The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 7
Duelo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, UH_S2 e LucMi, MUUUUITO OBRIGADA POR SUAS RECOMENDAÇÕES, EU AMEI ELAS! *----* Boa leitura, esse cap é dedicado a voces, meninas! :3

Estou repostando esse cap, porque tinha dado bug no anterior e vieram falar que não conseguiram lê-lo. Foi mal ter percebido só agora e-e



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Anteriormente:

Suspirei testando o peso de minha espada. O sol não estava atingindo nossos olhos, o que era bom considerando que estávamos no meio do convés principal. Natsu estava de frente para mim, vestido somente com uma calça bufante preta e um colete vermelho-vinho, o que deixava seus músculos fortes e bem definidos muito à mostra. Concentração Lucy! Você está aqui para reduzir o orgulho dele a migalhas e não para sentir-se acanhada! Bufei irritada. Estava morrendo de calor por causa da peruca e das roupas a mais que eu usava para disfarçar o fato de eu ser mulher e isso estava me deixando cada vez mais impaciente e furiosa.

– Vamos começar logo! - gritei alguns milésimos de segundo antes de investir contra ele.

O som de nossas espadas se cruzando ecoou pelo mar.

~# ~

Atualmente:

O choque de nossas espadas foi tão forte que fez com que eu precisasse colocar meu pé direito atrás de meu corpo e usá-lo para me manter firme no lugar, porém percebi que Natsu não fez isso. Realmente, ele é muito mais forte do que eu, terei que usar o cérebro para ganhar esse desafio. Inteligência versus força bruta... Será interessante. Sorri com o pensamento e afastamo-nos um do outro, cada um pensando em uma técnica para usar que resultasse na vitória. Eu iria ganhar por meu orgulho e para esfregar na cara dele que eu era melhor. Já ele queria ganhar para mostrar a todos que ele era o superior a mim e por isso podia tratar-me do jeito que quisesse.

Se eu não tivesse que me passar por homem, consideraria Natsu um homem muito atraente. Mas como eu odiava sua personalidade que me fazia querer mata-lo toda vez que ele abria a boca para falar, eu me mantinha a distância. Fui tirada de meus devaneios por um rápido movimento do capitão. Ele empunhou sua espada fingindo que iria dar um golpe por cima, mas no último instante, trocou a espada de mão e tentou acertar-me com um golpe no lado direito de meu corpo. Percebi, com satisfação, a surpresa expressa no rosto dele por eu ter conseguido defender de seu forte ataque. Agradeci mentalmente a Erza por ter treinado esse movimento milhares de vezes comigo, aplicando toda sua força demoníaca em cada investida.

Após o susto inicial, o rosto do rosado fechou-se em uma máscara indecifrável. Apesar disso, já tinha visto uma surpresa e um toque de admiração em seu olhar por eu ter conseguido me defender. Isso fez com que minha determinação e as forças de nossos golpes aumentassem ainda mais.

Já faziam 5 minutos que estávamos em uma disputa acirrada pela vitória. Eu estava ofegante e cansada, com meus músculos, principalmente os da parte superior de meu corpo, doloridos e ardendo devido à força dos impactos. O suor caía em meus olhos fazendo-os arder, a peruca coçava infernalmente e as roupas excessivas pesavam meu corpo aquecendo-o excessivamente, fazendo com que desse a impressão de que eu estava sendo assada vida. Não posso continuar com isso por muito tempo, se não, com certeza irei perder.

Fixei meu olhar em seus olhos determinados. Nós dois sabíamos que tínhamos que acabar o mais rápido possível com o desafio e ambos queríamos vencer a qualquer custo. Encaramo-nos por mais alguns segundos e avancei contra ele, desferindo golpes em todas as direções, com movimentos coordenados, no intuito de cansá-lo. Direita, esquerda, cima, baixo, lateral para cima, diagonal, mudança repentina de mão... Nada funcionava, tanto ele quanto eu nos defendíamos habilmente dos golpes.

Paramos e nos encaramos novamente. Passei a manga da minha blusa em um corte em cima da minha sobrancelha que sangrava muito, deixando-me praticamente sem ver nada com o olho esquerdo devido à abundancia do sangramento. Droga! Por que ferimentos na cabeça têm que sangrar tanto?Observei um corte longo e fino que sangrava bastante na bochecha do Natsu. Sorri com a imagem das gotas vermelhas pingando no colete que ele usava. Passei a manga novamente em meu ferimento para limpar o sangue que corria livremente por todo meu rosto.

– Parece que você está cansado, moleque franzino. – provocou ele.

– Isso é o que você pensa. Acho que é você quem está cansado Capitão Dragneel. – zombei.

Os marinheiros olhavam nossas provocações e o duelo em um silêncio repleto de expectativas. Podíamos ouvir ainda moedas sendo passadas de mão em mão e nossos nomes sendo proferidos quando as pessoas apostavam ou mudavam o seu escolhido. Ouvi, mais de cinco vezes, meu nome masculino sendo proferido em meio as apostas.

– Parece que eles estão gostando do divertimento que dispusemos. – falei controlando minha respiração.

