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A Riddle escrita por petit_desir
Capítulo 13
TEXAS IV
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Era começo de setembro, agora. Não fazia tanto calor como nos últimos meses, mas, estava quente. Era início de Outono e todos os alunos voltavam para o Primeiro Dia de Aula. O desespero no rosto de alguns era tão notável que chegava a ser comum. Outros pareciam animados e outros desanimados. Bem relativo. Quando temos 16 anos, a escola é praticamente nossa vida. É onde está nossa reputação, nossos amigos, nossos namorados e daí vai.
Eu dirigia a caminhonete. Julia e Lara pareciam nunca trocar qualquer palavra. Eu também não falava nada, apenas colocava alguma coisa para tocar no rádio. Para nossa sorte - ou minha, tanto faz - eu havia achado uma estação onde tocava músicas da moda. Era bom e ruim ao mesmo tempo. Eu gosto de ouvir rock e não Britney Spears, mas, era melhor do que todas as outras estações que costumavam apenas tocar Country. Bem, não me importaria se fosse um Johnny Cash, mas, infelizmente nunca era.
Enfim, poucas vezes eu havia conversado com elas. Julia, a mais velha, era a que mais tinha trocado palavras, mas, não havia sido o suficiente para que fossemos considerados amigos. Lara evitava falar comigo. Tinha algum receio, ou, raiva. Não gostava de mim e tampouco me aceitava. Eu era o intruso dentro de sua casa e eu sabia disso. Nós todos, entretanto, hoje estávamos em um silêncio morto a não ser pela música. Kings of Leon. Tanto eu quanto Julia seguíamos o refrão e Lara parecia ficar irritada com nossa relação.
O caralho da menina também parecia viver em uma TPM constante. Sempre conseguia falar algo para me ofender ou ofender Julia. Por mim, ela podia falar a merda que quisesse. O que me incomodava era a maneira que tratava sua irmã. Hoje era o primeiro dia que tínhamos que ficar sozinhos os três, pelo menos, até chegarmos na escola, onde teríamos nosso Primeiro Dia Letivo de aula. Enquanto eu e Julia cantávamos, lembro-me de Lara se esgueirando entre nós dois e querer desligar o rádio, falando que o que ouvíamos era pura bosta. Lembro-me de apenas ter segurado sua mão e tê-la afastado.
- Que porra você pensa que está fazendo, Alex?
- Sou seu irmão mais velho. Eu mando nessa merda. Agora senta e fica quieta. Não gostou? Reclame para seu papai, ele vai adorar saber que o cara que mora entre vocês é um piscopata. - Lembro que isso fez com que ela ficasse mau-humorada, mais ainda, e emburrasse no banco de trás.
- Queria que você sumisse, Alex!
- Eu também queria sumir, você me deixa doente.
Julia me olhou pela primeira vez, um pouco empalidecida. Depois disso, ficamos todos em silêncio. Ninguém falara nada, exceto Julia que me mostrava o caminho e eu respondia apenas com um sonoro “certo”. Sem mais, em 20 minutos estávamos na porta da escola. Estacionei no primeiro lugar vago que achei. Estava irritado com a atitude de Lara, ter 14 anos era uma bosta mesmo. Se achava dona do mundo e infelizmente, todas as meninas dessa idade agiam como ela. Eu e Julia estudaríamos juntos. Então, caminhamos lado a lado. Lara foi sozinha atrás de nós e logo se separaria.
Todos pareciam curiosos para saber quem era “o aluno novo”. Mal de cidade pequena. Eles nunca tem assuntos novos e eu era infelizmente um deles. Esperava que a “sensação” durasse pouco. Eu e Julia apenas trocávamos olhares, sem dizer nada. Nem eu e nem ela era do tipo que falava. Lara finalmente encontrou um grupo de amigos e eu dei graças à Deus por isso.
- Odeio sua irmã.
- Eu sei... - Julia falou, olhando o céu. E como ela sabia. Hoje não havia sido a primeira vez que havíamos soltado faíscas. Fui até a diretoria pegar meus horários e foi a vez de Julia achar seus amigos. Ela fazia parte dos populares de nossa série e o que não é estranho. Era bonita, esperta e pelo que soube, campeã de corrida. Me despedi dela e ela falou para almoçarmos juntos. Sorri e pisquei, indo em rumo ao meu caminho. Segunda era um dia chato, terça também. Quarta era bem agradável, quinta uma bosta e sexta deveria ser um daqueles dias que dormimos em todas as aulas. É, acho que colegial nunca foi comigo mesmo.
