Eu Odeio Esse Fantasma! escrita por Julia


Capítulo 6
Viro um anjo.


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas lindas do meu heart! s2

Me desculpem a demora! Mas eu to ATOLADA de trabalhos para fazer, então se esse capitulo estiver pequeno, me perdoem. Eu o escrevi mai para não deixa-los hahaha

Enjoy



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—Julie Evans? – Me virei e... MEU DEUS! QUE GATO! Quer dizer, ele tinha os cabelos desgrenhados em uma cor de chocolate, seus óculos davam um charme sexy em seu rosto e seu sorriso era... Contagiante.

—S-sim? – Perguntei desnorteada.

O sorriso em seu rosto se alargou.

—Não me reconhece?

Franzi cenho e passei a avaliar melhor sua fisionomia. Os olhos castanhos me eram familiares, além da voz e...

—Ah, minha nossa! – Coloquei a mão na boca, enquanto ele ria da minha expressão surpresa. 

—É. Atendi o seu pedido afinal – Deu de ombros fazendo uma carinha muito fofa. Ouvi alguém bufar do meu lado e quando vi que era Rayn, ignorei no mesmo instante. 

—Pelo visto eu te fiz um grande favor hein? – Ri também, indicando para as garotas que se amontoavam a nossa volta, soltando risinhos animados e nem um pouco discretos. 

—Conhece ele Julie? – Stacy perguntou, envergonhada.

—Bem, sim e não. Qual é seu nome?

—Matt Torento - O moreno sorriu de lado e ouvi minha amiga prender a respiração. 

—Eu meio que ajudei o Matt além de deixa-lo muito ahnn...

—Bonito?

—E convencido! 

—Ajudou? Como assim? – Adrian perguntou, confuso com toda aquela história. 

Olhei para Rayn que tinha uma cara meio emburrada e hesitei.

—Eu era e bem, acho que ainda sou, o nerd da escola. No mesmo dia em que o Rayn Miller ah... você sabe, faleceu, eu fui zoado pelo seu grupinho e a Julie veio me socorrer. Ela nem me conhecia! – Matt falou por mim e  senti minhas bochechas esquentarem com toda aquela idolatracão. 

Rayn ficou surpreso com as informações, mas não falou nada.

—Eu agradeci e perguntei se poderia fazer algo em troca.

“Quem ainda faz isso?” Ouvi Stacy dizer baixinho, surpresa e meio fascinada com o garoto. 

—Julie disse que se eu me vestisse melhor e usasse óculos mais modernos estaria fazendo um grande favor a ela – Ele deu de ombros novamente, como se aquilo tudo fosse muito óbvio e normal. 

Adrian tossiu para disfarçar uma risada e tinha a certeza de que ele pensava em como aquela minha sugestão tinha sido ridícula.

Bem, ajudou não é mesmo? 

—E assim, – Coloquei o braço em volta dos ombros dele dramaticamente – Eu soube que iria para o céu!

Todos reviraram os olhos. Sem exceção.

—Então a Julie é a defensora dos fracos e oprimidos ou coisa assim? – Meu amigo falou com sarcasmo – Duvido!

—Acredite, eu também! – Rayn concordou e contive o impulso de xinga-lo já que Matt iria me achar louca. 

—Ai! Vocês estão me ferindo! - Coloquei a mão no peito, fazendo mais um pouco de drama. 

—Vocês quem? – Matt perguntou me olhando confuso. 

Adrian e Stacy me deram um olhar significativo. Droga, eu não tinha percebido que para o garoto, só uma pessoa tinha me zoado ali. 

—Ah... A Stacy! Ela pode não ter dito, mas acredite... Ela pensou.

Aquele desgraçado do Rayn ria da minha desgraça.

Que frase bizarra.

—Então – Falei na intenção de mudar de assunto – Você ficou popular ou coisa assim agora Matt?

