Além Das Flores escrita por ThansyS, BiaSiqueira


Capítulo 2
Quem ensinou isso ao James?


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Eu nem demorei de tão feliz que fiquei. Vocês foram ótima s super receptivas! Amei todos os comentarios e espero que eles não diminuanm! Se continuarmos assim, vai vir capitulos com muiiita frequancia. Cada comentario de vcs aumenta um pouquinho a minha inspiração :)
Desculpem pelo capitulo enirme e não muito legal. Mas era necessario para vcs poderem conhecer nossos novos personagens!
Espero que gostem :)Love u



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Lilly era amparada por James e parecia em estado de choque. Alice chorava sentada no chão, perto dos pés da irmã. A correria da mãe havia assustado a menina. Com apenas cinco anos de idade, ela era a única filha legitima do casal Andrews e Janina. Os primeiros anos na correria da troca de cidades havia sido difícil de mais impossibilitando a chegada de mais um bebê. Apenas seis anos atrás Janina acabou relaxando um pouco, devido a já terem se passado mais de dez anos, e foi nesse momento que nasceu a pequena Alice. Andrews nunca reclamou por não ter um filho “legitimo”. Mesmo não tendo seu sangue, Lilly era para ele a sua filha. E com o nascimento de Alice nada mudou. A mais velha nem imagina que não é de fato filha do homem que a criou. Nunca foi intenção de nenhum deles contar a ela. E se dependesse de Andrews e Janina, bem como dos de mais guardiões do segredo, esse iria para o tumulo como eles.

- James... – Lilly chamou baixinho assim que se recuperou um pouco do choque inicial.

- Shhhii... – O rapaz pôs um dos dedos sob os lábios de Lilly no intuito de silenciá-la. James era tão ou mais inocente quanto ao passado da família que Lilly. No entanto, Derek havia dado algumas pistas ao filho. O rapaz herdou a altura do pai. Era alto e tinha os olhos azuis como os de Derek. A pele era um pouco mais corada, assim como a de Layane, e os cabelos eram de cor clara, quase loira como os da mãe. Era uma mistura que combinava bastante. O porte atlético ia de encontro a pouca idade do rapaz. Quase dezessete anos e uma beleza estonteante. Esse era James Andeza, ou como era conhecido por todos, James Madison. – Vai cuidar da Alice e a faça parar de chorar. Vou procurar uma forma de nos tirar daqui.

- Como assim herói? Vai chutar a porta até ela cair enquanto nossos pais estão em um tiroteio lá fora? – Lilly perguntou sarcástica enquanto segurava Alice nos braços com alguma dificuldade. Ao contrario de James, ela havia saído toda a mãe. Para a felicidade de todos, é claro. Ela tinha uma estatura mediana, um pouco menor que Janina. Tinha um corpo normal, e cabelos castanhos como os da mãe também. Esses iam até quase a altura da cintura. A única característica herdade do pai biológico foram os olhos de um tom de verde claro quase ouro. Quando estava triste, no entanto esses assumiam um tom mais escuro que o normal. O temperamento se assemelhava ao de Andrews e esse era um fato que intrigava a todos. O orgulho e o desespero de Andrews ao mesmo tempo.

- Não, estúpida. Vou usar a chave. É mais fácil. – James revidou e suspirou aliviado ao notar que a pequena Alice estava mais calma. Essa era a cópia quase fiel de Andrews. Só o temperamento sempre doce fazia ser notável que sua mãe era de fato Janina.

- Onde você arrumou essa chave? – Lilly perguntou a James em tom baixo.

- Papai me deu um chaveiro e essa chave veio junto. Quando eu perguntei a ele de qual porta era, ele disse que esperava que eu nuca precisasse descobrir, mas que se chegasse o momento eu saberia como usar. – Ele respondeu simples e encaixou facilmente a chave na maçaneta da porta.

- Você acha que vai abrir? – Ela perguntou surpresa e assustada ao mesmo tempo e ele assentiu rapidamente.

- Acho que abre não só essa porta, como também todas as outras. É uma chave mestra. – Ele disse girando a chave na maçaneta e vendo a mesma destrancar instantaneamente.

As duas famílias viviam sempre na mesma casa por uma questão de segurança. Na maioria das vezes eles alugavam uma enorme mansão afastada do centro da cidade. Acomodava a todos e os escondia o mesmo tempo.

Ele fez sinal para Lilly se afastar e encostou o rosto na porta. Não parecia haver mais barulho do lado de fora. A porta abria para dentro e assim que ele a puxou para si se deparou com uma nova parede. Não era uma parede de verdade. Era oca, e pelo caminho que haviam feito até ali ele deduziu logo que era o fundo guarda roupas da sua tia Jane.

- Fiquem aqui, em silêncio, que eu vou checar a casa. Se eu não voltar em dois minutos, você vai trancar a porta outra vez e só vai sair daqui quando tiver a plena certeza de que estarão a salvo. – James falou para Lilly e viu a garota arregalar os olhos.

- Vai me deixar sozinha aqui James? – A menina pediu quase a beira das lagrimas.

- Vou fazer o possível para voltar. – Ele falou rindo de leve e empurrando o fundo falso do guarda roupa que se soltou sem muita dificuldade em suas mãos. Com um ultimo olhar para trás ele deixou o lugar.

Do lado de fora tudo parecia revirado. As marcas das balas e os cartuchos usados para revidar o ataque cobriam parte do chão. O andar de cima parecia intacto no entanto. Quem quer que houvesse atacado a casa havia ficado apenas na parte de baixo. James pedia a Deus para não encontrar seus pais e tios mortos no andar de baixo. Ele andava devagar assegurando a si mesmo de não se machucar nos estilhaços de vidro e coisas quebradas. Assim que terminou de descer a ultima parte das escadas ele viu algumas marcas de sangue no chão. Seu coração perdeu ma batida rápida. Andou mais um pouco ouvindo apenas o som de seus próprios passos e sua respiração acelerada pela adrenalina. Ele se sentia prestes a voar a qualquer instante. Era como estar na cena de um dos filmes de ação que sempre deixavam sua mãe em estado de choque instantâneo.

As marcas de sangue pareciam acabar na porta da sala de estar. A cozinha estava revirada e ele viu uma gaveta repleta de armas mal fechada abaixo do faqueiro de sua mãe.

Não havia mais ninguém na casa além de si. Ninguém. Seus pais não estava ali e seus tios também não. Só restava o seu desespero.

O que ele faria agora? Lilly e Alice eram suas responsabilidades? Onde estavam seus pais? Se não estavam mortos, por que os teriam levado dali?

Que nomes eram aqueles que eles usavam entre si? O que os levava a fugir sempre?

O pensamento de James dava voltas e o levava a lugar nenhum. Nada parecia ter uma explicação lógica. Em um estalo mental James se lembrou do que disse a Lilly: Fiquem aqui, em silêncio, que eu vou checar a casa. Se eu não voltar em dois minutos, você vai trancar a porta outra vez e só vai sair daqui quando tiver a plena certeza de que estarão a salvo. Se ele bem conhecia a garota era essa a hora exata de ele voltar, antes que ela tivesse uma de suas crises de loucura, ou pior...Uma das suas tão assustadoras crises de pânico. Ele devia mesmo voltar logo. Antes disso porém, ele se direcionou a gaveta mal fechada das armas e levou duas consigo. Precisaria se proteger de um perigo caso não estivessem a sós realmente. Sua confiança de poder fazer isso usando uma arma, ia da mania antes descabida de Derek de lhe dar aulas de tiro ao alvo. Com armas que segundo o pai eram “imitações baratas” e balas de borracha. Agora James sabia; as balas poderiam ser de borracha, mas as armas nada tinham de “imitações”.

De repente, um barulho se chamou a atenção. A passos rápidos ele correu escada a cima. O barulho vinha co quarto do esconderijo.

Dentro do esconderijo Lilly apertava Alice conta si. Ela estava prestes a cair no choro quando ouviu sons do lado de fora. Alguém parecia estar se aproximando. A pessoa parecia tatear a porta pelo lado de fora. Seria James? Mas por que ele faria isso? Ele havia saído a nem mesmo dois minutos atrás. E a chave estava com ele.

