Eu Odeio Esse Fantasma! escrita por Julia


Capítulo 8
Como ela consegue ver?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente! ~like a Kefera u.u Desculpem a demora e se ficou pequeno :/Espero que gostem ;)



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—O QUE?!

Incrivelmente, não fui eu quem havia gritado e sim Rayn.

Quer dizer, era bem óbvio que ele teria uma namorada! Ele é tipo, a perfeição encarnada!

Rayn olhava a tal Megan como se ela fosse maluca, já eu a olhava como se ele fosse uma bactéria contagiosa. Me julgue.

—Ela definitivamente não é minha namorada! – E continuou berrando enquanto eu ficava com uma cara de taxo, me sentido aliviada, sabe-se lá o por que.

—Você jura? – Falei sarcástica para Megan – Porque eu acho que você não está falando a verdade.

Megan estreitou os olhos.

—O que você quer dizer com isso?

—Ah bem, minhas fontes me informaram que você era só... Uma peguete do Rayn. Para não dizer vadia – Sorri sacana e vi seu rosto se contorcer de raiva.

—Ah! Isso não vai prestar! – Rayn disse revirando os olhos, mas eu o ignorei completamente.

Megan estava com a boca aberta e os olhos turvados de ódio. A garota nunca deve ter ouvido um não na vida, quanto mais um xingamento.

A sala, que eu só notei agora, estava em completo silencio e o professor devia ter morrido, pois nenhuma som de repreensão foi ouvido.

—Do que você você esta falando sua idiota?! É claro que ele era meu namorado!

—Acredite, minhas fontes são totalmente confiáveis. Quase como se... O próprio Rayn tivesse me dito – Sorri irônica. Ah, o sarcasmo era realmente a melhor defesa.

Ouvi a gargalhada de Adrian, que logo parou quando viu o olhar gélido que Megan lhe lançava.

—Você e as suas fontes não provam nada! – Ela praticamente cuspiu em cima de mim. Ui! Perdeu a classe – E quem é você para me dizer isso? Aposto que você também foi uma das vadias dele – Megan deu um sorriso vencedor e cerrei os punhos.

—Também? Então você admite? Você viveu dessa fama por quanto tempo? Digo, de ser namorada dele. – Falei com um sorriso de canto até ouvir uma voz me interrompendo do meu momento maquiavélico.

—Vocês sabem... É muito incomodo ser ignorado e estarem falando como se você não estivesse aqui – Rayn cruzou os braços. O encarei indignada, ele tinha quantos anos? Cinco?

Falei as palavras “Você está morto seu tapado” sem som para o mesmo. Revirar meus olhos já esta se tornando um TOC.

—Garota, você já era! – Megan me despertou do meu transe. E ela estava com tanta raiva que só faltava sair fumaça de sua cabeça.

—O que? – Ri com escárnio – O que você vai fazer? Me bater? Por favor! Tem certeza de que quer quebrar as suas unhas de 50 reais cada?

No segundo seguinte, senti meu rosto arder e minha cabeça ser jogada violentamente para o lado. Pisquei surpresa.

Todos ofegaram. Todos mesmo.

—Eu não tenho medo de quebrar a minha unha, garota ridícula!

—Você não deveria ter feito isso Megan! – Um garoto falou no fundo da sala. 

Bem, a vida é cheia de escolhas. Eu escolhi socar a cara da Megan-sou-uma-vadia até a morte.

—Você acabou de me dar um tapa?! – Coloquei a mão onde ela havia batido e a olhei atônita.

—Ela, com toda a certeza, não têm medo de morrer – Rayn disse rindo. Bom saber que o idiota não estava nem um pouco preocupado com tudo aquilo. 

—Por que? Não achou que eu fosse capaz? Acho que, na verdade, a medrosa aqui é você!

Megan estava claramente ignorando os olhares de aviso que todos estavam lhe mandando. Eu podia ser bastante... explosiva quando queria.

Abri um sorriso tão sádico que as pernas de Megan pareceram bambear um pouco.

—Sabe, eu achei que você era mimadinha e fraca assim que eu te vi. Agora, eu tenho certeza – Disse com a voz tremendo enquanto eu tentava me conter para não avançar em seus cabelos naquele momento. 

—Julie, se acalma... – Rayn se pôs de pé a minha frente quando comecei a levantar lentamente.

—Sai da minha frente fantasma! – Rosnei para ele e surgiram alguns murmúrios confusos.

No entanto, ninguém ousou rir de Julie Evans naquele momento. Ela estar falando com o nada não parecia ser tão ruim em comparação ao que viria. Megan, já tinha dado alguns passos para trás e olhava a única que já havia a desafiado, de olhos arregalados.

Isso soava familiar?

Para a sorte da loira e minha infelicidade, o professor brotou do nada (provavelmente ressuscitando) ao lado da garota cheia de joias e roupas caras.

Ele olhou Megan, que estava com um rosto assustado e depois para mim, que tinha os punhos fechados. O homem apertou os olhos e suspirou.

—De novo Evans? - Falou  me fitando resignado e bastante esgotado.

—Mas ela...

—Suspensão senhorita Evans, uma semana – Ele disse massageando as têmporas.

—O QUE?! Você não pode fazer isso! Eu...

—Não quero ouvir nenhuma desculpa. Não é a primeira vez que vejo a senhorita metida em alguma briga e acho que não quer adicionar outra semana de suspensão, não é mesmo?

O filho de uma égua me interrompeu com aquele discurso ridículo e me mandou um aviso com os olhos. Não devia tentar contestar.

 

—_Creio que deva falar com a secretaria do colégio para ligar para os seus pais. Nesse caso, já está liberada de suas atividades por hoje. 

Peguei minha mochila e sai bufando de raiva da sala. Acidentalmente batendo no ombro de ambos os idiotas que me colocaram naquela situação.

Não importava para mim que um desses idotas era um professor que poderia me ferrar, eu já tinha levado uma suspensão, então por que não aproveitar? 

Senti alguém do meu lado e olhei para o individuo enquanto caminhava em direção a saída.

—Vem cá, você não tem mais ninguém para atormentar? Tipo, fantasmas não prestam serviços comunitários? Como... Sei lá! Assustar criancinhas indefesas?

Rayn gargalhou e continuou a me seguir, sem responder nada. Considerei aquilo como um não.

Nos sentamos em um banco perto do ponto de ônibus. Coloquei minha mochila ao meu lado, retirando o casaco e suspirei, não notando (ou fingindo não notar) Rayn mexendo em minha mochila.

—Você usa óculos? – Ele perguntou surpreso, pegando o estojinho.

—Para descanso – Dei de ombros.

—Coloca? – O olhei e ele estava fazendo uma carinha de cachorrinho abandonado. Bufei e coloquei os óculos – Espera! Não tira isso ainda!

Ele começou a procurar algo em minha mochila outra vez e tirou um papel e lápis.

—Ta maluco?! Vai desenhar aqui?!

—Não tem ninguém aqui! Relaxa! – Começou a rabiscar traços ainda sem forma no papel – Agora olha para mim.

Comecei a fuzila-lo com os olhos e ele riu, ainda desenhando. Eu não me responsabilizaria por futuros desmaios ocasionados por um lápis voador.

Só avisando mesmo. 

—Prontinho! Um retrato autêntico de Julie Evans e seus óculos.

Revirei os olhos e peguei a folha com a maior delicadeza -ou não- e vi o retrato.

—Ei! Eu não faço essa cara! – Disse indignada. Eu tinha a cara emburrada no desenho e meus olhos brilhavam de diversão apesar do bico em meus lábios. 

Sinceramente, Rayn conseguia mesmo me fazer parecer bonita.

—Tem razão, a cara é pior – O idiota começou a rir e infelizmente não pude soca-lo com medo de que alguém aparecesse.

—Se tivesse um lugar onde você pudesse morar seria na babacolândia. Por que não vai pra lá? – Perguntei, me levantando e voltando a caminhar já que o maldito ônibus não chegava. Olhei para o desenho e notei um detalhe - Por que me desenhou descalça?

—Gosto de desenhar pés - Ele deu de ombros e eu o olhei indignada novamente, o máximo que eu conseguia desenhar era um boneco de palito e ele gostava de desenhar pés? - E respondendo a sua outra pergunta, não posso ir para esse lugar maluco que você inventou porque sei que iria sentir minha falta.

—Ah cala essa boca Rayn! – Resmunguei instantes antes de ser derrubada por uma garota cheia de papéis.

—Ai! 

—Oh meu deus! Me desculpe! – Veio em meu socorro, preocupada. Era bem bonita, os cabelos caiam em cachos, seus olhos eram de um verde totalmente hipnotizante e tinha um estilo meio hipster moderno.

—Tudo bem – Falei me levantando enquanto o tapado ria da minha cara – Isso acontece.

—Comigo, com muita frequência – Ela riu, ainda com um tom de desculpas na voz.

—Desastrada? – Ela assentiu – Eu também. É um pesadelo.

Nós duas rimos enquanto ela assentia com a cabeça.

—Desculpe outra vez, sério. Meu nome é Milene Hastings, mas por favor, me chame de Mile!

—Ok então hã... Mile. Meu nome é Julie Evans, muito prazer. 

Esperei que ela dissesse algo para continuar a conversa,   mas parecia que esperava que eu fizesse o mesmo. Depois de um tempo em silêncio ela finalmente se pronunciou, rindo sem graça.

—Não vai me apresentar o seu namorado?

Indicou para Ryan com o dedo e balancei a cabeça veemente em negação.

—Hã, não mesmo. Ele não é meu...

Espera um pouco. O que ela tinha dito?

Aquela garota conseguia ver o Rayn?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? OMG! Como ela consegue ver ele?! Hahaha

DEIXEM REVIEWS! Xoxo

PS: Gostaram do desenho? Sorry se não apareceu :/ [Não liguem para o nome] Aqui ta o link pra quem não conseguir acessar :3 http://25.media.tumblr.com/tumblr_mcol6q8AJz1rwt020o1_500.jpg



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