—Ah bem, eu acho que não – Ele corou um pouco e ouvi Stacy suspirar outra vez – Quero dizer, eu só mudei de visual e isso é uma coisa nova. Mas penso que depois eles esquecem!

—Vai por mim, não esquecem – Rayn disse, como se alguém fossê ouvi-lo... Além de mim, é claro.

—A vantagem é que ninguém me reconheceu, então eu não preciso me esconder dos mais populares.

—Só talvez, das garotas – Falei brincando e ele me olhou acanhado como se aquilo não fizesse sentido. 

Levando em conta o amontoado de garotas que se encontravam cochichando e apontando para ele, parecia fazer bastante sentido, sim. 

—Você quis dizer vadias, não é? – Stacy sussurrou debochada e todos olharam para ela. Minha amiga ficou muito vermelha e Matt a encarou com divertimento.

—Err... Eu tenho que ir! Na verdade, nós temos que ir! – Ela me puxou pelo braço e me deu um olhar do tipo “você me deve essa!”.

—Hã.. é! Temos que ir, estamos muito atrasadas. Tchau pessoas! – Dei um aceno de miss enquanto Stacy avançava entre a multidão me puxando junto com rapidez. 

A garota murmurava coisas do tipo “Por que eu falei aquilo? Ele deve me achar uma idiota!”Eu quero morrer!” Essa última  era a mais citada durante a longa - 5 minutos – caminhada até a nossa sala, que por sinal estava vazia já que todos estavam admirando o suposto novo aluno.

—Ok, o que foi aquilo? – Perguntei quando finalmente ela já estava normal. Bem, o mais normal que era possível.

—Eu não sei! Quando você falou sobre ele fugir das garotas, senti um negócio estranho, era quase raiva mas...

—Stacy você sabe que isso tem nome né? – Arqueei uma sobrancelha, me divertindo com o desespero da amiga alheia. 

—Vou criar a ilusão de que isso não existe e é só uma coisa da minha cabeça – Ela enfiou a cabeça nos braços, que estavam apoiados em uma das mesas.

—Ou você pode admitir para si mesma de que está com ciúmes. De um cara que nem conhece direito, mas isso não vem ao caso. 

—Quem esta com ciúme? – Rayn apareceu do meu lado e soltei um berro, pulando no lugar e logo depois colocando a mão no peito.

—Caralho Rayn! Por que você não coloca um sinalizador em você mesmo avisando quando vai aparecer ou sei lá, aqueles trecos muito loucos que ficam em cima do carro da polícia? 

Rayn me olhou como se perguntasse qual era o meu problema mental e Stacy levantou a cabeça.

—Para piorar a coisa toda, ainda tenho que ter uma amiga que fala com um fantasma. Ah como eu amo a minha vida!

—Nossa! Você me comove com essas palavras Stacy – O sarcasmo na minha voz era notável.

Antes que ela pudesse falar alguma coisa, um mar de alunos entrou na sala fazendo barulho e tacando bolinhas de papel uns nos outros. Alguns até atravessavam o corpo de Rayn, o que era bem esquisito.

—Ah, como eu estava com saudade dis... – Parou de falar de repente e olhou melancólico para algum ponto atrás de mim.

Me virei e dei de cara com  seu antigo grupinho. Não entendi o motivo do olhar triste, mas notei que um garoto não estava babaquiçando (sim, eu inventei essa palavra, me amem) junto com os outros. Ele tinha feições deprimidas e parecia até... Culpado?

O reconheci como Scott Lewis, co-capitão do time de futebol e melhor amigo de Rayn.

—Eu... Eu devia... – Rayn falava tão em um tom tão triste e culpado que senti vontade de abraça-lo e dizer que tudo estava bem. Ele abaixou os ombros e pude jurar que iria chorar a qualquer instante – Só queria ter podido pedir desculpas.

Suspirei e olhei novamente para Scott. Ah, eu era uma manteiga derretida mesmo, não podia negar os fatos.

