Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 19
Capítulo 19 - Uínculo


Notas iniciais do capítulo

Pessoiiinhaaas, volteeeei!! Desculpem a demora, viajei no carnaval e quando voltei veio a faculdade e o curso de japonês retornando então me enrolei XD mas agora que deixei tudo organizado continuo preparando os capítulos e quis fazer um compridinho e legalzinho para vocês x333 Qualquer erro ai me avisem ook??

Boa leituraaa!!!



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A Shera seguia a todo vapor por entre as nuvens, Cid nem sabia por onde deveria ir, suas mãos tremiam e o manto noturno atrapalhava um pouco sua urgência. Apoiada no colo de Konma, Azera mal se movia, respirava de um jeito fraco e os olhos semi serrados mal se moviam. O rapaz dava ao piloto as coordenadas do local que deveriam ir, talvez, o único lugar para onde poderiam levar a draconiana devido a seu estado frágil.

Quando os pontinhos brancos começaram a se chocar contra o painel da nave, Konma deu a última coordenada para Cid, que pousou no topo de uma montanha, imersa na neve. A Avalanche segue o rapaz que desce com Azera em seus braços, todos devidamente vestidos para lidar com o frio do lugar, caminharam por alguns minutos na neve até serem parados por quatro pessoas encapuzadas:

–Quem são vocês?

–Nastcha sou eu, Konma.

–Senhor Konma! Onde esteve? E quem são eles?

–Minha nossa...Essa é...A...Senhorita Azera! O que fez com ela?-Um deles se aproxima-

–Não tenho tempo para explicar, precisamos de ajuda agora...Ela...

–Nem precisa terminar, já entendi a situação. Venham todos, me acompanhem – O homem segue com os outros três para dentro de uma passagem, o de voz mais madura se vira- Venham, sem medo.

O caminho todo foi iluminado por tochas, os quatro homens guiavam seus acompanhantes pelo esquema de bifurcações, em passos apressados e conversando em uma língua que a Avalanche não compreendia, julgaram ser a língua nativa deles. Em certas horas o rapaz respondia nervoso, a todo momento olhava para a menina que mantinha os olhos opacos e semicerrados voltados a ele, logo chegaram ao final das bifurcações e puderam contemplar uma muralha, alta e majestosa.

Passaram pelos portões de madeira escura e foram escoltados pelos guardas, passaram por toda a cidadela em direção a parte mais alta, a casa dos líderes. Entraram rápido e levaram a menina para uma ala médica, os empregados observavam a equipe com curiosidade e obedeciam as ordens que recebiam:

–Oh.....Senhorita Azera......O que vocês fizeram com ela seus...-Um dos encapuzados, de corpo mais esquio, se afoba-

–Mi....ke.......

–Sim minha senhorita?

–Nitch......nar.....- Pronunciou um baixo “calado” em sua língua natal-

–Mas....Minha senhora....Esses humanos...

–São amigos Mike, não foram eles que fizeram isso. - Konma encara o ancião-

–Você não tem muito respaldo para falar nada traidor.

–Já basta! Mike, Nitch nar! - Nastcha brada- Sinto muito senhores, ele fala demais, como conheceram Azera?

–Nós a ajudamos quando ela se feriu há um tempo e ela retribuiu o favor, hoje estamos na mesma equipe, cuidando de Midgard. - Cid toma a palavra-

–Ah, se são amigos dela são muito bem-vindos aqui em nosso lar, sinto muito pela certa hostilidade. Os humanos já nos causaram muitos problemas antes.

–Tudo bem, estamos cientes.

–Pelo que estou vendo aqui, eles cumpriram a promessa hun? -Ajeita Azera sobre a cama-

– Tentamos chegar o mais rápido possível mas não deu, não deu! Eu fiz tudo o que podia para parar antes daquela coisinha estranha terminar o pergaminho mas...

–Calma Konma, eu sei que não é sua culpa, já provou suas intenções para mim.

–Mas....

