Senti o chão frio embaixo de mim e tentei me mexer, meu corpo doía e sem sucesso tentei abrir os olhos. Escutei vozes abafadas ao meu redor e tentei pensar, me lembrar da última coisa que tinha acontecido comigo antes de eu desmaiar. Levou alguns segundos, para que eu me desse conta do que estava acontecendo. Dessa vez meus olhos me obedeceram e eu consegui enxergar através da claridade. Eu estava caída no meio de um galpão, vi James e Tanya conversando em um canto afastado, preocupados com algo, tentei bolar um plano de fuga, visto que provavelmente eles não estavam sozinhos, eu estava desarmada e muito lenta. Várias possibilidades surgiram na minha mente, mas antes que eu pudesse concluir algo, um barulho de correntes me chamou a atenção, virei a cabeça devagar para não chamar a atenção e vi Edward preso a parede e amordaçado e foi como se eu tivesse em um Deja Vú, que me levou há sete anos atrás.

Flashback on (Teenagers Agents)

Minha cabeça doía demais, parecia que estava de ressaca. Abri os olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade, tentei mover minhas mãos, mas por algum motivo não consegui, isso me fez abri os olhos rapidamente e levei um susto quando finalmente entendi.

James me olhava com um sorriso sádico, ele estava na minha frente em pé, enquanto eu estava acorrentada na parede, sentada.

— Olá amor, achei que o choque tinha sido forte demais, já estava começando a ficar preocupado.

— Choque? – perguntei tentando entender.

— Sim, você sabe que eu tenho controle total dos meus “criados” e quando os nomes da sua amiguinha e do seu namoradinho apareceram na minha tela, informando que ambos haviam se tornado meus criados achei que fosse uma brincadeira, demorou um tempo até eu entender que vocês todos estavam aqui, então meus guardas foram atrás de vocês, mas tenho que parabenizar a coragem da sua amiga, provavelmente ela consegui tirar o rastreador, é claro que sem o procedimento correto isso pode ser um problema... – ele continuou a falar, mas eu me desliguei, Rose tinha feito um corte no braço pra arrancar o rastreador provavelmente, e como um estralo, me toquei que Edward ainda estava com o rastreador, um gemido abafado me tirou dos meus devaneios, me fazendo olhar para um canto um pouco mais atrás do James, era Edward na mesma situação que eu, a não ser pelas correntes que estavam presas em um cano, mas ainda estava desacordado.

— Edward! – tentei me mover, mas as correntes apertaram meus pulsos.

Flashback off-

Eu não cometeria o erro de gritar novamente. Edward me olhava apavorado e antes que eu pudesse tentar alguma coisa senti a mão de James em meu pescoço me forçando a ficar em pé.

— Olha quem acordou. - ele sorriu para mim, enquanto tirava meu cabelo do meu rosto. - Sabe, essa situação me faz lembrar muito os anos passados, todos os nossos encontros, todas as vezes que tive a vida de vocês em minhas mãos, mas não as tirei, hoje me arrependo, teria sido tão mais fácil matar ele. -James apontou para Edward e parou por um segundo. - De verdade é claro, desse jeito eu poderia brincar facilmente com você amor.

— Cadê ela? - consegui perguntar com dificuldade.

— Bem segura, e escondida. Sabe, ela é muito parecida com você, teimosa, mimada e irritante as vezes. Apesar disso tenho que confessar, ela tem seu charme. Mas não se engane, não vou pensar duas vezes antes de atirar nela só porque ela é uma criança. -senti meu coração apertar. - Eu tenho uma ideia, você vai fazer o que eu disser. - ele apontou para mim. - e você vai ficar quieto. Se não fizerem o que eu mandar, eu ligo para um dos meus guardas que estão com ela e eles a matam. Entendido? - ninguém fez nada. - Entendido? - ele gritou. -eu apenas assenti, James me virou para Edward e colocou uma faca na minha garganta. - Eu também não hesitarei em matá-la, então pela última vez estamos entendidos? - Edward balançou a cabela afirmativamente, mas de forma sutil. - Ótimo. Tanya, chame dois guardas por favor. - ela saiu sorridente do galpão. E entrou minutos depois acompanhada de dois caras, eles se posicionaram ao lado de Edward cada um com uma arma apontada para a cabeça dele.

