A Riddle escrita por petit_desir


Capítulo 8
closer.




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you get me closer to god
my whole existence is flawed
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    Uma vez me perguntaram o que eu achava do amor. Por que eu não me envolvia com ninguém. Se um dia eu tinha chegado a amar. Me perguntaram muitas coisas, pois não sabiam nada de mim. Será que temos que saber de tudo sobre a pessoa que está do nosso lado, ou simplesmente deixar que os anos mostrem, é a melhor opção? Será que conhecer uma pessoa por seus atos e não por suas palavras, é o melhor que temos a fazer? Vocês, Franklin, Betsy, podem ler tudo sobre mim aqui. Mostrar a quem quiser, mas, será que isso falará mais alto que minha alma? Não sei por que eu falo tanto assim de mim, nessas folhas em branco que são preenchidas tão rapidamente com esse tom de preto. Eu queria manchar, fazer grandes estragos. As cores, talvez elas berrassem quem eu sou. Mostrassem que eu quero ser. Mas, será que para vocês eu preciso disso? Será que esse diário que eu escrevo mostra quem eu sou? Tudo que vejo é uma janela indiscreta, lotada de palavras, frases sem nexo construídas. Um projeto quebrado. Um produto da sociedade, das ruas. Um novo “Comediante”, se lembram dele? Se lembram de tudo aquilo que passamos? Toda a nossa raça, toda nossa civilização. Estamos banidos, regredindo. Temos que fugir para viver, mas, e aquele que não foge? Aquele que é incapaz de se esconder. As pessoas me perguntam sobre amor. Mas o que o amor tem a ver com a nossa realidade? Lembro-me da menina hippie que colocou a margarida no fuzil de uma metralhadora ao pronunciar “paz e amor”, onde a paz e o amor estavam quando a mesma teve sua cabeça estourada com aqueles tiros certeiros? Seus cabelos dourados ainda estão manchados de sangue, o mesmo sangue que suja toda a minha nação de americanos. Martin Luther King foi incapaz de salvar seus irmãos, Gandhi ainda tem seus pensamentos falados, mas suas ações negligenciadas... Madre Teresa está morta e os leprosos seguem para o mesmo rumo. Todos nós, mutantes, negros, doentes ou não, estamos indo para os mesmos caminhos. Somos assassinados em uma chacina sem limites. Que orgulho posso sentir da minha nação azul e branca? Que orgulho posso sentir ao olhar as estrelas naquela bandeira e não ver nenhuma luz, como deveria ver, quando olho para o céu? Quem sou eu, diante do amor, se mal conheço o significado dessa palavra. Quem somos nós, diante do mundo? Quem sou, diante de alguém?

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