The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 22
Batalha - parte final


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas ♥

O culpado do meu pequeno atraso foram vocês :c sério gente 240 leitores e apenas 15 comentam? No contador de acesso tem mais que o número de leitores e mesmo assim a proporção de comentário é baixa. A fic está decaindo? Não vou me tornar uma daquelas autoras chatas que só postam o capítulo após atingir certa quantidade de reviews, mas isso magoa. Antes eu recebia muito mais, então eu só posso imaginar que a estória está ficando uma bela porcaria já que ninguém comenta. Façam um pequeno esforcinho e deixem ao menos um gostei, ou digam o que acharam do capítulo.

♥ Boa leitura, nos vemos nas notas finais



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Anteriormente:

Não adiantaria correr para salvá-la, pois antes de seu corpo cair no chão, ela já estava sem vida. A única coisa que consegui pensar foi em Katherine. Por um breve instante visualizei toda a cena. Em uma pequena casa no alto de um morro uma criança de nove anos estaria esperando sua mãe pegá-la para voltarem para casa e esquecer da invasão pirata, como se fosse um sonho ruim, um ocorrido em um livro, que após virar uma folha mal se vinha à mente. A garotinha estaria vendo seus amigos sendo buscado por seus pais radiantes de felicidade, mas após um tempo percebeu que sua querida progenitora, sua única família, nunca mais iria vê-la. Porque Constance, sua mãe, havia morrido.

Atualmente:

Natsu Pov On

Desde o minuto em que coloquei meus pés sobre a ilha de Crocus muitas coisas estavam me tirando do sério. A começar pelo fato dos piratas da Phantom Lord terem usurpado o poder ali, destruído a taverna Fairy Tail e envenenando Makarov. Quando vi os corpos jogados dentro do estabelecimento, senti uma mão gelada apertar meu coração. Mesmo não sendo correto fiquei aliviado em descobrir que os dois mortos eram apenas viajantes e não alguns de meus amigos.

Entretanto, sem sombra de dúvidas, o que mais me irritava era a marca vermelha no rosto de Lucy. Quando vi o vergão em sua bochecha tive vontade de caçar o infeliz que havia feito aquilo à ela, nem que fosse preciso eu ir ao inferno encontrá-lo. Ninguém podia ferir minha Luce. Infelizmente tive que controlar minha raiva, pois minha tripulação e os cidadãos precisavam de mim e eu não seria de grande ajuda socando um imbecil covarde e consequentemente jogando o plano por água abaixo.

Há pouco tempo descobri que meus sentimentos em relação a Luce passavam da mera amizade. Eu queria mais. Eu precisava de mais. Era estranho e ao mesmo tempo magnífico sentir-me assim. Após admitir para mim mesmo que eu a amava, tive a impressão de finalmente ter encontrado que eu inconscientemente havia ansiado por muito tempo.

Eu a desejava. Queria minhas mãos em sua fina cintura, passeando por seu esbelto corpo. Queria sentir o sabor e o toque de seus lábios. Necessitava chama-la me minha e mantê-la longe de todo perigo – principalmente de homens. Esse sentimento não chegava nem perto do que um dia eu havia sentido por Lisanna, minha antiga namorada.

Aquele sentimento era abrasador e eu tinha receio de assustá-la caso eu o demonstrasse. Graças a isso, por mais difícil que fosse eu me controlava, mas não conseguia evitar parecer um bobo, uma criança em sua presença.

Além disso, uma princesa nascida em berço de ouro incrustado de pedras preciosas não iria querer ao seu lado para chamar de marido um pirata que não tem nada, além do navio, a oferecer. Mesmo que Luce tivesse abdicado ao trono e se tornado um verdadeiro membro da tripulação Fairy Tail, ainda havia um abismo social entre nós, que muito lentamente ia se fechando. Eu só tinha que esperar ele de transformar em uma pequena fissura para conseguir pulá-la e me confessar.

A probabilidade de eu ser rejeitado era enorme, mas com o passar dos anos no mar descobri que é melhor não termos nenhum arrependimento, pois a vida como pirata era perigosa e poderíamos morrer a qualquer instante. E definitivamente eu não queria que esse fosse o maior ‘‘e se...’’ da minha vida.

Fui tirado de meus devaneios por um alto e angustiado grito. Olhei ao redor da praça para saber de qual direção ele vinha e preocupei-me ainda mais ao ver que sua origem era a área designada para Lucy e Constance acabarem com o único pirata que havia lá. Não tinha como elas perderem, a menos que algo houvesse as surpreendido. Quando virei meu corpo para ajuda-las, Gray me impediu colocando a mão em meu braço.

– Deixe-as. Lucy consegue sair dessa. Temos que ficar aqui para eliminar os piratas que estiverem escondidos na floresta. Daqui a pouco darão o sinal. – afirmou olhando fixamente em meus olhos.

– Eu sei, mas elas podem realmente estar em perigo. Se algo acontecer a Constance, Lucy pode se desestruturar, pois elas ficaram muito próximas desde que começamos a usar a casa dela como base de nossas reuniões. Volto logo. Prometo. – anunciei me desvencilhando de sua mão.

Sem esperar a resposta do moreno corri em direção às mulheres, já empunhando minha espada na mão direita. Por sorte, encontrei-as no segundo quarteirão que atravessei. Constance jazia morta no chão, com uma poça de sangue em baixo de seu delicado corpo. Lucy encarava a desfalecida com lágrimas escorrendo por seu rosto e não acreditando no que via. Ela estava alheia à tudo e à todas as pessoas ao seu redor. Por isso, não percebia o brutamonte indo calmamente a sua direção com sua espada na mão esquerda cuja lâmina pingava o sangue de Constance.

Quando ele estava a dois passos da loura, ela acordou do transe, olhando para ele com um olhar gélido e cortante que assustou até a mim. Ela pôs-se de pé rapidamente, o que fez o brutamonte recuar um passo para trás graças à aura cruel e sombria que ela exalava. Quando levantou sua espada, notei que ela também estava suja de sangue fresco e só então notei o pirata decapitado no chão.

A mulher golpeava o homem com força e sem dar descanso nem deixa-lo revidar. Tudo que ele podia fazer era impedir que ela acertasse algum golpe em um órgão vital. Aproveitando que o oponente havia tropeçado, Lucy enfiou sua lâmina no meio do peito dele. Após sussurrar algo em seu ouvido, retirou a espada deixando o corpo do pirata morto no chão banhando o chão com seu abundante sangue.

Minha boca devia estar formando um O de tão impressionado que estava com as habilidades da loura. Notei ela jogando sua espada no chão e correndo em direção ao corpo de Constance, mas eu sabia que nada adiantaria. Ela estava completamente morta. Surpreendi-me quando a morena mexeu os lábios, dizendo algo que era impossível para eu ouvir daquela distância, mesmo tendo uma ótima audição. Esse havia sido seu último esforço. Assim que Lucy respondeu, a mulher morreu cuspindo sangue. A loura fechou seus olhos e começou a chorar sobre o cadáver.

Meu corpo pareceu despertar de uma paralisia e caminhei calmamente até Luce. Coloquei a mão em seu ombro e fiquei ao seu lado, confortando-a silenciosamente por quanto tempo ela precisasse. Gray iria ficar uma fera comigo por atrasar, mas não poderia deixar minha loira naquele estado e ir lutar. Alguns minutos mais tarde, ela parou de tremer e levantou-se graciosamente com a blusa e a armadura manchadas de sangue.

– Obrigada. – murmurou limpando as lágrimas.

– Tem certeza que quer lutar ainda? – perguntei receoso.

– Sim, não posso deixar a morte de Constance ser em vão. Tenho uma missão e não vou permitir que nada me atrapalhe de cumpri-la. – respondeu firme.

Em seu olhar havia somente determinação, desejo de vingança e um profundo sentimento de fúria prestes a se libertar. Admirei-a por mesmo após ver sua amiga morrendo na sua frente ainda conseguia guardar toda dor para si e pensar no bem maior. Coloquei meu braço ao redor do ombro de Lucy e levei-a até a praça da cidade onde, inacreditavelmente, todos estavam reunindo esperando-nos.

Levy, ao ver o sangue na roupa de Lucy, veio correndo em nossa direção com os olhos transbordando de preocupação.

– O que houve? Cadê Constance? – perguntou.

– Ela... Ela está morta. Esse sangue é dela. – anunciou com a voz trêmula, mas mantendo a cabeça erguida.

