The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 28
Farsantes


Notas iniciais do capítulo

♥ DESCULPAAAAAAA PELA DEMORA! SÉRIO GENTE NEM PERCEBI QUE TINHA FICADO TANTO TEMPO SEM ATUALIZAR. D; Sorry, nunca mais vou demorar tanto!

♥ Sabe o que percebi? Já já estaremos entrando na contagem regressiva da fic, ou seja, ela está perto do fim D;

♥ Sem recomendações dessa vez D;

♥ Já irei responder os reviews :3

♥ Boa leitura, espero que gostem *--* Não revisei, então qualquer erro em avisem :D



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Anteriormente:

Virei em direção ao rosado e o vi estudando Erick com os olhos. Seus músculos estavam travados, o maxilar fechado com força e havia uma grande e um pouco assustadora expressão de irritação em seu rosto.

– Natsu, este aqui é Erick, ele irá nos ajudar a pegar os farsantes. Erick, este é Natsu, o capitão da Fairy Tail! – apresentei-os sorrindo.

Ao vê-los se encarando quase consegui sentir raios partindo dos olhos dos dois. Algo me dizia que eles não estavam nem um pouco felizes por ter o outro ali.

Atualmente:

Pov Autor

Lucy e Erick caminhavam na proa conversando animadamente. A loira havia descoberto que o rapaz era um ótimo ouvinte e possuía maravilhosas histórias para contar, alegrando até mesmo as mais tristes com seu incrível senso de humor. De longe, Natsu olhava Luce sorrindo para aquele novo membro de sua tripulação. Como capitão ele poderia jogar as pessoas de quem não gostava no mar, certo?

O rosado bufou pela, talvez, centésima vez fazendo com que Gray e Gajeel rissem do estado em que o amigo se encontrava. Sob o ponto de vista deles, o rosado estava totalmente patético com todo aquele ciúme.

O céu estava azul estava sem nenhuma nuvem indicadora de chuva e todos agradeciam pela calmaria, já que nos últimos cinco dias o navio havia sido atingido por uma forte tempestade. Até agora o piso de madeira estava encharcado e um pouco escorregadio, mas ninguém parecia disposto a secá-lo, já que estavam mais preocupados em aproveitar o calor do sol do que escorregar acidentalmente. Além disso, estavam exaustos de todo o trabalho contínuo que tiveram que realizar devido à necessidade de tentarem a todo custo fazer a embarcação manter-se acima no mar e sobreviver aos terríveis e fortes ventos com o mínimo de danos possíveis.

Aquela tempestade, embora tivesse sido um pouco mais amena do que a primeira em que Levy e Erza quase caíram no mar, havia exigido muito da tripulação, deixando todos exaustos e com os nervos a flor da pele. Nem mesmo Gajeel e Gray quiseram perturbar as meninas, tamanha era a raiva e falta de paciência que elas exalavam em cada poro.

Lucy, pelo menos, tinha a companhia de Erick para distraí-la e para diverti-la, mas Levy ainda estava com raiva de Gajeel e toda vez que Gray chegava perto da novata, Juvia, ela ficava vermelha e era tão gentil que era impossível para ele provocá-la. Já Erza não estava em seus melhores dias, ficou trancada na cabine após uma grande onda inundar o local em que ela guardava seus bolos de morango. E ninguém em sã consciência iria pedir para a ruiva sair de lá, a tripulação não estava com vontade de ser exterminada e depois jogada no mar pela Scarlet.

– Como é sua família? – perguntou a loira interessada.

Lucy nunca havia tido muito contato com os funcionários do castelo para perguntar sobre suas famílias e nem tinha coragem de perguntar a alguém do navio, temendo que isso acarretasse uma série de lembranças ruins que eles poderiam ter.

– Eu e minha irmã, durante nosso tempo de crianças, éramos muito arteiros, mas quando ela cresceu começou a adoecer muito. Sua saúde era frágil igual à de nossa mãe. No momento em que houve um surto de gripe no povoado, nossa mãe não aguentou e acabou morrendo. Nosso pai, então, começou a trabalhar ainda mais, essa era sua forma de luto, entretanto esse método era destrutivo. Em menos de um ano ele também faleceu, deixando-nos sós. Eu tinha quinze anos na época e Georgia, doze. – respondeu Erick com o olhar fitando a linha do horizonte.

– Desculpe, eu não queria – Lucy foi interrompida com o sorriso amável que ele a lançou.

