CAPÍTULO IV – LAURA E EDGAR OUTRA HISTÓRIA  

                  - O que você está dizendo Laura?

                   Edgar se levanta e fica muito vermelho, tem desespero na sua voz.

                   - Senta Edgar! Era essa conversa que eu estava evitando. Mais vamos terminar isso logo. No dia que eu ia contar pra você, você surgiu todo contente dizendo que nós íamos viajar para você fazer o mestrado e doutorado e que eu iria com você, iria estudar também... Você planejou tudo sem me contar. Você fez plano e eu grávida, como ia ser isso? Se eu contasse você desistiria e eu não poderia deixar isso acontecer. Eu algum momento da nossa vida você iria me culpar ou o nosso filho...

                    - Laura você me conta isso depois, eu quero saber cadê meu filho ou filha?

                    - Eu perdi um mês depois que você partiu. Meu médico falou que isso ocorre nos três meses iniciais!

                    - Você não tinha o direito de decidir por mim! Você foi à única mulher que amei e amo até hoje, tentei tanto arrancar você de dentro de mim e não consegui e você fez isso comigo? Como você foi capaz disso?

                    - Porque você esta falando comigo assim? Você não tem nenhum direito de me exigir nada! Quem quis ir embora foi você! Sua carreira, você sempre pensou nela! E outra coisa o corpo é meu e eu decido e não você e agora eu quero que você vá embora e me deixe em paz, saia Edgar!

                     - O corpo é seu mais o filho que você estava esperando era meu ou não?

                     Laura explode de tanta raiva e dá uma bofetada em Edgar com toda sua força e quando ela tenta dá o segundo Edgar pega seu punho e diz para ela parar e ficam com raiva se olhando, Edgar beija Laura e ela se debate no primeiro segundo e depois se beijam com toda a urgência que a distância, a raiva e a magoa pedia. Edgar sem parar de beijar  Laura tranca a porta e começa a tirar o robe e Laura tira o paletó, arranca a camisa e os botões saem voando, beija o dorso o pescoço do amado e Edgar tenta tirar o pijama da Laura sem ter êxito e ela levanta as mãos, ele tira por cima, suas bocas se encontram suas mãos percorrem cada canto do corpo um do outro e Edgar percebe que Laura está chorando e ele para e pergunta o que está acontecendo.

                    - Edgar eu te amo muito, nesses anos todos eu nunca deixei de te amar um dia sequer... Me perdoa! Se eu não contei nada.

                    Edgar cala Laura com um beijo e diz:

                      - Laura meu amor! Eu que tenho que pedir perdão! Eu jamais poderia ter dito isso, duvidar que o filho fosse meu, eu falei porque eu estava com raiva disso tudo. Eu fui egoísta e mimado, só pensei na minha vontade, na minha carreira esqueci que já éramos um casal! Eu deveria ter conversado com você sobre os meus planos profissionais...

                       - Nós dois erramos muito espero que nosso amor possa suprir isso... Eu machuquei você?  Você tem alguém?

                       - Eu não tenho ninguém e nunca quis arrancar você do meu coração eu só falei por que eu estava com raiva. Você tem uma mão pesada hein! Doeu (risos).

                       - Eu sei! Para de falar e me ama, estou sedenta de saudade do teu corpo.

                       Edgar faz o que Laura pede, beija a amada no sofá da sala e se amam ali mesmo. Ficam abraçados por certo tempo até que Laura rompe o silêncio.

                        - Edgar! Como vai ser agora? Estamos trabalhando junto, você mora aqui agora no terceiro andar!

                         Edgar se levanta procura seu paletó, pega uma caixinha abre e se ajoelha, pega a mão da Laura e coloca um anel em seu dedo e faz a pergunta que já fez e espera que Laura responda sim.

                        - Laura meu amor! Amor da minha vida! Eu quero que você seja a mulher que vai ser a mãe dos meus filhos e que possamos junto esquecer esses seis anos de dor e de distância...

                        - Sim Edgar! Eu sempre quis casar com você. Você é o homem da minha vida. É o homem que eu quero para ser o pai dos meus filhos. Edgar como você sabia o tamanho do anel? Quem foi que lhe ajudou com isso?

                         - Quem pode ser Laura?

                          - Já sei! Aquele homem horrível chamado Salvador (risos). O que você acha dele ser nosso padrinho de casamento?

                           - Eu acho ótimo e eu já tinha convidado ele para isso e ele aceitou...

                           - Esse homem é meu amigo, pode isso? (Risos) E ele já aceitou meu Deus, Salvador eu vou te matar (risos)!

                            - Agora que estamos aqui me diga como era sua vida longe de mim? Teve alguém importante? Trabalhou a onde?

                             - Era muito chata sem você e sem graça. Quero saber de você! O que fez nesses anos todos. Você fez mestrado e doutorado em educação aqui mesmo né? Você ficou noiva?

                              - Quase! Era um colega do doutorado o Naeff, nome legal! Quando percebi que o namoro estava rumando para algo mais sério da parte dele, eu terminei. Eu não amava...