— E agora amor? - Tanya perguntou se deliciando com a cena. James sorriu para ela, me jogou no chão e foi até uma mesa próxima aonde pegou uma faixa de tecido, ele andou até Edward e tampou seus olhos.

— Eu não sou tão cruel ao ponto de fazer você assistir o que está por vir. - ele gargalhou e senti um frio na espinha, Edward tentou se mexer, entendendo assim como eu o que estava por vir, um dos guardas o acertou. - Edward, Edward, cada vez que você tentar interferir a sua amada será machucada. - ele acenou a cabeça para Tanya que foi até a mesa que James pegou a venda e trouxe uma faca, James tirou a venda de Edward. - O que vai acontecer agora é tudo sua culpa.

Tanya se ajoelhou ao meu lado.

— Seja uma boa menina.- ela sorriu e por um momento vi James em seu olhar, então em seguida senti uma dor explodir em meu braço. Gritei alto e vi ela fazendo um grande corte no meu braço direito.

— Por agora chega. Agora que você já viu o que vai acontecer, vai se comportar não é? - Edward assentiu, a culpa estava evidente em seus olhos. - Só por isso agora vou deixar você assistir de camarote. - ele sorriu e veio em minha direção. - Meu assunto agora é com você, que tal lembrar dos velhos tempos?

— James, por favor...- sua mão acertou meu rosto com força e me deixou desorientada.

— Se você resistir, ele e sua menina levam um tiro, não quer que eu demonstre não é? - neguei. - Então se comporte. - ele me atirou ao chão e pegou a faca da mão da Tanya e abriu uma fenda enorme no meu vestido. Escutei um barulho vindo de longe, olhei para trás da Tanya, para a porta com a pequena janela circular de vidro e avistei rapidamente um longo cabelo loiro. Olhei para Edward que pareceu ter visto o mesmo que eu e assenti para ele que me assentiu de volta. Quando James se aproximou de mim um barulho de tiro irrompeu o silêncio do galpão. - O que está acontecendo? - James perguntou olhando para Tanya e em seguida para os guardas que estavam ao lado de Edward.

— Agora! - gritei para Edward tirando a faca da mão de James e o empurrando para longe de mim. Atirei a faca em um dos guardas que estavam ao lado de Edward, o outro guarda tentou atirar em Edward, no mesmo instante em que Tanya apontou uma arma para mim, a desarmei facilmente e em seguida a atirei no chão, olhei para Edward e vi que ele tentava lidar com outro guarda, ainda preso nas correntes, atirei na cabeça do guarda que caiu no mesmo instante, fui até Edward tirei a mordaça da boca dele. Escutei a porta abrir atrás de mim.- Você está bem? - perguntei preocupada.

— Eu? E quanto a você, você está bem?

— Sim. - balancei a cabeça afirmativamente, procurando alguma coisa para quebrar as correntes que prendiam Edward.

— Vocês estão bem? - escutei a voz de Alice se aproximando. Ela e Rose se ajoelharam ao nosso lado e vi Emm e Jazz chegando ao fundo.

— Estamos. - olhei para elas por um instante.- Cadê a chave?

— Aqui. - olhei para trás e vi Emm a jogar para mim, na hora que coloquei na fechadura da corrente escutei um barulho de helicóptero. Olhei para o chão do galpão e vi que James e Tanya haviam sumido. Voltei a olhar para Edward e novamente a sensação de Deja Vú me invadiu.

— Vai. -ele me disse e no mesmo instante corri para fora do galpão, com a faca e uma arma que encontrei no chão.

O helicóptero pousou e Tanya entrou. Atirei na perna de James que caiu antes de entrar no helicóptero.

— Vai. - ele gritou para Tanya e para o piloto.

O helicóptero partiu e me aproximei de James apontando a arma para a sua cabeça.

— Está mais do que na hora de termos uma conversa apropriada. - ele ia falar alguma coisa, mas acertei sua cabeça com a arma o fazendo desmaiar.

...

Nós voltamos para a sede do FBI e colocaram James em uma sela aguardando um interrogatório. Estávamos na ala médica. Acho que era a parte do prédio que eu mais conhecia. Um dos médicos terminou de suturar o corte no meu braço, e no mesmo instante que o médico deixou a sala, Edward passou pela porta.

— Como você está? - ele perguntou se sentando do meu lado.

— Bem, eu acho. Vou ficar melhor quando acabar com aquele desgraçado.