– Tudo bem, já superei. Desde que perdemos nossos pais, a saúde de Georgia piorou muito e nós da vila não temos muitos recursos para procurar os melhores curandeiros das cidades vizinhas. Todo dia, quando eu chegava do trabalho nas minas, dormia com o som alto e sofrido de suas crises de tosse. – continuou.

– Ela estava lá com vocês agora? Eu e Wendy poderíamos ter cuidado dela, somos boas. – disse a loira preocupada.

Ela se sentia mal por ter ficado a poucos metros de uma pessoa muito doente e não ter conseguido tentar ajudá-la. Entretanto, ao ver a expressão de Erick se tornar dura a mulher compreendeu.

– Não, eles a pegaram. Para falar a verdade só vim com vocês para encontrá-la e fazer tomar o único remédio que controla suas tosses e sua constante falta de ar – ele tirou do bolso um pequeno saquinho de tecido contendo folhas medicinais – Se ela ficar muito tempo sem elas, acabará morrendo. Eu preciso salvar minha irmã, ela é minha única família, só tem dezessete anos. Ela merece viver mais tempo e, se eu morrer no procurando-a, pelo menos saberei que não desisti, que tentei a todo custo salvá-la.

Um bolo se formou na garganta da loira e ela sentiu seus olhos arderem. Ela nunca precisou passar por isso, sempre que ficava doente era atendida pelos melhores médicos. Comparado às dele, suas preocupações eram banais. Ele daria a vida para salvar sua irmã, fazê-la ter mais tempo, mesmo que isso significasse acabar com o dele. Em um ímpeto, abraçou-o tentando transmitir força, mas suas lágrimas a traíram.

Erick se assustou um pouco com o gesto da loira, pois não esperava que ela a abraçasse. Entretanto, não hesitou em envolve-la com seus braços e afundar seu rosto nos cabelos que cheiravam a sal e gardênias da mulher. Percebendo que sua história tinha a deixado naquele estado, ele afagou carinhosamente as costas da mulher, sorrindo de modo triste.

– Hey, tudo vai ficar bem. Nós vamos achar todo mundo e os levaremos de volta em segurança para esfregar na cara daqueles velhos idiotas que não foram vocês que sequestraram as pessoas. Então comemoraremos enchendo a cara e fazendo um grande banquete. – falou rindo descontraído.

Vendo que suas palavras haviam feito pouco efeito, ele pensou em algo para fazê-la se animar.

– Sabe, acho que você não vai querer me ver bêbado, eu ficarei colado com minha irmã e dançarei em cima da mesa com Philipe. Em todas as festas aquele maluco coloca um cocar que ele mesmo fez de folhas e penas e fica dançando de modo ridículo pensando estar chamando bons agouros para nosso povoado. Ele rebola melhor do que as mulheres, isso eu garanto! Até você ficará com inveja do gingado dele. – falou com a voz séria, mas divertida, o que fez a loira dar uma gargalhada gostosa e sincera.

Natsu observava os dois sentindo uma crescente vontade de ir na direção do homem e socá-lo até ele pedir para ser jogado no mar. Ao invés disso segurou a madeira do timão com mais força, fazendo com que os nós de seus dedos ficassem brancos. Lisanna, vendo a irritação de seu amigo de infância, aproximou-se dele com um sorriso singelo nos lábios.

– Relaxe Natsu, vai acabar quebrando o timão. – falou com a voz afável.

– Agora não é uma boa hora, Lis. – respondeu sem desviar os olhos da loira.

A albina bufou irritada e cruzou os braços diante do corpo. Ela estava chateada, tinha muita saudade de Natsu e quando a vê ele a tratava daquela forma? Contrariando o pedido do rosado, ela ficou atrás dele e começou a fazer uma massagem em seus músculos tensos do ombro.

– Sabe, se você ficar agindo como um ogro ela não irá olhar para você mais. – falou a albina surpreendendo o homem.

– O quê? – perguntou.

– Por favor, Natsu! Nos conhecemos desde crianças, eu já até namorei com você é fácil perceber quando você gosta de alguém. Você não é uma pessoa misteriosa, é como um livro aberto e todos que o conhecem bem conseguem o ler. – respondeu sorrindo com a reação de espanto do amigo.

– Está tão na cara assim? – questionou em um muxoxo.

– Só não vê quem não quer. Lucy só deve considerar Erick um amigo, embora pareça que ele está gostando cada vez mais dela. – afirmou.

