I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro


Capítulo 39
Natal, lingerie, ingresso, viagem...


Notas iniciais do capítulo

Hi! Boa leitura :3



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- O filme é divertido. - Amy disse quando saíamos do cinema. - Apesar de escutar uns estalos do meu lado, o que foi um pouco incômodo. - Corei.

- Isso é inveja, Amy. - Simon disse e eu ri baixinho.

- Inveja de que? To muito bem, obrigada. - Brendon olhou pra ela e deu uma risadinha. Assim, que eu saiba, eles tão juntos. Apesar que é bem naquelas “iô-iô”, sabem?

- Bom, eu to com fome de um Quarteirão. - Disse. Só de falar o nome do lanche já me deu água na boca.

- Prefiro CBO. - Simon falou.

- O que tem? - Perguntei.

- Não sei vocês, mas eu tenho que chegar cedo hoje em casa. - Amy disse. - Vou viajar esse fim de semana.

- Por que a careta? - Simon perguntou.

- É pra casa da minha tia-avó. Tem coisa mais chata que essa?

- Bom, quando eu vou pra casa de algum parente, não é tão chato.

- Sua família não é normal que nem a minha, né, Sophie.

- Qual o problema com a minha família, Amy?

- Nenhum. Seus pais são legais. - Ah, claro. Super! - Enfim, nós já vamos. - Nos despedimos deles e fomos em direção ao Mc que tinha perto do cinema.

- Dá quanto tempo pra eles terminarem de novo? - Simon me perguntou.

- Hm… Duas semanas. - Respondi.

- Não… Eles não brigam a cinco dias, então… Uma semana e meia.

- É… Por aí. Onde vamos depois daqui? - Já estávamos na fila pra pedir o lanche.

- Pra minha casa.

- E te aguentar o resto da noite e começo da madrugada?

- Melhor do que dormir antes da meia noite.

- E eu, algum dia, durmo antes disso? Mas temos que passar lá em casa antes. Comprei jogos novos.

- E você tem que pegar teu controle também.

- Eu sei. Espero que meu pai não encha o saco de novo.

- Pelo menos tem sua mãe.

- Sabe no que eu to pensando? Três semanas pra entrarmos em recesso e irmos pro Caribe! - Simon me abraçou por trás.

- Lá dá pra gente fugir dos olhos deles.

- Hm… Tá pensando em que? - Não sou idiota. Sei exatamente do que ele tá falando. Mas preferi me fazer de desentendida.

- Lá tem várias praia desertas. - Virei de frente pra ele.

- Ou eu sou muito mente poluída, ou você tá querendo fazer isso numa praia?

- Eu to falando de pegar sol. - Graças a Deus.

- Ah, tá…

- Vai querer sorvete depois?

- Claro.

(…)

- Meu dedos tão doendo de tanto jogar. - Reclamei. Já eram quase 03h00 da manhã e estávamos jogando desde as 23h30.

- Você só tá reclamando porque tá perdendo.

- Para de mentir. Eu ganhei mais vezes.

- Marcamos no papel quem ganhou, mentirosa.

- Só não to num dia bom.

- Aham…

- É sério.

- Tá bom, Sophie. - Dei de ombros. Peguei outro chocolate na caixa. Simon pegou da minha mão e me puxou, me beijando. Caí em cima do tapete e ele por cima de mim, ainda me beijando. As coisas começaram a… fugir do controle. Minha respiração já estava descompassada e, onde ele me tocava, minha pele ardia. Simon estava sem camisa há muito tempo, e começou a tirar a minha. Eu deixei. Estava calor demais. Ou as coisas estavam quentes demais. Eu arfava enquanto ele beijava meu pescoço. Quando ele botou a mão no botão da minha calça, minha ficha caiu.

- Não, espera. - Ele parou de me beijar e me olhou.

- Que foi?

- E para de me olhar. - Coloquei as mãos no rosto. Acho que eu estava mais vermelha que um pimentão.

- Tá com vergonha? - Ele perguntou rindo. Simon saiu de cima de mim e deitou do meu lado. - Não precisa ter vergonha.

- Mas eu tenho. - Levantei e coloquei minha blusa. - Depois a gente se fala.

- E você vai embora assim? Do nada?

- É.

- Tá com medo?

 - Medo de que? Do que ia acontecer? Eu não tenho 10 anos, Simon.

- Ok, então.

- Te vejo amanhã?