—Quer saber? - Falei me levantando – Que se foda!

O fantasma levantou a cabeça e me olhou curioso, enquanto eu caminhava na direção de Scott.

—Eai – Coloquei a mão na mesa e ele me olhou assustado. A expressão em seus olhos foram substituídas por alguma coisa perto de raiva.

—O que você quer ?

—Anh... Quero falar com você depois da aula. Pode ser? – Disse ansiosa para sair do olhar gélido que me lançava.

Ele arqueou a sobrancelha e entendi aquilo como um sim.

A aula passou muito rápido. Provas, babas na mesa e olhares furtivos, enquanto eu xingava Rayn baixinho por me irritar.

Esperei todos saírem da sala, até sobrar Soctt e eu.

—Agora vai me dizer o que você quer?

Respirei fundo e tentei me concentrar no que iria dizer ao invés da sua expressão  carregada de ódio e rancor. Não sabia muito bem o porque de tudo aquilo para a minha pessoa, mas fazia uma leve ideia do que podia ser.

Talvez fazia parte de uma certa briga antes do acidente, o que não facilitava muito para o meu lado. 

—Talvez você ache meio difícil de acreditar, mas eu consigo falar com o Rayn.

Ele arqueou muito as sobrancelhas outra vez (aquilo já estava ficando chato), me enviando um olhar cético e faiscas de raiva saíram de suas íris verdes.

—Você acha que eu estou afim de brincadeira Julie Evans?

Tossi, esperando não ter mostrado o quanto eu gelei com aquilo.

—Eu posso provar que ele está bem do seu lado – Rayn estava quieto, me olhando com um pequeno sorriso no canto dos lábios e me perguntava com o olhar o que exatamente eu poderia fazer para provar aquela loucura.

—Tudo bem, prove!

—Não vai ser nada sutil, então, não se assuste – Peguei um papel e um lápis – Rayn, escreva alguma coisa.

Ele sorriu.

—Sou melhor desenhando.

—Ta que seja! Desenhe então – Scott me olhava feito uma doida por falar com o nada, mas não liguei para isso contanto que não se levantasse e fosse embora. 

Quando Rayn pegou o lápis, Scott arregalou os olhos e ficou vendo o lápis se mover sozinho pelo papel enquanto formas perfeitas eram desenhadas.

Rayn terminou o desenho e abri a boca em choque. Era perfeito! Os traços... Tudo!

—Eu... Como... – Scott balbuciava enquanto olhava abismado para o desenho e para mim, repetindo isso várias vezes.

—Acho que sou médium – Fiz uma careta. Sabia que não era, mas agora, era a única explicação que tinha.

—E por que está me falando isso?

—Porque quando eu te desse isso – Tirei um papel da minha mochila – Você acreditasse.

—O que é isso? – Ele pegou o papel da minha mão e o abriu, lendo.

—Eu não sei, pedi ao Rayn para escrever o que ele tinha que terminar com você, seja lá o que for – Dei de ombros – Minha parte está feita. Tchau!

Saí da sala sem antes pegar o desenho perfeito que Rayn tinha feito.

—Ei Julie! – O dito cujo apareceu atrás de mim. Me virei e ele sorriu – Obrigada.

Sorri também.

—Qual é! Você conseguiu me desenhar bonita e fashion! – Balancei o papel perto de seu rosto - Aquilo não foi nada de mais. 

Rayn gargalhou e assentiu.

—Você não conseguiria nem em um milhão de anos parecer bonita e fashion sem minha ajuda. 

—Cala a boca que eu não te pago pra dar opinião! – Falei ainda sorrindo, indo em direção a saida da escola.

Ele piscou e sumiu com aquele sorriso de bocó na cara.

Sinceramente, eu com certeza iria para o céu. Tinha virado um verdadeiro anjo. 


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Notas finais do capítulo

DEIXEM REVIEWS!

Xoxo



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