The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 8
Insegurança e dor


Notas iniciais do capítulo

Como muitos sabem, ontem recebi a notícia de que havia sido plagiada, mas graças aos leitores e a moderação, a plagiadora já excluiu a fic. Muito obrigada a todos vocês! *--* Eu ia postar ontem, mas por causa do que aconteceu eu desanimei, porém muitos leitores lindos me ajudaram a me animar! Então eu exclui tudo o que havia escrito antes e escrevi esse GRANDE cap! *--* Notaram? Mais de 2.400 palavras baby u-ú UHSAUHAS

Enfim... Boa leitura!



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Anteriormente:

Gray e Natsu deram de ombros e começaram a planejar a ida para Magnólia, o pior local possível para eu e minhas amigas irmos. Fitei as duas nos olhos e percebi o quanto estávamos angustiadas. Se formos desmascaradas na minha cidade, será o fim!

Sai dali e contornei a pequena festa que ocorria no convés. Cheguei ao local onde os marinheiros dormiam – o local era parecido com um corredor cheio de redes, que era a ‘cama’ em que as pessoas descansavam - e fui em direção a última rede, que era a minha. Apesar de ainda não ter escurecido, sentia-me muito cansada e esgotada. Deitei a cabeça no pequeno e fino travesseiro, sentindo a rede balançar um pouco com o meu peso. Sendo ninada pelo balanço, acabei adormecendo, com vários pensamentos atormentando minha mente enquanto tentava bolar um plano para nos safar dessa encrenca.

~# ~

Atualmente:

Acordei com alguém virando a minha rede. Caí de cara no chão e bati com força meu joelho direito na dura e suja tábua do local onde dormíamos. Que ótimo jeito de começar o dia.

– Maldito! Você irá queimar no inferno por ter me acordado dessa maneira! – praguejei levantando meu olhar e encontrando Levy rindo de mim.

– Está na hora de acordar dorminhoca! – falou rindo.

– Eu só não a jogo no mar porque quando tirássemos nossos disfarces, não teríamos nenhuma navegadora. Você viu como esses idiotas fizeram um semicírculo e redirecionaram o navio rumo a Magnólia? – rimos juntas.

– É verdade Lu-chan! Ou melhor...Luk! – disse ainda rindo.

– Por que você me acordou dessa maneira baixinha? – falei fazendo uma careta para ela.

Ela me deu um soco fraco em minha cabeça e mostrei a língua para ela de uma maneira infantil, fazendo-nos rir ainda mais.

– O capitão está chamando todos os marinheiros do navio para a reunião que ele está fazendo para decidir quem pegará a comida quando chegarmos à cidade. – ironizou ela.

Levantei-me do chão desejando poder ter mais algumas horas de sono, pois não havia dormido quase nada na noite anterior. Lembrei-me que acordei diversas vezes na madrugada, ora pela festa logo acima de mim, ora por pesadelos sobre essa ida a cidade em que eu fugi. Rumei em direção a saída, ainda um pouco zonza de sono.

– Lu-chan não prefere arrumar a peruca antes de ir não? – falou Levy sorrindo.

– Obrigada pelo aviso Levy. – retribui seu sorriso e ajeitei rapidamente minha peruca.

– Melhorou. Vamos logo antes que ele resolva nos colocar para pegar as mercadorias do depósito que fica perto do seu antigo castelo. – ela advertiu passando por mim e subindo rapidamente a escada.

Desamassei um pouco minhas calças folgadas e coloquei um moletom quando senti uma brisa gélida em meu rosto. Pus a mão por baixo da blusa e conferi se a faixa que apertava meus seios estava bem firme, afinal não queria ser desmascarada ainda.

Após alguns segundos, rumei para o convés, abraçando-me com o intuito de diminuir o frio que estava sentindo. Observei todos os marinheiros em pé brigando, rindo e conversando descontraidamente. Reparei que Natsu e Gray estavam com roupas de calor, enquanto todos os outros estavam com suas vestes mais quentes.

Como aqueles idiotas não sentem frio? Tsc, se ficarem gripados e vierem me pedir para cuidar deles eu vou é jogá-los no mar na primeira oportunidade! Procurei minhas amigas e logo as encontrei. Elas estavam nos extremos do convés com os olhares em direções opostas.

