The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 20
Desastre


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém vivo aí? ♥.♥ Uai Karollin postando em uma terça? Sim! Agora os dias de postagem serão irregulares, porque com o final do ano aproximando-se terei provas todos os dias! Olha que maravilha! E, em alguns casos terei duas provas seguidas, valeu escola! E-E Ok, chega de falar de coisas ruins! u-u MEU SENHOR DO CÉU! 3 RECOMENDAÇÕES? É ISSO MESMO PRODUÇÃO? EU SOU UMA AUTORA MALDITA QUE DEMORA BAGARAI E AINDA TEM GENTE QUE AMA A FIC? /morta

♥ Fairy, sua gostosa, vou aceitar o prêmio Nobel para esfregar na cara da minha mãe que eu não escrevo ''estorinhas que ninguém quer ler''. '' Autora ilustre'', posso ter um ataque cardíaco agora ou devo esperar eu terminar a fic para morrer? *----* Obrigada pela recomendação! Eu amei-a muitisíssimo! Tem como dar uma recomendação para uma recomendação? xD


♥ Lucy Heartfilia: Senhor! Parem o mundo que eu quero descer agora *---* Fico muito feliz que você goste da história, até a Lucy gosta da minha fic! Espere que você ainda dará muitos amassos no capitão gostosão Natsu u-u

♥ Srta Heartfilia: Acho que devo demorar mais com os capítulos já que vc recomendou de tão feliz que ficou com a volta da fic xP Brinks não me mate UAHASUH Omg! Fico feliz que gostou da mescla entre FT e piratas. No início eu pensei que ninguem leria a história e-e UAHASUH Me fabricava mesmo? Promete? Acho que posso morrer e deixar a continuação para sua fabricação minha xP USAHSAUH

Obrigada de coração as meninas que recomendaram e a todos que comentaram e leram! Ainda não respondi os reviews, mas eles serão respondidos em breve!

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/363963/chapter/20

Anteriormente:

– A Phantom Lord chegou e tomou a ilha há um mês, as pessoas estão sendo vigiadas e há reféns com eles. – anunciei.

– Eles estão em maior número que nós, têm um grande estoque que armas e ótimos esconderijos para ouvir as conversas. O lugar mais seguro para falar é dentro das casas com portas e janelas fechadas. – falou Erza.

– Makarov foi envenenado, mas ao contrário do que a maioria pensa, ele ainda está vivo. A sede da Phantom é no meio da ilha e há várias armadilhas e vigias no caminho para chegarmos lá. – explicou Levy.

– Temos que bolar um plano para resgatarmos nossos amigos e expulsarmos a Phantom da ilha. – falei olhando para todos.

– Só há uma coisa para fazermos. – falou Natsu.

– O que? – perguntou Erza.

O ar encheu-se de expectativa e o capitão fez aquela pausa para nos matar de curiosidade.

– Um motim. – respondeu sorrindo.

~# ~

Atualmente:

Lucy Pov On

– Um motim? Você está falando sério? – perguntou Gray espantado.

– Motim é coisa de homem! – exclamou Elfman sorrindo.

– Oras, e por que não? As pessoas estão cansadas desses piratas e nós também. Nada mais lógico que fazermos um levante. – explicou Natsu.

O plano dele tinha lógica, mas o que eu havia imaginado era somente nós da Fairy Tail irmos onde a Phantom Lord está e destruir tudo graças a enorme capacidade que a maioria de nós temos em causar desordem e gerar caos. Rápido e ágil. Sem envolver a população, que já sofreu demais. Entretanto, se fossemos pegos não haveria mais nenhum modo de salvar os cidadãos. Por isso, a tática do rosado tinha mais chances de êxito que a minha.

– Concordo com seu plano, capitão. Temos mais probabilidade de vencer usando seu método. - anunciei de modo firme.

– Já tenho dois do meu lado. Quem mais aceitará? – questionou encarando dentro dos olhos de todos.

Após um segundo de reflexão, os marinheiros foram acenando positivamente com a cabeça, o que indicava que eles aceitaram a proposta. Imediatamente, minha mente listou as coisas que precisaríamos e, infelizmente, algumas demoraríamos a conseguir. A menos que algém fizesse surgir mais de 100 armas do nada. Acho que Erza poderia dar conta disso, já que sempre aparecia mais de uma espada em sua mão quando menos esperávamos.

– O primeiro passo é convencer a todos os cidadãos de participarem. – falou Gray coçando o queixo com a barba por fazer.

