16 anos? Oh, mas já? Logo logo a adolescência vai passar...

Rayden corria para o quarto de Nayla, estava morrendo de saudades da menina de cabelos cor de rosa. Fazia uns dias que não a via, ele fora a uma missão com Sun, Liana, e Graphel. Mas não era a mesma coisa sem a animada e bagunceira Nayla. Apesar se suas monótonas brigas com Liana que sempre acabam em casas destruídas e Rayden para pedir desculpas, é divertido.

Ele subira as escadas e sem querer acabou esbarrando em alguém.

– Ah! Gomem! - ele olhou e era apenas Nathan.

– Yo Nathan! Onde é que está o Harry? - perguntou o exceed amarelo voando, e ficando da mesma altura que o Dragneel.

– Yo... - respondeu o mesmo. Ele parecia cansado e tinha olheiras, sua roupa estava amassada e o cabelo bagunçado. - ele... Está na casa a Mayu hoje.

– Yep! Sendo assim assim eu...-

– Sunnnnn! - gritou uma voz fina. Era Tsuna, agarrando o rabo do mesmo. - bincá! bincá! (brincar) - falou o loirinho puxando o exceed para dentro de seu quarto.

– Iteeeeee!!!!! RAYDEN ME SALVAAAA!!!!

– É... parece que o mini você adora o Sun. - comentou Rayden rindo. - mas cara, o que há com você? Você parece estar com tanto sono e... acabado.

– Quer mesmo saber? - Rayden assentiu. Nathan caiu no chão exausto, o que assustou o outro mago. - então vá até o quarto da Nayla... - falou ele com a voz trêmula, arrastando-se até o banheiro. - uma dica... Olhe... Para os dois lados quando entrar... No quarto...

Rayden não entendeu muito bem, mas mesmo assim continuou seguindo só. Quando chegou em frente a porta do quarto da mesma, viu Natsu apavorado no quanto do corredor.

– Natsu? Natsu o que houve? - perguntou olhando para o mais velho.

– M-Minha princesa... Me expulsou do quarto dela. - disse ele se banhando em lágrimas. Uma gota desceu na cabeça de Rayden. O que estava acontecendo com os membros dessa família?

– Ah haha... Ok né... Érm... Natsu, eu acho que ouvi a Layla chamar "papa". - mentiu.

– "Papa"? Com licença que outra princesinha me chamaaaa!!! - gritou saindo correndo seguindo o cheiro de sua filha mais nova.

Essa casa era cheia de loucos. De fato.

Menos Lucy, Lucy pelo menos era normal.

A maioria das vezes...

Ele abriu a porta devagar, e logo foi atacado.

– Raydeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeen... - gemia a rosada em cima dele, os dois estavam caídos no chão por ela ter se jogado. Rayden não entendeu nada, a menina estava com os cabelos bagunçados e enrolada nos edredons, ainda de pijama. Seu rosto estava vermelho e parecia doente. - nyaaa... Eu quero vocêêê...

– O-O que? - Rayden corou. - o que está dizendo Nayla? Venha cá... - ele a tirou dos edredons e a colocou em sua cama, logo depois cobrindo-a de novo. Colocou a mão em sua testa e viu que estava muito quente. - você está com febre, certo?

– Febre? Heheh... Eu não sei o que é isso... É um doce... Eu sou quero rodar rodar e comer macarronada... - ela falava olhando fixamente para os olhos onix do loiro.

– "Não me lembro de nenhuma vez que a Nayla tenha ficado doente. Essa deve ser uma das poucas, até porque é bem difícil Dragon Slayers pegarem gripes ou resfriados."

– Sabe... Eu não quero ninguém... Só você... - fala ela com sua voz de doente.

– É mesmo? Bom saber... - sorriu.

A porta foi aberta por Lucy, que estava com uma bandeja de remédios.

– Oh, nem vi você chegando Rayden-kun. - comentou ela. - aqui filha, tome isso. Wendy falou que vai fazer a dor de cabeça parar por um bom tempo.

– Wendy-san? Achei que ela estava em missão com Charle e Romeo.

– E está sim, mas eu me comuniquei com ela por Magiphone, a última invenção do Nathan que preste. Agora ele só inventa jogos e mais jogos. - suspirou. - mas então, é de se esperar que a Nayla ainda não tenha cuspido fogo em você, desde ontem ela só diz que quer ficar com você. Passou a noite toda te chamando até dormir. Nathan nem conseguiu dormir direito.

– Entendo. Por isso é que ele estava parecendo um cadáver.

– Haha... Sim é por isso. Rayden-kun, não sei se é pedir demais mas pode ficar de olho na Nayla por mim? Tenha que tomar conta das minhas três crianças e do crianção mais velho.

– Claro, pode ir tranquila. Vai ser um prazer. - Lucy saiu e os deixou a sós. - é... Você dorme rápido Nayla. - olhou para a menina dormindo profundamente. - você é tão linda... - disse acariciando os cabelos sedosos da mesma. - espero que eu possa cuidar de você pra sempre... Que nem seus pais.