– Deve ser por que é sempre bom ver o capitão chutando a bunda de algum novato convencido. – respondeu ele, fazendo com que todos os sussurros parassem por um segundo e recomeçassem um pouco mais alto.

– Eu tenho certeza que é por que é sempre bom ver um novato convencido chutando a bunda do capitão. – retruquei sorrindo.

Aproveitei nossa conversa para descansar e elaborar um plano de ataque eficaz. Enxuguei novamente o sangue com as costas da minha blusa, que já estava ficando encharcada. Quando abaixei o braço, vi Natsu vindo em minha direção, consegui desviar por puro reflexo, mas ele conseguiu cortar a primeira blusa que eu vestia. Filho da mãe! Se eu tivesse demorado mais meio segundo para sair do caminho ele teria cortado as duas blusas e a faixa que aperta meus seios!

Encarei-o com um olhar de puro ódio, já havia decidido que iria dar o golpe final agora.Tomara que dê certo.Todas as pessoas esperam as outras terminarem de falar para atacar, então devo aproveitar disso e atacar antes de concluir meu diálogo.

– Você par...- antes que eu terminasse de falar, avancei contra o capitão, que foi pego de surpresa pelo meu ato.

Ele conseguiu desviar, com muito custo, da minha ágil lâmina, porém, aproveitando de seu momentâneo desequilíbrio, dei uma rasteira nele. Quando o rosado estava no chão, apoiei meu pé em seu tórax e pressionei, com pouca força, a ponta de minha espada em seu pescoço. Sorri debochadamente em sua direção. Há! Engole essa, otário!

Como uma boa ganhadora, estendi minha mão, a que não estava manchada de sangue, para ajuda-lo a levantar. Mas, ao invés disso, ele me puxou para o chão e ficou em cima de mim, com uma lâmina de adaga fazendo pressão em meu pescoço.

– Nem sempre o adversário vai ser honesto com você, garotinho. – zombou ele.

Eu sentia sua respiração em meu rosto e seus olhos profundos eram a única coisa que eu conseguia fitar. Muito perto... Muito perto! Não posso corar! Ó Deus que me faz ficar corada, suma daqui!Dei uma joelhada nas ‘partes baixas’ do Natsu para conseguir que ele saísse de cima de mim, o que funcionou perfeitamente bem. Levantei-me sacudindo os amassados da minha roupa enquanto vários marujos, inclusive minhas amigas, riam do que eu havia feito.

– Nem sempre o adversário vai ser honesto com você, capitão. – repeti, de um modo mais zombeteiro ainda, as palavras que ele disse há poucos segundos atrás.

Natsu levantou-se com dificuldade lançando-me olhares de puro ódio enquanto desferia impropérios e xingamentos para mim. Olhei para os marujos que estavam comemorando por terem apostado em mim, que eram a minoria, enquanto os que apostaram no capitão xingavam, mas logo se juntaram à festa que ocorria no convés.

– Precisaremos voltar e ir a Magnólia para comprar mais alimentos. – falou Gray para o capitão, que aquela hora já havia se recuperado.

– M-Magnólia? – perguntei espantada.

– Ela fica mais perto de nossa rota e tem boas mercadorias por lá. Além disso, lá é praticamente o único local que permite piratas atracarem no porto principal.– esclareceu o rosado, um pouco impaciente, pensando que tinha dito o óbvio.

Arquejei. Magnólia não! Tudo menos isso, por favor! Rezei mentalmente enquanto Gray, Natsu, Erza e Levy concentravam seus olharem em mim.

– Luk, ta tudo bem com você cara? Você ficou pálido de repente. Será que é por causa do sangue que você perdeu? – falou Ley com uma voz que transmitia a mensagem para que eu disfarçasse melhor.

– D-deve ser por isso mesmo Ley. – respondi.

Gray e Natsu deram de ombros e começaram a planejar a ida para Magnólia, o pior local possível para eu e minhas amigas irmos. Fitei as duas nos olhos e percebi o quanto estávamos angustiadas. Se formos desmascaradas na minha cidade, será o fim!

Sai dali e contornei a pequena festa que ocorria no convés. Cheguei ao local onde os marinheiros dormiam – o local era parecido com um corredor cheio de redes, que era a ‘cama’ em que as pessoas descansavam - e fui em direção a última rede, que era a minha. Apesar de ainda não ter escurecido, sentia-me muito cansada e esgotada. Deitei a cabeça no pequeno e fino travesseiro, sentindo a rede balançar um pouco com o meu peso. Sendo ninada pelo balanço, acabei adormecendo, com vários pensamentos atormentando minha mente enquanto tentava bolar um plano para nos safar dessa encrenca.

O que eu faço mamãe?




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Notas finais do capítulo

Oi leitores! Bem..desculpe por não ter respondido a todos os comentários do capítulo anterior, pode não parecer mas eu os leio e fico muuuito feliz mesmo com eles, por isso peço que não deixem de comentar ;3

Eu agradeço de coração por não terem me abandonado, apesar da demora a postar! *---* É isso aí galerinha, comentários me inspiram e me fazem escrever mais rápido, então peço que comentem okay? *--*