Segui o olhar de Erza e encarei um marinheiro que estava mais afastado do restante de nós. Ele ela alto, musculoso, tinha o cabelo azul, juntamente com uma estranha tatuagem vermelha do lado direito do rosto. Porém, o que mais me impressionou foram seus profundos olhos verde musgo. Ele usava uma blusa de frio branca com azul, calça preta e uma bandana de cor clara na cabeça, o que realçava seus bagunçados fios azuis.

Perto do bar, Levy estava tentando ler um de seus livros cartográficos enquanto um homem a importunava. Ele tinha quase o dobro da altura da azulada, seu cabelo era negro e longo, seus músculos bem definidos estavam bem a mostra devido a blusa que ele usava. Seus olhos vermelho sangue faziam um lindo contraste com seus piercings no rosto e sua pele bronzeada pelo Sol. Ele tem uma beleza exótica.

– Baixinho! Rato de livros! – gritou ele rindo.

– Não sou baixinho seu brutamontes! E se eu não lesse, vocês todos estariam naufragados sem o meu senso de navegação! – retrucou Levy.

– Ora quem resolveu nos agraciar com sua presença! Luk, dormiu bem bela adormecida? – zombou Natsu.

– Sempre é bom descansar depois de ter chutando a bunda de um capitão metido! – retruquei e todos caíram na risada fazendo com que Natsu fechasse a cara em uma expressão emburrada.

– Há, há! Muito engraçado Luk, mas quero ver você rir quando for designado para assaltar a dispensa do castelo! – falou ele com a voz fria, fazendo com que um silêncio passasse pelo local.

– O que está dizendo Natsu? Ele é novato! Assaltar a dispensa do castelo é perigoso até para nós que estamos acostumados! – contestou Gray encarando o rosado.

Eu deveria interromper aquilo e jogar o Natsu em auto mar, porém não conseguia me mover. Roubar...a dispensa...do castelo? Do meu castelo? Do castelo onde fugi? Eu...vou ser descoberta! Todos me reconhecerão! Socorro!

– Está me contestando capitão cueca? - ironizou.

– Claro que sim! Você é um idiota, cabeça de fósforo!

Imediatamente, os dois começaram a brigar, desferindo golpes aleatórios em todas as pessoas próxima a eles. De repente, metade da tripulação já estava lutando e quebrando tudo o que viam pela frente. Ninguém os separava até que Natsu jogou Gray para longe fazendo-o caia em cima de Erza. Essa não foi uma boa ideia.

Dito e feito! Erza levantou-se com uma espada na mão e a fincou fortemente no meio das pernas de Gray, fazendo-o quase desmaiar de susto e alívio. O barulho da lâmina se fincando na madeira dura do convés ecoou pelo navio e todos paralisaram nas posições em que estavam enquanto olhavam espantados para a ruiva.

– Parem de brigar, seus imbecis! – falou ela com uma voz fria e cortante fazendo todos engolirem em seco e soltarem as pessoas com que estavam brigando.

– Quem você pensa que é para fazer isso? – retrucou o capitão.

No segundo seguinte, uma espada estava cravada na madeira a milímetros da bochecha do rosado. Ela tremia devido ao impacto fazendo seu rosto assumir uma expressão assustada e impressionada. Assim que recuperou-se do assombro, procurou quem havia lançado aquela lâmina em sua direção.

– Vamos deixar para brigar depois? Já consigo ver o contorno de Magnólia daqui! – disse Levy brava.

– Nossa baixinho, você é bem ágil! Mas acho que você errou a mira, você tinha que acertar é entre os olhos desse cabeça de fósforo! – falou o brutamontes, chamado Gajeel, que estava ao seu lado olhando-o admirado.

– Vamos continuar então! – berrou Natsu.

– Eu não posso ir assaltar a dispensa do castelo. Tenho certas... desavenças com o pessoal de lá. – apressei-me em falar.

– Você e seus amigos têm que ir, faz parte do...ritual de inicialização! – retrucou.

