Cale a Boca! escrita por Machyri


Capítulo 23
Inferno na Terra.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que tem meses que eu não posto, mas eu tive um bloqueio gente xD, não estava conseguindo escrever nada, acho que era stress... :/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/36483/chapter/23

Tenten ligou-me pedindo que fosse encontrá-la para almoçar num restaurante já conhecido nosso, eu estava louca para ir, mas com os bebês ficava muito complicado, Itachi estava tentando tomar vergonha na cara por isso abriu uma gravador que sugava todo seu tempo; Sasuke fugia de casa, preferia ir no inferno a estar ali, Karin o perturbava de todas as formas quando estava em casa, e na sua ausência perturbava todas as pessoas presentes, sendo assim teria que deixar Akemi e Hideto com a babá na casa do Kakashi, porque aqui é tentativa de suicídio.

Pedi para que o motorista deixasse as crianças na casa do avô enquanto eu me arrumava; me arrumei rápido e desci as escadas colocando os brincos, já passava do meio dia e Tenten odeio atrasos, o mal da convivência com Neji, quando cheguei a sala de estar uma figura conhecida estava parada me olhando meio atônita.

-Suigetsu?

-Sim?

-O que você está fazendo aqui?

-Sasuke me pediu para pegar uns papéis, afinal eu sou o presidente administrativo da empresa.

-Hum.

-...Sakura, por favor, sobre aquele dia... Me desculpe.

-Não peça desculpas para mim, sabe meus filhos foram registrados no nome do Sasuke, mas vão sempre achar que seu pai é o Itachi, você sabia de tudo isso e não fez nada, se você não pode mudar isso, não se desculpe.

-Eu sei que não posso fazer nada para mudar o que eu fiz, mas eu estou realmente arrependido, e queria queira você acreditar ou não, eu não sabia que ele ia casar, ele me disse que ia resolver tudo, terminar tudo, tenho certeza para que ele acabasse se casando.

-Isso ficou no passado, esqueça, como eu disse nós não podemos mudar o que foi feito... Ou não – uma das empregadas desceu com um pacote que foi entregue ao Suigetsu, este olhou certificando-se do conteúdo.

-Foi ótimo reencontrá-la, estou de saída.

-Eu também, vou acompanhá-lo até a porta.

Vi o carro do Suigetsu se afastar e o motorista chegar lentamente até a porta, entrei e sai do carro sem dizer absolutamente nada, absorta em meus pensamentos. Cheguei no restaurante apressada procurando Tenten, quando a encontrei me sentei na cadeira a sua frente esperando um sermão, mas me assustei com a impossibilidade do que via a minha frente, ela estava sorrindo.

-Ai meu Deus! Para o mundo que eu quero descer! Tenten de bom-humor antes das 18:00?! É o fim do mundo!

-Cala boca sua sem graça.

-Olha só isso! Ela nem consegue fechar o sorriso! Qual o motivo dessa alegria toda?

-Você nem percebeu né sua falsa?

-O quê? – ela levantou a mão direita, o dedo anelar tinha um diamante do tamanho de uma melancia – AI MEU DEUS! – pulei da cadeira e todos no restaurante me olhara – EU NÃO ACREDITO! AI MEU DEUS! AI MEU DEUS!

-Fica quieta menina! Senta aí!

-Como? Quando isso?!

-Ontem de noite, ele me levou para a casa dele e fez um jantar romântico super fofo, eu achei muito estranho, ai ele me pediu em casamento.

-Ai que lindo! Nem parece o Neji, para mim ele era do tipo que te ligaria e informaria que ia casar com você.

-Eu também achava isso! Fiquei muito surpresa. Mas não foi por isso que te chamei aqui.

-O que pode ser mais importante do que isso?

-Eu e o Neji conversamos e ele chamou Hinata e Naruto para serem seus padrinhos, eu queria que você fosse minha madrinha amiga, você aceita?

-É claro! Que pergunta! Lógico que eu aceito!

-Só tem um detalhe.

-O que foi?

-O Sasuke vai ser o padrinho.

-Tudo bem – Tenten me olhou surpresa

-Eu achei que você ia surtar, dar uma crise, me pedir para mudar de ideia.

-Tenten eu moro na mesma casa que ele, o vejo pouco, é verdade, mas os vejo quase todos os dias, já que não saio de casa nem para assistir aula. Não se preocupe eu vou fazer isso, porque eu te amo amiga, nada é mais importante do que a sua felicidade nesse momento.

-Eu sabia que você ia aceitar!

Fui à casa do meu pai pegar meus filhos juntamente com a babá, Kakashi não estava em casa então deixei um bilhete em cima da mesa agradecendo.

Quando cheguei em casa Karin havia chegado conhecidentemente na mesma hora que Sasuke, e resolveu discutir a relação no meio da sala.

-Tem três dias que eu não te vejo!
-Karin, por favor, agora não.

-Que horas então? Sempre é “agora não”, “agora não”!

-Karin eu estou cansado, tem três dias que eu não durmo!

-Não dorme por quê? Não vem para casa por quê? Você acha que eu não sei? Todos riem de mim por sua causa, coitada de mim! Casada, traída de mal amada! Você não tem pena de mim não?