– Não Gray, o primeiro passo é você colocar uma maldita roupa! – ordenou Erza apontando para o moreno uma espada saída de sei lá onde.

Gray tinha uma mania tão forte de ficar só de roupas de baixo que eu e as meninas já nem ficávamos constrangidas e sem fala quando ele fazia isso. Apesar de Erza sentir vontade de mata-lo toda vez que ela o via andando normalmente pelo convés do navio praticamente nu.

Enfim.

De trajes já vestidos, nossa conversa se voltou ao primeiro e principal desafio: convencer todos a ajudarem no levante. Mas como iríamos fazer isso?

– Será bem fácil convencê-los. – disse Levy com seu costumeiro sorriso enigmático.

– O que sugere nanica? – perguntou Gajeel usando o apelido para aborrecê-la.

– Eu não sou nanica! Prefiro ser um pouco menor que a maioria das pessoas a ser uma massa de músculos sem cérebro igual a você! – retrucou com o rosto adquirindo uma engraçada coloração vermelha.

– Ge-he. Você acabou de admitir que é baixinha, nanica. – afirmou o moreno com um sorriso vitorioso nos lábios.

A azulada ficou ainda mais vermelha de raiva e eu sabia que ela estava prestes a explodir.

– Levy, fale sua ideia. – pedi gentilmente.

– Oh sim! Como eu estava dizendo antes de um certo brutamontes sem cérebro me interromper, é fácil fazermos todos aderirem a nossa causa. Temos que encenar uma cena revoltante de violência desnecessária. – explicou.

– Não entendi no que isso nos ajudaria. – falou Gray com uma expressão pensativa.

– Como a Lucy disse, esses monstros não hesitam em matar por menor que seja o motivo e com o tempo as pessoas ficam revoltadas com isso. Se algum de nós fingir que é um pirata da Phantom e fingir bater em, por exemplo, a Wendy, todos ficarão horrorizados e se uma proposta de levante surgir, aceitarão rapidamente. – expôs Levy.

A ideia da baixinha era ótima, porém seria um pouco complicado fazermos uma encenação que convença a todas as pessoas e os próprios marujos da Phantom.

– Há grandes chances desse plano funcionar, só teremos que fazer a Wendy parecer machucada do modo mais realista possível. – afirmei percebendo algumas pessoas concordando positivamente.

– Deixem isso comigo. – falou Reedus, um marujo acima do peso que eu nunca havia conversado antes.

Levantei uma sobrancelha de dúvida, mas logo a abaixei ao ver a expressão confiante e determinada no rosto do homem. Natsu aproximou-se de mim e pôs a mão em meu ombro direito sorrindo de um modo que fez meu coração acelerar. Será que ele tinha noção do efeito que tinha sobre mim?

Não sei como, mas as semanas que passei ao seu lado fizeram com que eu me acostumasse demais com sua presença. Agora, ele tornou-se uma pessoa muito importante para mim. Antes eu pensava que o meu sentimento por ele era apenas de amizade, entretanto, recentemente havia descoberto que ia além disso e eu nunca tinha sentido algo parecido por ninguém. Graças a isso, resolvi trancar essa emoção à sete chaves até descobrir o que ele era. Balancei levemente a cabeça para espantar esses pensamentos fúteis quando vi a boca do capitão abrir, o que significava que ele iria falar algo.

– Não se preocupe Luce, Reedus é excelente em pintura corporal. – falou descontraído.

Luce. O apelido que minha mãe usava comigo agora era proferido pelos lábios carnudos e convidativos do rosado. Estou ficando insana, pensei repreendendo-me. Essa não é a forma que você, uma dama de alto escalão, foi educada Lucy. Que maneira mais impura de se referir a um homem. O que minha mãe me diria caso me visse seduzida por um rapaz? Provavelmente nada, pois ela deve ter se sentido encantada várias vezes durante seu tempo nas cidades portuárias. Porém, esse pensamento não me tranquilizava nem um pouco e nem me fazia sentir menos envergonhada.

– Com os materiais disponíveis ele conseguirá fazer sua arte de modo eficiente? – questionou Erza.

– Nós sempre temos um carregamento de tinta no porão do navio, não se preocupe. – tranquilizou-nos Gray.

– Precisamos nos infiltrar nos piratas da Phantom alguns dias antes de pormos o plano em ação para que eles pensem que sempre fomos do grupo. – refletiu Natsu.

