The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 23
Falso acordo


Notas iniciais do capítulo

♥ Hello leitores lindos FELIZ NATAL (adiantado) MINHA GENTE ♥

♥ Tenho uma ótima notícia para quem gosta de Nalu: estou com uma fic nova desse casal! Quem quiser dê uma olhadinha: http://fanfiction.com.br/historia/452860/Entre_o_ceu_e_o_inferno/

♥ Ana Carla Oliveira, sua lindosa, muito obrigada de verdade pela sua maravilhosa recomendação *---* Você também é leitora de Flor de Lótus? *abraço a distância* Fico muito feliz mesmo que goste do enredo e da personalidade dos personagens, tente ao máximo manter o espírito da Fairy Tail dentro de cada um deles ♥ Ordem dos Arqueiros é muito bom né? ;3 Livro? Você acha mesmo? Muito obrigada!

♥; Obrigada a todos os comentários, responderei-os em breve

♥ Boa leitura!



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Anteriormente:

Mas como sempre algo tinha que dar errado quando tudo estava aparentemente bem, não foi diferente desta vez. Uma mulher chamada Rias – reconheci-a como uma das mulheres que havia ficado na cidade – veio correndo em nossa direção com o vestido um pouco chamuscado e coberta de fuligem. Grossas lágrimas escorriam por sua bochecha lavando um pouco a sujeira que havia nelas e seus cabelos estavam um pouco queimados.

– Alguém ateou fogo na casa da anciã onde as crianças estão! – berrou angustiada.

Atualmente:

Lucy Pov

Alguém ateou fogo na casa onde estavam as crianças. Essa frase entrou em meus ouvidos, mas demorou a ser processada por meu cérebro. Katherine. Ela estava em perigo! Eu precisava salvá-la, pois Constance, antes de morrer, havia me feito prometer que cuidaria de sua filha.

Enquanto todos estavam paralisados somente observando a fumaça negra que se erguia contrastando com o claro céu azul, levantei a cabeça. O cantil que eu servia água caiu de minha mão e pus-me a correr feito louca na direção onde ficava a casa da anciã.

Os galhos cortavam minhas roupas, meu rosto e principalmente meus braços, pois eu os usava para afastar as folhagens. De vez em quando alguma raiz se prendia em meus pés fazendo-me cair no chão e sujar-me ainda mais de terra. Entretanto, eu sempre levantava e continuava a correr com determinação.

Assim que cheguei à residência, um imenso desespero invadiu meu corpo. As chamas já consumiam grande parte da casa e o fato de ela ser construída de madeira com telhado de palha ajudava ainda mais o fogo a se alastrar. O crepitar das labaredas era predominante e seu calor era muito intenso.

Enquanto pensava em como entrar lá, vi um pequeno riacho há menos de dois metros do local. Fui em direção a ele com passos rápidos e afundei em sua água. Apesar de sua pouca profundidade, saí de dentro dele encharcada até o último fio de cabelo. Arranquei um pedaço da manga de minha blusa molhada, coloquei-o sobre o nariz e entrei no inferno que a moradia havia se tornado.

Apesar de por fora parecer pequena, seu interior possuía muitos cômodos, o que dificultava ainda mais a tarefa de achar as crianças. Ouvi um choro agudo e segui o som deparando-me com dez crianças encolhidas em uma parede que ainda não havia sido devorada pelo fogo.

A fumaça ia ficando cada vez mais espessa fazendo meus olhos arderem. Como eu ainda estava molhada, o calor não me incomodava tanto, mas para aqueles jovens, ali deveria estar insuportável. Aproximei-me deles rapidamente. Arranquei pedaços de minha blusa molhada e dei para os pequenos a fim de conseguirem respirar melhor.

– Evitem conversar e deitem no chão. Eu vou tirá-los daqui de qualquer jeito. – falei.

Ouvi alguém de chamar do lado de fora e, ignorando o que eu havia dito, gritei para avisar a pessoa que eu estava ali dentro. Tinha que pensar rapidamente para conseguir retirar as pessoas dali com vida. Meus olhos lacrimejantes passaram pelo cômodo e percebi que a parede que não estava completamente tomada pelo fogo era um dos limites da construção.

