Eu Odeio Esse Fantasma! escrita por Julia


Capítulo 7
Megan


Notas iniciais do capítulo

Rai pipou! Tudo bem com voces?

Desculpem se ficou pequeno ok?

Enfim, aproveitem e espero que gostem ;)



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Acordei com o barulho de chuva e bufei. Ótimo!

Me levantei e tremi sentindo o frio passar pelo meu corpo; as cobertas quentinhas já me chamavam de volta, porem resisti e fui me trocar.

Fiquei resmungando enquanto me vestia, colocando um cachecol e um casaco grosso por cima. Desci para tomar café e me deparei com meu pai, lendo seu jornal e com uma xicara de café na mão.

—Bom dia pai! – Dei um beijo em seu rosto e peguei uma torrada, ignorando os protestos exagerados dele “Você vai ficar anoréxica comendo desse jeito Julie!”

Revirei os olhos; depois me perguntam por que eu sou exagerada.

Fechei a porta apressada e fui andando a passos largos até a loja da minha mãe, onde a mesma não se encontrava.

É claro que não! Pensei irônica. Por que ela estaria aqui, se tem coisas mais importantes a fazer do que cuidar da própria loja?

Acho que vou fazer um protesto contra mães que escravizam os filhos sem nem dar dinheiro a elas. É.

Abri a porta da loja e uma rajada de vento passou, fazendo meus cabelos esvoaçarem. Abraçei meus braços e entrei.

O clima podia estar frio, mas dentro da loja estava quentinho e aconchegante.

Fui ate o computador e executei a mesma rotina de sempre. Coloquei uma musica baixinho e comecei a jogar um joguinho podre naquele computador do século 19.

—Você podia fazer alguma coisa para movimentar esse lugar Julie – Rayn apareceu do nada me fazendo cair da cadeira onde eu me encontrava.

Massageei minhas costas, xingando e fuzilando o individuo que ria descontroladamente da minha cara.

—1º Você é um imbecil! – Eu falei sentando novamente e colocando os pés na mesa – 2º A loja é da minha mãe! Eu só cuido do lugar. Ela não me paga pra nada, e eu ainda faço o trabalho escravo, não? Então me deixe jogar o joguinho super top inventado nos anos 70 em paz!

—Nada dramática você hein – Ele ergueu as sobrancelhas.

—Óbvio que não!

Rayn caminhou até o meu lado e pegou papel e lápis. Sentou na cadeira que tinha em frente ao balcão onde eu estava e começou a rabiscar.

—Então, qual é o lance com os desenhos? – Perguntei interessada.

Ele manteve a cabeça abaixada e apenas levantou os olhos, me olhando com curiosidade.

—Sei lá – Deu de ombros, voltando a desenhar – Uma vez vi meu irmão desenhando e me interessei.

—Você tem um irmão?! - Meu queixo caiu.

Ele riu.

—Não fique tão chocada!

—Quantos anos ele tem? – Falei um pouco perturbada. Ele devia estar arrasado!

Rayn ficou calado. Desenhando tristemente, sem levantar os olhos para mim.

Meu telefone tocou e atendi ainda meio desconcentrada.

—Julie! Onde você tá? – Ouvi a voz de Stacy gritando do outro lado da linha.

—Como assim Stacy? Na loja da minha mãe, é claro.

—E o que você ainda ta fazendo ai garota? Vai se atrasar pra aula! 

Olhei as horas no computador e percebi que eu já devia estar no colégio.

—Ah! Tudo bem! Já estou indo pra ai!

Me levantei num pulo e  notei que Rayn havia sumido.  Havia uma folha caída no chão e  fui até ela, ajuntando-a e olhando para o desenho.

Levei a minha mão a boca e ofeguei, ele realmente era um bom desenhista.

Guardei a folha em minha mochila, colocando meu casaco e saindo correndo em direção à escola.

**

Cheguei na sala ofegante por conta da corrida e fui me sentar. Felizmente o professor ainda não havia chego e pude respirar aliviada; porém tive que ouvir o sermão de Stacy sobre eu ser desatenta enquanto Adrian fazia caretas muito hilárias atrás dela.

Eu estava quase roxa de segurar a risada, até que Matt entrou na sala calando Stacy (o que eu não reclamei nem um pouco), que começou a ficar vermelha.

—Oi pessoal! – Ele sentou ao meu lado e deu um sorriso mostrando suas covinhas. Na mesma hora que todos tinham parado de falar em conta de que o novato estava falando conosco, o professor entrou na sala.

—Bom dia turma! – Ele sorriu e começou a passar a matéria no quadro de modo cansado. 

Eu estava particularmente babando em cima da mesa quando percebi Rayn tinha aparecido do meu lado.

Uma pequena raiva voltou quando lembrei que ele havia sumido sem dar explicações naquela manhã. Meu rosto deve ter denunciado isso, pois ele abriu um sorriso largo - feliz por ter conseguido me irritar. 

—Oi! – Ele disse sacana e me contive para não socar sua cara, que iria resultar em mim socando o ar e ouvir piadinhas de que estava ficando maluca.

—Vai se ferrar! – Falei sem som enquanto ele gargalhava alto.

—Ficou com tantas saudades minhas assim Julie? – Eu estava prestes a dizer uma resposta muito educada quando a porta foi praticamente arrancada do trinco. 

—ONDE ELE ESTÁ?! – Uma loira, muito bonita, vestida com roupas de marca e provavelmente mais caras que o meu rim, estava parada em frente à porta recém-aberta. Todos ficaram em silencio; alguns tinham as expressões surpresas, outras confusas, mas todos com um único olhar: pena.

Bem, menos eu, é claro, que estava limpando a baba da minha cara e pensando quem seria aquela garota.

—Vou repetir só mais uma vez. Onde ele está?! – Ela falou entre dentes e pausadamente, aumentando aquela tensão esquisita na sala. 

—Ele está morto! – Um garoto do fundo gritou corajoso e ouvi as pessoas prenderem a respiração.

—Não! Não é verdade! Rayn não poderia morrer assim! – Ela falou transtornada. O assunto em questão estava estático ao meu lado – Ele podia ser irresponsável em muitas coisas, mas não no trânsito!

—Ele morreu Megan! É verdade! – Outra pessoa gritou.

—Como?! – Os cachos dela perfeitamente alinhados se mexiam violentamente enquanto ela falava de modo cada vez mais histérico.

—Briga! Ele ficou irritado de verdade!

Ah que ótimo! Foi a minha vez de gelar.

—Uma briga?! Quem? – A voz dela ficou ainda mais fria e eu tremi inconscientemente. 

Rayn fez um barulho com a garganta e se mexeu desconfortável.

—Julie Evans! – Ouvi uma aluna falar e reconheci como a vadia da Melany. Eu acertaria as contas com ela depois. 

A patricinha soltou um rosnado e esquadrinhou toda a sala. 

—Quem é Julie Evans? – Ela usava óculos escuros – o que eu ainda não tinha entendido – mas, quando levantei a mão discretamente, sabia que seus olhos estavam perfurando até a minha alma – O que você disse a ele garota?!

—A verdade! – Levantei o queixo em desafio. Não ia deixar uma mimadinha daquelas me intimidar – E quem seria você?

Ela tirou seus óculos e pude ver seus olhos completamente azuis e gélidos indicando que minha morte estava próxima. 

—Eu, queridinha, era a namorada de Rayn Miller.

**


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esse é o desenho diwo do Rayn :) Se não aparecer, a culpa é do Nyah >.>

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