Eu Odeio Esse Fantasma! escrita por Julia


Capítulo 9
Ele só podia estar de brincadeira...


Notas iniciais do capítulo

Oi guys! Infelizmente minha férias são daqui a duas semanas, mas isso não e importante, mas se alguem quiser chorar comigo; voces podem.Enfim, aproveitem!PS: Desculpem se ficou pequeno :/



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—Espera ai! Como você consegue ver ele? – Perguntei assustada. Rayn não falava nada, apenas olhava Mile com curiosidade.

—Como assim? Não era para eu conseguir ve-lo? – Ela, incrivelmente, não estava assustada e muito menos surpresa. Na verdade parecia... Triste – De novo não!

—Como assim?! Você já viu fantasmas antes?

Mile acenou com a cabeça.

—Do nada, aparece uma pessoa hã.. morta no meu quarto pedindo ajuda – Ela fez uma careta – Isso quando eu não estou na rua. Como agora.

—E você não se assusta com isso? – Eu perguntei meio chocada com aquela informação maluca.

—Toda vez - Ela suspirou

—Ela é diferente – Rayn deu sinal de vida.

—Você jura?! – Sarcasmo é o meu nome do meio, falem ai! – Obrigada Capitão Óbvio! Não tinha notado isso.

Mile riu e nos olhou curiosa.

—Vocês parecem mesmo namorados.

—Eu? Namorada desse dai? – Apontei para Rayn que olhava com nojo para mim – Nem se ele estivesse vivo!

—Do que você ta falando garota? Eu sei que você quer o meu corpo nu! Eu é que nunca iria namorar você.

—Eu só iria querer o seu corpo se fosse para te mutilar inteiro! – Falei ficando de frente para ele.

—Aham, me engana que eu gosto! Não se acanhe, pode pedir para ver meu tanquinho – Ele levantou um pouco a camisa e pisquei duas vezes antes de retrucar. 

Que fique claro que não consegui formular uma resposta rápida pela sua ousadia em me enfrentar. Não tinha nada com o fato de ter visto um pedaço de um abdômen que parecia bem sarado. 

—Eu juro que arrancaria seus olhos se pudesse. Na verdade, eu preferiria arrancar os meus olhos fora a ver o seu “tanquinho”.

Mile ria feito uma condenada enquanto eu e Rayn ficávamos nos encarando. Azul celeste x marrom cocô.

A vida é injusta.

—Tudo bem gente – Ela limpou as lágrimas – Vocês se amam. Eu já entendi, podem parar.

E com isso, mostrei o meu lindo e delicado dedo do meio a ela. Incrível como você conhece uma pessoa em menos de uma hora e já tem total liberdade pra mandar ela tomar no cu.

Antes que qualquer um de nós pudesse falar alguma coisa, o meu celular super top criado no mesmo ano em foi inventado a roda, tocou me fazendo tomar um susto.

—Alô?

—JULIE EVANS ONDE VOCÊ  ESTÁ?! – Ouvi a voz de Adrian do outro lado da linha me deixando surda.

—Calma ai mãe! – Ri da minha piada tosca e ouvi ele rosnar do outro lado da linha – Eu estou em algum lugar perto daquele negócio.

—AH NOSSA! POR QUE ISSO É MUITO ESCLARECEDOR, OBRIGADO!

—Adrian, quer parar de berrar? – Falei afastando o celular da orelha.

—NÃO ATÉ VOCE ME DIZER ONDE VOCÊ ESTÁ!

—EU NÃO SEI ONDE EU TO PORRA!

—POR QUE NÃO ME DISSE ISSO ANTES?!

—POR QUE EU NÃO QUIS!

—POR QUE ESTAMOS BERRANDO?!

—NÃO SEI! MAS PARA DE FAZER PERGUNTAS E VEM ME BUSCAR!

E com isso, o babaca que eu chamava de melhor amigo, desligou o celular na minha cara.

—Ah nossa! Quanto amor – Mile disse assustada.

[...]

Três horas depois, e eu não estou sendo dramática, Adrian finalmente conseguiu achar o lugar onde nos encontrávamos.

—Pensei que tinha morrido! – Eu disse enquanto o mesmo saia do carro com uma cara que até o capeta teria medo.

—Você é uma... – Quando ele iria me xingar de todos os nome possíveis e imagináveis, notou que Mile estava nos olhando.

—Oi – Ela sorriu envergonhada quando notou que ele a encarava fixamente.

—Hã, é... Hey! – Ele sorriu como um bocó e colocou as mãos no bolso.

Olhei para Rayn que tinha uma cara de WTF igual a minha.

—É, ok. Adrian, essa é a Mile, Mile esse é o idiota do meu amigo, Adrian.

Os dois continuaram a se olhar como se eu não estivesse ali.

Legal.

—E-eu tenho que ir – Mile falou cortando aquele clima bizarro que estava ali – Podemos nos encontrar amanha Julie?

