas aí também. Vamos fazer amigas, não é? Ninguém faz amigas bebendo leite, não é? Ei, você ruiva e você baixinha, vocês todas, sentem aqui com a gente faz favor. Eu sou a Neliel e essa é a Hallibel. Somos mulheres que tem péssimos empregos e péssimos relacionamentos e estamos aqui chorando as mágoas. Bora chorar com a gente?”

O grupo foi pego de surpresa, mas achou uma boa ideia e se sentaram com as duas que estavam completamente alteradas.

“Bom, se apresentem aí.” Neliel pediu trocando as palavras.

“Meu nome é Rukia, eu sou bem casada ainda. Temos uns probleminhas, mas quem não tem né?”

“Verdade e que Deus mantenha seu casamento assim, minha amiguinha.” Neliel disse. “Eu queria casar com o Grimm..mas ele não me acha casável. Me acha aproveitável, mas não casável, sabe? Ele me disse que me ama só uma vez. Só uma vez e quando tava encharcado na cachaça. Mas deixa eu parar de reclamação e vamos continuar com as reclamações ou melhor apresentações?!”

“Ok, deixa eu – Tatsuki se empolgou. - “Meu nome é Tastuki, namoro há um tempo e tem horas que eu acho que eu acho que ele não gosta de mim, mas tem medo de mim. Porque eu sou a única pessoa que pode machucar ele, sabe?! Ele tem essas piras de querer apanhar e se machucar. Não sei se ele me acha bonita, não sei se me acha atraente, só sei que gosta de umas porradas. Isso me cansa muito.”

Todas as garotas da SS ficaram completamente embasbacadas com o que a Tatsuki disse, mas foram discretas o suficiente pra não dizer nada e se dignaram a olhar para a amiga com um olhar resignado.

E Orihime, tomando um copo de saquê em uma velocidade admirável, começou seu relato: Bom, meu nome é Inoue, nossa como isso é bom, posso pegar mais um gole? Então, me chamo Inoue e parece que estou morando com o meu namorado, que eu acho que é namorado porque não teve pedido e nem nada. Mas assim, eu acho que ele não me deseja, sabe? Porque eu vou ser bem honesta com vocês, ah meu copo está vazio, posso colocar mais um pouco? Obrigada Nelliel-san. Então continuando, meu namorado, que agora eu acho que é namorado também é meu patrão e ...e..e eu sempre fui apaixonada por ele, mas quando ele era um adolescente e agora eu não sei como lidar com ele adulto. Que é tão mais lindo e mais interessante. Porque assim, ele não tira a mão da minha cintura e sempre treme e eu acho que ele podia fazer mais algum movimento mas ele não faz porque eu acho que ele não quer. Acabou de novo. Pode colocar mais pra mim? Obrigada Nemu-san, então. É isso. Eu não sei morar com pessoas. Nunca morei com ninguém e agora isso está tão tenso porque eu pedi pra ele sair de casa e ele saiu mas depois voltou com as coisas dele e eu sempre acordo na cama dele quando eu durmo no sofá e eu quero fazer amor mas eu não sei como começar e nem sei como chamar ele pra fazer isso. Ai que sede.”

“Hime, você nunca...?” Tatsuki perguntou.

“Não. Ele não quer. Eu acho. Me dá mais saquê?!”

“Eu acho que você deveria pegar mais leve no saquê, Inoue-san.” Nemu pontuou.

“Deixa a menina beber gente. Ela nem sabe se tá namorando ou se tá casada. Por favor e vamos concordar que ela precisa continuar com o patrão pra ele não ser o demônio com o qual estamos acostumadas. Por favor. Depois que sabe-se lá o que eles estão fazendo, o trabalho ficou tão melhor...Hime, fica com ele. E deixa eu começar.” Matsumoto começou.

“Bom, meu nome é Matsumoto. Eu tenho um caso com um cara que não quer nada sério comigo mas não me deixa sair. Sabe?! Então. Ele tem os olhos mais surpreendentes que eu já vi. Frios, escuros, mas fortes ao mesmo tempo e a minha meta de vida é fazer com que os olhos fiquem mais afáveis, sabe? É isso. É uma porcaria e cadê o saquê dessa mesa, meu senhor? Tá achando que a gente não bebe?!”

O garçom que não sabia mais o que fazer, continuou alimentando aquela mesa morrendo de medo da tragédia que viria. O que não impediu as meninas de continuarem bebendo e rindo escandalosamente. A próxima foi Nemu.

“Meu nome é Nemu. Estou morando com o meu que eu não sei definir, não vou dizer namorado porque eu acho brega demais da conta. Mas tá, estou morando com esse homem. Nossa..esse saquê é bom. Me dá mais um gole?! Então, ele é maravilhoso. Inteligente, lindo, desenvolto na arte do amor e eu não sou nada. Sabe? Ele me dá tanto e eu não dou nada, mas eu não consigo dar nada porque pessoas que deveriam me amar me machucaram e agora eu não consigo amar ninguém. Mas eu não quero amar ninguém porque a minha terapeuta disse que eu não consigo porque eu fui muito machucada mas o meu indefinido merece alguém que o ame mas eu não vou largar e eu estou com sede.”

As mulheres ficaram no bar por mais 2 horas e depois tentaram ir embora. Na verdade, foram incrivelmente prudentes e chamaram um táxi. Enquanto isso, Neliel e Halibel estavam cambaleando pelas ruas e rindo sem parar.

“Garotas legais, não Neliel?”

“Sim sim Hallibel e ainda pagaram a nossa conta. E nem precisava, né?”

“Sim sim, mas não vou devolver essa belezinha tão cedo. Eu acho que dá pra comprar umas roupas. A gente merece.

A outra mulher só conseguia rir e foram abordadas por alguns homens estranhos.

“Mas o que belezinhas como essas estão fazendo aqui sozinhas na rua?!”

“Não vão nos responder? Queremos só falar com vocês lindas.”

As garotas achavam que estavam perdidas. Completamente perdidas. Mas ouviram 3 vozes estoicas e achavam que aquilo era mesmo o fim.

“Mas se você relar na minha namorada, vai apanhar tanto que vai esquecer seu nome, meu caro.”

“Eu nem vou me dignar a defender a minha dama, porque ela não precisaria ser defendida se não estivesse completamente embriagada. Mas é o seguinte, coloque a mão nela e será a última coisa que fará na vida.”

“Eu não sei porque vocês mantém relacionamentos com essas mulheres se não irão defendê-las de abusados nas ruas. Me deixam doente.”

“Ulquiora, cala a boca. Essa Neliel é minha e ninguém toca nela. Se você é um eunuco, a culpa não é nossa. Valeu? Moço, sai de perto da minha mulher. Neliel, se mexe garota. Vem pra cá.”

“Hallibel, te machucaram? Mexa-se. Vem aqui.”

As duas não sabiam o que fazer, mas foram até os pares e foram abraçadas como nunca. “ Vamos morrer Hallibel?”

“Não sei. Mas deve ser o fim do mundo com certeza.”

As mulheres foram deixadas ao lado de um entediado Ulquiora e viram seus pares que não as valorizavam darem uma surra em 3 homens que estavam a ponto de violentá-las.

Enquanto isso, as outras mulheres da mesa encontraram seus pares e estavam salientes demais para o próprio bem.


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