— Eu sei.

— Acho que não podemos torturá-lo aqui não é? -perguntei em tom de brincadeira, mesmo não sendo.

— Acho que não.

— Que foi? - perguntei estranhando. - Você está muito quieto.

— É só que, eu fiquei pensando nessas horas, o que teria acontecido com você se o pessoal não tivesse chego.

— Hey. - chamei o fazendo me olhar. - A gente teria dado um jeito ok? Nós sempre damos um jeito. - quando ia terminar de falar Marcus apareceu na porta.

— Temos boas notícias. O helicóptero que Tanya fugiu era um padrão do FBI, com rastreador. Jasper já está trabalhando no sistema e em pouco tempo teremos a localização do helicóptero.

— Até que enfim. - suspirei aliviada em parte. - Quanto ao James? Eu não vou simplesmente mandar ele para a prisão.

— Imaginei que diria isso. Colocamos ele em uma sala de interrogatório especial. Ela fica no subsolo junto com o equipamento de treinamento, geralmente são levados para lá criminosos que o FBI considera que tem as informações valiosas, que só conseguimos tirar do pior jeito. Quando quiserem eu levo vocês lá.

— Agora sim você está falando minha língua. - respondi para o Marcus e fomos até a sala.

O nosso pessoal estava do lado de fora nos esperando. Não tinha ninguém treinando devido ao horário, portanto não havia problema.

— Fiquem aqui fora, eu vou entrar. - falei me dirigindo para a porta, Edward segurou meu braço.

— Toma cuidado. - eu apenas assenti para ele e entrei na sala, ciente que eu tinha público.

— Finalmente. - James falou e sorriu. - Achei que iam me matar de tédio.

— Não é uma má ideia, mas quando formos te matar, eu farei de um jeito bem mais doloroso.

— Ameaçar não é bem a sua praia, acho que o seu rosto doce e amável - ele sorriu - faz com que as ameaças não sejam de muito valor.

— Não duvide do que eu sou capaz de fazer. Você tem perturbado minha vida por mais tempo que qualquer um consideraria "normal". Você matou meus pais, me deixou marcas impossíveis de eu esquecer, quase matou a mim e aos meus amigos na sua tentativa falha de conquistar o mundo. Por causa de você eu passei um tempo, que pareceu uma eternidade sem saber quem eu era de verdade. Você atrapalhou minha tão sonhada paz, tirando de mim as pessoas que eu mais amo nesse mundo. Por meses eu acreditei que tinha perdido meu marido. E até agora não sei se minha filha realmente está bem. Eu não sei se você já ouviu falar que as mães fazem qualquer coisa pelos seus filhos, e sim isso quer dizer que você deveria temer as ameaças, principalmente por que elas vêm de mim. E se você me conhece como acha, então sabe que eu tenho as habilidades e coragem o suficiente para cumprir cada ameaça que eu dirijo a você.

— Desculpe querida, mas eu ainda não acredito. - ele sorriu.

— Vai acreditar. -foi a minha vez de sorrir e vi que seu sorriso vacilou por um momento. Fui em uma das mesas que estava no canto da sala. - Sabe, normalmente nós não temos permissão para machucar fisicamente um suspeito, mas de vez em quando temos criminosos especiais. Aqueles que ninguém dará a mínima para o que acontecer com eles, aqueles que já destruíram tantas vidas que ninguém ligará se destruirmos as deles. É claro que não poderíamos simplesmente fazer os criminosos falarem em um local que é considerado "público". - escolhi uma faca e me virei para ele. - Então essa sala foi feita especialmente para esses casos, ela é isolada, ninguém vem aqui e fica por muito tempo, e nesse horário fica completamente vazio, posso ficar horas por aqui me divertindo até você resolver me contar o que eu vou querer saber. - peguei outra cadeira que estava em um canto da sala e a coloquei de frente para a ele e finquei a faca em sua perna direita, puxando a faca em seguida. Ele gritou e eu sorri para ele. - Vamos começar? Primeiro eu quero saber a respeito de uns documentos que encontramos naquele prédio que invadimos, encontramos vários contratos de imóveis, localizados em todo o mundo, por que? O que você está fazendo agora? Com que dinheiro você está fazendo tudo isso?

— Uma pergunta de cada vez. Não que eu vá respondê-las. - ele sorriu novamente. Fui até a mesa e peguei uma garrafa de álcool e joguei na ferida aberta em sua perna, ele gritou.