Tire a mão de meu ombro, implorei mentalmente. Fiz um leve movimento afastando-me do rosado e sei braço abaixou-me imediatamente quando ele entendeu a mensagem.

– Precisamos de armas, disfarces, escudos e treinamento, mas não vamos nos preocupar com isso agora. Daremos um passo de cada vez para cumprirmos nosso objetivo com maestria. – falou Natsu mudando completamente seu semblante.

Eu achava incrível como um homem totalmente lerdo e brincalhão mudava rapidamente sua forma de agir diante da ação. Quando surgia algum plano ele tornava-se incrivelmente centrado e confiante. Oh senhor! Tenho que tirá-lo da cabeça e concentrar no plano.

– Quem será nosso infiltrado? – perguntei.

– Vocês viram o estereótipo daqueles brutamontes agressivos e burros que pertencem a Phantom. Por eles serem iguais ao Gajeel sugiro que ele seja nosso ‘‘ator’’. – falou Levy com um sorriso vingativo.

– Obrigado nanica... Ei! – ele agradecia quando entendeu que ela o estava ofendendo.

Ri com aquele diálogo. Levy e Gajeel eram fofos quando trocavam insultos e, por conhecer a baixinha do jeito que eu conhecia, ela dava pequenos indícios de estar abrindo seu coração para o brutamontes.

– Concordo com Levy. Gajeel, por ter entrado para nossa tripulação há não muito tempo, não teve nenhum contato com aqueles infelizes. Portanto, será mais fácil enganá-los. – analisou Gray.

Aquele seria um plano que não admitia nenhuma falha. Estaríamos totalmente dependentes da aceitação de Gajeel na Phantom. Caso ele fosse capturado ou desconfiassem dele, não saberíamos até chegar a hora da encenação.

– Gajeel, você sabe que terá que agredir homens e até mesmo mulheres e crianças. Você será capaz de fazer isso? – perguntei colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e expondo minha bochecha inchava e levemente arroxeada devido ao golpe que recebi mais cedo no mercado.

– Sim. – afirmou sem hesitar.

Assustei-me um pouco da facilidade que ele admitiu que bateria em uma dama. Mas logo relaxei um pouco com sua frase proferida após ver no rosto da baixinha a expressão de horror.

– Não baterei nas mulheres nem nas crianças de modo forte igual a esses covardes. Serei uma espécie de carcereiro que pega leve. – explicou um pouco desajeitado.

Segurei a vontade de rir, pois o momento não era propício para risadas.

– Está decidido. Gajeel será o agressor. Wendy, você aceita ser a vítima ou o papel ficará com a Levy? – perguntou Natsu.

– Eu faço. Farei vocês se orgulharem de mim! – exclamou a pequena com um enorme sorriso nos lábios.

– Já está resolvido. Começaremos a colocar o plano em prática amanha bem cedo. Vamos ter uma bela noite de sono para acordarmos dispostos. – falou Gray.

– Não vamos comer antes? – questionou Natsu com sua expressão brincalhona enquanto sua barriga roncava alto.

~ # ~

– Ei! Enfie esse negocio em outro lugar aqui não cabe! – exclamou Gajeel nervoso.

– Você reclama mais do que uma mulher. - disse Erza já sem paciência com os protestos do moreno.

Havia amanhecido e estávamos tentando colocar os piercings que Gajeel sempre usava, mas em lugares trocados. Além disso, Erza havia cortado – lê-se arruinado – o cabelo do moreno para deixa-lo menos parecido o possível com sua imagem nos folhetos de procurado que praticamente todo pirata levava consigo.

Os fios longos e negros do homem estavam repicados em todas as direções e Levy terminava de ajeitar os enfeites na sobrancelha dele. Não havia tanta diferença, mas caso alguém suspeitasse ele poderia simplesmente ficar quieto sem falar com ninguém fingindo estar sempre ali, mas devido ao fato de ser calado passaria desapercebido.

– Terminei! – falou a baixinha aliviada.

– Finalmente. Pensei que a nanica furaria meus olhos. – resmungou Gajeel.

– Que droga! Desperdicei uma ótima e rara chance de cegá-lo. – irritou-se a azulada sem demonstrar nenhum tom brincalhão. – E não me chame de nanica!

– Está pronto Gajeel? – perguntou Natsu.

– Eu nasci pronto. Ge-he. – afirmou o moreno com sua estranha risada.

