[ Comentários ]
A Riddle escrita por petit_desir
Capítulo 17
about "goodbye"
Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/36531/chapter/17
“Quando não dizemos adeus, ir embora é sempre mais fácil.”
Terminei a minha última folha desse diário assim.
Hoje me perguntei por que havia dito isso. Havia dito por causa de Emily?
Ou por que eu sempre fui embora sem dizer adeus?
Ou será, que Alyéssya e sua lembrança ainda está presa demais em minha cabeça? Ela também foi embora sem dizer adeus.
Adeus,
O que significa essa palavra afinal?
“Nunca mais ver”.
“Despedida”.
Adeus é ir embora e nunca mais voltar. Quando penso que seria melhor assim
Talvez eu me engane.
Eu senti quando Emily se despediu de Ray e não de mim,
Mesmo entendendo que eles eram algo à mais.
Eu era apenas o amigo que fez a morte dela doer menos.
Doer menos.
Será que um adeus pode doer menos?
Será que um dia eu seria inabalável e a dor inatingível?
Hoje me lembrei que a morte nos ronda. Não importa quando, hora, cor, nada.
A morte existe para todos nós.
E o adeus é uma palavra forte demais.
Emily jamais vai entender o que significou para mim o seu olhar.
Aquela mágoa, aquela tristeza. Será que tudo havia significado para ela algo?
Ray chorou como eu jamais vi ele chorar.
Eu também.
Nós crescemos, e levamos nossas vidas. Nos tornamos homens fortes, à sua maneira. Ray tem uma moral, um respeito, um comportamento que eu, Alex, jamais seria capaz de competir.
Ray jamais diria adeus.
Ele é o tipo de cara que não vai embora.
Já eu,
Eu vou.
Quantas vezes eu já fui embora sem dizer uma palavra se quer?
Será que aprendi isso com Emily?
Nem nossa amizade a salvou da escuridão que existia em seu peito. E porra, por que tão grande?
Eu também perdi quem eu supostamente amava.
Perdi meus pais.
Ela ainda tinha lembranças, quando decidiu se matar.
E eu? Eu só tenho as lembranças de um filho da puta e eu nem sei quem é.
Eu também sofri.
Ray também sofreu, apesar de ter sido menos.
E, pra falar a porra da verdade, nem sei mais. Ray vê todos os dias, pais e filhos morrendo. Caindo ao chão, ensangüentados, vítimas de uma guerra sem sentido.
Ray está ficando louco.
Será que ele irá se matar também e não falará adeus?
Quando estamos decididos a tirar nossa própria vida,
Não contamos à ninguém.
Se contamos, é por que queremos ser impedidos.
Emily queria morrer.
Ray talvez queira viver e tanta morte o deixe assim, mal, por que ele sabe o valor da vida.
E os sobreviventes? Serão apenas mortos-vivos. Nada do que eles venham à viver de novo, conseguirá apagar as lembranças da guerra.
Os adeus não serão para sempre.
Emily queria morrer.
Eu também já quis,
Mas, minha vida é tão insignificante que apressá-la parece um erro terrível.
Dizer adeus agora parece um erro terrível.
Terminei a minha última folha desse diário assim.
Hoje me perguntei por que havia dito isso. Havia dito por causa de Emily?
Ou por que eu sempre fui embora sem dizer adeus?
Ou será, que Alyéssya e sua lembrança ainda está presa demais em minha cabeça? Ela também foi embora sem dizer adeus.
Adeus,
O que significa essa palavra afinal?
“Nunca mais ver”.
“Despedida”.
Adeus é ir embora e nunca mais voltar. Quando penso que seria melhor assim
Talvez eu me engane.
Eu senti quando Emily se despediu de Ray e não de mim,
Mesmo entendendo que eles eram algo à mais.
Eu era apenas o amigo que fez a morte dela doer menos.
Doer menos.
Será que um adeus pode doer menos?
Será que um dia eu seria inabalável e a dor inatingível?
Hoje me lembrei que a morte nos ronda. Não importa quando, hora, cor, nada.
A morte existe para todos nós.
E o adeus é uma palavra forte demais.
Emily jamais vai entender o que significou para mim o seu olhar.
Aquela mágoa, aquela tristeza. Será que tudo havia significado para ela algo?
Ray chorou como eu jamais vi ele chorar.
Eu também.
Nós crescemos, e levamos nossas vidas. Nos tornamos homens fortes, à sua maneira. Ray tem uma moral, um respeito, um comportamento que eu, Alex, jamais seria capaz de competir.
Ray jamais diria adeus.
Ele é o tipo de cara que não vai embora.
Já eu,
Eu vou.
Quantas vezes eu já fui embora sem dizer uma palavra se quer?
Será que aprendi isso com Emily?
Nem nossa amizade a salvou da escuridão que existia em seu peito. E porra, por que tão grande?
Eu também perdi quem eu supostamente amava.
Perdi meus pais.
Ela ainda tinha lembranças, quando decidiu se matar.
E eu? Eu só tenho as lembranças de um filho da puta e eu nem sei quem é.
Eu também sofri.
Ray também sofreu, apesar de ter sido menos.
E, pra falar a porra da verdade, nem sei mais. Ray vê todos os dias, pais e filhos morrendo. Caindo ao chão, ensangüentados, vítimas de uma guerra sem sentido.
Ray está ficando louco.
Será que ele irá se matar também e não falará adeus?
Quando estamos decididos a tirar nossa própria vida,
Não contamos à ninguém.
Se contamos, é por que queremos ser impedidos.
Emily queria morrer.
Ray talvez queira viver e tanta morte o deixe assim, mal, por que ele sabe o valor da vida.
E os sobreviventes? Serão apenas mortos-vivos. Nada do que eles venham à viver de novo, conseguirá apagar as lembranças da guerra.
Os adeus não serão para sempre.
Emily queria morrer.
Eu também já quis,
Mas, minha vida é tão insignificante que apressá-la parece um erro terrível.
Dizer adeus agora parece um erro terrível.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!