-A Is For Alison, Not Amateur HIATUS TEMPORÁRIO escrita por G0mezTits, Becca Solace


Capítulo 9
Aria - Mrs. Fitz


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, honeys.
—-> Rebecca Solace <--



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– Acorda logo, vadia. – ouvi uma voz de deboche do meu lado direito.

Virei-me e dei de cara com Alison, usando sua bolsa, e as roupas fabulosas que usa para ir para escola. Encarei-a, mal-humorada, e virei-me para o outro lado da cama.

– Nossa, me ignora mesmo. – ela disse e sentou-se na cama. – Isso tudo foi só por que beijei o professorzinho medíocre?

Virei-me para ela, irritada.

– Professorzinho medíocre? – pergunto.

– É, acredita que eu o beijei, e depois ele fugiu de mim? – ela disse com cara de incrédula.

Sentei-me na cama.

– Ele fugiu?

Alison assentiu, com olhar de desprezo.

– Sim, depois que você saiu correndo chorando como uma vadia que descobriu que estava grávida. – ela disse e começou a rir, esperando que eu a acompanhasse. Mas não o fiz.

– Ai, mas o que deu em você, hein? – perguntou ela, quando seu riso cessou.

– Só não quero mais ser amiga de uma traidora falsa. – respondi. Ela levantou-se furiosa.

– Hahaha, EU sou a falsa, Montgomery? – perguntou incrédula. – Olha quem fala! Foi você quem nunca contou para sua mãe da traição do seu pai! Então, vadia, se tem alguma traidora falsa aqui, é você, amor.

Olhei para ela.

– Baixa o tom de voz. – avisei.

– Não tem ninguém na sua casa, tonta! – falou.

– Olha só, pelo menos, eu só não disse para minha mãe porque quero protegê-la. Já você, foi uma traidora falsa por vontade própria. – disse.

– Então está bom, Montgomery. – ela disse. – Vai se arrepender de ter dito essas coisas para mim. Vai se arrepender.

Ela olhou-me furiosa mais uma vez e saiu.

...

– Não, Hanna, eu não vou me desculpar com ela! – falei ao telefone. – Não me interessa se ela vai tornar minha vida um inferno! Pior do que está não fica. Hanna, vou desligar, estou entrando na escola, depois nos falamos. Tchau.

Desliguei o celular, nervosa.

Entrei no prédio e logo Mona veio falar comigo.

– Oi, Aria! – ela disse. – Desculpa incomodar, mas eu ouvi a sua conversa com a Hanna, e eu queria saber o que aconteceu.

–Olha, Mona, desculpa, mas não quero falar sobre isso. – falei.

Mona olhou-me desapontada.

– Está bem. – disse. – Mas se precisar de um ombro amigo, vá até lá em casa.

Ela me deu um papel e saiu andando.

Olhei para o papel, confusa, mas o pus no bolso. Andei até o meu armário e tirei os livros que teria aula hoje. Logo Hanna, Spencer e Emily vieram até mim. Os alunos ficavam encarando Emily, mas ela parecia apenas ignorar.

– Já sei o que vão dizer. – falei. – Que estou errada em ficar brava com a Alison.

– Exato. – disse Emily e Hanna em uníssono.

– Eu não! – disse Spencer. – Estou até orgulhosa por tomar alguma atitude antes de nós.

Hanna e Emily olharam para como se ela fosse uma alienígena. Sorri para Spencer.

– Valeu, Spence. – falei. – Sabe uma coisa muito estranha que aconteceu? – elas negaram. – Eu estava andando pelo corredor, sabe? Indo até o meu armário, quando-

– Corta essa, Aria. – ouvi uma voz atrás de Emily. – Elas não querem saber. – Emily deu espaço e vi que era Alison. – E também não querem ficar perto de vadias falsas iguais a você. Venham, meninas.

Elas hesitaram, e por um minuto, tive esperança de ficarem do meu lado. Era esse o meu medo: largar de ser amiga de Alison e perder todas as outras.

Emily e Hanna demoraram menos que Spencer para ir atrás de Alison. Spencer me olhou solidariamente, e eu assenti com a cabeça, indicando que ela deveria ir.

Ela pôs o punho sobre o coração, indicando que nunca deixaria de gostar de mim. Fiz o mesmo e ela foi atrás das outras.

Terminei de pegar meus livros e olhei minha grade de horários. Essa não. A primeira aula era de Inglês.

...

Ao entrar na sala, notei que Alison, Hanna, Emily e Spencer escolheram carteiras bem longes da minha. Spencer parecia discutir com Alison. Sentei-me em minha cadeira de sempre e esperei Ezra entrar na sala.

Quando o sinal finalmente bateu, Ezra entrou na sala, todo lindo, com sua roupa de sempre.

Ele pareceu notar-me o olhando, e desviei o olhar. Logo senti meu celular vibrar.