Analisei ao redor e encontrei uma arma antiga embaixo de alguns destroços que haviam caído do teto. Abaixei-me e peguei-a sem pensar em um pequeno, mas muito importante detalhe. O metal estava muito quente devido ao fogo e soltei um grito ao sentir minha pele queimando. Praguejei vários xingamentos ao sentir a armadura em meu peito, também feita de metal, absorver calor e começar a esquentar minha pele. Retirei-a assustada jogando-a longe.

Comecei a ouvir as crianças tossirem e desesperei-me. Retirei a blusa que eu usava, ficando somente com uma regata justa. Enrolei minha mão nos trapos e usei-o para conseguir segurar a arma. Mirei na parede e mandei as crianças se arrastarem para perto de mim. Quando elas já não estavam próximas ao muro, descarreguei o cartucho abrindo um buraco de tamanho considerável nele.

A madeira da casa estralou deixando-me preocupada. Não demoraria muito e as vigas de sustentação da moradia seriam queimadas derrubando a residência. Comecei a chutar a parede ao redor do buraco para alarga-lo, mas logo quem estava do outro lado começou a fazer isso.

Quando a fissura já estava grande o suficiente, vi dois braços musculosos puxarem uma das crianças levando-a para o lado de fora. Antes que a sensação de alívio tomasse meu corpo, percebi que algo estava errado. Após todos já estavam do lado de fora, aproximei-me de uma menina pequena que chorava e tentava entrar novamente.

– Onde está a anciã? – perguntei franzindo o cenho.

– Lá dentro com Kath. A anciã é muito velha e não conseguiu descer com a gente. – falou com lágrimas correndo pelos olhos.

Meus olhos se arregalaram e mergulhei novamente no rio. Por sorte, havia uma desconhecida mulher de cabelos azuis jogando água no incêndio, amenizando-o pouco a pouco. Antes de entrar novamente na casa, Natsu abraçou-me impedindo de ir.

– Me largue! – berrei tentando me soltar.

– Você não pode entrar lá, a casa vai desabar a qualquer momento. – respondeu apertando os braços ao meu redor.

– Eu tenho que ir! A anciã e Katherine ainda estão presas lá dentro. – retruquei.

Por poucos segundos, o som do crepitar das chamas e do chiado da água ao atingir o fogo eram os únicos sons do local. De repente Natsu me soltou e retirou sua armadura jogando-a no chão. Antes que eu entendesse o que ele estava fazendo, vi-lo entrar na casa. Meio segundo depois, eu já atravessava novamente as labaredas atrás do rosado.

Raciocinei rapidamente, lembrando que a menina havia falado que a mulher não conseguiu descer, então supus que ela estivesse no segundo andar. Fiz um gesto em direção ao capitão indicando a escada, que estava quase totalmente consumida pelas chamas. Quando percebi que ele havia compreendido, comecei a subir os degraus sendo seguida de perto pelo homem.

Sentia as labaredas chamuscando meu cabelo e minhas roupas, o fogo queimava um pouco minha pele, mas não me importei. Meu foco estava voltado em salvar Katherine e a anciã que estavam a alguns metros de nós. Quando estava no penúltimo degrau, a madeira sob meu pé caiu, fazendo-me ficar com a perna direita presa no buraco aberto. Grunhi de dor ao sentir as chamas queimando meu sapato e começarem a se alastrar pelo tecido de minha calça.

– Natsu! – murmurei tentando içar minha perna para cima.

– Luce, isso vai doer. – respondeu simplesmente.

Fechei os olhos e senti suas mãos passarem por debaixo de meus braços. Seu toque fez uma corrente elétrica passar por meu. Mordi o lábio inferior para evitar que eu gritasse de dor com o movimento que ele faria. Em uma pequena fração de segundos, ele puxou meu corpo para cima. A princípio, nada aconteceu, mas depois meu membro saiu da fissura com vários arranhões doloridos e com a barra da calça queimada.

O fogo estava sendo controlado pela estranha mulher de cabelos azuis, mas isso não impedia a fumaça de irritar meus olhos e fazer minha garganta arder. Achamos a anciã e Katherine, ambas um pouco molhadas, no banheiro do segundo andar. Pelo visto, a velha sabia alguns truques de como não sofrer tantos danos em um incêndio.