É, parece que Nayla vai ficar bem.

*

*

*

*

Nathan P.O.V

Desci as escadas e fui ao banheiro. Tomei um banho pra melhorar essa minha cara de vivo-morto. Sequei o cabelo, - só sequei, porque pra pentear só com gel. - coloquei uma roupa simples, uma camisa vermelha e bermuda branca. Pelo menos eu não estava mais parecendo um defunto.

Hoje é mais um dia livre... Vou até a casa da Mayu. Que saudade. Mas parece que sempre que tenho planos de ir vê-la algo me impede. Só pode ser uma praga mesmo. Bem, mas agora que eu estou bem na porta não a nada que possa...

N/A P.O.V

– Yo, Sakura-kun.

– Ahh! - ele se assusta e cai pra trás. Por que tinha um velho na porta? - q-quem é você?

– Vejo que cresceu bastante Sakura-kun. Já é quase um adulto. - falou o mesmo entrando calmamente enquanto acariciava sua barba. - vai dizer que não se lembra de mim, Sakura-kun?

"- Então não me chame de Sakura-kun! Qual é o seu nome, coroa?

– Meu nome é Jagger Grimm.... Mas todos me chamam de velho Jack. E vocês?"

– Você... É o velho que conhecemos quando tinhamos 7 anos...

– Pois é... - sentou-se no sofá. - se passaram longos nove anos desde então. Sinto falta na minha pele lisinha daquela época, haha. - Nathan fechou a porta, e se sentou na poltrona a frente dele. Encarando-o. Era muito nostálgico ver aquele velhinho gentil e cara de pau. - Sakura-kun, como está o Kami?

– Kami? Deus? Mas quem é esse?

– Oh, é mesmo, agora ele é conhecido como Wolfgang. - lembrou-se. - sabia que o nome dele de verdade é Kami Chase?

– Não... Não sabia. Mas como você sabe disso? Sempre achei que era só uma velho abandonado que mora numa montanha.

– Essa doeu. - respondeu fingindo estar triste. - mas não vim aqui para falar sobre isso, Sakura-kun. O que eu quero saber é... Como foi sua história com a filha de Laxus Dreyar, Taiyou-chan.

– Taiyou? Você está falando da Mayu? - corou um pouco e ficou sem jeito. - bem... Nós estamos namorando atualmente. Mas nem tudo foi um mar de rosas.

– Ora, por que não? - perguntou o bom velhinho, demonstrando interesse na história. - quero que me conte... O que aconteceu que vocês acabaram ficando juntos.

– O que aconteceu hm... - repetiu o rosado, lembrando-se daquele dia. - foi assim...

Enquanto ele falava, uma certo homem de cabelos rosados descia as escadas, e ouviu a conversa dos dois. Ele mesmo estava curioso para saber o que o filho contava, e logo de acomodou atrás da parede, apenas ouvindo o que Nathan dizia.

~

– Ah, isso... - ele mexe um pouco no cabelo, e parecia lembrar de alguma coisa. - bem... Primeiramente porque... - deu um sorriso malicioso. - se você perceber bem, você tem cabelo rosa, e a Mayumi loiro, igual a Lucy-san. E como a Nayla tem cabelos cor de rosa, se eu fosse loiro, iria ficar igualzinho. - ele pisca, deixando Metal fervendo de raiva. Jun na hora que viu que haveria mais uma briga, apenas lançou um olhar assustador ao mago de ferro, que ficou quieto no mesmo instante.

– Ah... é por isso. - falou indiferente. Não ligava muito pro fato de Metal e Rayden serem completamente apaixonados pela rosada, eram boas pessoas, apesar de terem personalidade difícil, acreditava que um dos dois a faria feliz. - espera aí... Quem disse que eu vou ficar com a Mayumi?

– Mano, tá na cara que você tá afim dela.

– Hehehe... Eu sempre soube. Ele tem o mesmo gosto que eu, as loiras são de outro nível. - disse brincalhão, isso deixou-o corado.

– N-N-N-N-N-N-NANI? N-N-NADA HAVER! E-E-E-E-EU NUNCA IRIA FICAR COM ELA!

– Nathan... Meu grande amigo, eu sei mais que ninguém que se declarar é difícil, mas é preciso. Todos vêem como você olha pra ela.

– NÃO! NÃO! EU NUNCA IRIA FICAR COM ELA! - gritou em meio ao desespero.

– Nathan..? - Nayla pergunta de olhos arregalados. Sentiu um grande peso em cima de si pois Mayumi havia acabado de descer junto dela...

Seus olhos estavam marejados.

Se sentia decepcionada...

Já Nathan

Se sentia arrependido.

– ... - ela não disse nada. Apenas saiu correndo dali, de pijama e tudo. Já não importava mais como estava vestida, só queria sair daquela situação.