Destravei-o, e vi que era uma mensagem de “A”.

”Chateada por não poder ficar com o professorzinho pedófilo? Bem, tenho um trabalho pra você.

–A”

Dois minutos depois recebi outra mensagem.

“Conte para sua mãe sobre a traição de seu pai ou uma péssima coisa acontecerá. Você tem até à noite. Não seja lerda igual à Emily, falou? Boa sorte, vadiazinha.

–A”

Respirei fundo, e percebi que estava ofegando. Deixei cair o resto do material no chão sem nem ver e todos olhavam para mim. Exceto Alison, que parecia esforçar-se para ignorar-me.

Alguns alunos olhavam-me com uma expressão tipo “q iso joven”. Arrumei minhas coisas rapidamente e guardei o celular. E Ezra enfim, deu início a aula.

...

Saí da escola determinada a ir à casa de Ezra. Entrei no carro e dirigi até o prédio dele. Entrei no prédio e toquei a campainha de sua casa. Logo Ezra, de pijamas, abriu a porta.

– Aria? – ele disse pasmo. – O que faz aqui?
– Vim conversar com você. – falei, já entrando sem sua permissão.

– Ok. – ele disse, fechando a porta. – Fica a vontade.

Sentei-me no sofá, e ele sentou-se ao meu lado.

– Primeiramente, gostaria de começar desculpando-me por Alison ser retardadamente tarada. – falei o que fez com que ele soltasse um riso. – E depois queria dizer que sinto sua falta.

Isso fez com que ele me encarasse um pouco.

– Eu também sinto sua falta, Aria. – ele disse.

E, não sei como aconteceu, mas, em dois minutos estávamos nos beijando.

Só sei que em um momento subi no colo dele e ele me levou para a cama.

...

“Ding Dong”

Acordei com um barulho de campainha, e percebi que estava de noite. Droga! Esqueci de contar para minha mãe da traição do papai! O que será que Ezra fará agora? Olhei para o lado e reparei que Ezra não estava deitado ao meu lado. Ele estava andando até a porta.

Rapidamente, catei minhas roupas e me escondi no banheiro. Enquanto estava lá, vesti minhas roupas e fiquei escutando a conversa.

– Ah, olá. – disse a voz de Ezra. – O que os senhores desejam?

– Ezra, meu nome é Darren Walden. – disse uma voz. – Viemos aqui porque recebemos um vídeo, de você e uma adolescente se beijando. Será que poderíamos verificar o apartamento e fazer algumas perguntas?

Droga, droga, droga, droga, droga, DROGA! Abri uma fresta da porta e tentei ver se havia algum modo de fugir. Nada. Só tinha a porta da frente mesmo, mas como eu conseguiria passar sem Walden e o parceiro dele me verem?

– Claro. – ouvi a voz de Ezra responder. O parceiro de Walden começou a andar pelo apartamento, verificando todos os lugares e eu comecei a tremer. E agora? E AGORA??

O policial se virou para o banheiro e eu fechei a porta. Tranquei a porta. Ezra poderia mentir, sei lá, dizer que a maçaneta estava quebrada ou coisa assim. Ouvi passos vindos até a porta, e alguém tentando girar a maçaneta.

Entrei no box e fechei a cortina da banheira. E se o policial não olhar?
– Ei, Walden! – ouvi a voz do outro policial. – O banheiro está trancado!

– Deixa eu ver. – Walden disse, e ouvi mais passos andando até à porta do banheiro. – Dá para ver uma chave aqui. – ele disse. – Tem uma chave aqui. – ouvi mais passos. – O que está escondendo, Fitz?

– N-nada. – ouvi a voz de Ezra responder. – É o meu cachorro, deixo-o preso aí quando tem visitas.

– Certo, então não vai se importar de abrir a porta para nós, não é? – Walden perguntou.

– N-não. – disse.

Ouvi mais passos, uma gaveta sendo aberta, uma gaveta sendo fechada, e mais passos. E um barulho de chave sendo girada. E a porta do banheiro sendo aberta. Deitei-me na banheira rapidamente. Rezando para que não me vejam.

– Bem, parece que está tudo limpo! – disse a voz do parceiro de Walden.

– Não, não. – disse Walden. – Veja atrás da cortina.

Droga!

Ouvi passos e a cortina que me escondia sendo puxada.

– Ora, ora, ora, Srta. Montgomery!

...

Observei levarem Ezra algemado, enquanto eu chorava e Spencer (liguei a ela) passava a mão em meu ombro.

– Vai ficar tudo bem, Aria. – disse ela. Depois que levaram Ezra, os outros moradores do prédio voltaram para sua casa, e eu ainda chorava. Spencer havia ido embora, para estudar para sua prova de francês. Senti uma mão em meu ombro. Virei-me e vi um garoto moreno de olhos verdes-azuis.

– Com licença, o que estava acontecendo?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Quero reviews!