—Oi? Ah sim, claro!

—Ok, então até amanha! Tchau Rayn! Adrian – Ela acenou com a cabeça (vermelha, devo acrescentar) e saiu indo na direção oposta de onde estávamos.

—Ela acabou de dizer “Tchau Rayn?” – Ele me olhou confuso.

—Sim, o seu amor eterno aparentemente consegue ver fantasmas. Ainda não sabemos o porque – Dei de ombros e vi Adrian corar. 

Notei que ele não tinha se importado nem um pouco com aquela esquisitice toda de ver fantasmas. Ah, o amor era cego mesmo. 

—Ela não é meu amor eterno!

—Fala sério Adrian! Você ficou caidinho por ela! – Soquei o braço dele e ele gemeu.

—Acha que eu não sei que você também esta caidinha pelo fantasma aqui? – Ele sorriu de canto, tentando mudar de assunt...

—TA MALUCO?! – Gritei quando percebi o que ele tinha dito.

—Sim, claro. Que seja – Ele deu aquela risada idiota – Vem, ainda tenho que te levar em casa.

Bufei irritada e entrei no táxi que ele havia chamado para nós.

Cheguei em casa e corri para debaixo das cobertas. Coloquei um pijama confortável de ursinhos, me assegurando que Rayn não brotaria a qualquer instante no quarto e literalmente pulei na cama quase quebrando a mesma com o meu peso super leve.

Fechei os olhos e me deixei levar para o subconsciente da minha mente.

[...]

—Julie Evans! Levanta dessa cama agora! - Ouvi alguém me chamando e abri os olhos preguiçosa não vendo o maldito fantasma, que havia gritado no meu ouvido a segundos atrás, em nem nenhum lugar.

Me levantei e fui em direção ao espelho fazendo uma careta. Eu parecia uma morta-viva!

—Cara, eu odeio meu cabelo! - Falei para mim mesma nem notando que um ser estava me olhando por trás.

—Por quê? - Rayn perguntou curioso e pensativo, o que foi estranho por que eu jurava que ele não tinha cérebro, e não era pelo fato dele ser um fantasma.

—Ele é tão sem graça que chega a doer minha retina.

E com isso, o tapado saiu de lá. Tipo, simplesmente saiu andando. Dei de ombros e fui tentar arrumar a coisa que eu chamava de cara.

Coloquei um moletom e desci as escadas, encontrando Rayn desenhando, porém ele usava lápis de cor dessa vez. Onde ele pegou isso? Nem me pergunte!

—O que você esta desenhando? – Falei, o assustando.

—Nada demais - Ele deu de ombros e fiz o mesmo indo pegar um pacote de Ruffles na cozinha.

—Você não acha que está muito cedo para comer isso? -Perguntou me vendo enfiar metade das batatas na minha boca.

Estreitei os olhos e enchi minha mão com mais batatas.

—Isso, meu caro, é inveja! - Falei mastigando aquilo com ainda mais vontade. 

Rayn revirou os olhos e continuou a desenhar.

—Acho que vou voltar a dormir - Anunciei e ele me olhou incrédulo.

—Você acabou de acordar.

Estalei minha língua e neguei com a cabeça.

Você me acordou! Ou seja, interrompeu meu sono da beleza.

—Que beleza?

Peguei uma almofada e taquei, mas é claro que tinha que passar por ele.

Maldito fantasma!

—Vai a merda Rayn!

Com essa linda demonstração de afeto, deixei o idiota gargalhando e fui de encontro a minha cama. Ou amor eterno. Você escolhe.

**

Infelizmente eu me revirava incansavelmente na cama, chutando os cobertores, pois meu sono já tinha passado, droga. Fiquei vegetando lá até pelo menos uma hora, antes de tomar vergonha na cara e levantar novamente.

Enchi um copo com água ao chegar na cozinha e notei um caderno em cima do balcão. Como não sou nada curiosa, fui até lá para ver o desenho que estava exposto em um das folhas e arquejei de espanto.

Era meu cabelo, ao que parecia já que possuia uma cor de castanho muito semelhante. No entanto, ele parecia estar flutuando em ondas brilhantes, cobrindo meu rosto como se acertado por um vento tempestuoso, enquanto pequenas borboletas amarelas voavam ao redor e tentavam pousar em algumas mechas. 

"Odeio o meu cabelo!"

Ele só podia estar de brincadeira comigo. 


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Notas finais do capítulo

Esse é o desenho se não aparecer: http://www.artiride.ru/wp-content/uploads/2012/03/PeonyYip_3.jpg

O.O Uau! hahaha Gostaram?

DEIXEM REVIEWS! ALGUEM SABE FAZER CAPA PARA FIC? OU CONHECE ALGUEM QUE FAÇA? SE PUDEREM OU SOUBEREM DE ALGUEM ME MANDEM MP.

PS: Se a foto aparecer, talvez ela tenha ficado pequena. Me desculpem :/ Xoxo :*