-Foi você que nos arrastou para isso! Não venha reclamar! Eu disse que casaria, eu não prometi te amar.

-Como é que você tem coragem de dizer isso? Eu te amo! Isso não conta para você? – Karin caia aos prantos como de costume

-Você quer realmente que eu responda? – ele olhou-a com desdém, chegou perto dos carrinhos, pegou um das minhas mãos – Quanto tempo você pretende ficar parada aí na porta?

-Eu... É... Bem... Eu não queria ouvir nada disso, desculpe, já estou subindo.

-Calma, eu te ajudo, nós já terminamos.

-Eu não terminei nada Sasuke...

-Karin vá para o seu quarto, eu não quero ouvir mais um pio seu!

-Acho que vocês precisam conversar... Eu vou subir.

-Eu já disse que vou te ajudar... – Karin desferiu um tapa no rosto dele

-Eu vou sair! E não sei que horas volto! – ela saiu de casa pisando firme e chorando enquanto Sasuke massageava o rosto.

-Pegue Akemi e Hideto que eu levo os carrinhos, Sakura.

Peguei os dois no colo e subi as escadas, Sasuke abriu a porta e guardou os carrinhos, olhe de relance e vi o lugar do tapa um pouco arranhado enquanto Sasuke continuava a massagear o rosto, aquilo ia deixar marca por alguns dias.

-Desculpe, eu não queria que você presenciasse isso – Sasuke olhou para mim, analisando minha expressão

-Tudo bem, todo casal briga.

-Nós não somos um casal.

-Vocês estão casados, vocês são um casal.

-Eu não vou discutir com você, a única mulher que pode ser um casal comigo é você.

-Você nunca mais vai poder formar um casal, então.

-Eu sei disso, mas isso não deixa de ser uma pena, nós ficamos lindos juntos, você vai ver na igreja.

-Ah... Tenten já falou com você.

-Eu achei que você não fosse aceitar.

-Eu não ia recusar um pedido da minha amiga por sua causa, você não se acha importante de mais não?

-Isso é bem a sua cara.

-Eu acho que você não me conhece.

-É triste, mas é verdade.

-Não há nada mais há ser feito quanto a isso.

-Você sabe que é só você querer que eu posso te conhecer, nós podemos ser um casal, eu faço qualquer coisa por você, eu te amo, eu quero criar nosso filhos e viver feliz com você, é só você querer.

-Já está na hora de você parar de brincar, isso não pode acontecer, sonhar é de graça, mas machuca às vezes, foi você que escolheu viver assim, você estava planejando o que quando casou? Que eu ia ser sua amante?

-Sakura não foi bem assim.

-E foi como?!

-É complicado, eu não posse te explicar, tem muita mais coisa do que você pensa.

-Eu não quero saber, saia daqui!

-Um dia você vais saber de tudo e ver como estava errada.

-No dia que eu souber toda a verdade pelo qual você justifica seus caprichos egoístas, quem sabe eu sinta pena de você, isso vai ser o máximo que eu vou poder ver. – ele saiu do quarto e ou pude ouvir depois a porta do quarto dele batendo.

Olhei para aquelas lindas crianças no berço, brincando com seus bracinhos tentando alcançar os móbiles, todas as vezes em que eu fitava aqueles olhos ônix de Sasuke eu perdia a linha, sempre, como se estivessem me lendo, me decifrando, como se com a diferença do piscar eu pudesse estar nos braços dele, era muito difícil resistir a vontade louca de tocar aqueles lábios carmins e aquela pele de porcelana, desgrenhar aqueles cabelos tão negros quanto os olhos, eu não podia negar de jeito nenhum o que eu sentia, eu o amava, isso era fato consumado, sempre ia amá-lo e isso não tinha como mudar, tudo que eu podia fazer era me controlar e me acostumar com a dor do vazio dele, quando a dor dói sempre, ele se torna sua amiga e começa a doer com carinho.

No outro dia de manhã Karin já tinha voltado para casa e Sasuke fugido, como sempre, ele podia ser cafajeste, vagabundo, maluco, mas uma coisa que ele não era é um pai ruim, ele sempre dava o máximo de atenção que podia aos filhos, mesmo que fosse muito pouco, Itachi estava se encarregando dos bebês enquanto eu retornava o colégio para cursar o terceiro ano normal, me esforçar para passar em alguma faculdade, mesmo sem saber o que cursar, queria construir um futuro sólido para Akemi e Hideto, e ficar vivendo as custas do Kakashi, do Sasuke e do Itachi não era um bom começo... O melhor começo na verdade era sair daquela casa, era o que eu mais queria, me livrar de Karin, das loucuras de Itachi, mesmo que engraçadas, não deixavam de ser loucuras, e das constantes declarações de Sasuke, uma hora eu não ia conseguir mais resistir e sabia disso, por isso tinha que sair de lá o mais rápido possível.

No colégio as coisas pelo menos pareciam normal, o fato de eu ter tido filho gêmeos, a Tenten está  casando, o namoro sério do Naruto com a Hinata, Karin e Sasuke, a paternidade desconhecida do meu filho, estava passando totalmente despercebido, melhor para mim, pois iria fazer o possível para conseguir entrar numa boa faculdade, independente do curso, sem distrações, focada sempre, para fugir logo daquele inferno.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews :*