The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 17
Tempestade e perda


Notas iniciais do capítulo

NÃAAO ME MATEM POR FAVOOOR T^T Lembrem-se: sem Karollin, sem fic u-u Meu pulso ainda está com gesso e, graças a isso, minha deusa da imaginação decidiu tirar umas férias dessa fic ( culpem ela, não eu!)

♥ Obrigada a todos os comentários do capítulo anterior :3 E por todas as MP's me ameaçando e perguntando se eu abandonei a fic. Eu NUNCA, em hipótese alguma, abandonaria essa fic! Eu amo de paixão escrevê-la ♥;

♥ A Karollin sofreu um ataque cardíaco e morreu. CAROLHOS GENTE 4 RECOMENDAÇÕES!! NÃO UMA, MAS QUATROOO!! AI MEU POBRE CORAÇÃO DE VELHA -q SAUHASU

♥ Zombie Hunter, obrigada pela linda recomendaçãão *--* Fico imensamente feliz por ter ganhado seu respeito e concordo com você, Nalu é vida ♥♥

♥ AshleyBianchi ain meu Chessus, que recomendação diva foi aquela? Amei de paixãão ♥ Você escreveu ela tão bem, até me humilhou T^T

♥ Tay sua gatosa! Fico tipo morrendo de felicidade que você considere minha fic a melhor que você já leu na vida *ooo* Fiquei honrada em receber sua primeira recomendação ♥;

♥ Sweet ai Dels! VocÊ considera minha fic a melhor sobre Fairy Tail do site? Acho que não é pra tanto, mas obrigadaa ♥♥; Obrigada por me dar a honra da sua primeira recomendação♥



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Anteriormente:

Admirei, extasiada, a belíssima imagem a minha frente. O por do sol refletia nas águas e o sol parecia afundar no mar, as areias brancas estavam tingidas por uma tonalidade avermelhada que fazia contraste com o acampamento montado. Aproximei-me com o coração acelerado do local. Vi que todos estavam reunidos ao redor da fogueira em que se preparava um grande e suculento javali. Meu olfato foi invadido pelo divino cheiro da carne. Ninguém havia percebido minha presença até eu jogar minhas bagagens no chão produzindo um barulho abafado. Imediatamente, dezenas de olhos voltaram-se para mim observando-me incrédulos.

– Cheguei. – falei sentindo meus olhos arderem e lágrimas ameaçando rolar por minhas bochechas.

~# ~

Atualmente:

Assim que eu apareci, todos pararam o que estavam fazendo e o tempo pareceu congelar-se. A brisa marinha vinha em minha direção e balançava meus cabelos freneticamente. Levy e Erza se puseram de pé num salto.

– Lu-chan! – berrou a azulada jogando-se em cima de mim fazendo-nos cair no chão.

– Levy-chan! – falei abraçando-a ainda estiradas na areia.

– Lucy! – falou Erza ajudando-me a levantar e me abraçando logo em seguida.

O acesso das duas garotas mudou a atmosfera momentaneamente. A massa silenciosa começou a murmurar, a maioria deles se levantando. Depois, um alto berro de saudação ecoou pela praia pegando-me de surpresa.

– Acharam que podiam se livrar de mim? – falei rindo e todos caíram na risada.

Caminhei para perto da fogueira, mas fui impedida quando senti meus pés saírem do chão. Mas o que? Abaixei meu olhar e vi que Natsu me carregava como se eu fosse um troféu em seus braços. Lancei uma pergunta silenciosa para ele e o rosado sorriu de uma forma descontraída para mim.

– Eu sabia que você voltaria, Luce! – falou ele.

Ao chegarmos diante da fogueira, ele me soltou e abracei todos os marinheiros que eu tinha mais convívio. Meu olhar pousou em um grande cabelo azul liso e franzi o cenho vendo a adolescente sorrindo e sentando-se ao meu lado do tronco de madeira caído.

– Seja bem vinda de volta Lucy-san. – disse Wendy.

– O que fazes aqui Wendy? – indaguei curiosa.

– Natsu-san me deixou ser uma pirata da Fairy Tail, Lucy-san! – explicou ela sorridente.

Afaguei seu cabelo carinhosamente e a abracei.

– Nós estamos perdidas. Se antes esses loucos faziam coisas perigosas, imagine agora que terão uma médica no navio! – zoei rindo.

– Não seja malvada conosco Luce, nós somos normais. – murmurou o capitão com a voz melosa fazendo-me girar os olhos.

– Crianção. – resmunguei fingindo irritação.

– Vamos comemorar a chegada de nossa companheira pessoal! Estou empolgado! – berrou Natsu agitando a caneca de bebida que estava em sua mão.