– Mayu! MAYU! - Nathan gritava pela loira mas ela nada respondia. Em alguns segundos, já tinha sumido dali.

– Eu não quis dizer isso... - murmurou perplexo.

*

*

*

Mayumi P.O.V

Longe dali, eu corria como nunca correu antes. Estava extremamente triste, com o coração partido, partido não, quebrado em pequenos pedacinhos, tão pequenos que é impossível colar. Mas... Por que fugi? Nunca fomos mais do que amigos mesmo. Acho até normal ele... dizer que nunca ficaria comigo.

– *snif* - sequei de novos minhas lágrimas que não paravam de escorrer, onde eu estava? Parecia ser uma grande árvore... Uma árvore de cerejeira.

Me encostei em seu troco, encostei a cabeça nos joelhos, e comecei a pensar. Estava frio... Eu sentia mais frio ainda por estar de pijama. Também não devia ter saído dali daquela maneira. Talvez eu deva voltar.

Porém... Eu também não quero ver o Nathan ainda.

– Ahh... - suspiro fechando os olhos. Meu nariz está gelado... Isso afeta o meu olfato. Tomara que ninguém estranho se aproxime.

– Mayu? - olhou pro lado e vejo... A última pessoa que queria ver. - vamos voltar. Já vai começar a nevar. Sem falar que você só está de pijama, vai congelar aqui.

– E o que importa? Você não gosta de mim mesmo! - minha voz estava chorosa, e de novo lágrimas insistiram em cair. - vai embora!

– Mayu... Por favor não faz assim. - ele suspirou, e se sentou ao meu lado. Eu não fiz nada, apenas o ignorei. De fato, de pouco a pouco começava a nevar... Isso me fez tremer, estava muito, muito frio.

Do nada, Nathan tira seu casaco e coloca em mim.

É tão quentinho...

– Me desculpe.

...

– Te desculpar pelo o que? - perguntei a ele.

– ... - ele me olhou nos olhos, seu rosto estava corado, e meu coração batia cada vez mais rápido.

O estranho é que o único momento que me sentia assim, é quando estava com ele.

Nathan P.O.V

Meu coração estava batendo rápido, minha barriga revirando... Essa sensação estranha que sentia quando via a Mayu. Me arrependo muito de ter dito aquilo. Mas foi na hora da pressão e... eu não sabia que ela iria ouvir.

– Me desculpe se não fui sincero. - respondi em fim. Ela me olhou surpresa.

– Não foi?

– Não. - coloquei o meu cachecol nela, e a trouxe para mim, fazendo-a me abraçar.

– "Ele... é tão quentinho..."

– Porque na verdade, e-eu... Amo você.

– V-Verdade? - ela pareceu bem surpresa. Eu apenas sorri, e a coloquei em minhas costas. Estava muito frio para ela ficar ali, tinhamos que voltar pra casa.

Antes de sair dali, eu dei uma boa olhada na árvore onde estávamos. Ela tinha lindas flores brancas... Interessante.

Logo saí andando dali. Mayu ainda não disse nada...

– Nathan... - ela disse bem baixinho. - eu também te amo.

...

Eu sorri.

Não dava pra ver mas... Tenho certeza de que ela também estava sorrindo.

Natsu P.O.V

Saí de dentro dos arbustos.

– YEEEEEEEY FINALMENTE O MOLEQUE VIROU HOMEM!!!! - gritei animada, ao sentir o cheiro deles de distanciar.

– Natsu! Não grite dessa maneira! - brigou a Lucy. Estranha prazeres... - tudo bem que eles se gostem mas... Eles só tem 13 anos...

– Nahh Luce, deixa eles. A juventude de hoje em dia é assim mesmo.

– E se a Nayla resolver namorar agora também? - ela me provocou.

– CLARO QUE NÃO!! - parei de gritar, ao olhar bem para aquela árvore. - Luce... Você... Se lembra dessa árvore?

– Essa? E tem como esquecer? - ela sorriu.

– É... não tem. Foi de baixo dessa árvore de Sakura, que eu me declarei pra você.

~

– Oh, então foi assim, bem bonita a história. Parece até coisas de contos de fadas. - disse o velho Jack, terminando de beber sua xícara de café.

– É sim... - Nathan sorri.

– Agora que quero mais café.

– VELHO ABUSADO! - o rosado reclamou e tomou a xícara da mão dele, indo até a cozinha para pegar mais café.

– Ele cresceu, não acha? - disse Natsu, aparecendo na sala.

– Sim... Cresceu bastante. Você fez um bom trabalho criando-o sabia?

– Não sabia. - riu um pouco.

– Bem, eu já vou indo. Até mais.

– Não vai esperar o café?

– Não. Só pedi pra ele trazer pra irritá-lo mesmo.

Os dois riram.

Ah... Só esses dois sabem como é bom irritar Nathan...