Hoje era segunda e eu tinha aula de química logo de cara... E logo de cara, eu estava dormindo debaixo de uma árvore, enquanto matava aula. Foi o suficiente para que me achassem por lá e me levassem para diretoria pelo colarinho. Lembro de ter esperado o diretor por 30 minutos, quais dormi o tempo todo. A secretaria achava graça e disse que previa grandes encrencas para mim. Bem, eu sempre fui um fodido mesmo, não faria diferença ser mais um pouco ou não. Quando o diretor chegou, ele me acordou me chacoalhando.
- Bom Dia - Respondi em tom de zombaria e ele parecia não gostar disso.
- É, Juan havia me dito que você era espertinho. Só não tinha dito que era insolente.
- É, falta mais alguns adjetivos e logo você me conhece - Pisquei para ele e ele bufou baixo.
- Entre.
- Certo.
Havia ganhado dois dias de suspensão. Quando finalmente almocei naquele dia, Julia ria de mim. Logo de cara e eu já estava ferrado. Ri disso e conversávamos sobre as aulas dela. A grande maioria era compatível com as minhas.
Lara e seu grupo de amigos olhava para nós. Nossa mesa era tão cheia quanto a deles. As duas sempre pertenceram ao grupo dos “populares”. Lara com certeza falava mal de mim. E eu apenas mandei um beijo, quando a peguei olhando. Julia havia reparado e acabou rindo. Os amigos dela também. Os dois grupos não se batiam e eu não questionava isso, eu até entendia. Irmãos mais velhos x Irmãos mais novos.
- Alex, Julia contou que você faz ilusões. É verdade? - O nome dele era Ed, de Edward. Seu pai era trabalhava no mercado petrolífero e ele vinha de uma família rica. Ed era capitão do time de futebol americano da escola. Era bem afeiçoado e aparentemente, era o conquistador do colégio. Eu e ele nos dávamos bem, nesse sentido. Sempre saiamos para foder, beber e aprontar por ai. Sempre fomos amigos, acho. Não grandes amigos, mas, amigos. - É?
- Hm, depende. Eu brinco apenas. - Respondi, rindo. Pensei um pouco o que fazer.
- Por que não faz o truque da maçã, como fez com mamãe? - Julia sorriu animada - Ele fez uma árvore crescer, dar flores e ainda por cima fez uma maça. Minha mãe até mordeu! E de repente, havia se tornado uma semente de novo!
- Hm... - Sorri para ela, concordando. - Mas, quero fazer algo novo. Deixei-me pensar... - Era meio foda tirar algo da casaca assim. Não sabia o quão espertos eram eles. Não sabia se perceberiam o que eu era ou não. - Que tal...
Olhei para o caderno de Lilian - uma das meninas da nossa mesa - e fiz com que as borboletas que tinham sido pintados no mesmo, se soltassem e voassem, até sobre nossas cabeças. Logo, eu me levantei e sobrei, fazendo com que elas desaparecessem como se fossem feitas de pó luminoso, caindo sobre nossas cabeças. Todos riram e aplaudiram, aqueles da mesa e alguns que passavam por perto.
- Muito legal! - alguns falaram e eu ri, me sentando. Era algo simples, eles nunca entenderiam o que havia acontecido. E era melhor assim. Eu jamais contaria, tanto por quê, não havia o que contar.
Minhas próximas aulas eram todas com Julia e seus amigos. Quando não tinha aulas iguais com ela, tinha com Ed ou com Chuck. Às vezes eu, Lilian e Lorena também ficávamos juntos. Nunca estávamos separados.
Depois de alguns dias, eu já fazia parte dos populares de verdade. É claro que isso tinha dedo da Julia. Eu continuava sendo o mesmo. Falava pouco, ria às vezes, fazia brincadeiras, comia periodicamente Lorena e esse tipo de coisa. Formávamos casais - mais ou menos. Julia saia com Ed, Chuck com Lilian. Antigamente, também era assim, a não ser Lorena que saia com todo o resto do time de futebol. Então, passou a sair só comigo. Eu havia avisado que eu não gostaria dela, não era o tipo de cara que me apaixonava, mas, ela preferiu arriscar.