Um curto silêncio procedeu ao anúncio, mas ele logo foi interrompido.

– Temos que dar tudo de nós e chutar a bunda desses malditos daqui! Façam isso por suas famílias, por seus filhos, por seus amigos. Por Constance! – exclamei empolgado.

Todos os presentes levantaram suas armas em direção ao céu brandindo-as decididamente e com o desejo de lutar renovado. Entretanto, o que mais me animou foi o maravilhoso sorriso que Luce esboçou quando proferi o nome de sua amiga.

Com mais vontade ainda de acabar com aquilo, eu, Gray e Gajeel dividimos todos em três equipes, cada um comandando uma. Desse modo, nosso trabalho seria mais fácil e eficiente. Se houvesse algum problema em qualquer um dos times, um fogo de artifício seria lançado ao céu e imediatamente nos dirigiríamos para o local onde ele fosse lançado.

– O que estamos esperando? Vamos logo chutar a bunda desses malditos da nossa ilha! – berrou um ferreiro da minha equipe.

– Estou empolgado! – gritei sorridente.

Meu time foi designado para a área central da floresta e avançávamos cuidadosamente aproveitando a camuflagem que Reedus havia pintado rapidamente em nossos corpos para tornar-nos o mais difícil possível de sermos vistos.

– A direita de Myke, em cima do segundo galho. – sussurrei.

A atenção de Denis, que estava vai próximo do local indicado por mim, foi direcionado para o musculoso pirata da Phantom Lord que estava sentado na árvore observando atentamente algum local a nossa frente. O homem era corpulento e seu cabelo platinado diferenciava-se bastante da delicada e bem feita camuflagem, o que tornava fácil identificar sua localização.

Com um rápido e ágil movimento vindo na diagonal de baixo para cima, Denis atravessou o coração do homem e consegui ouvir o estralo dos ossos de sua costela partindo-se. O pirata desabou morto no chão com um baque abafado pelo solo e pela densa camada de húmus que o cobria. Parabenizei-o e continuamos nosso caminho matando todos os lacaios de Jose que encontrávamos escondidos na floresta. Tentei ao máximo evitar que Luce estivesse em perigo, mas a loura parecia atraí-lo, pois na maioria das vezes, ela era a primeira a achar os homens e ir acabar com eles.

Chegado a um certo ponto, as árvores tornavam-se cada vez mais espaçadas e havia cada vez mais lacaios de Jose. Graças às pequenas batalhas, três homens da minha equipe haviam morrido e tínhamos matado sete dos brutamontes. Já conseguíamos ver a sede da Phantom Lord.

Fiquei admirado com a rapidez que eles haviam construído sua base. As paredes do local pareciam ser feitas de tijolos fortificados com ferro, o que garantia ao prédio uma coloração acinzentada. A construção era feita em estilo gótico, com os pontudos telhados de cor verde. O pesado portão de madeira estava aberto e de lá saía cada vez mais piratas armados até os dentes com várias espadas, machados e punhais.

Recuei meu time para esperar Gajeel e Gray juntarem-se à nós. Alguns minutos depois, os dois apareceram em meio as árvores com alguns machucados ensanguentados. Pelo visto eles não tiveram tanta sorte quanto nós.

– Oito perdas nossas, aqueles malditos pareciam ter ideia de que estávamos chegando já que eles ficavam mais próximos da cidade. – avisou Gajeel amarrando um pano em um ferimento que sangrava em seu braço.

– Tivemos apenas duas já que nossa área era a mais próxima do porto e não da cidade. – falou Gray já sem a blusa e a armadura.

– Ponha uma roupa, Gray! – berrou Erza surgindo atrás do moreno sem nenhum ferimento usando uma estranha armadura preta.

Imediatamente o moreno estremeceu e rapidamente estava vestido. Parece que ele havia visto a ruiva fazer algo assustador. Aliás, todos da equipe dele olhavam a mulher assustados. A única exceção era Jellal, que tinha nos olhos um brilho de admiração. Levy saiu de trás de Gajeel bufando de raiva com o rosto vermelho.

– Esse monte de músculos não me deixou lutar, acreditam? Ele disse que aquilo não era tarefa para mulheres de menos de um metro e meio! – exclamou furiosa batendo inutilmente no moreno.

Não contivemos o riso e o momento de descontração serviu para relaxarmos um pouco. Mas logo estávamos sérios e concentrados novamente. Quando estávamos prestes a sair, ouvimos uma pequena explosão. O choque fez os homens que estavam na frente dar um passo para trás. Mas não sofreram danos já que as árvores contribuíram para diminuir o impacto. Os piratas que estavam próximos da construção ou sofreram queimaduras ou foram a chão caindo em cima de suas próprias armas, machucando-se às vezes gravemente.

Após a poeira baixar, notei que os piratas que não haviam morrido, estavam voltando para dentro da base da Phantom. Ouvíamos barulhos de espadas chocando-se e vez ou outra, gritos de dor e animação.

Estava tendo uma batalha interna ali. Vi Laki, uma garçonete da taverna Fairy Tail, sair correndo pelos portões com uma espada partida e ensanguentada em mãos. Percebi, com muita felicidade, que os prisioneiros da taverna estavam aproveitando que os lacaios de Jose não estavam atentos e os atacaram pelas costas.

– Vão só ficar parados olhando? Vamos ajudá-los! – exclamei correndo animadamente em direção à construção.

Logo a adrenalina tomou meu corpo ao lutar com os piratas. A cada um que eu derrubava, outro aparecia para tomar seu lugar. Inicialmente nós que fazíamos parte do motim, estávamos tendo dificuldade. Grande parte relacionada ao fato da maioria dos cidadãos não saberem manejar bem a espada. Entretanto, logo a batalha ficou equilibrada e pouco a pouco íamos tendo vantagem numérica.

O suor irritava meus olhos e eu tinha certeza que havia vários machucados em meu corpo, mas não parei para descansar enquanto o último homem ali fosse ao chão morto ou gravemente ferido. Quando isso aconteceu, apoiei-me no cabo da espada e pude finalmente respirar calmamente e limpar o sangue e o suor de minha testa.

Olhei ao redor e o cenário era de puro horror. As paredes, antes cinza, estavam pintadas de sangue, havia corpos jogados de modo descuidado pelo chão e o cheiro de ferro era quase insuportável. Olhei para as pessoas da taverna e reconheci a maioria, graças a isso um enorme sentimento de alívio inundou meu ser.

– Bom trabalho, pirralho. – falou Makarov.

Olhei para o mestre e meu coração encheu-se de alegria, mas logo senti a horrível sensação de uma mão gelada apertando meu coração ao vê-lo cair com a pele um pouco esverdeada. Corri a seu encontro e peguei-o no colo. Kinana aproximou-se de nós com um pequeno frasco em mãos e despejou o líquido incolor dentro da boca do velhote e só ficou satisfeita ao vê-lo engolir.

– Esse velho maluco! O veneno ainda não havia saído totalmente de seu organismo e ele ainda fez todo esse esforço lutando. Francamente! – resmungou pegando-o no colo.

Avistei Erza empurrando Jose para fora de sua base. O mestre da Phantom estava amarrado, amordaçado e possuía vários ferimentos ensanguentados pelo corpo. Já a ruiva estava usando uma armadura dourada e possuía poucos cortes. Como ela conseguiu trocar de roupa tão rápido?

Saí da construção ajudando a todos os feridos da taverna a deslocarem-se a fim de saírem daquele lugar nauseante. Observei Lucy dar água à Asuka, filha de Bisca com Alzack, e sorri. Tudo havia acabado bem, as pessoas feridas iriam se recuperar, a vida voltaria ao normal.

Mas como sempre algo tinha que dar errado quando tudo estava aparentemente bem, não foi diferente desta vez. Uma mulher chamada Rias – reconheci-a como uma das mulheres que havia ficado na cidade – veio correndo em nossa direção com o vestido um pouco chamuscado e coberta de fuligem. Grossas lágrimas escorriam por sua bochecha lavando um pouco a sujeira que havia nelas e seus cabelos estavam um pouco queimados.

– Alguém ateou fogo na casa da anciã onde as crianças estão! – berrou angustiada.


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Notas finais do capítulo

♥ Gostaram? Odiaram? Mereço comentários ou recomendações?

♥; Eu e minha mania de parar em umas partes tensas xD