— O que são os documentos James? - me sentei novamente e coloquei a ponta da faca na perna esquerda.

— Eu expandi os negócios amor. Tudo bem, eu percebi que tinha enlouquecido por um breve momento há alguns anos, e vi que eu não precisava conquistar o mundo tendo o controle dele, não do jeito que eu planejava. Então decidi recomeçar, como o cara mau que vocês decidem me enxergar. Comecei a fazer uns negócios envolvendo armas.

— Você está me dizendo que você trafica armas para o exterior?

— No começo era só para os países mais próximos, comecei devagar ganhei aliados e muito dinheiro fui expandindo até vender para quase todos os países, comprei alguns imóveis para poder controlar a situação lá fora. Mas, eu vi que podia ser muito mais então comecei um novo negócio que infelizmente não está funcionando, ainda. - ele sorriu da forma mais sádica possível.

— E o que seria? - senti um calafrio com seu olhar.

— Somente armas estava me deixando entediado, então eu decidi que poderia negociar garotas e crianças. E eu estava prestes a começar meu negócio se vocês não tivessem me encontrado. Sabe eu tenho uma criança muito linda e aposto que muitos pagariam o meu preço. - ele sorriu novamente. Pensando no que poderia ter acontecido com a minha filha caso isso tivesse dado certo, uma grande raiva tomou conta de mim, reuni toda a força que tinha, fechei minha mão e acertei em cheio o lado esquerdo do seu rosto.

— Onde ela está? -perguntei novamente apontando a faca para ele.

— Com a minha bela Tanya. Faça alguma coisa comigo e você nunca mais vai ver sua filha. - soquei o outro lado do seu rosto e em meu comunicador escutei a voz do Marcus.

— Bella, encontramos o helicóptero. - olhei para o vidro e me voltei sorrindo para o James.

— Eu não teria tanta certeza disso.- o puxei pelo cabelo para fazer ele olhar bem nos meus olhos e enfiei a faca na sua barriga. - Você e a sua namoradinha são tão estúpidos que pegaram um helicóptero com rastreador. Eu adoraria ficar e conversar, mas tenho coisas mais importantes a fazer. Espero que quando nós voltemos a nos falar eu lhe traga péssimas notícias. Até mais tarde James.

Sai da sala em silêncio e só falei quando estávamos bem longe da onde James se encontrava.

— Aonde eles estão? -perguntei aflita.

— Eles pousaram em um edifício aqui na cidade. Jasper está verificando as câmeras de trânsito para ver para onde eles foram. Vamos até eles. - Edward me falou já me puxando para o elevador.

Fomos caminhando em silêncio até a sala em que o resto da equipe estava.

— Vocês não vão acreditar. - Jasper falou assim que abrimos a porta.

— O que ? - perguntamos juntos já correndo para o lado deles.

— Adivinha onde eles estão se escondendo? - Alice perguntou.

— Sei lá. - falei querendo que eles parassem com esse joguinho e dissessem logo.

— Saca só.- Jasper falou virando a tela do notebook para nós.

— Você só pode estar de brincadeira. - falei.

...

Uma hora depois, devidamente equipados chegamos ao local em que Tanya foi vista entrando e depois de uma pesquisa aprofundada de Jasper, vídeos com James entrando lá também foram encontrados.

— Eu não acredito, eles estavam aqui o tempo todo. - falei para a equipe enquanto encarávamos a fachada da casa a qual nos abrigou por quase dois anos. A casa que nos serviu de base de operações e que tinha muita história reunida, estava abandonada há alguns anos. - Jazz desative as câmeras por favor. Emm e Rose criem uma distração na porta da frente. Eles devem estar mantendo ela no porão, aonde a gente treinava, Edward e eu entraremos pelos fundos junto com a Alice e o Jasper, vocês dois subam para o segundo pavimento para lidar com quem quer que esteja lá. - Eles assentiram. - Jazz, tudo pronto?

— Dez segundos e .... pronto câmeras desativadas. - ele falou guardando o computador na mochila.

— Emm, Rose é com vocês. Vocês três vem comigo.

Saímos das árvores e começamos nosso plano. Escutei Emm explodir a porta da frente. É, ótima distração. Chegamos a porta dos fundos olhando para dentro e vendo se não tinha ninguém ali, como constamos estava vazio, então entramos.