(...)

Fechei os olhos sentindo o vento marítimo balançar meu cabelo e o forte sol esquentar toda minha pela exposta. Agora que não tinha que usar roupas extras, o calor já não me incomodava tanto apesar de que, sem a proteção extra, minha pele ficava cada vez mais impregnada de sal marinho. A calça marrom feita de um tecido um pouco grosso e a larga blusa preta que eu usava eram incapazes de me manter longe da salinidade da água que entrava no deque quando o navio atingia alguma onda de tamanho médio.

– Já podemos partir, princesa ou você nos manterá aqui por mais tempo? – brincou Gray colocando o braço por cima de meus ombros.

Dei um soco fraco nas costelas do moreno e começamos a rir.

– Levantar âncora! Içem as velas! Quero estar na guilda antes do fim do verão! – ordenou Natsu descendo as escadas e se dirigindo a amurada da embarcação com o olhar fixo em algumas nuvens negras de tempestade algumas milhas a leste.

– Guilda? – questionei confusa.

– Sim, é uma espécie de pousada que fica no reino de Madew. Sempre vamos lá para pegar trabalhos lucrativos, descansar e beber. A maioria dos marinheiros cresceu vendo os piratas entrarem e saírem de lá como se fossem sua casa. Assim que Natsu e eu conseguimos um navio, decidimos honrar a guilda colocando o nome dela na embarcação. – explicou o moreno.

– Nunca ouvi falar da Fairy Tail. – comentou Levy-chan franzindo o cenho.

– A guilda é muito famosa e invejada por todos. Vocês não devem ter conhecimento dela, pois ela está muito a leste de seu reino. – falou o homem de cabelo escuro.

– E também nunca saqueamos Magnólia. – complementou Natsu aproximando-se de nós com um divertido sorriso nos lábios.

– Obrigada por não fazerem isso. – disse rindo.

Afastei-me um pouco dos quatro que conversavam animadamente e me dirigi a amurada para observar meu reino no horizonte sem me importar de receber algumas gotas de água salgada no rosto. Como já havíamos nos afastado muito, agora só conseguia ver um pequeno pedaço de terra prestes a desaparecer. Sorri alegremente.

Por incrível que pareça, quando coloquei Michelle em meu lugar como rainha foi como se um enorme peso fosse retirado de meus ombros e senti que pela primeira vez em minha vida eu estivesse realmente livre para seguir com meu sonho. Da primeira vez que eu havia estado nesse navio eu tinha que tomar muito cuidado para não ter meu disfarce descoberto e ficava remoendo-me de culpa por ter fugido de minhas responsabilidades.

– Já está com saudade de casa, Lucy? – perguntou-me Erza ficando do meu lado direito.

–Apesar de tudo estou sim. – admiti.

– Eu também. Vivemos muitas aventuras lá não é mesmo? Lembra-se quando driblamos a guarda noturna? Aquele soldado nunca vai saber que fomos nós quem o acertamos com aquele galho. –falou rindo.

– Ele sabe. Caprico viu o meu vestido todo rasgado no joelho quase todo sujo de lama e logo ligou os pontos. Levei a maior bronca naquele dia. – disse rindo e vi a careta engraçada que ela havia dado.

– Não acredito! Então foi por isso que ele disse ao cozinheiro que não precisava mais fazer bolo de morango! – exclamou ela incrédula.

– Você deu o maior surto quando soube. – falei rindo da fúria da ruiva.

– Vire esse navio e levem-no de volta a Magnólia! Eu irei matar esse soldado! – berrou ela furiosa enquanto brandia sua espada ( que eu não tinha ideia de onde havia saído) no ar.

Os marinheiros olharam em nossa direção curiosos e um pouco amedrontados, mas logo que viram a mulher de cabelos vermelhos começar a rir comigo, voltaram a realizar suas atividades achando graça.

– Erza, olhe aquelas nuvens ali. – apontei para a escuridão que formava um espécie de parede ao leste.

– Será que a tempestade está no nosso caminho? – perguntou ela franzindo o cenho.

– Espero que não. – falei um pouco receosa.

Eu nunca havia estado em uma tempestade em auto mar, porém, pelo que me contavam, elas eram capazes de virar navios muito maiores do que o da Fairy Tail. Antes que eu pudesse remoendo-me internamente com imagens fantasiosas sobre esse tempo, Natsu chamou a atenção de todos.

– Aquelas nuvens estão em nosso caminho. Teremos que nos preparar porque ela parece ser uma grande chuva. Gray e Elfman, vocês cuidarão das cordas e da vela, Gajeel e Jellal substituirão vocês a cada 30 minutos. Meninas, vocês terão que pegar baldes e ficar retirando a água do convés para que o peso da água marítima não dê peso extra ao navio fazendo-o abaixar muito. Welle, quero você comigo olhando a bússola enquanto eu tentarei manter essa belezinha flutuando. – ordenou o capitão.

– Cuidar das cordas é coisa de homem! – berrou Elfman.

– E o restante de nós? –gritou alguém em meio aos marinheiros.

– O restante prenderá tudo que estiver solto na embarcação, principalmente na parte superior. Quero todas as lamparinas acesas com cera extra e completamente lacradas nos vidros, se elas se apagarem estaremos mortos. – completou o rosado olhando-nos com determinação.

Um bolo de preocupação surgiu em minha garganta e, por um momento, deixou-me sem ar. E se o que ouvi sobre as tempestades marítimas forem verdade? E se o navio virar? Balancei a cabeça espantando aqueles pensamentos agonizantes. Se a embarcação fosse virar, meus pensamentos negativos não a impediriam, então só devo fazer o que foi pedido. Sem pânico, Lucy, você mesma escolheu esta vida, agora aguente!

Assim que Natsu parou de falar, pegamos todas as cordas que conseguimos achar e começamos a amarrar qualquer objeto que encontrávamos solto. Um grupo de cinco homens colocou cera extra nas lamparinas, as acendeu e lacrou o vidro em que estavam. Quando tudo estava pronto, todos os homens começaram a abaixar algumas velas para –segundo eles- elas não rasgarem com os ventos fortes. Como eu e as meninas não tínhamos muita força para tal tarefa, contentamo-nos em verificar se tudo estava bem preso.

O vento começou a aumentar de intensidade gradativamente e o mar foi ficando agitado a medida em que nos aproximávamos da tempestade. Era possível ouvir o barulho dos raios e trovões que ecoavam dentro das nuvens escuras.

– Todos que não tem nada para fazer aqui fora vão para os dormitórios! Fiquem alertas para o caso de alguma emergência! – berrou Natsu para conseguir falar mais alto do que o ruído do vento.

O grupo de cerca de 13 marinheiros começou a passar pela posta que levava ao andar inferior do navio. Quando todos já haviam descido só restava eu, Erza, Levy, Gajeel, Natsu, Jellal, Elfman, Welle e Gray no convés. Welle é um homem com poucos músculos, de pele morena e cabelos negros. Ele usava óculos, porém eles não escondiam seus inteligentes e perspicazes olhos verdes. Trajava uma calça preta larga e uma grande camisa de mangas longas na cor azul escuro igual a minha.

– Meninas, acho melhor vocês se prenderem com uma corda no mastro para correr o risco de vocês serem lançadas ao mar. – engoli em seco – Gajeel e Jellal, vão para minha cabine e descansem, pedirei a alguma das mulheres para chama-los quando for a hora de substituir Gray e Elfman.

Grossos pingos de chuva já estavam nos atingindo e a temperatura baixou rapidamente. O navio enfrentava cada vez mais ondas e o mar estava bastante agitado. O constante vento fazia com que meus fios batessem em meu rosto com força. Meus olhos não conseguiam ficar abertos totalmente graças ao sal que acabava acertando-os.

Eu estava morrendo de medo daquilo, mas como todos estavam com as emoções contidas não seria eu a reclamar de algo. Com extrema rapidez já estávamos amarradas ao mastro por uma corda de uns 10 metros que nos permitiria andar por todo convés retirando água dele.

Entramos na tempestade e a escuridão nos engoliu.

Nosso navio começou a subir uma onda altíssima e eu me agarrei com força ao mastro. A embarcação caiu de uma vez, espirrando a água gelada para todo lado e eu quase não consegui segurar a madeira. Antes que nos recuperássemos já estávamos subindo novamente, porém em uma altura maior.

A água da chuva junto com a água do mar ensopavam minhas roupas e meus cabelos deixando-me gelada e trêmula. Os nós dos meus dedos já estavam totalmente brancos e eu mal os sentia devido a grande força que fazia para me mantes firme.

– TEMOS QUE COMEÇAR A TIRAR A ÁGUA!- berrou Levy-chan próxima a mim.

Olhei ao redor e vi que o convés já estava começando a alagar. Erza estendeu-me um balde de madeira fundo e agachamos para enchê-los.

– PRECISAMOS CHEGAR MAIS PERTO DA AMURADA! –berrou a ruiva e assentimos.

Contra a nossa vontade, engatinhamos até a madeira que nos separava do mar turbulento. Enchi o balde e joguei a água para fora do navio, porém graças ao vento grande parte dela caiu dentro da embarcação. Minha tarefa se tornava cada vez mais difícil a medida em que o vento açoitava-me com brutalidade. Minha pele doía ao sentir os grossos e fortes pingos de chuva caírem nela e meus músculos já ardiam devido ao esforço e ao movimento repetitivo que fazia.

Por um momento olhei em direção a Elfman e Gray. Os dois estavam de costas para o vento com cordas tensionadas enroladas em suas cinturas e ambos seguravam a vela principal com extrema força para mantê-la no lugar. Notei que mesmo com aquela chuva horrível, o moreno estava sem camisa.

O navio levantou mais uma vez – mais alto do que das outras vezes- e caiu de repente, fazendo-me perder o equilíbrio e ser arrastada pelo chão de madeira submergindo na água que se tornava cada vez mais presente. Fiquei de quatro tossindo, respirando com dificuldade, sentindo minhas vias aéreas e meus olhos arderem.

– -LU-CHAN, VOCÊ ESTÁ BEM? – gritou Levy-chan segurando-se com todas as forças a amurada.

Quase não consegui ouvi-la graças ao imenso barulho do vento. Porém, não consegui responde-la, tudo o que eu fazia era tossir para retirar a água de meus pulmões.

– É HORA DA TROCA! – gritou Gray.

Levantei-me trêmula para bater na porta da cabine do capitão. Arrastei-me até o começo da escada e a subi agarrada ao corrimão. Toda vez que a embarcação subia em uma alta onda e caía dela, eu travava e cerrava os dentes com força. Quando cheguei em frente a cabine, bati na porta e os dois homens rapidamente passaram por mim já com as cordas amarradas em suas cinturas. Com extrema maestria, eles se deitaram no chão do convés e foram arrastando-se em direção a vela principal, ajudando-se mutuamente.

Tenho que avisar ao Natsu que a troca já foi feita. Fui em direção a um pequeno quartinho de paredes feitas de vidro e madeira onde ficava o leme. Esse estilo, permitia que o capitão tivesse uma vista completa de tudo o que cercava o navio. Entrei nele com a respiração ofegante e com a garganta seca.

O rosado segurava o leme com força e era possível ver os nós de seus dedos já brancos pelo esforço. Sua cara estava um pouco esverdeada e parecia que ele estava passando muito mal, porém se mantinha firme e conduzia o navio. Sua expressão era de pura concentração, ele franzia a sobrancelha e estava com os dentes cerrados. Welle estava ao seu lado olhando fixamente sua bússola para não desviarem de trajeto. Quando ele me notou ali, me deu um fraco sorriso.

– Ele fica assim em tempestades já que tem a doença do movimento. Apesar da enfermidade já estar quase completamente curada, ele fica assim com o mar revolto do jeito que está. – explicou ele.

– Só vim avisar que a troca dos homens na vela principal já foi feito. – avisei.

– As meninas estão no mesmo estado que você?- perguntou.

– Sim, ou até piores. – deu um risinho fraco.

– Descansem um pouco, vocês não conseguirão tirar muita água com esses ventos soprando para dentro do navio. – falou.

– Obrigada. – agradeci.

Saí do quartinho sendo novamente atingida pelo vento forte e pelas gotas de chuva. Quase caí quando o navio desceu de uma vez só. De volta ao inferno. Agachei-me no chão e fui arrastando-me até a escada. Porém quando a embarcação tombou para o lado direito, perdi o equilíbrio e caí da escada batendo meu ombro direito com extrema força no sólido piso de madeira. Vi bolinhas pretas diante de meus olhos e fui arrastada por todo o convés. A corda não me impedia de ser jogada de um lado para o outro, sua função era somente evitar que eu caísse no mar.

Com um pequeno grito de dor – que logo em arrependi de dar já que assim que abri minha boca ela foi inundada de água salgada- levantei-me apoiando na parede. Caminhei, trôpega, em direção as duas formas indistintas que estavam próximas a amurada.

– MENINAS, VAMOS DESCANSAR UM POUCO! – berrei e elas viraram em minha direção.

Levy deu um passo em minha direção, porém ela escorregou e, nessa hora, o navio caiu e bateu um forte vento enchendo meus olhos de água. Quando os abri, só havia uma figura ali olhando para o mar. Corri para a amurada ficando ao lado da ruiva que estava desesperada, porem não consegui ver nada. Aos nossos pés estava um pedaço de corda desfiada na ponta. A verdade atingiu-me com uma força assustadora.

Levy havia caído no mar.


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Notas finais do capítulo

Não me matem T^T Já foi difícil demais matar a Levy, vocês não vão querer mais uma morte, certo? u-ú SUHAS Mereço comentários ou recomendações? Incentivem a minha deusa da imaginação a voltar das férias! ♥