The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 9
Reviravoltas e decepções


Notas iniciais do capítulo

Ei leitores lindos que eu amo! *---* Cheguei aqui com mais um capítulo grandão para vocês! *u* Obrigada pelos comentários no capítulo anterior, eu amei todos eles ^-^ Boa leitura :3 Leiam as notas finais, é importantíssimo! Estou com uma nova fanfic na categoria Originais. Se puderem, deem uma chance a ela?http://fanfiction.com.br/historia/385746/A_Garota_Dos_Olhos_Vermelhos_Crimson



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Anteriormente:

Não consegui falar nada tamanho o choque de vê-lo ali. Ele estava diferente, ele não era mais o menino carinhoso e alegre que eu sempre conheci. Ele não estava ali para ouvir meus desaforos sobre meu pai, ou me dar conselhos, muito menos para conversarmos amigavelmente. Ele estava ali para me infligir dor.

Muita dor.

~# ~

Atualmente:

– Responda! Onde seu navio pirata está atracado?- indagou ele com a voz fria e cortante.

Me recompus rapidamente. Afinal, quem quer que fosse revelar alguma coisa para ele não seria eu!

– Pergunte pros meus amigos, eles saberão te dizer melhor que eu.- falei tentando manter minha voz firme.

Loke puxou a cadeira e se sentou, colocando os pés sobre a mesa e pegando de cima dela uma seringa. O ruivo ficou vários segundos refletindo, seus olhos passavam por cada instrumento de tortura, como se estivesse escolhendo qual usar primeiro. Recue-me e encostei minhas costas na gélida e irregular parede de pedra de minha cela. De repente, ele fez uma coisa que me surpreendeu: ele riu.

– Muito esperto da parte de vocês, ficam passando a bola para o outro. Quero só ver se seu amiguinho pequeno de cabelos azuis aguentara a tortura final. O ruivo parece ser bem durão, mas vamos ver até onde ele aguenta – ele continuou sorrindo ironicamente.

– Você não vai machucar a Levy-chan! Muito menos a Erza! – gritei em um momento de fúria.

– Levy-chan? Erza? Onde eu já ouvi esses nomes antes? – murmurou ele pensativo.

Gelei. Oh droga! Parabéns Lucy, você é uma anta mesmo! Fiz uma cara de assustada e senti minhas pernas fraquejarem. Porém eu não podia deixar minhas amigas nas mãos do Loke, pois tenho certeza absoluta que elas não revelariam suas verdadeiras identidades. Por mais que doesse. Fui tirada de meus devaneios quando eu ouvi ele pigarrear.

– Continuando...onde está a droga do seu navio? – perguntou nervoso.

Se eu simplesmente tirasse a peruca, decerto ele não iria machucar minhas amigas. Se eu fizesse isso, poderia continuar aqui por algum tempo pedindo ao Loke que me informasse tudo o que acontecia no reino. Se eu retirasse aquele objeto da minha cabeça, eu poderia melhorar a vida das pessoas em meu reino. Mas, se eu fizesse isso, estaria traindo minhas amigas. Eu seria a única fraca o suficiente para estragar nossos disfarces.

Vi ele levantar o braço, pronto para em desferir um tapa em meu rosto. Tomei minha decisão.

– Vai mesmo me bater Loke? – perguntei com a voz fraca.

Levei a mão até a cabeça e retirei a peruca que usava, deixando meus fios louros caírem de forma desorganizada em meus ombros. O choque foi evidente no rosto do ruivo fazendo-o dar um passo para trás.

– L-Luce? É você mesma? – questionou ele com um fio de voz.

– Sou eu sim Loke. – respondi.

Logo senti seus braços rodeando meu corpo em um abraço. Comecei a chorar e percebi que ele também. Lágrimas escorriam por eu ter mentido, por nós termos sido capturadas, por eu ter estragado meu disfarce e pela situação em que o reino se encontrava.

– Não chore pequena! – falou ele com lágrimas escorrendo pelo rosto.

– Você é quem está chorando, seu chato! – eu sorria enquanto chorava.

Assim que ele me abraçou percebi o tamanho da saudade que habitava meu peito. Apesar de estar me divertindo a bordo do Fairy Tail, sentia que a qualquer hora acordaria do sonho. Talvez por eu viver uma mentira naquele lugar, me sentia deslocada. Pelo menos no castelo os funcionários me conheciam como eu realmente era. De um certo modo, fiquei feliz por toda aquela mentira ter acabado momentaneamente.

– Espera até todos saberem! – exclamou ele.

– Você não pode contar a ninguém! – alarmei-me.

– Por que? Todos ficamos preocupados, até seu pai ficou louco de preocupação, ele botou todo mundo para ir atrás de você! – falou animadamente.

– Aposto que ele fez isso, mas duvido que foi por preocupação. – retruquei.

– O que você quer? Eu não posso tirar você e seus amigos daqui.

– Eu sei, só peço que não os machuque. Consegue trazer Virgo até aqui? – perguntei esperançosa sentando-me na dura e fina cama que havia em minha cela.

– Desculpe por seus amigos. – falou ele abaixando a cabeça – Não consigo traze-la porque só... hm... os encarceradores podem entrar. Se ela viesse aqui você rapidamente seria descoberta. – continuou ele franzindo os lábios.

– Ok. Da próxima vez que vier, pode trazer discretamente uma folha de papel e uma caneta? – perguntei esperançosa.

– Vai escrever uma carta para ela não é?

– Sim. Você já viu o reino do lado de fora dos muros dessa droga de lugar?

– As coisas estão muito difíceis para eles, Lucy. Depois que você fugiu os impostos aumentaram para que o Jude pudesse mobilizar todos que manejaram alguma arma para te procurar. – explicou com a voz triste.

– Então..tudo é culpa minha?- falei sentindo as lágrimas rolarem livres por meu rosto.

– Claro que não Lucinha. – consolou-me o ruivo dando-me um beijo no topo da cabeça.

Eu sabia que era tudo culpa minha, mas ficar chorando deprimida pelos cantos não iria resolver em nada minha situação, nem a dos meus amigos e muito menos a do reino. Limpei as lágrimas com a manga da minha blusa.

– Por que você está vestida de homem Lucinha? – perguntou ele rindo, o que me fez sorrir também.

– Bem... é uma longa história.

– Você ainda tem quatro dias para me contar antes que o rei decida a sentença sua e de seus amigos.

– Você acha que ele dará pena de morte? – indaguei receosa.

Percebi que ele hesitou em me responder e eu apenas suspirei. Tenho que bolar um plano para salvar meus amigos e melhorar as condições do meu povo. Ah! Minha cabeça vai explodir! Loke olhou em seu relógio e franziu o cenho pensativo.

– Eu tenho que ir. Pelo meu cronograma sua tortura acaba daqui a dois minutos. – falou ele rindo.

– Posso te pedir um favor? Aliás, dois favores. – olhei para ele com os olhos de um cachorro vendo um frango rodando no espeto.

– Claro Lucinha. – ele disse rindo.

– Não machuque meus amigos. – falei.

O ruivo passou a mão na minha cabeça, bagunçando todo o meu cabelo enquanto ríamos sem parar.

– Ok, seu pedido é um ordem princesa. – brincou ele.

Lhe dei um tapa fraco no braço fazendo cara de emburrada. Porém logo ele começou a me fazer cócegas e ficamos rindo sem parar. Nem parecia que eu estava presa na masmorra junto a meus amigos correndo risco de morte.

– E qual é o outro?

– Fale para o garoto de cabelo azul e o garoto de cabelo ruivo que eu vou resolver tudo. Ah! E pode falar também que você só sabe quem eu sou. – pedi recolocando a incômoda peruca novamente.

– Claro Lucy. Amanha eu trago o lápis e o papel. – ele conferiu o relógio de pulso novamente- Bem, vou ter que ir a cela do ruivo dar um sustinho nele e depois na do menino de cabelo azul. Não vou os machucar, mas preciso pedir para que gritem, pois assim ninguém suspeitará de nada. – falou ele se levantando.

– Loke? – chamei-o quando ele estava saindo de minha pequena cela.

– Que? – ele se virou para mim.

– Obrigada. Obrigada por tudo! – falei sorrindo.

Ele abriu um largo sorriso, aproximou-se de mim e me deu um beijo na testa.

– De nada Lucinha. Boa noite. – falou ele se retirando.

Levantei-me e me pus a analisar minha prisão. Havia uma pequena cama que era presa ao chão e que possuía um fino colchão, havia uma privada em um canto cercada por um baixo murinho e uma pia. Só isso. Não havia janelas e isso me deixava louca, pois não sabia se era dia ou noite, as firmes grades de ferro presas as paredes de pedra me faziam sentir como um animal impotente indo rumo ao matadouro sem ter consciência disso. A única luz dali vinha de uma vela que ficava perto das grades da porta.

Se eu continuar olhando para essas paredes frias e para essa grade na porta ficarei louca. Bufei de frustração. Deitei na desconfortável cama e fechei os olhos, logo sendo levada pela inconsciência.

(...)

Acordei desnorteada, sem saber se era dia ou noite. Minha cabeça e meu corpo doíam sem parar devido ao desconfortável colchão. Ouvi um barulho nas grades de ferro e, quando olhei para elas, vi uma bandeja de alumínio no chão. Ouço minha barriga roncar e vou até o objeto.