Ritual de inicialização uma ova! Você quer é que eu seja pega pra ficar livre de mim, seu maldito! Recordei que da última vez que um grupo de piratas tentou assaltar a dispensa real. Não havia dado certo e todos os envolvidos capturados foram condenados à morte. Voltei ao presente quando Gray ia protestar novamente, porém Natsu o interrompeu.

– Jellal e Gajeel irão com eles já que reclama tanto Gray! Luk, os dois são de minha confiança e eles vão ajudar você e seus amigos a não serem vistos. Melhor assim? – falou o capitão.

Pensei um pouco e acenei positivamente com a cabeça, ainda meio receosa de ir.

– Gray, assim que pisarmos lá, você providenciará uma carruagem simples e mercantilista para que eles possam colocar nela os alimentos roubados.

– Temos mesmo que assaltar o castelo? Tem um galpão enorme no centro da cidade, vamos pegar de lá.– perguntou Levy.

– Não podemos baixinho, os cidadãos estão em crise. O rei aumentou os impostos e muitos não conseguem pagá-los. Devido a isso, o suprimento vem chegando cada vez em menor quantidade e o pouco que recebem para abastecer as feiras estão naquele depósito. – explicou Gajeel.

– Se roubarmos esse depósito a população morrerá de vez. O mais correto é roubar do castelo, já que eles tem comida até estragando sem nem antes pensar em comê-las. – completou Jellal.

Aquelas festas exageradas estavam sendo bancadas pelo povo? Mas... Agh droga! É por isso que o desgraçado de meu pai não me deixava ir para a cidade! Ele sabe que eu puxei o amor aos nossos súditos de minha mãe e que não permitiria aquela barbaridade.

– Depois que a rainha morreu, os impostos vem aumentando a cada ano. Eu pensei que a princesa iria fazer algo a respeito, mas ela deve ser igual ao pai: mesquinha, metida e arrogante! Aposto que o reinado dos dois não vai durar muito se eles continuarem governando assim. – completou Natsu.

Meu Deus! A situação está horrível. Olhei desesperada para minhas amigas, que se aproximaram e puseram as mãos em meus ombros para me transmitir força. Fechei os olhos e suspirei pesadamente.

– Nós vamos fazer isso. – falei decidida. Aproveito e tento concertar um pouco essa situação em meu reino.

– Ok. Eu não posso descer porque tenho cartazes de ‘’procura-se’’ com meu rosto em toda cidade. Tomem cuidado, já vamos parar. – falou Natsu

Assim que ficamos mais próximos da cidade, Gajeel abaixou a bandeira com o símbolo da Fairy Tail para ninguém dar o alarme de que éramos piratas e, em seu lugar, colocou uma totalmente branca. Observei Natsu girando o timão em direção a um porto mais afastado. Suspirei pesadamente e uma culpa imensa me invadiu. Como pude deixar as coisas chegarem a esse ponto com meus próprios súditos?

– Não se preocupe Lu-chan, não é culpa sua. – sussurrou Levy, animando-me um pouco.

– Lucy, daremos um jeito nisso, te garanto! – murmurou Erza ainda apertando meu ombro.

– Obrigada meninas. – falei controlando o choro.

– Atracamos! Gray, procure a carruagem mercantil. – Natsu falouu e o moreno desceu rapidamente do anvio.

O capitão se virou em direção ao sol que se punha e colocou sua mão em baixo dele para calcular quanto tempo tínhamos antes de anoitecer. Cada dedo do Sol ao horizonte, correspondia a 25 minutos de luz. Observei-o franzir o cenho.

– Temos mais 1 hora de Sol. Vão se preparando! Assim que a lua surgir, vocês irão cumprir a missão. – ele ordenou.

Desci para trocar de roupa. Pus uma calça menor para que se eu tivesse que correr ou fugir à cavalo, a bainha não me atrapalhasse. Peguei uma nova faixa e a troquei pela antiga que prendia meus seios. Depois pus blusa preta grande de frio e a espada já estava do lado de meu corpo.

A hora se passou rapidamente. Subi para o convés e encontrei Gajeel, Jellal, Erza(Eren), Levy(Ley) e Natsu discutindo alguns detalhes com Gray.