- Você me vê todos os dias. Mas… Nem um beijo de despedida, Sophie? Sacanagem… - Revirei os olhos rindo. Fui até ele e o beijei. - Isso não foi um beijo. Foi um selinho.

- Tá carente demais. Só acho.

- Para de ser chata.

- Chato é teu rabo. - Empurrei-o. - Tchau, Simon. - Saí do quarto dele e fui pra casa. Bom, ele me viu de sutiã! É... Não rolou nada. Mas não foi uma noite qualquer.

POV Jenny

- Cadê o peru?! - Perguntei assim que minha mãe entrou na sala.

- Já deixei na mesa. Vamos comer agora ou depois da meia noite?

- Depois da meia noite é melhor, eu acho. - Era dia de Natal. Por mais esfomeada que eu esteja, tenho o respeito de deixar pra comer depois da meia noite.

- Presentes só depois da meia noite? - Sophie perguntou. Revirei os olhos.

- Só. Para de ser interesseira. - Jason disse indo pra cozinha.

- Simon, querido, pega aquela cadeira pra mim, por favor? - Pedi. Ele colocou na minha frente e coloquei meus pés em cima. - Ah… Bem melhor. Obrigada. Que horas seus pais vão chegar? - Esse ano resolvemos chamar os pais do Simon. Por mais que a mãe dele me odeie, ela aceitou.

- Acho que daqui a alguns minutos. - Fiquei relaxada no sofá. Minha mãe devia estar arrumando a mesa com a ajuda do Jason. Deixei ele “trabalhar” hoje, arrumar a casa, criar responsabilidades... Ele tem que ter piedade por mim. Olha o tamanho dessa barriga! E entrei no oitavo mês de gestação ontem! A tamanho da menina vai entrar pro Guinness!

- Não vejo a hora de dar meia noite. - Falei.

- Tá com fome? - Jason me perguntou.

- Muita! Rouba alguma coisa pra eu comer?

- Maçã?

- Não aguento mais ver maçã na minha frente, Jay.

- Banana?

- Duas. Apesar que eu queria pão com geleia.

- Para de ser folgada, Jenny. - Nem ligo. A campainha tocou e ele abriu antes de ir pra cozinha pegar algo pra eu comer.

- Nossa, Jennifer, que barriga enorme. - A mãe do Simon tá tentando um “revenge”?

- Digo o mesmo de você. E olha que a grávida aqui sou eu. - Disse rindo. Ela só faltou sacar uma arma e me matar!

- Jason, onde eu deixo os presentes? - Ela perguntou.

- Debaixo da árvore. - Jason falou como se fosse óbvio. E realmente era.

(…)

- Hora da troca de presentes! - Sophie disse animada. Tínhamos acabado de comer a ceia. Jason pegou um pacote pequeno e entregou pra ela. Eu já sabia que era o celular que ela queria. Ele entregou o presente da minha mãe e do Robert e depois sentou do meu lado com um pacote nas mãos.

- Confesso que não sabia o que te dar. - Jason disse.

- Você quase nunca sabe o que me dar.

- Abre. - Ele me entregou a caixinha e eu abri. Arregalei os olhos pra ele.

- Uma lingerie, Jason? De rendinha ainda! - Disse baixo. Ele riu baixinho.

- O que tem? É pra usar só depois do parto. - Ah, claro. - Mas não é só isso. - Olhei pro presente de novo. Aí vi que tinha uma caixa no cantinho. Até que era grandinha. Peguei e abri. Jesus! É o colar mais bonito (e com certeza caro) que eu já vi na vida!

- É perfeito! - Disse sorrindo.

- Eu sei. Quando vi, achei sua cara. E tive ajuda, na verdade.

- Da Sophie?

- De quem mais? - Dei um selinho demorado nele.

- Tem um presente pra você também. Vai lá pegar. É o menorzinho. - Ele levantou e foi até a árvore, que a Sophie montou, de novo. Voltou, sentou novamente do meu lado e abriu.

- MEU DEUS! Não to acreditando! Me segura!

- Prefiro o meu colar. Mas já que tu gosta né.

- Não to acreditando que você comprou o ingresso que dá acesso a todas as partidas da próxima temporada!

- É porque eu sou uma esposa muito legal e linda e diva.

- É o melhor presente que eu já ganhei na vida!

- Menos, Jay.

- Olha o efeito do ingresso! - Se tu virasse o negócio, ele mudava de foto.