Essa frase fez o rosado bufar de raiva e apertar ainda mais a madeira. Só de pensar no novato com sua Lucy, ele ficava morrendo de vontade de jogá-lo para os tubarões com um pedaço de carne sangrenta amarrado no pescoço para atraí-los. Com sua reação Lisanna riu, apertando ainda mais os músculos cada vez mais tensos do Natsu.

– Acho que você deveria fazer algo, deixar sua marca para o Erick saber que ela te pertence. – sugeriu.

– Lis, essa é uma ótima ideia! – exclamou virando-se de supetão levantando a albina nos braços.

Quando a pôs novamente no chão, o homem estava com um sorriso radiante, enquanto o de Lisanna era um pouco triste.

– Por que está fazendo isso Lis? – perguntou o rosado.

Ele sabia que ela ainda gostava dele, afinal era fácil perceber o quanto sua euforia a entristecia, mesmo ela fazendo de tudo para disfarçar.

– Eu ainda gosto de você, Natsu, mas nossa amizade vem acima de tudo. Eu não ficaria feliz em fazer algo de errado só para você ficar comigo sabendo que claramente você está muito mais interessado na Lucy. – explicou com sinceridade.

– Obrigado Lis. – agradeceu dando um estralado beijo na bochecha da albina.

~#~

Dois dias depois

O mar estava calmo e o navio estava envolto na semi escuridão. No convés só se era possível ver partes da embarcação que eram iluminadas pela trêmula e amarelada iluminação proveniente da queima da querosene. A maioria dos piratas estava adormecido em suas redes, e somente três pessoas estavam fora de suas camas. Uma delas era Elfman, que estava no ponto mais alto do mastro, com a incumbência de alertar todos caso visse algo. O outro era Natsu, que se esgueirava silenciosamente até a amurada, onde um vulto fitava distraidamente o amplo e maravilhoso céu estrelado.

Graças ao sorriso nos lábios e os olhos ônix refletindo as labaredas das chamas, o rosado parecia ser um demônio a procura de sua presa. Ele estava ansioso e já havia revivido várias vezes o que faria a seguir em sua mente, sem ter tido coragem para realizá-la nos dias anteriores. A gota d’água foi ver Erick beijar sua Lucy na bochecha na parte da tarde e, desde então ele estava programando o que faria com aquela pessoa a poucos passos de si.

A contragosto ele reconhecia que a meta de encontrar os farsantes foi quase toda cumprida por Erick, que havia ouvido a próxima parada deles. Caso contrário ninguém seria capaz de encontra-los na vasta imensidão dos oceanos tão rapidamente. Agora eles tinham planejado a rota com mais probabilidade dos pilantras seguirem e usavam-na para alcança-los. Como o navio Fairy Tail era o mais rápido das embarcações piratas, todos esperavam encontrar quem procuravam dentro de pouquíssimos dias.

Natsu aproximou-se silenciosamente e, com a brisa vindo em direção a seu rosto, ele percebeu o cabelo dourado e brilhante dela movimentando-se de modo sutil. O cheiro doce e natural de Lucy invadiu seu olfato deixando-o ainda mais fascinado pela bela mulher. Mesmo usando uma calça já com alguns buracos graças às batalhas e a blusa um pouco suja, a loura ainda era a mulher mais linda que já vira em toda sua vida.

Com passos suaves na madeira do chão, ele conseguiu diminuir o espaço entre eles rapidamente e sem ser notado. Lucy levou um susto quando sentiu uma mão calejada e um pouco áspera tampar sua boca quando a outra puxava sua cintura para trás. Ela bateu contra um peitoral forte e emitiu um pequeno arquejo de sobressalto.

– Achei que seu novo amiguinho não iria te deixar sozinha mais. – sussurrou Natsu com a voz rouca no ouvido da mulher fazendo-a arrepiar e tremer em seus braços.

– Natsu. – sussurrou para confirmar.

Ela, então, sentiu lábios em seu pescoço, fazendo uma trilha de beijos desde sua clavícula ao seu maxilar. Isso a fez ficar com a respiração ofegante e as pernas bambar. Se o rosado não a segurasse de modo firme ela já teria caído no chão sem forças. Ela o sentiu pressionando mais fortemente a pele fina de seu pescoço e começando a suga-la, entretanto logo se desvencilhou de seu toque com receio.

– Elfman pode nos ver. – murmurou com o rosto corado e a respiração ofegante.