– Lembre-se: você será o guarda da ferraria. Muitos homens passam por lá todo o dia e além disso, ela fica ao lado do mercado, onde as mulheres vão fazer compra. Você será visto várias vezes e quando for a hora de colocar o plano em prática todos irão te reconhecer. – explicou Gray.

– Quando eu conseguir todas as tinturas que faltam, pedirei Lucy para avisá-lo. – falou Reedus.

– Quando a noite cair, algum outro pirata da Phantom deve substituí-lo. Siga o homem que também terminará o turno e vá para onde eles passam a noite. Se eles pernoitarem no esconderijo da Phantom, fique o mais longe possível do Element Four e de José, o líder deles. – advertiu Welle.

– Mais algum conselho, mamãe? – brincou o moreno.

– Isso é sério Gajeel, se você for pego todo nosso plano irá pelos ares. – falei.

O moreno levantou-se do tronco em que estava sentado e bateu as mãos na calça a fim de limpá-la.

– Estou indo. – avisou já andando calmamente em direção a vila.

Ficamos observando-o até sua silhueta ficar pequena e ele chegar a ferraria juntamente com os primeiro raios de sol. Fiz uma prece silenciosa para que tudo desse certo.

– Reedus, quais cores de tintura você precisa? – perguntou Natsu.

– Meu roxo está no fim, meu marrom acabou há tempos e o vermelho que possuo é insuficiente. Dessas cores que preciso. – falou.

– Certo. Lucy consegue providenciá-las? – questionou o capitão.

– Claro. – respondi.

– Wendy vá com ela. Converse e torne-se próxima ao máximo de pessoas que conseguir. Temos que fazer todos te conhecerem e gostarem de você. Conquiste-os com seu jeito de ser desajeitado. – pediu o rosado.

– Desculpe por ser desajeitada. – desculpou-se.

– Não há nada para se desculpar Wendy. – falou Erza sorrindo.

– Levy, cuide de Wendy para que ela não seja impedida de confraternizar com as pessoas da ilha. – ordenou Natsu e após a baixinha confirmar positivamente com a cabeça continuou – Erza, veja quantas armas consegue arranjar sem desconfiar suspeitas, pegue-as e traga para nós, temos que começar a arrumar nosso arsenal.

– Será fácil. – afirmou concentrada.

Imediatamente minha mente projetou a imagem da ruiva ameaçando todos que ver carregando nem que seja um estilingue. É, alguém poderia ir com ela só para contar os casos depois a fim de todos rirmos e descontrair-nos.

– Aos outros vamos ficar aqui vigiando o desempenho das meninas e do Gajeel de longe. – concluiu o rosado.

– Bem, estamos indo então. – anunciou Levy levantando-se.

Pus-me de pé juntamente com Wendy, desamassamos nossas vestes simples iguais as das mulheres da vila e fomos em direção à cidade concentradas em nossas tarefas.

Assim que chegamos, segui em direção a algumas lojinhas de souvenir a passos lentos enquanto Levy e Wendy iam calmamente à praça, que ficava próximo do mercado. Assim que entrei em um dos pequenos comércios, imediatamente encontrei a mulher que havia conversado comigo no dia anterior. Seu rosto estava com o aspecto melhor, apesar de ainda estar com a bochecha um pouco arroxeada e imaginei que a minha também estivesse assim.

Seu olhar estava baixo e os ombros curvados em uma pose de derrota, então percebi que eu não estava me misturando as pessoas dali. Minha postura reta e rígida me denunciava, era como se estivesse escrito em minha testa com cores vibrantes a frase ‘’Sou uma intrusa’’. Imediatamente curvei as costas, apesar de ficar assim ser desconfortável. Desde pequena aprendia a como ficar sempre com a postura reta e acostumei-me à ela, agora achava a curvatura nas costas extremamente incômoda, mas, para a maioria das pessoas, ocorre o contrário.

– Lucy, que prazer vê-la! Vejo que a marca em sua bochecha já está ficando melhor. – falou animada.

– Constance! O prazer é recíproco. A sua também já está bem melhor. – cumprimentei-a sorrindo.

– O que fazes aqui? – perguntou-me.

– Vim comprar algumas tinturas para meu avô, pois ele gosta de ficar desenhando. – respondi gentilmente sem esconder o verdadeiro uso para as colorações.

– Que coincidência! Eu trabalho aqui. De quais cores você precisa? – questionou-me.

– Roxo, marrom e vermelho, se você tiver. – pedi.