- To achando que você vai me largar pra casar com isso. - Ele nem me ouvia, certeza.

- Vou guardar no cofre! Hey, Simon. Me inveje! - Ele levantou o ingresso pra mostrar pra ele e eu ri.

- Mas… Não creio! É pra dois?! - Simon perguntou.

- Que porra de “pra dois”, menino. Exclusivo pra mim. Compre o teu.

- Qual é, tio. Não tem graça assistir os jogos sozinho.

- No estádio tem toda a graça do mundo!

- Mãe! Quero um também! E tem que ter esse efeito! - Ela olhou pro Simon e voltou a atenção pro marido. - Maldade isso aí!

- Você vai em algumas, Simon. Relaxa. - Falei.

- Com que dinheiro?! Só se eu começar a vender docinho na escola.

- Vou fingir que não te conheço. - Sophie falou.

- Eu não vou fazer isso, ameba. Mas… Eu quero ir nos jogos!

- A gente dá um jeito. - O meu pai dele disse. Olhei pro lado e o Jason ainda estava “namorando” o ingresso.

- Se não der atenção pra mim, vou queimar isso. - Falei.

- Sacanagem, Jenny. Sempre vou preferir você.

- Menos nas noites de jogo. To sabendo… - Ele riu.

- Mentira. Eu amo você.

- Também amo você, Jay.

(…)

- Sophie! - Berrei do meu quarto. Novo voo saí daqui a três horas. Mas temos que estar duas horas antes no aeroporto.

- Mãe, o assunto agora é sério. - Ela disse fechando a porta.

- Suas coisas já estão prontas?

- Desde ontem. - Sophie sentou na minha cama, de frente pra mim. - E se acontecer alguma coisa nessa viagem?

- Você perder a virgindade? - Ela corou.

- É…

- Uma hora isso vai acontecer. Mas… Por que?

- Porque as coisas entre eu e o Simon estão… intensas. Faz umas três ou quatro semanas isso. Mas eu travo.

- Isso é normal. Tu quer?

- Eu não sei. - Como ela não sabe?! - É melhor eu deixar rolar naturalmente?

- Com certeza. - Sophie murmurou um “hm”. - E o que ele te deu ontem?

- Coleção de livros e DVDs do Harry Potter.

- Sabe que vai emprestar pra mim né? - Ela arqueou a sobrancelha.

- Só depois de eu ler.

- Sem problemas…

- Me chamou pra que?

- Pra levar essa mala pra mim. E cadê teu pai?

- Tá lá embaixo explicando o roteiro pro Simon. Ou falando as regras, sei lá. Papai é paranoico com essas coisas.

- Ele só se preocupa com você. - Levantei, estalei minhas costas e fui pro andar de baixo, com a Sophie atrás de mim trazendo minha mala. - Jason? Colocas as malas no carro.

- Sua mãe vai direto pro aeroporto? - Ele me perguntou.

- Vai. Espero que ela não esqueça que não pode entrar no avião com comida.

- A vó vai levar comida pra que? Resolveu ser farofeira justo no Caribe? - Sophie perguntou.

- Sabe como é sua vó. - Jason disse.

- E como é a minha mãe, Jason? - Perguntei.

- Nada, Jenny. Oushe.

- Faz um vento e leva as malas pro carro.

- Eu to levando já. - Fui pra cozinha e, com a ajuda da Sophie, fiz sanduíches pra gente. Comemos e fomos pro aeroporto. Lá, encontramos minha mãe. Graças a Deus ela não está com um vestido florido nem quis que o Robert usasse camisas floridas.

- Sabe, andei olhando na internet e vi que tem uma festa hoje. - Sophie disse pra minha vó.

- Deve ser só pra maiores. Você ainda tem quinze.

- Não tenta acabar com a minha alegria, mãe. E não é só pra maiores.

- Ok, né. Só não foge muito da minha vista lá.

- Relaxa, mãe. Sou um anjo. - Ah, claro. Só faltou a auréola.


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Notas finais do capítulo

Bom, de ontem pra hoje escrevi esse capítulo e espero q vcs gostem. Agora é sério, não sei se vcs lembram q eu falei faz um tempo q estava com uns problemas pessoais. Bem, pioraram. Então, não sei se vou conseguir escrever todos os dia. Eu sei q eu já to demorando pra postar, mas pfvr, entendam. Bye :3