Todos do nosso grupo pareciam ter algo para ser invejado. Era o típico de todo colégio. Era notável, até, como só nos EUA tem esse tipo de coisa. Ed era capitão, Chuck seu co-capitão. Lilian era a Presidente da Comissão dos Alunos. Lorena era chefe das Líderes de Torcida. E eu...? Eu havia entrado para o time de boxer e era “o ilusionista”. Por algum motivo, Bess soube que eu era chamado de A. Riddle pelos companheiros do Orfanato e falou parqa Julia, que comentou com Ed, que falou para todo mundo. Em pouco tempo, eu era A. Riddle e para nosso grupo, Riddy. Era engraçado como uma coisa tão boba fez com que meu nome se espalhasse.
Todos nós nos dávamos bem. Vivamos bem. Sempre acampávamos, fazíamos festa e aprontávamos. Eu, Ed e Chuck costumávamos vandalizar por aí. Soltávamos bombas, fechávamos ruas, dávamos trotes. Ed e Chuck costumavam pegar mais pesado. Quando decidiam infernizar alguém, eu nunca me envolvia. Apenas assistia mas, não agia. Eles sabiam que eu não faria nada e me infernizavam por isso. Tanto fazia para mim. As meninas às vezes iam, se envolviam e davam risadas. Agitavam. Mas, não passava disso.
Durante os fins de semana, íamos beber em um bar pequeno da cidade, onde todos os alunos mais velhos e veteranos iam. Jogávamos sinuca e depois, íamos foder. Todas as três fodiam como putas. Era engraçado. Elas gostavam disso. E para nós, eu, Chuck e Ed, adorávamos vê-las assim. Quando acampávamos perto de casa, naquele riacho, era quando tudo pegava mais fogo. Ed sempre trazia uma garrafa de uísque do Tennessee, que não durava mais que meia hora com a gente. Depois de muito bêbados, íamos nadar pelados no riacho e riamos como se fossemos retardados. Bons tempos eram aqueles.
Bess e Juan gostavam do meu relacionamento bom com Julia. Achavam que eu poderia protegê-la, em qualquer situações dessas - e nem sabiam que eu que a acompanhava. Lara tentava contar o que fazíamos - na escola, nunca fui muito segredo para ninguém -, mas eles não acreditavam. Eu ficava quieto e Julia jurava de pé junto que era mentira. Lara não tinha muita credibilidade com seus pais, para sorte de Julia. Nossa vida se seguia assim.
Lara dia após dia odiava cada vez mais nós.
Quanto mais eu me aproximava de Julia, mas a via como mulher e não como amiga. Ela também sentiu o mesmo. Nós havíamos nos apaixonado... E foi então, que eu havia decidido ir embora.
Eu dirigia a caminhonete. Julia e Lara pareciam nunca trocar qualquer palavra. Eu também não falava nada, apenas colocava alguma coisa para tocar no rádio. Para nossa sorte - ou minha, tanto faz - eu havia achado uma estação onde tocava músicas da moda. Era bom e ruim ao mesmo tempo. Eu gosto de ouvir rock e não Britney Spears, mas, era melhor do que todas as outras estações que costumavam apenas tocar Country. Bem, não me importaria se fosse um Johnny Cash, mas, infelizmente nunca era.
Enfim, poucas vezes eu havia conversado com elas. Julia, a mais velha, era a que mais tinha trocado palavras, mas, não havia sido o suficiente para que fossemos considerados amigos. Lara evitava falar comigo. Tinha algum receio, ou, raiva. Não gostava de mim e tampouco me aceitava. Eu era o intruso dentro de sua casa e eu sabia disso. Nós todos, entretanto, hoje estávamos em um silêncio morto a não ser pela música. Kings of Leon. Tanto eu quanto Julia seguíamos o refrão e Lara parecia ficar irritada com nossa relação.
O caralho da menina também parecia viver em uma TPM constante. Sempre conseguia falar algo para me ofender ou ofender Julia. Por mim, ela podia falar a merda que quisesse. O que me incomodava era a maneira que tratava sua irmã. Hoje era o primeiro dia que tínhamos que ficar sozinhos os três, pelo menos, até chegarmos na escola, onde teríamos nosso Primeiro Dia Letivo de aula. Enquanto eu e Julia cantávamos, lembro-me de Lara se esgueirando entre nós dois e querer desligar o rádio, falando que o que ouvíamos era pura bosta. Lembro-me de apenas ter segurado sua mão e tê-la afastado.
- Que porra você pensa que está fazendo, Alex?
- Sou seu irmão mais velho. Eu mando nessa merda. Agora senta e fica quieta. Não gostou? Reclame para seu papai, ele vai adorar saber que o cara que mora entre vocês é um piscopata. - Lembro que isso fez com que ela ficasse mau-humorada, mais ainda, e emburrasse no banco de trás.