Era comida que havia nela. Ou o que alguns consideravam comida. Havia um pão mofado e um líquido escuro e de cheiro estranho. Bufei irritada. Se eles querem me matar, podiam pelo menos trazer uma comida boa repleta de veneno e não essa porcariazinha mofada. Bufei novamente. Retirei com a unha a parte mofada do pão e o devorei sem sentir nem o sabor, pois estava morrendo de fome.

Ouvi o trinco bater contra a grade. Levantei os olhos e vi Loke parado na porta rindo.

– Conseguiu comer isso? A maioria dos presos joga a comida na cara dos carcereiros e tentam bater neles com a bandeja. – continuou rindo, fazendo-me rir também.

Levantei-me e dei um leve soco em seu braço.

– Idiota, se eu não estivesse morrendo de fome você já estaria no chão com o nariz quebrado e com um pão mofado na sua boca. – falei dando um sorriso.

Ele enfiou a mão por baixo do paletó e tirou de lá duas folhas de papel e uma caneta. Abracei-a animada.

– Você trouxe, obrigada! – exclamei- Como estão meus amigos? – perguntei afastando-me um pouco dele.

– Todos eles fizeram o que eu falei quando receberam a comida. – ele riu. – Fora isso, estão entediados e xingando até as formigas.

– Estaria preocupada se não fizessem isso. – brinquei pegando as folhas de papel e me deitei no chão para escrever.

‘‘Virgo,

Estou de volta, mas só que na masmorra disfarçada. Eu não sei o que aconteceu com o reino, mas eu quero melhorar tudo. Mesmo que um pouco e indiretamente. Você consegue convencer alguns dos conselheiros a abaixarem os impostos? Logo, logo irei me encontrar com meu pai para impedi-lo de extorquir tanto do povo, mas preciso de sua ajuda.

Beijos,

Lucy ’'

Entreguei a carta para Loke e ele a enfiou dentro da blusa, saindo dali rapidamente. Suspirei e voltei a minha cama para dormir.

(...)

Acordei assustada com o barulho de alguém chutando a grade de minha cela. Dei um pulo da cama um pouco trêmula e com a visão embaçada de sono. Quando despertei totalmente, vi dois homens altos, fortes e musculosos segurando Loke no meio dos dois e Minerva estava com minha carta entre os dedos.

– Desculpe por te acordar, princesinha. – ela falou com a voz sarcástica.

Eu odiava Minerva e ela me odiava. Ela era uma empregada invejosa que roubava joias e dinheiro do cofre real há muitos anos. Por isso, ela foi para a masmorra, mas pelo que vejo, ela é a ‘dona’ daqui agora.

– Mandando um recadinho para sua amiguinha? Acho que não vai mais. – ela riu irônica.

Olhei-a com puro ódio e avancei para cima dela, porém antes de eu encostar nela, ouço um gemido de dor. Era Loke. Olhei para eles e vi que jogaram o ruivo no chão e começaram a espancá-lo.

– PARE COM ISSO! –berrei.

Minerva fez um gesto com a mão e eles paparam com as agressões.

– Escute aqui princesinha você vai voltar para o seu navio. Entendeu?

– Não vou. Tenho que ajudar meu povo!

– Não, você não tem.

– Mas meu pai está falindo o reino!

– Não é seu pai quem está fazendo isso queridinha, sou eu! Seu querido papai está doente em uma cama. Sou eu quem está aumentando os impostos. – ela falou.

– O que você fez ao meu pai? – indaguei nervosa.

– Dei-lhe um veneno, não precisa agradecer. Se você não fizer o que eu mando, matarei seu queridinho pai, seus amigos e o Loke. – falou ela gargalhando.

Como se fosse para provar as palavras da morena, os dois brutamontes chutaram mais algumas vezes o corpo inconsciente de meu amigo. Levantei os olhos para aquela mulher desprezível.

– O que você quer?

– Quero que deixe seus amigos saírem daqui, menos a Erza e a Levy, enquanto você é enforcada em praça pública. E, se quiser mais uma motivação, ela está aqui.

Olhei para ela confusa. Minerva saiu por alguns segundos e voltou com um homem de cabelos róseos junto a ela.

– Natsu? – indaguei dando um passo para trás.

– Eu descobri a verdade Lucy. E eu não quero uma mulher inútil em minha tripulação. – ele falou olhando para o chão.

Nesse momento, minhas pernas cederam e eu caí no chão.

É incrível como algumas simples palavras podem destruir seu mundo inteiro.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, estou com uma nova fanfic na categoria Originais. Se puderem, deem uma chance a ela?http://fanfiction.com.br/historia/385746/A_Garota_Dos_Olhos_Vermelhos_Crimson

SEGUNDAMENTE: Está bom o tamanho dos caps ou vocês querem as boas e velhas 1.700 palavras? Tenho medo de escrever um capítulo com mais de 2.000 palavras e ele ficar enjoativo.