A constatação obvia a deixou tremula. Não era o seu primo lá fora. Ou pior. Era alguém que provavelmente já teria dado a James o mesmo destino provavelmente trágico de seus pais. Um barulho alto foi ouvido. Logo o som de algo como coisas quebrando pareceu reverberar pelas paredes do cômodo. Lilly parecia a ponto de explodir em lagrimas a qualquer instante, mesmo ainda embalando uma inquieta Alice nos braços. E tudo terminou tão rápido como começou. Era o fim. A porta se abriu e o novo habitante do esconderijo, ofegante e descabelado, fez Lilly quase gritar de euforia.

- JAMES! – Ela levantou do chão e se lançou junto com Alice na direção do rapaz. Ele cambaleou um pouco quase caindo para “dentro” do guarda roupas atrás de si com o peso das meninas.

- Vocês estão bem? – Ele disse rapidamente a afastando de si e a segurando pelos ombros. – Não temos tempo. Eu achei que estávamos seguros, mas não estamos. Eu vasculhei rapidamente a casa e pensei que não tivesse ninguém, mas quando cheguei aqui em cima um cara tentava arrombar a porta para chegar até vocês. Não temos muito tempo. Provavelmente logo chegarão mais. Vou sair na frente e você me segue com Alice. Vá ao seu quarto, pegue todo o dinheiro e cartões que puder. Depois faremos o mesmo nos outros quartos. Temos que sair daqui o mais rápido possível.

- E quanto a vovó Patrícia e Laraine? Não podemos deixar elas aqui. – Lilly falou rapidamente e viu James desviar o olhar no intuito de pensar. Mania irritante de um garoto irritante.

- Vamos continuar com o plano. Não temos tempo a perder. Depois damos um jeito quanto a elas. – Ele falou sentindo o olhar de Lilly cravado sobre si. - Não temos escolha.

Ela apenas assentiu e o seguiu porta a fora. Sufocou um grito de horror quando viu o homem estatelado no chão do quarto. Não estava morto, mas inconsciente.

- Foi você? – Ela perguntou e o viu a olhar sério assentindo em seguida e pedindo por silencio. O olhar dela quase saltou das órbitas quando viu que o volume da parte de trás da camisa dele, escondia uma arma de cada lado da cintura. Desde quando seu primo andava armado? E desde quando ele ainda sabia apagar caras grandalhões? Ele teria que dar a ela algumas explicações depois. Por hora, o silencio apenas era necessário.

Ela fez o que ele pediu rapidamente. Vasculhou ainda as coisas da mãe e da tia. Que elas a perdoassem, mas era necessário. O quarto das avós estava trancado, não dava para entrar. Eles poderiam usar a tal chave mestra, mas não fazia diferença. Por hora eles tinham o suficiente.

- Preciso ir ao meu quarto. Me dê cobertura. – Ele falou se aproximando dela. Se virou um pouco quando chegou na porta exata e com um baque surdo ele chutou a própria porta. Não saiu ninguém de lá. Apenas um berro de susto dos lábios da pequena Alice.

- James. – Lilly brigou rápido com ele que revirou os olhos a puxando para dentro do quarto.

- Tome a arma. Aponte para a porta e me chame se ficar com medo. Só preciso de dois segundos. – Ele falou seriamente encarando Lilly. – Alice, amor, vem com o tio rapidinho. – Ele falou e pegou a garotinha nos braços que no mesmo momento abraçou o pescoço do rapaz e parou de chorar.

- Ótimo. Com você ela cala a boca e fica toda calminha. – Lilly reclamou segurando assustada uma das armas nas mãos. Não seria útil já que ela não sabia usar. Mas não custava nada fingir.

- Até a Alice sabe a hora certa de se agarrar a um homem forte. – Ele falou rindo rapidamente e imaginando Lilly revirar os olhos. Ela de fato, o fez. O silencio continuava intacto. Até o som de um telefone tocando reverberar pelas paredes da casa. James encarou Lilly e ela o devolveu o olhar. Apressadamente ele pegou tudo o que já tinha em mãos. Arrancou a arma da mão de Lilly e lhe devolveu Alice. Correu escada a baixo em um ou dois saltos e silenciou o parelho.

- Alô?


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Notas finais do capítulo

E então?
Desculpem os erros por favor!
Beijos e fiquem com Deus!
Vejo vcs nos proximos?
Recomendem aos amigos!!