— Nos vemos depois. - falei para a Ali e para o Jazz. Eles acenaram e se dirigiram as escadas. Edward e eu fomos para o outro lance de escadas que levava ao porão.

Fomos descendo bem devagar, Edward foi na frente, assim que ele abriu a porta uns três caras apontaram armas para nós.

— Ela deve estar na parte da academia, vai que eu seguro eles. - Edward disse.

— Tem certeza? -perguntei, ele desarmou um cara atirando no segundo e já indo para cima do terceiro.

Fui correndo para a parte mais afastada do porão e quando cheguei lá meu coração parou por um segundo, Tanya estava segurando Nessie com uma arma apontada para a sua cabeça, ela chorava desesperadamente. Meus olhos encheram de lágrimas por ver que ela ainda estava bem, ao mesmo tempo que me desesperava por pensar que essa poderia ser uma condição temporária.

— Mamãe! - ela gritou e meu coração falhou novamente.

— Tanya, você não precisa fazer isso , eu estou aqui agora, deixa ela ir que eu prometo que você poderá fazer o que quiser comigo, só por favor não faz isso. Ela é só uma criança. - as lágrimas já banhavam meu rosto.

— Me deixa sair e me entrega o James ai podemos conversar. - ela praticamente gritava.

— Tudo bem, só não faça nada por favor. - Saí da frente dela deixando o caminho livre.

Ela passou por mim e me olhou.

— Me devolva ele. - ela falou, eu assenti e percebi que a sua arma agora apontava para o chão, aproveitei a deixa e a empurrei para longe de Nessie.

— Corre Nessie. - ela me olhou apavorada e tentou correr até que um cara apareceu. Tanya me socou e cai no chão distraída com minha filha. Levantei rapidamente a socando de volta, ela caiu e aproveitei para ir em direção a porta no mesmo momento em que Edward lutava com o cara.

— Fecha os olhos Nessie. - Edward falou, ela obedeceu e então atirou na cabeça do cara, agradeci ao Edward por isso, ela não precisava ver mais aquilo também.

— Tira ela daqui Edward. - falei para ele e me voltei a Tanya que estava levantando.

— Papai! - Nessie falou chorando.

— Eu estou aqui. - ele respondeu e as vozes foram ficando mais distantes.

— Agora somos só nós duas.- falei para ela.

Ela levantou e veio com tudo para cima de mim, e tentou me acertar no lado esquerdo, parei seu soco e torci seu braço para trás a puxando para baixo e acertando uma joelhada na barriga e outra no rosto, ela cambaleou para trás, mas se recuperou rápido ela se jogou no chão e acertou um dos meus joelhos, cai sobre o outro no chão, enquanto ela levantava e me acertava um soco, me desequilibrei e ela chutou minhas costelas, me fazendo perder o ar por um instante, rolei para o outro lado e ela puxou meus cabelos me fazendo ficar sentada e depois ajoelhada, ela apontou a arma para minha cabeça.

— Acho que vamos terminar isso. - ela disse.

Respirei fundo e a desarmei, me levantando e acertando uma cotovelada no nariz dela que começou a sangrar então apontei a arma para ela.

— Você tem razão. - eu disse.

— Espera....- não esperei ela terminar de falar e atirei na sua cabeça, ela caiu no chão.

Joguei a arma para o lado e quase corri de volta para cima para ver se a minha filha estava bem. Assim que terminei de subir as escadas vi que o FBI estava do lado de fora e ambulâncias também. Sai correndo porta afora com medo de que alguém da minha família estivesse machucado.

— Nessie? -gritei indo para a parte da frente da casa. Marcus veio caminhando até mim, não sabia dizer o que a expressão em seu rosto significava, então mil e uma coisas começaram a passar na minha cabeça.

— Mamãe! - escutei atrás de mim, me virei e vi Edward com Nessie no colo, ela a colocou no chão e ela veio correndo para mim, me ajoelhei a abraçando o mais forte possível e chorando tudo o que eu tinha para chorar, junto com ela.

— Você está bem meu amor, vai ficar tudo bem. - eu afirmei olhando para ela e matando a saudade de tudo, seus olhinhos, o cabelo que caia no rosto, seu sorriso, tudo.

Senti os braços de Edward ao nosso redor e finalmente depois de muito tempo me senti segura e em casa.