I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi, gente! Boa leitura :3
POV Jason
Bom… Adivinha quem apareceu no aeroporto e eu esqueci de avisar a Jenny que vinha conosco? Charles, óbvio. Ele me ligou na véspera do Natal e disse que resolveu ir pro Caribe com a gente. Como ele conseguiu a passagem em cima da hora pro Ano Novo, não faço ideia. Deve ter transado com a atendente da companhia aérea.
- Mas… Ele brotou aqui pra que? - Jenny me perguntou.
- Ele conseguiu uma passagem de ultima hora. E… Bem… É o Caribe. Óbvio que ele vai.
- Pensei que ele fosse pra Cancún.
- Ele quis uma coisa mais família. - Palavras dele. Não minhas.
- Não to acreditando que ele vai com a gente, pai.
- Para de reclamar. Parece uma velha. - Charles disse. Ri. Não me meti.
- Você vive enchendo o saco e fazendo piadinhas.
- Charles só não faz piadinha com ele mesmo. - Falei. - Alias, como você conseguiu a passagem?
- Teve uma pessoa que cancelou e eu peguei logo em seguida. Já disse que não transei com a atendente.
- Duvido! - Sophie disse e ele olhou feio pra ela.
- Mas e se ele fez? Deixem o menino. - Claro que foi a mãe da Jenny que disse. E... "menino".
- Jenny. - Chamei assim que vi uma pessoa. - Você não avisou que ela vinha.
- Quem? - Indiquei com a cabeça. - Ah… Esqueci de avisar.
- Oi, gente! - Ruth disse. Sophie fechou ainda mais a cara.
- Mas… Isso virou palhaçada? - Jenny olhou pra Sophie.
- Não tenho nada a ver com isso. Se entenda com a tua vó. - Jenny falou. Eu fingi que nem estava ali.
- Escuta aqui, tem uma barreira entre você e ele, ok! - Quem diria… Eu com uma filha barraqueira. Sentei no banco, do lado da Jenny.
- Será que vamos ter um “Charles e Ruth” novamente? - Ela perguntou pra mim.
- Nunca teve “Charles e Ruth”.
- To tentando decidir se eles vão se pegar. - Ri.
- Mas é lógico que vão!
- Apesar que a Ruth é daquelas que diz que não repete figurinha.
- E daí? Você acha que eles vão ficar lá sem ninguém, ainda mais que tá todo mundo indo em casal?
- Ou trio, se ela resolver irritar a Sophie de novo.
- Pior que tua prima não tem.
- Primeira chamada para o voo 498 para o Caribe. - A tiazinha do aeroporto disse. Nos levantamos e fomos para a sala de embarque.
(…)
- Hello, praias lindas, pessoas lindas, língua espanhola! - Sophie disse assim que desceu do avião como se fosse uma estrela de cinema.
- “Pessoas lindas”. Por que será que eu me senti incomodado mesmo? - Simon disse irônico. Ajudei a Jenny descer do avião e fomos pra sala de desembarque.
- Ela tá chutando muito. - Jenny falou assim que sentou. Ai meu Deus!
- Como assim?! Tá pra nascer?! Foi a viagem, não foi? Te falei que era melhor ficarmos em casa. E ainda estamos no aeroporto! Ai meu Deus! O que a gente vai fazer, Jenny?!
- Dá pra sossegar o rabo? É um chute, não uma bolsa estourada.
- Mas… Não é melhor ir no médico? A gente vai na enfermaria daqui mesmo.
- Jason, relaxa. Eu to bem. Ela só tá agitada.
- Mãe, quando chegarmos no hotel, posso ir direto pra praia né? - Sophie perguntou. Mas olha essa cara. Quem vê, pensa que é santa e que pergunta alguma coisa.
- Primeiro vamos almoçar. Não comemos nada no voo. - Jenny disse.
- Isso sua mãe tem razão.
- Então, depois vamos pra praia. - Ruth disse sentando do meu lado. Jenny grudou a mão dela na minha. Segurei o riso.
- Não é muito confiável ir pra praia com você. - Sophie falou.
- E por que não? Eu vou estar de biquíni. Não vai ter nada que o Simon não tenha visto. - Lá vem o barraco…
- Escuta aqui, sua vadia, se tá pensando que vai ter uma segunda vez, pode esquecer!
- Oushe, menina. Tá pensando que é quem?
- Parem de berrar no meu ouvido! - Jenny pediu pra elas pararem de berrar gritando do meu lado.
- Jason, como você suporta?
- Nem vem, Ruth. Você já tem confusão demais com a Sophie. - Já me livrei logo. Mereço uma coisa dessas?
- Mas é verdade! Jenny é histérica.
- Histérica é tua mãe! - Acho incrível como, na maioria das coisas, a Jenny é parecia com a mãe dela.
- Só quero chegar no hotel logo. - Disse no ouvido da Jenny.
- Eu também. Preciso de um banho e de um sanduíche de bacon. - Olhei pra ela.
- Tá de sacanagem comigo, né?
- Ai, amor. É bom sanduíche de bacon. Mas tudo bem… Sei que não posso.
- Eu quero sair daqui.
- Eu também.
(…)
- Jason! Olha isso! - Jenny disse olhando pro mar. Já tínhamos almoçado. Depois nos trocamos e viemos pra praia. - Quero ir no mar.
- Acho melhor esperar um pouco. - Ela fez bico. Parece uma criança. - E tira esse bico da cara.
- Tá calor demais. - Posicionei o guarda-sol pra ficar com a sombra pra Jenny.
- Você que quis vim.
- Um pouquinho só.
- Tá, Jenny. Vem. - Ela levantou e fomos pro mar.
- Jesus! Delícia! - Ela disse quando entrou no mar e eu ri. Jenny se apoiou em mim e ficou boiando na água.
- Se eu cair, fudeu.
- Mas é lógico que você não vai fazer isso. Ai meu Deus! - Lá vinha uma onda. O mar não estava agitado. Porém, a onda era gigante. - Eu vou morrer! - Ri. Até que a onda derrubou nós dois. Obviamente que deixei a Jenny cair em cima de mim. Como eu estava rindo, entrou água na minha boca. Fui pra superfície tossindo mais que condenado. E a Jenny ria da minha cara!
- Ainda não quero ficar viúva.
- Ah, que graça.
- Ui!
- Que foi?
- Ela não para de chutar.
- To ficando preocupado, Jenny. Acho melhor a gente voltar pro hotel.
- Não! Só vamos pra areia. - Bufei. Eu realmente to preocupado. Fomos pra areia e ela sentou na sombra de novo.
- Tu tá bem? - Sophie perguntou pra Jenny e depois se levantou e colocou a cabeça na barriga.
- Tá fazendo o que, menina? - Jenny disse.
- Você chegou dizendo que ela tava chutando. To ouvindo. - Tenho uma filha estranha.
- Quer que eu pegue uma toalha, tia? - Simon perguntou. Outro estranho. - Parece até que você tá fazendo xixi. - Olhei pra Jenny.
- Ai meu Deus! - Me desesperei. - A bolsa estourou! O que eu vou fazer?! O que eu vou fazer?!
- Pra começar, fica calmo. Quem tem que ficar nervosa aqui sou eu! - Parece piada a Jenny me pedindo pra ter calma.
- Como eu vou te levar? No colo? Te ajudo a andar?
- Vou buscar uma cadeira de rodas. - A mãe dela disse.
- Foi antes do tempo! - Jura, Sophie?
- Eu vou morrer!
- Pai, para de se desesperar. Por favor. - Comecei a andar de um lado pro outro. Logo avistei a mãe da Jenny trazendo a cadeira de rodas. Eu e o Robert colocamos a Jenny na cadeira e eu fui empurrando quase correndo. Decidimos que era melhor eu e a minha sogra irmos primeiro pro hospital. Os outros iam depois.
- Tá doendo? - Perguntei. - Tá quase tendo um troço de dor? Fala comigo, Jenny!
- To tranquila. - A ambulância logo chegou e em menos de 10 minutos estávamos no hospital. Levaram a Jenny lá e a mãe dela foi junto, pra falar com o médico, e eu fiquei na recepção pra fazer a ficha.
- Buenos dias, señor.
- Ér… Oi. Preciso fazer uma ficha.
- Señor, yo no entendí.
- Grávida! Neném! - Fiz um gesto como se eu tivesse segurando um neném no colo.
- Tua mujer está en trabajo de parto? - Que?! Eu não entendi uma palavra do que a mulher dizia! Entre eu e a Jenny, a pessoa boa em espanhol era ela!
- Eu… Eu não to entendendo porra nenhuma. - Comecei a procurar pelo papel. Passei pela cercadinha que era a entrada pra parte de trás do balcão e procurei pelo papel.
- Ustedes no puede entrar aqui.
- Achei! - Sacudi a folha na frente da recepcionista e ela deu de ombros. Peguei uma caneta e comecei a ler. Ou tentar. Estava tudo em espanhol!
- Já fez a ficha, Jason? - A mãe da Jenny me perguntou.
- Eu não entendo nada! - Ela bufou pegando as coisas das minhas mãos e começou a preencher a ficha.
- Será que vai demorar?
- Algumas horas. Ela tá sem dilatação.
- Acho que eu vou ter um troço.
- Não começa a dar piti.
- Tá tudo rodando já.
- Faz tempo que levaram minha mãe pra lá? - Sophie chegou junto com os outros e me perguntou.
- Já. - Respondi.
- Você tá pálido, pai.
- Vish, minha filha. Quando você nasceu, seu pai desmaiou. - Obrigado, sogrinha. Obrigado.
- Mas é um frouxo mesmo.
- Cala a boca, Ruth. - Minha cabeça começou a doer.
- Eu só acho que você precisa de um médico também. - Sophie disse pra mim.
- Espero que eu não fique assim. - Charles falou.
- E quem iria querer você como pai do filho delas? - Ruth perguntou pra ele. Eu só observava duas Ruths, duas Sophies, dois Simons…
- Eu vou ser pai, babaca. - Escutei a Ruth gargalhar.
- Acho que eu preciso de um médico. - Me apoiei no balcão.
- Ah, pai. Pelo amor de Deus. É sério?
- Lógico que é sério, Sophie!
- Chica, él no se siente bien. - Ela disse pra recepcionista que era duas. Mas quando eu cheguei, era uma só! Logo um enfermeiro veio e me guiou pra emergência.
- A grávida é sua mulher? - Graças a Deus alguém que fala minha língua aqui!
- É sim.
- Ela está bem. Disse que vai querer o senhor na sala de parto.
- Eu to quase tendo um troço! - O enfermeiro disse pra eu deitar na maca e me deu um calmante. Em poucos minutos, dormi.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom, eles moram nos EUA, então, a língua deles é inglês. Por isso o Jason quase se matou pra entender o espanhol, ok? Espero q tenham gostado! Bye ♥