                              Edgar pega a Laura no colo e pergunta onde é o quarto, Laura indica e Edgar coloca Laura na cama e cobre a amada de beijos no escuro total, eles se amam mais uma vez e Laura diz que vai fazer alguma coisa para eles comerem e Edgar aceita dizendo que está com fome. Edgar veste o robe rosa da Laura e ela acha graça disso.

                                  - O Salvador não pode me ver assim!

                                  - Querido Edgar já pensou eu colocando numa rede social você desse jeito? (Risos).

                                   - Se você quiser um noivo desempregado é só postar! (Risos).

                                   Os dois fazem uns sanduiches com chocolate quente e comem na cozinha mesmo e Laura fala da sua vida profissional a satisfação de lecionar e ajudar professores com alunos difíceis, Edgar conta que adora escrever na revista e que fez a escolha certa nas profissões o jornalismo e o direito e que ama fazer as duas coisas. Laura coloca os pratos e as xícaras na pia e senta no colo de Edgar se beijam com sofreguidão ele desata o laço do robe deixando os seios amostra e passa a explorar aquela parte do corpo da amada com uma lupa, levando Laura ao desespero do prazer o que não ocorria há seis anos. Edgar leva a amada no colo pra cama e se amam até adormecerem.

                                   Laura acorda com o quarto iluminado e levanta para apagar as lâmpadas e ligar o aquecedor. Olha o relógio são duas horas da manhã aproveita faz sua higiene intima e vai até a sala verificar se a porta está trancada, olha o tempo pela janela e vê que continua chovendo uma chuva muito fina parece mais uma garoa e um frio que faz sair fumaça pela boca, Laura observa seu anel, pensa no que aconteceu com ela e o Edgar. Vai até seu escritório e liga o computador e procura uma pasta chamada ED abre e fica olhando as fotos dela com o Edgar na época da faculdade, chora um pouco de alegria e das escolhas que fez, não gostaria de se sentir assim tão vulnerável como sua felicidade estivesse condicionada ao fato de estar junto com aquele homem. Gostaria de amar o Edgar um amor que trouxesse calma e tranquilidade, mas ela não sentia assim, ela tinha medo que algo o levasse para longe e isso ela não aguentaria passar novamente. Desliga o computador, vai até a cozinha toma um copo de leite, escova os dentes e volta para o quarto. Edgar dorme profundamente e Laura observa e chora de alegria de estar junto desse homem. O Edgar foi seu primeiro homem em tudo, quando começaram a namorar os dois eram virgens e a primeira vez deles foi com muito cuidado de ambas as partes. Laura lembra que era a mais intendida no assunto, antes ela tinha conversado com algumas colegas mais experientes. Pediu algumas dicas do seu pai sobre os cuidados que deveria tomar, ela e o doutor Assunção são muito amigos ao contrário de sua mãe que pra ela Laura é virgem e vai casar assim. Ficou sem falar com a filha quando Laura decidiu que iria morar sozinha depois da faculdade. O pai deu todo o apoio e ainda ajudou no financiamento do apartamento pra filha. Os amigos de Laura estão nessa escala doutor Assunção e Salvador confia cegamente neles e dona Constância não gosta nem um pouco do Salvador. Laura deixa de pensar nessas coisas e beija os lábio do amor da sua vida e percorrer o corpo dele com a sua mãe gelada e faz Edgar agarrar pela cintura e beijar com toda a volúpia e diz:

                                  - Você está chorando?

                                  Edgar abre os olhos com aflição na voz, não quer proporcionar nenhum sofrimento ao seu amor, passa mão nos cabelos e senta.

                                   - Não é nada! Eu acordei com a luz acessa e levantei para apagar e fiquei pensando em nós, nesse tempo que ficamos afastados e fiquei emocionada é só isso!

                                   - Laura fomos imaturos, não conseguimos conciliar nossas carreiras, estudo e nossa vida junto!

                                   - Edgar eu não vou suportar ficar longe de você de novo!

                                   Laura chora compulsivamente, Edgar abraça Laura, diz que isso nunca vai acontecer que ele vai ao inferno mais jamais vai deixa-la sozinha novamente.

                                    - Laura eu te amo! Nunca deixei de te amar nenhum momento da minha vida, tive alguns envolvimentos todos sem importância. Dona Margarida era a pessoa que me dava noticia de você, ela me ajudou muito a não largar tudo e voltar.

                                    - Eu também amo você e peço que você nunca me esconda nada. Eu prefiro lidar com a verdade de qualquer jeito do que com a mentira, por pior que ela seja. Promete isso?

                                    - Prometo meu amor! Nunca vou deixar que nada interfira na nossa relação, eu prometo isso!

                                     Edgar abre o laço do robe de Laura e os dois se amam mais algumas vezes ate adormecerem novamente. A luz do dia adentra o quarto fazendo Edgar despertar, ele observa Laura, sua pela branca e cabelos escuros dão um contraste lindo, ele levanta e fecha as cortinas, continua ventando muito com uma garoa fina faz um frio danado. Edgar pega o robe que Laura lhe emprestou e vai ao banheiro, toma banho e sai do quarto para não acordar Laura. Edgar resolve fazer um café, ele não tem jeito nenhum, abre a geladeira encontra suco, bolo, faz um chá, prepara uma bandeja pega algumas frutas. Laura tem alguns vasos de tempero, ela tem manjericão, coentro, salsinha, alecrim e outros. Edgar lembra que a flor preferida dela é o alecrim, Edgar pega o vaso e leva junto, teve pena de arrancar um galho, Laura não gostaria que ele fizesse isso com certeza. Dirige-se ao quarto e sua amada ainda dorme, Edgar deixa a bandeja e retira o robe deita novamente beija o pescoço, fazendo a pele arrepiar, ela esta nua, Edgar percorre seu corpo fazendo Laura virar e ficar de frente pra ele, os dois não falam nada se beijam, Edgar beija todo o corpo dela, chega aos pés, beija cada dedo, fazendo Laura ri um pouco, ele retorna fazendo o mesmo percurso, parando, beijando e cheirando aquela pele alva e cheirosa que faz suspirar de prazer. Laura não aguenta de prazer, puxa Edgar pelos cabelos de forma carinhosa e se amam novamente de forma calma fazendo com que o momento se prolongue por mais um pouco. Quando terminam Edgar oferece as flores do alecrim no vaso, Laura adora o gesto beija o amado.

                                    - Edgar você não esqueceu?

                                    - De jeito nenhum! Eu queria abolir essas florezinhas da minha frente! Elas lembravam você meu amor!

                                     - Edgar! Isso é impossível, são flores revolucionarias (risos).

                                      - Laura Assunção está aqui seu café! Espero que você goste você sabe que eu não sei cozinhar nada, sua geladeira me ajudou bastante (risos).

                                       - Meu amor tudo está maravilhoso, obrigada, acordar dessa maneira é fantástico. Você lembra, eu não sabia cozinhar, mais agora eu sei um pouco. Sou eu que faço minha própria comida, aprendi quando passei a morar sozinha, não tinha mais o restaurante da faculdade. Eu levo comida para o trabalho, sanduiche saladas e sopa. O Salvador é que implica com isso (risos).

                                        - Laura depois veja os documentos para o casamento. Você já pensou nisso como vai ser a cerimonia?

                                        - Você faz questão da cerimonia religiosa? Eu não faço!

                                        - Era isso que queria conversar com você! Eu não quero casamento religioso, uma cerimonia simples com as nossas famílias e alguns amigos é só isso. Não quero recepção mais não abro mão de uns quinze dias a trinta de lua de mel. E nem precisamos viajar. Vamos mentir e vamos ficar trancados aqui dentro se amando o que achou dessa ideia (risos)!

                                        - Você leu minha mente (risos)! É isso que eu quero. Posso dá entrada na documentação? Podemos casar assim que os documentos ficarem prontos? Eu não quero ficar longe de você nenhum momento. E gostaria que você se mudasse para o meu apartamento...

                                       - Vamos por parte. Pode dá entrada na documentação para ontem (risos), podemos casar dentro de quinze dias ou em menos se sair antes. Agora se mudar para o seu apartamento! Poderia ser o contrario, você se mudar para o meu! Porque tem que ser o seu?

                                       - Porque você é assim... (risos)! Como vamos fazer então? Eu me mudar para cá? Meu machismo não vai deixar e agora (risos)?

                                        - Você mesmo é um homem bem do século XX, retrógrado (risos), eu tenho a solução, espero que você concorde com isso. Ontem à noite quando você me deixou um pouco (risos), eu pensei hein...

                                         - Diga logo Laura (risos)!

                                         Eles se beijam mais do que falam ou comem. Cada vez que eles se tocam se beijam.

                                          - Vamos ligar os apartamentos. O meu fica acima do seu. Vamos abrir uma passagem e por uma escada, assim ficamos com dois apartamentos e podemos ficar com nossas coisas...

                                          - Vamos reformar o apartamento e transformar num duplex, vou conversar com o arquiteto da imobiliária eu gostei do trabalho dele e não é tão caro.

                                           - Você sabe que eu não sou rica! Não tenho tanto dinheiro para contribuir... Meus pais são, mas eu...

                                          - Mais eu sou (encabulado)! Podemos fazer um orçamento e ver como podemos pagar. Quero que você não se preocupe com isso, dinheiro...

                                           - De jeito nenhum Edgar, eu faço questão e além do mais...

                                           - Mais o que meu amor, claro que você vai contribuir, eu respeito muito isso em você. Adoro você ter adquirido sua independência financeira sempre gostei da sua liberdade de pensamento.

                                            Edgar põe a bandeja no chão, puxa Laura para seus braços e percorre seu corpo com sua boca e se amam, adormecem assim.