Natsu ficou encarregado de carregar a anciã para fora da casa e eu em conduzir a pequena menina para o mesmo destino. Antes que eu pudesse correr com a menina em meus braços, uma viga de madeira flamejante cedeu perante ao calor e desabou sobre mim. Empurrei Katherine pra frente impedindo-a de ser pega pelo objeto.

– Corra. – ordenei fazendo uma careta de dor.

Felizmente ela seguir minha ordem e sorri com isso. A fumaça ficava cada vez mais densa e começava a entrar por meus pulmões. Desisti de manter os olhos abertos, pois eles lacrimejavam graças à fuligem presente no ar. Deitei a cabeça no chão respirando com dificuldade. Após juntar fôlego e coragem suficientes, apoiei minhas mãos no chão e fiz força para cima, mas a viga era muito pesada para que eu conseguisse movê-la, a única coisa que consegui foi fazê-la queimar ainda mais minhas costas devido ao calor absorvido por ela.

Depois desse inútil esforço, senti minhas forças e minha esperança de sair viva esvaírem-se. A única coisa que me esperava era a morte. Não sabia se iria padecer pelo fogo ou por asfixia causada pela fuligem. Sinceramente, acho que preferiria morrer pelo segundo método.

Natsu Pov On

Saí da casa sem nenhuma queimadura com a senhora nos braços. Mesmo após ter posto-a no chão, meu olhar estava fixo na casa que mais lentamente ia sendo devorada pelas chamas, que já estavam sendo amenizadas pela mulher de cabelo azul. Entretanto, para minha completa aflição, a única que saiu de lá foi Katherine. Ela estava ofegante, com boa parte das roupas chamuscadas e possuía vários arranhões pelos braços. Além disso, ela chorava desesperada procurando ajuda com os olhos.

– Cadê a Luce? – questionei franzindo o cenho.

A pequena agarrou minha mão direita e tentou me conduzir com toda sua força para perto das chamas novamente.

– Ela está presa! Uma madeira muito grande caiu em cima dela. Ajude a moça bonita, por favor! – pediu aos prantos.

Meu alarme interno soou e todas as luzes de perigo acenderam-se em minha mente. Corri para dentro da moradia sem me preocupar com as chamas. Por algum motivo desconhecido por mim, elas não causavam nenhum dano ao meu corpo. Cheguei rapidamente ao segundo andar e vi uma cena que fez todos os meus pelos arrepiarem-se de medo.

Luce jazia deitada imóvel no chão com uma grande e pesada viga sobre sua coluna, de modo de apenas sua cabeça e seus braços não estavam sendo esmagados pela madeira quente. Temi que havia chegado tarde demais. Porém, esse pensamento não me impediu de ir rapidamente ajuda-la. Firmei os pés no chão e levantei, com esforço, a viga de cima da mulher. Contudo, não aguentei segurar o peso dela por muito tempo, só o bastante para tirá-la de cima da loura.

Carreguei Luce em meus braços e senti que lágrimas se formariam em meus olhos aos notar que seu corpo estava flácido em minhas mãos. Corri para fora da casa e quando estava há alguns poucos metros da construção, ela desmoronou.

Ofegante e com um bolo na garganta, deitei a loura no chão vendo logo Wendy aproximar de nós com um cantil em mãos. Observei a pequena limpar o rosto de Lucy retirando as cinzas de sua pele. Depois pôs o ouvido no peito da mulher para escutar seu coração batendo. Por último, ela abriu seus lábios rachados e jogou um pouco de água em sua garganta. A loura tossiu ruidosamente e arregalou os olhos, alarmada.

Senti um imenso alívio invadir meu corpo ao constatar que ela estava viva e aparentemente bem. Em um ato impensado, abracei-a pressionando meus lábios nos seus. Em menos de um segundo, me dei conta do que estava fazendo e afastei-me da loira notando-a ruborizar. Ela piscava freneticamente tentando entender o que havia ocorrido e passou os dedos da mão direita em seus lábios. Senti-me um idiota por tê-la beijado sem seu consentimento. Definitivamente eu deveria deixar de ser um homem que só segue seus impulsos.

Levantei-me constrangido e afastei-me da loura temendo sua reação. Vi ao longe ela se levantar e ir se juntar a Wendy ajudando as crianças. Alguns minutos depois, a azulada falou ter ouvido um gemido de dor vindo da floresta e foi ver se o autor do som precisava de ajuda.

– Bom trabalho, pirralho. Quem são aquelas três belíssimas membros? – perguntou-me Makarov.

– Elas são nossas companheiras, velhote. Luce é a loura, Levy é a de cabelo azul e Erza é a de cabelo escarlate. Sabe o que isso significa velhote? – falei sorrindo.

– Elas merecem uma boa comemoração ao estilo Fairy Tail! – exclamou animado com a possibilidade de beber até cair e assediar as mulheres novatas.

Sorri para ele. Como era bom estar de volta! Gray aproximou-se de mim tampando um ferimento em seu tórax a fim de minimizar o sangramento. Ele fora atingido por um punhal na região da barriga já que ao lutar havia retirado completamente a parte de cima de sua armadura.

– Você viu a Wendy? Não consigo encontra-la em lugar nenhum e esse machucado dói como o diabo. – reclamou o moreno.

– Eu a vi indo para a floresta há algum tempo. – respondi franzindo o cenho.

Havia algo errado. A pequena estava longe por tempo demais.

– Abaixem as armas ou a fadinha morre! – berrou um homem alto e musculoso segurando Wendy com um braço enquanto mantinha uma espada encostada no pescoço da pequena.

Olhei para o pequeno grupo formado por eu, Gray, Gajeel, Erza, Levy, Luce, Makarov, a mulher de cabelos azuis, a anciã e as crianças. Desses, apenas cinco estavam armados com espadas. Em um movimento sincronizado, jogamos nossas armas no chão, temerosos com a ameaça do brutamonte.

– Vocês libertarão o mestre Jose e nos deixarão sair dessa maldita ilha. Caso contrário, a pequenina aqui irá banhar o chão com seu próprio sangue. – mandou fincando ainda mais a ponta da lâmina no pescoço fino da azulada.

– Não deem ouvidos a ele! Ele irá matá-la de qualquer jeito. – advertiu a desconhecida.

A mulher poderia estar certa, mas não podíamos arriscar. Tínhamos que seguir sua condição e torcer para que ele cumprisse o que havia dito. Quando Wendy iria falar algo, o brutamonte apertou ainda mais o pescoço da pequena impedindo-a de se comunicar.

– Erza, pegue aquele desgraçado, por favor. – pedi com os olhos fixos no sorriso vitorioso nos lábios do homem.

Erza rapidamente correu em direção à antiga base da Phantom Lord, em que o mestre deles estava preso. Alguns minutos mais tarde, ela voltou furiosa chutando o homem de cabelos castanhos até ele ficar de frente para seu subordinado. A ruiva cortou as cordas que o prendiam e ele caminhou lentamente até o brutamonte, passando as mãos nos pulsos a fim de tentar livrar-se do formigamento causado pela volta de circulação em suas mãos.

– Agora soltem-na. – falou Gajeel.

Jose pareceu pensar um pouco e tomou a espada da mão se seu subordinado. Contudo, ele não deu indícios de amenizar o aperto de sua mão no braço da azulada.

– Sabem qual é a melhor vantagem de não sermos bonzinhos? – perguntou o moreno analisando a lâmina com admiração.

Sem nem esperar abrirmos a boca, ele voltou a falar. Dessa vez, um sorriso cruel alastrou-se pelos lábios do mestre da Phantom.

– Não precisamos seguir as regras de negociação. – anunciou fincando a espada na barriga de Wendy.


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Notas finais do capítulo

♥ Gostaram? Odiaram? Mereço comentários ou recomendações?

♥ Esse beijinho Nalu ai merece comentários hein u-u É (quase) Natal, me presenteiem com comentários ou recomendações! ASUHUSAH

♥ Minha nova fic: http://fanfiction.com.br/historia/452860/Entre_o_ceu_e_o_inferno/

Lucy Heartphilia teve sua mãe morta recentemente, mas o bandido nunca foi pego. Como seu pai estava desaparecido, ela teve que ir morar com sua prima, Michelle Lobster, em um apartamento em New York. Apesar de todos pensarem que essa mudança faria bem à loira, acontecimentos provam que isso foi um grave erro. Devido a um certo rosado, ela começa a ter consciência que humanos não são a única raça que habita a terra.