- Queria que você sumisse, Alex!
- Eu também queria sumir, você me deixa doente.
Julia me olhou pela primeira vez, um pouco empalidecida. Depois disso, ficamos todos em silêncio. Ninguém falara nada, exceto Julia que me mostrava o caminho e eu respondia apenas com um sonoro “certo”. Sem mais, em 20 minutos estávamos na porta da escola. Estacionei no primeiro lugar vago que achei. Estava irritado com a atitude de Lara, ter 14 anos era uma bosta mesmo. Se achava dona do mundo e infelizmente, todas as meninas dessa idade agiam como ela. Eu e Julia estudaríamos juntos. Então, caminhamos lado a lado. Lara foi sozinha atrás de nós e logo se separaria.
Todos pareciam curiosos para saber quem era “o aluno novo”. Mal de cidade pequena. Eles nunca tem assuntos novos e eu era infelizmente um deles. Esperava que a “sensação” durasse pouco. Eu e Julia apenas trocávamos olhares, sem dizer nada. Nem eu e nem ela era do tipo que falava. Lara finalmente encontrou um grupo de amigos e eu dei graças à Deus por isso.
- Odeio sua irmã.
- Eu sei... - Julia falou, olhando o céu. E como ela sabia. Hoje não havia sido a primeira vez que havíamos soltado faíscas. Fui até a diretoria pegar meus horários e foi a vez de Julia achar seus amigos. Ela fazia parte dos populares de nossa série e o que não é estranho. Era bonita, esperta e pelo que soube, campeã de corrida. Me despedi dela e ela falou para almoçarmos juntos. Sorri e pisquei, indo em rumo ao meu caminho. Segunda era um dia chato, terça também. Quarta era bem agradável, quinta uma bosta e sexta deveria ser um daqueles dias que dormimos em todas as aulas. É, acho que colegial nunca foi comigo mesmo.
Hoje era segunda e eu tinha aula de química logo de cara... E logo de cara, eu estava dormindo debaixo de uma árvore, enquanto matava aula. Foi o suficiente para que me achassem por lá e me levassem para diretoria pelo colarinho. Lembro de ter esperado o diretor por 30 minutos, quais dormi o tempo todo. A secretaria achava graça e disse que previa grandes encrencas para mim. Bem, eu sempre fui um fodido mesmo, não faria diferença ser mais um pouco ou não. Quando o diretor chegou, ele me acordou me chacoalhando.
- Bom Dia - Respondi em tom de zombaria e ele parecia não gostar disso.
- É, Juan havia me dito que você era espertinho. Só não tinha dito que era insolente.
- É, falta mais alguns adjetivos e logo você me conhece - Pisquei para ele e ele bufou baixo.
- Entre.
- Certo.
Havia ganhado dois dias de suspensão. Quando finalmente almocei naquele dia, Julia ria de mim. Logo de cara e eu já estava ferrado. Ri disso e conversávamos sobre as aulas dela. A grande maioria era compatível com as minhas.
Lara e seu grupo de amigos olhava para nós. Nossa mesa era tão cheia quanto a deles. As duas sempre pertenceram ao grupo dos “populares”. Lara com certeza falava mal de mim. E eu apenas mandei um beijo, quando a peguei olhando. Julia havia reparado e acabou rindo. Os amigos dela também. Os dois grupos não se batiam e eu não questionava isso, eu até entendia. Irmãos mais velhos x Irmãos mais novos.
- Alex, Julia contou que você faz ilusões. É verdade? - O nome dele era Ed, de Edward. Seu pai era trabalhava no mercado petrolífero e ele vinha de uma família rica. Ed era capitão do time de futebol americano da escola. Era bem afeiçoado e aparentemente, era o conquistador do colégio. Eu e ele nos dávamos bem, nesse sentido. Sempre saiamos para foder, beber e aprontar por ai. Sempre fomos amigos, acho. Não grandes amigos, mas, amigos. - É?
- Hm, depende. Eu brinco apenas. - Respondi, rindo. Pensei um pouco o que fazer.
- Por que não faz o truque da maçã, como fez com mamãe? - Julia sorriu animada - Ele fez uma árvore crescer, dar flores e ainda por cima fez uma maça. Minha mãe até mordeu! E de repente, havia se tornado uma semente de novo!