– Por sorte aqueles malditos não interromperam a distribuição de coisas simples. Acredita que eles estão regulando a quantidade de metal e madeira que entra nas ferrarias? – sussurrou para que o pirata que estava parado perto do caixa não a ouvisse.

– E o que mais eles estão restringindo? – perguntei com a voz mais baixa que pude.

– A comida, pelo que eu soube os pequenos agricultores do norte não estão conseguindo vender muito de seus produtos para nós e estão perdendo as terras. Inclusive há pessoas que já começaram a passar fome. Não sei o que esses bandidos estão tramando, mas não tardará muito e os cidadãos começarão a morrer. – sussurrou.

A situação está mais séria do que eu pensei.

– Você pode colocar alguém no seu lugar e ir para casa? Preciso conversar com você em particular. – perguntei baixo.

Constance assentiu. Peguei as tinturas e paguei-as no caixa sob o olhar atento e cruel do brutamontes. A impressão que eu tinha é que ele usaria qualquer coisa que eu fizesse como justificativa para me espancar. Embora eu almejasse cortá-lo em pedaços ali mesmo, curvei ainda mais meu ombro e mantive os olhos fixos na mulher atrás do caixa, que contava o troco com as mãos trêmulas.

Assim que saí da lojinha de suvenir, esperei Constance por dois minutos e vi sua figura esbelta vindo em minha direção com os músculos tensos. Andamos silenciosamente até sua moradia. Assim que entramos em sua casa ela soltou um suspiro de alívio e antes que me convidasse a sentar anunciou:

– Você está planejando uma revolta.

Meu sorriso vacilou e inspirei profundamente.

– Você está certa. – confirmei.

Não adiantaria negar isso já que eu precisaria do apoio da população. Era bom que pelo menos alguém já soubesse o que está por vir. Além disso, ela havia me fornecido muitas informações que nos ajudaram em nosso plano.

– Eu sabia! Sua postura é muito correta e você não desvia o olhar ao ver um daqueles malditos musculosos. – explicou-me sentando-se e fazendo sinal para que eu me sentasse perto dela.

– Estava tão explícito assim? – questionei com uma pontada de medo.

– Não a ponto dos bandidos perceberem, mas a notícia de uma estrangeira já está circulando disfarçadamente entre todos, principalmente entre os trabalhadores das ferrarias. Eles te apoiam, mas ainda há alguns resistentes. – anunciou.

Suspirei aliviada. Mas a notícia dos resistentes me espantava. Como alguém podia apoiar uma ditadura forçada dessas?

– Daqui dois dias, encenaremos um espancamento para convencer quem não quiser participar, não se preocupe. Terei que entregar as tinturas. Volto amanhã para conversarmos mais, pode ser? – perguntei convidado-me a ir ali novamente.

– Venha ao final do dia, é mais seguro, pois há muitas pessoas voltando para casa. – pediu sorrindo.

– Obrigada. – disse despedindo-me.

À passos lentos e com os ombros curvados olhando fixamente para o chão fui para fora da cidade sem despertar suspeitas. Entreguei os potinhos de tinturas para Reedus, que agradeceu sorrindo e foi logo testar misturas, para que os machucados parecessem o mais real possível.

– Agora só nos resta esperar. Descobriu mais alguma coisa Lucy? – perguntou Gray sem camisa.

– Muitas. – falei sorrindo misteriosamente.

~# ~

2 dias depois

O dia amanheceu e os trabalhadores se dirigiam a seus respectivos locais de trabalho. Mas, para a surpresa de todos, um acontecimento um pouco incomum desenrolava-se na praça, atraindo a atenção dos presentes.

Uma criança havia levado um chute nas costelas. Wendy estava deitada no chão, repleta de hematomas, com sangue escorrendo pelo canto da boca e em prantos. Apreciei o ótimo trabalho que Reedus havia feito para simular os machucados. Ele definitivamente tinha o dom para a pintura. Mas algo estava estranho.

Quando o homem levantou a cabeça após fingir chutar novamente o corpo da pequena, percebi, com horror e angústia, o que havia de errado.

Aquele homem não era Gajeel.

E aqueles golpes estavam sendo reais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tem alguém aqui? Se tiver quero agradecer imensamente ao carinho de vocês, leitores. Mesmo os fantasminhas me ajudam a continuar com a fic. Quem puder e quiser me presentear com um comentário ou com uma recomendação ficarei muito feliz! :D O que acharam do cap? Tadinha da Wendy sendo espancada D: