S.H.I.E.L.D - O Futuro escrita por Catwoman


Capítulo 36
Capítulo 36 - Scarlett


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Peço mil desculpas pela demora, o capitulo já estava pronto, mas eu comecei a mexer nele...e depois de arrumar algumas coisas eu não consegui postar.Mas ele está ai e espero que gostem! Nos vemos lá em baixo!



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Capitulo 36 – Scarlett Romanoff

Eu sempre aprendi a esperar tudo no meio de uma luta.

Mas quando vi o corpo de Logan entrando na minha frente, e Luthor enfiando sua lança estúpida em seu abdômen, meu coração literalmente congelou.

Assim como o resto do meu corpo.

Nunca vou me perdoar por não ter feito nada na hora, a não ser segurar Logan de bater contra o chão. Eu nunca fiquei tão sem reação na minha vida, mas aquela situação era demais.

Sei que na hora em que peguei Logan, eu pensei que quando ele acordasse, teríamos uma conversa bem séria sobre essa idiotice de tentar me salvar. Ou ele era louco, ou ele era burro. Mas eu teria de esperar para falar com ele somente quando chegássemos no palácio de Odin.

Foi ideia de Lorraine pedir para que Tommy o levasse para lá. Acho que aquilo era parte do “plano B”, que obviamente, eles não me contaram o que era.

Agora eu estava andando novamente pelos corredores do palácio de gelo do Loki, só que desta vez eu estava acompanhada de sua estranha e melancólica filha rebelde, Lorraine. Eu ainda não gostava muito ela, mas depois que ela derrotou Luhtor e salvou Logan...Bem, vamos dizer que eu acho que a garota merecia pelo menos um mínimo voto de confiança.

Mas eu ainda não ia com a cara dela.

— Isso é suicídio, seja lá o que queira fazer. — Eu quebro o silêncio em que nos encontrávamos desde que Tommy havia saído com Logan. Acho que nem eu nem ela nos importávamos de ficar em silêncio, mas eu aprendi com a minha mãe desde muito cedo a desconfiar de conhecidos e desconhecidos, então eu tinha de arrancar alguma informação de Lorraine. — E eu não confio em você. — Deixei claro.

— E eu já disse que não me importo com isso. — Lorraine me responde friamente.

Caminhamos por mais alguns metros em silêncio. Ou Lorraine sabia por onde andar naquele lugar, ou sua aura melancólica mantinha até os gigantes de gelo longe de nos.

— Por que está nos ajudando? — Decido perguntar novamente e ir direto ao ponto. Vejo que esta pergunta fez ela se interessar mais em me responder.

— Eu não sou igual a Loki, ou Encantor. — Legal. Ela é uma daquelas pessoas, estilo Nick Fury, que dão respostas curtas e grossas.

— Por que eu nunca ouvi falar sobre você? — Por mais que eu tentasse, eu não estava conseguindo que ela se abrisse muito. (Na verdade, eu não estava conseguindo nada) — Por que Loki e Luthor não mencionaram você?

— Por que está tão interessada em saber sobre a minha vida? — É tudo o que ela responde, e eu decido tentar algo diferente.

— Que tal assim? Eu estou te ajudado, provavelmente arriscando a minha vida, e acho que precisamos nos conhecer melhor. Eu conto algo sobre mim, e você conta algo sobre você.

— Eu já sei tudo sobre você, Scarlett.

Era só o que me faltava.

— Você não sabe nada sobre mim. — Eu retruco. — Você não me conhece.

— Será que não? — Ela para e me olha bem nos olhos. — Seu nome é Scarlett Virginia Romanoff Barton, tem 17 anos, é deslexa...

— Tá bom! — Aquilo era de arrepiar, mas não eram informações sigilosas, todos sabiam aquilo. — Você sabe um pouco sobre a minha vida, e isso me deixa em desvantagem.

Loraine suspira longamente e fica alguns segundos em silêncio, provavelmente ponderando minhas palavras.

— Olha, eu tenho meus motivos pra estar ajudando vocês. — Ela senta no chão, me convidando a fazer o mesmo. — Mas você tem toda a razão. Há algumas coisas que você deve saber antes de continuarmos, ou você vai me atrapalhar.

— Tipo o que?

Lorraine ficou em silêncio por alguns segundos.

— A essa altura, acho que você já percebeu que possui... Dons especiais, certo? — Ela começa, com a voz calma.

— Manipular o gelo? — Arqueio uma sobrancelha, e Lorraine concorda com a cabeça.

— Sim. E acho que você não sabe o porquê, sabe? — Ela me inquire, novamente me encarando. Quando ela fazia isso, parecia que ela conseguia ver através da minha alma com aquele olhar penetrante.

— Eu... É... — Droga, Lorraine tinha me pegado, eu realmente não sabia o porquê de eu, do nada, começar a controlar o gelo. — Sei lá.

— Como eu imaginei.

— E por acaso você sabe? — Eu provoco. Algo me dizia que eu iria odiar o rumo que aquela conversa estava tomando.

— Eu? Mas é claro que sim. — Ela aponta para minha sobrancelha, onde ficava minha cicatriz — Sabe como conseguiu isso?

— Você não é a primeira que me pergunta isso. — Aquela pergunta me perturbou. — Seu pai fez a mesma pergunta...

— ... Pela sua mente, não é? — Lorraine completa. — Ele anda aparecendo em seus sonhos e na sua mente, falando que você tem de fazer algo para ele, certo?

— Como você sabe disso? — Espero que ela não tenha percebido a minha agitação.

— É uma longa história. — Lorraine retoma a postura misteriosa

— Eu quero saber. — Meu tom sai bem mais autoritário do que eu havia planejado — Eu andei percebendo que desde que cheguei aqui, todos estão sempre cheios de enigmas. Por que todos acham que eu vou, sei lá, surtar igual a Feiticeira Escarlate?

Lorraine dá uma risada (A primeira risada de verdade que essa garota deu até agora) antes de continuar com sua história maluca.

— Seus pais não te contaram, por um bom motivo. E todos acham que você vai surtar, por um bom motivo também.

— Não me contaram o que?

— O incidente de 16 anos atrás. — Lorraine franze a testa. — Ou melhor... O incidente de quando você tinha apenas 1 ano de idade.

— Vou precisar de um pouco mais de informação que isso — Sinto meu corpo gelar novamente. — É difícil me lembrar de algo que aconteceu quando eu tinha um ano.

— Meu pai tentou te matar. — Lorraine diz com simplicidade, como se estivesse falando alguma coisa banal.

— Como... Assim...?

— Meu pai tentou te matar, por pura vingança. Mas obviamente não deu certo. — Lorraine dá um leve sorriso. — Algo deu errado com o feitiço dele, e você sobreviveu, e ele foi preso novamente. Foi ai que você ganhou sua cicatriz e seus poderes de gelo.

Eu fico um minuto em silêncio, tentado processar toda aquela história bizarra, e no final, tudo o que eu consigo dizer é:

— Então eu sou tipo... O Harry Potter?

— Quem? — Lorraine realmente parecia não saber do que eu estava falando.

— Esquece. — Eu balanço a cabeça, tentando por meus pensamentos em ordem. — Mas, por que todos esconderam essa história de mim?

— Ninguém nunca te contou nada pois achavam que você havia "pegado" mais poderes do meu pai, e que não desse conta de controla- los. E você começou a ter uma 'conexão' com ele. — Lortaine faz uma pausa. — Todos tinham medo que você ficasse louca por causa das torturas mentais do meu pai. Por isso Jean Grey criou uma barreira na sua mente.

— Uma barreira na minha mente? Agora muita coisa faz sentido. — Me lembro das minhas conversas com Loki. — Que droga... Isso é bizarro demais

Que animador, eu não sabia de metade da minha vida.

— Mas todos estavam parcialmente errados. — Lorraine diz me fazendo novamente prestar atenção. — Sim, você e meu pai estão conectados, e sim, você tem os poderes de gelo dele. Mas isso é tudo. A semelhança entre vocês acaba ai. — Ela me tranquiliza. — E pelo que dizem, você tem um bom coração.

— Como você sabe tudo isso? — Mudo um pouco o foco do assunto, pois a coisa toda está me deixando perturbada.

— Sou filha do cara que quer te matar, esqueceu? — Lorraine olhou para mim de forma inexpressiva.

— Então... Deixa eu ver se entendi. — Fecho meus olhos tentando recapitular tudo o que ela havia me dito. — Eu fui atacada por seu pai, e ganhei os poderes de gelo dele, certo?

— Certo.

— Depois, comecei a ter uma 'conexão' com ele e a mãe da Rachel criou uma barreira na minha mente para ele não ficar entrando na minha cabeça.

— Isso mesmo.

— E agora ele quer me matar.

— Vejo que entendeu bem rápido.

— Pois é. — Eu me levanto. — Você é tão louca quanto seu pai.

Lorraine puxa meu braço, fazendo-me sentar ao seu lado novamente.