– Então vamos para um lugar mais reservado, minha Lucy. – ao ressaltar as duas últimas palavras, pegou a loura pelo braço e a conduziu rápida e gentilmente até o corredor lateral entre as cabines e a amurada onde ele sabia que ninguém os veria.

Logo as costas da jovem estavam encostadas na parede e o corpo de Natsu era prensado no seu. Os lábios do rosado tocaram os da loira e ambos estremeceram ao sentir uma agradável corrente elétrica em seus nervos. Quando suas línguas se tocaram, essa sensação pareceu aumentar milhares de vezes. A mão de Dragneel apertou de modo firme e possessor a cintura delgada de Lucy enquanto as finas unhas da mulher arranhavam suavemente o pescoço do homem e as mãos delicadas emaranhavam-se em seus fios róseos.

Quando suas bocas se separaram para que ambos recuperassem o fôlego, Natsu começou a distribuir selinhos demorados no pescoço delgado da loira, fazendo-a suspirar de prazer. Lembrando-se do que Lisanna havia dito, o rosado deu um chupão no local, acarretando um fraco gemido da mulher que excitou ainda mais o rosado.

– Navio à vista! – berrou Elfman caindo ruidosamente do mastro devido a sua empolgação.

Essa simples frase fez com que os dois despertassem e colocou-os em alerta. Com um muxoxo, Natsu de afastou de Lucy, depositando um carinhoso selinho nos lábios inchados da jovem devido ao beijo ardente. No segundo seguinte, o capitão rumava na direção de Elfman que saía gritando aquele período diversas vezes em sequência. A loira aproveitou o escuro para tentar normalizar a respiração e controlar os batimentos cardíacos altos. Ela não queria aparecer daquele modo na frente da tripulação, que já deveria estar despertando por causa do alarde do irmão de Lisanna.

Um sorriso singelo brotou em seus lábios e ela levou sua mão até a boca, ainda sentindo a incrível sensação de ser beijada daquele modo tão prazeroso e desesperado. Quando finalmente sentiu a queimação em suas bochechas diminuir, Lucy caminhou para o convés onde grande parte da tripulação estava debruçada na amurada para confirmar a afirmação de Elfman.

– Apaguem as velas! – ordenou Natsu.

Imediatamente elas foram apagadas para que as pessoas do outro navio não conseguisse vê-los com clareza até estarem perto o suficiente para identificar se os tripulantes daquela embarcação eram os farsantes ou não. Criou-se uma atmosfera silenciosa repleta de expectativa, que só foi rompida com mais um pedido do capitão.

– Tragam as armas aqui para o convés, quero estar preparado caso nossas hipóteses se confirmarem.

Gray e Jellal desceram para o andar inferior do navio a passos rápidos e, por conta própria armaram os canhões. Ambos estavam com vontade de acabar logo com os vigaristas que estão usando o nome da Fairy Tail e degradando o nome da tão amada família. Encheram os braços com as espadas que encontraram e as poucas pistolas que Bisca e Alzack usavam constantemente. Os dois estavam de volta ao navio após deixarem sua filha de dez anos, Asuka, sob os cuidados de Makarov para participarem da última temporada de pirataria do verão, depois voltariam à ilha e ficariam por lá até Asuka conseguir tomar conta de si mesma.

Eles subiram e distribuíram as espadas, porém Lucy, Levy e Erza – que havia saído da cabine diante da possibilidade de resgatar os prisioneiros – pegaram as suas próprias, que haviam trazido com elas desde o primeiro dia. As mãos de todos estavam suando e apertavam cada vez mais forte o cabo das espadas a medida que iam se aproximando rapidamente do outro navio.

Quando estavam a poucos metros dele, uma pessoa passou diante de uma das velas e todos soltaram um arquejo de surpresa. Aquela pessoa possuía fios róseos iguais aos de Natsu, apesar de estar encolhida e olhando para todos os lados. Foi então que viu o navio da Fairy Tail, seus olhos se arregalaram e ele gritou alertas acordando a todos.

– A festa vai começar. – falou Gray dando um sorrisinho de canto.


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Notas finais do capítulo

♥ Vou contar a história desse cap, foi bem engraçado. Eu iria fazer a luta nesse e fiquei tão empolgada que não consegui escrever nada antes dela. Quando finalmente consegui, não fui capaz de escrever a luta, travei todinha UAHSUHASSA

♥ Mereço comentários ou recomendações? Deixem um review, vocês não sabem o quanto eu fico animada a cada vez que recebo um :D Sabe.. recomendações podem ajudar a minha Deusa da Imaginação a escrever rápido u-u