A Riddle escrita por petit_desir


Capítulo 14
LOVERS IN JAPAN




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LOVERS IN JAPAN
001; tonight maybe we're gonna run dreaming of the osaka sun.



- - - - “Era uma vez um grupo de ninjas. Eles viveram no Japão há muito tempo atrás; notórios pelas suas habilidades, diziam haver algo de divino nas mesmas. Neste grupo, havia três homens e duas mulheres.”

- - - - Para mim, todos dessa tal gangue ninja eram mutantes, caso a história for verdadeira. Os outros poderes assemelham-se com o que “conhecemos” hoje em dia e esse tipo de coisa. Poderosos, juntaram-se para virar assassinos de aluguel no período feudal no Japão.

- - - - O que me interessa da história é sobre uma das duas mulheres. Aiko era seu nome. Esta tinha o poder relacionado com veneno. Quando se deitava com um homem e se sentia estimulada sexualmente, seu corpo liberava fluído onde os mesmos matavam o seu amante. Aiko normalmente era usada para trabalhos mais simples, como matar homens misteriosamente, já que seu “veneno” não era conhecido por humanos normais.

- - - - Muito bonita e sensual, foi descrita como amaldiçoada, uma vez que mesmo quando se excitava com um simples beijo, o excesso de saliva que sua boca poderia liberar, poderia ser venenosa.

- - - - Há escritos que dizem que ela matou todos os homens que um dia chegou a amar. Não conseguindo conter pequenas doses de veneno, era considerada “letal”, morrendo sozinha muito anos depois da sua juventude.


- - -
    - - - - Por mais que pareça estranho justamente eu falar disso, eu havia me interessado por essa história, no pouco tempo que perambulei pela Ásia. Saber que houve uma história tão trágica como esta, me fez perguntar o qual fadados estão alguns de nós?

    - - - - Atualmente, eu descobri um pouco mais sobre minha mãe. Ou melhor, sobre Venom. Não se posso chamá-la de mãe. Ela nunca foi isso.

    - - - - Venom poderia expelir veneno pela sua mão esquerda, quando se sentisse ameaçada. Era poderosa, quase letal. Se Venom fosse como Aiko, ela ainda estaria viva e eu, morto. Ou melhor, pouco existiria. Meu pai é que estaria morto. Viver esse tipo de questão me faz ficar perplexo, uma vez que não sai da minha cabeça como seria se eu não estivesse aqui. Não há uma mínima lógica em tudo isso. Eu sei.

    - - - - Quando penso nas duas, que estão fadadas à essa vida, o que teria sido delas? Aiko provavelmente tinha seu corpo inflado de veneno e não sangue, o que fazia dela algo diferente de tudo que qualquer um humano já havia tocado. Provavelmente era gelada, sem vida. Provavelmente, a exuberante maquiagem japonesa escondia os traços mórbidos que carregava em si. Aiko em japonês é “filha do amor”. E que amor ela poderia ter, quando ela matava tudo que tocava?

    - - - - Venom não teve a mesma sorte/azar. Ela foi capaz de amar, casar-se e ter um filho e logo se desfazer do estorvo que eu era. Quando me lembro daquela imagem, o dia que foram mortos, eu não consigo entender ou perdoar. Eles pareciam se amar e se amavam, por que dariam o “fruto” desse amor? É imperdoável. Eu fui considerado um estorvo para a vida deles. Sabia que ambos eram meus pais, pois, o homem era minha cópia. Ele era apenas mais musculoso que eu. E também existe alguma outra coisa que me dá certeza que aquele casal... aquele homem e aquela mulher... são meus pais.

    - - - - Quando disseram seu último “adeus”, eles falaram que se amavam. Para mim, não existe amor ali. Eles não sabiam o que é isso. Eu também não sei. Venom, como uma mãe, não poderia deixar eu ir embora. Minha infância... Eu precisava deles. Eu precisava do amor deles. E eles nem sabiam o que era isso.

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