- Hm... - Sorri para ela, concordando. - Mas, quero fazer algo novo. Deixei-me pensar... - Era meio foda tirar algo da casaca assim. Não sabia o quão espertos eram eles. Não sabia se perceberiam o que eu era ou não. - Que tal...
Olhei para o caderno de Lilian - uma das meninas da nossa mesa - e fiz com que as borboletas que tinham sido pintados no mesmo, se soltassem e voassem, até sobre nossas cabeças. Logo, eu me levantei e sobrei, fazendo com que elas desaparecessem como se fossem feitas de pó luminoso, caindo sobre nossas cabeças. Todos riram e aplaudiram, aqueles da mesa e alguns que passavam por perto.
- Muito legal! - alguns falaram e eu ri, me sentando. Era algo simples, eles nunca entenderiam o que havia acontecido. E era melhor assim. Eu jamais contaria, tanto por quê, não havia o que contar.
Minhas próximas aulas eram todas com Julia e seus amigos. Quando não tinha aulas iguais com ela, tinha com Ed ou com Chuck. Às vezes eu, Lilian e Lorena também ficávamos juntos. Nunca estávamos separados.
Depois de alguns dias, eu já fazia parte dos populares de verdade. É claro que isso tinha dedo da Julia. Eu continuava sendo o mesmo. Falava pouco, ria às vezes, fazia brincadeiras, comia periodicamente Lorena e esse tipo de coisa. Formávamos casais - mais ou menos. Julia saia com Ed, Chuck com Lilian. Antigamente, também era assim, a não ser Lorena que saia com todo o resto do time de futebol. Então, passou a sair só comigo. Eu havia avisado que eu não gostaria dela, não era o tipo de cara que me apaixonava, mas, ela preferiu arriscar.
Todos do nosso grupo pareciam ter algo para ser invejado. Era o típico de todo colégio. Era notável, até, como só nos EUA tem esse tipo de coisa. Ed era capitão, Chuck seu co-capitão. Lilian era a Presidente da Comissão dos Alunos. Lorena era chefe das Líderes de Torcida. E eu...? Eu havia entrado para o time de boxer e era “o ilusionista”. Por algum motivo, Bess soube que eu era chamado de A. Riddle pelos companheiros do Orfanato e falou parqa Julia, que comentou com Ed, que falou para todo mundo. Em pouco tempo, eu era A. Riddle e para nosso grupo, Riddy. Era engraçado como uma coisa tão boba fez com que meu nome se espalhasse.
Todos nós nos dávamos bem. Vivamos bem. Sempre acampávamos, fazíamos festa e aprontávamos. Eu, Ed e Chuck costumávamos vandalizar por aí. Soltávamos bombas, fechávamos ruas, dávamos trotes. Ed e Chuck costumavam pegar mais pesado. Quando decidiam infernizar alguém, eu nunca me envolvia. Apenas assistia mas, não agia. Eles sabiam que eu não faria nada e me infernizavam por isso. Tanto fazia para mim. As meninas às vezes iam, se envolviam e davam risadas. Agitavam. Mas, não passava disso.
Durante os fins de semana, íamos beber em um bar pequeno da cidade, onde todos os alunos mais velhos e veteranos iam. Jogávamos sinuca e depois, íamos foder. Todas as três fodiam como putas. Era engraçado. Elas gostavam disso. E para nós, eu, Chuck e Ed, adorávamos vê-las assim. Quando acampávamos perto de casa, naquele riacho, era quando tudo pegava mais fogo. Ed sempre trazia uma garrafa de uísque do Tennessee, que não durava mais que meia hora com a gente. Depois de muito bêbados, íamos nadar pelados no riacho e riamos como se fossemos retardados. Bons tempos eram aqueles.
Bess e Juan gostavam do meu relacionamento bom com Julia. Achavam que eu poderia protegê-la, em qualquer situações dessas - e nem sabiam que eu que a acompanhava. Lara tentava contar o que fazíamos - na escola, nunca fui muito segredo para ninguém -, mas eles não acreditavam. Eu ficava quieto e Julia jurava de pé junto que era mentira. Lara não tinha muita credibilidade com seus pais, para sorte de Julia. Nossa vida se seguia assim.
Lara dia após dia odiava cada vez mais nós.
Quanto mais eu me aproximava de Julia, mas a via como mulher e não como amiga. Ela também sentiu o mesmo. Nós havíamos nos apaixonado... E foi então, que eu havia decidido ir embora.
Where'd you go?
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[FORT MINOR]
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