– A carruagem já está La em baixo. – falou o moreno apontando para a terra firme.

– Vamos? – perguntei e todos assentiram.

– Boa sorte garotos. – falou o rosado.

Desci pela prancha improvisada e finalmente pus meus pés em um chão que não ficasse balançando. Tentei andar, porém tropeçava várias vezes em meus próprios pés e percebi que Levy também estava assim. Já Erza se mantinha em uma postura firme, com os pés espaçados, os olhos fechados e os braços cruzados. Jellal e Gajeel riam toda vez que caíamos no chão.

– Parem de ficar rindo e nos ajudem! – berrei nervosa enquanto tentava me levantar pela quinta vez.

– Calma Luk, isso acontece porque vocês ficaram muito tempo sentindo o balanço do navio sob os pés. – esclareceu Jellal.

– E por que vocês não estão assim? – questionou Levy estressada.

– Porque já nos acostumamos com isso baixinho. – respondeu Gajeel entre gargalhadas.

Após 10 minutos, já conseguíamos andar relativamente bem e entramos na simples e espaçosa carruagem indo em direção ao castelo. Assim que o transporte começou a se mover, Gajeel começou a passar mal, Levy ficou rindo dele e o zoando muito enquanto eu torcia para ele não vomitar em mim.

A medida que fomos passando pela cidade, fui observando a cidade, as casas estavam mais decadentes, os jardins aparentavam total descaso, vi algumas pessoas vestindo trapos e consolando umas as outras com os rostos duros e tristes. Desviei o olhar. Definitivamente eu não vou deixar isso do jeito que está!

Quando dei por mim, já estávamos pegando um atalho em direção aos fundos do castelo, que era onde ficava o grande armazém que o abastecia. Vi a construção depois de fazermos uma curva e a trilha acabava.

– A carruagem não pode avançar mais. Vamos? – questionou Jellal e todos assentimos positivamente.

Sequei minhas mãos suadas em minha blusa pela terceira vez. Proferi uma breve oração e saí do transporte rapidamente. Corremos silenciosamente em direção ao galpão, usando as sombras das árvores e das nuvens para nos camuflarmos. Arrombamos silenciosamente a velha tranca e entramos no lugar que estava escuro. Assim que pisei dentro do local tive um péssimo sentimento.

Pegamos vários sacos de alimentos não perecíveis, porém quando fomos sair do local, a luz acendeu. Virei o rosto e reconheci a empregada que acabara de entrar.

– Virgo? – sussurrei espantada.

– SOCORRO! INVASORES NO GALPÃO! – berrou ela repetidas vezes e logo nos encontrávamos cercados por guardas que apontavam as armas para nós.

Deixei o saco de arroz cair e levantei as mãos acima da cabeça me rendendo, meu gesto foi seguido por todos meus companheiros. Nós seremos condenados a morte. Os soldados nos levaram a masmorra e prendeu cada um em uma cela com paredes de pedra sólida. O local era frio e seco.

No final do primeiro dia presa, comecei a ouvir o grito dos meus amigos. Não! Eles estão sendo torturados! Quando chegou a minha vez, levantei o rosto e vi meu torturador e percebi que ele era Loki, meu (ex?) amigo de longa data. Fixei meu olhar nos objetos que ele retirava da maleta preta: seringas, facas, tesouras, pregos, venenos e mais diversas coisas de aparência assustadora.

– Onde está atracado seu navio pirata? – perguntou ele com a voz fria.

Não consegui falar nada tamanho o choque de vê-lo ali. Ele estava diferente, ele não era mais o menino carinhoso e alegre que eu sempre conheci. Ele não estava ali para ouvir meus desaforos sobre meu pai, ou me dar conselhos, muito menos para conversarmos amigavelmente. Ele estava ali para me infligir dor.

Muita dor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Me deixem cometários com críticas e opiniões! *--* Eu amo ler o que vocês escrevem! Será que mereço uma recomendação por ter dado a volta por cima? USAHSAH Quem quiser conversar comigo é só mandar MP, amo conversar com os leitores! Até semana que vem :3