— O que eu estou falando é sério. — Ela diz de forma penetrante. — Eu só estou tentando te ajudar a entender parte do problema.

— Isso é só uma parte? — Eu solto um riso irônico. — O que vem depois?

— O motivo do meu pai te querer, e o motivo de toda essa confusão.

— Juro que a minha mente vai explodir. — Massageio minhas têmporas. — Estamos aqui por causa do Tesseract, não é?

— Sim. — Lorraine admite. — Mas tudo pelo o que estão passando é um plano o meu pai.

— Como?

— Meu pai e minha mãe planejaram isso há muito tempo. Era o plano mais louco que eu já tinha visto, mas no final, ele está dando certo…Em teoria.

— Você sabia desse plano? - Eu a olho, incrédula

— Você se esquece que eu fui criada por Encantor. — Ela diz com amargura na voz.—- Ela era louca. Sempre falava deste plano para mim e para Luthor. De mudar o curso da história e tudo mais.

— O plano era mudar o curso da história, não é? — Luthor, Loki e Encantor eram doentes. — E onde eu entro de novo nessa história?

— Meu pai fez um trato com Malekith, sabe quem é?

— O carinha líder dos Elfos Negros?

— Ele mesmo. — Lorraine ri com a minha denominação para o vilão. — Acontece, que meu pai só fez esse trato com ele pois ele sabe que Malekith está fraco, nesta época e precisa de um sacrifício.

— E dai?

— E dai, que ele quer te matar e precisa da ajuda de Malekith. Ligue os pontos, Scarlett. Você é o sacríficio perfeito. — Lorraine falava essas coisas de forma tão clama e serena, que nem parecia ruim você estar marcado para a morte.

— Nossa, que legal cara. — Tomara que ela tenha captado a ironia. — Eu sou um sacrifício? Tipo... Uma horcrux?

— Uma o que?

— Esquece. — Não adiantava fazer referência a algo que ela não conhecia.

— Mas demos sorte. — Lorraine parecia confiante. — Se meu plano der certo, vamos conseguir te tirar daqui e levar o cetro do meu pai junto. — A confiança dela era contagiante. — E então, podemos voltar para casa.

— Por que precisamos tanto do cetro do seu pai? — Eu tentei ignorar o "Talvez você saia daqui viva" implícito na frase dela. — Tipo, se o Frank e o Wiccano podem trazer todo mundo pro passado...por que eles não nos levam pro futuro?

— É um pouco complicado. — Lorraine começa. — Você, Logan e todos que estão aqui, inclusive eu, estamos mudando muitas coisas na linha temporal. Frank e Wiccano não conseguem apagar essas mudanças. Mas o Tesseract sim. E é por isso que precisamos dos dois juntos.

— Cetro e Tesseract?

— Isso. — Ela se levanta e começa a caminhar novamente.

Ficamos alguns minutos em silêncio até que voltasse a falar. Eu precisava de um tempo para processar tudo o que é havia ouvido de Lorraine, mas tempo era uma coisa que estava faltando naquele lugar.

— Já que você sabe tudo sobre tudo. — Eu fico ao lado dela. — Me explica, por que eu consigo controlar o gelo somente em algumas ocasiões? — Lorraine não para de andar para me responder.

— As emoções humanas fazem com que você consiga usar seu poder com precisão. — Ela faz uma pausa. — Tristeza, dor, medo. Esses são alguns dos gatilhos que fazem com que você use seus poderes.

— Quer dizer que com o tempo eu pego a prática?

— Basicamente isso.

— Mais uma coisa. — Eu pergunto. — Você ainda não me respondeu por que eu nunca ouvi a seu respeito e por que Luthor e Loki não a mencionaram.

Lorraine hesita antes de continuar.

— Quando tivermos mais tempo, prometo que te conto tudo o que quer saber.

Decido acreditar em sua palavra e não insistir mais no assunto. (Por hora).

— E como vamos pegar o cetro do seu pai e sair os vivas dessa?

— Eu não te falei que tenho um plano? É só seguir minhas ordens e não fazer besteira, que vamos sair dessa.

Lorraine olha para mim com um ar de cumplicidade, antes de me contar seu plano, que na minha opinião, não era lá muito agradável, mas se trabalhássemos juntas, tínhamos uma pequena chance de sair inteiras daquele lugar.

Então, valia a pena tentar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E não deixem de comentar, ok?? (:Eu tenho uma grande surpresa para todos voces, leitores, mas só vou revelar o que é no ultimo capitulo! (Que não está muito longe) Kkk Enfim, espero que tenham curtido, e até a próxima!