–Jovem dragão, mesmo que seu pai tenha uma fama ruim, o filho não escolhe a sua família e eu te conheço bem não é? Sei que fez o que pode.

–Espera ai.....Pai com má fama?- Yuffie apoia as mãos na cintura-

–Konma não lhes contou o por quê de estar tão afoito para parara aquele ritual?

–Pelo que ele disse, julgamos ser pela amizade com a Azera não é?

–Também, mas não é só por isso. Konma é um rapaz que mostrou boa índole, diferente do pai dele...Mas é difícil fazer o resto do clã perceber que o filho não precisa ser como o pai . Contanto que eu, o líder suplente do clã perceba nele essa diferença crucial, já é suficiente.

–Desculpe, mas seu nome é? - Foi a vez de Vincent se pronunciar-

–Desculpem-me por não me apresentar. Meu nome é Nastcha, fico no lugar da senhorita Azera quando ela está ausente.

–Nastcha, o que exatamente ele estava querendo impedir afinal?

–Queria impedir que trouxessem o pai dele de volta.

–....-Konma morde o lábio e aperta o punho-

–Espere um momento...Então ele...

–Eu sou filho do Uriel....-O rapaz responde com desgosto. -

–Nastcha suspira- Uriel amou uma moça de nossa tribo e do amor dele com ela nasceu Konma....Isso quando Uriel ainda era bom.

–Eu apoiei a senhora Zeras quando ela o selou, eu não podia deixar que o trouxessem sem tentar fazer nada para impedir, eu prometi a ela!

–Por que não nos disse nada garoto? - Berret cruza os braços-

–Eu não digo para ninguém de quem sou filho....Quero provar que eu sou diferente dele, da minha maneira...mas....Desculpem....

–Bem, você nos ajudando lá, creio eu que a partir disso já dá para ver de que lado está. - Cid ri -

–É....acho que sim....

–Bem...-Nastcha chama a atenção deles- Precisamos fazer algo e rápido! Minha especialidade não é gelo mas farei meu melhor... Que o frio da montanha nos ajude. - Nastcha pousa as mãos sobre a testa da moça e se concentra, o símbolo vai se restaurando aos poucos-

–Precisa de uma ajudinha Nastcha?

–Seria bom Hanzig, me ajude aqui. - O outro senhor segura os pulsos da moça, contribuindo para a reconstrução do selo-

–Nós não podemos fazer muito por ela, pelo que vemos, ela firmou um elo não é? Só aquele que compartilha do elo pode contribuir para a reconstrução completa do selo. - O mais sábio retira as mãos ao ver o selo pela metade-

Os alaranjados de Konma passearam pelo rosto pálido da menina que levou seus dourados em direção a ele, permaneceram a encarar-se por alguns minutos até que Nastcha levou a Avalanche para se alimentar e deixou os dois a sós. Os lábios se moveram para chamar o rapaz mas o mesmo tocou-lhe com o indicador:

–Por favor, não se esforce...Eu sinto muito por tudo o que aconteceu, eu não deveria ter saído de perto de você.

–Pare de se culpar tanto. - O sussurro trouxe um pequeno sorriso ao rosto delicado-

–Eu prometi, desde pequeno que eu cuidaria de você, que seria seu leal escudeiro e olha o que eu deixe acontecer!

–Eu e você nos perdemos no dia do ataque dos humanos, não houve muito o que fazer. Não pude voltar para te procurar Konma.

–Mas eu deveria ter ido te procurar.

–Você morreria se fizesse isso...Não se culpe, eu estou viva não estou?

O rapaz nada disse, apenas tomou a mão da menina entre as suas e levou-as ao seu rosto, encostando a testa nelas, suspirou audivelmente e segurou com mais firmeza, deixando só fios negros de seu cabelo cobrirem as mãos unidas.

Azera sorriu minimamente devido a seu estado, observou-o beijar-lhe as mãos e sussurrar “me perdoe”, acariciou o polegar do rapaz com seu dedo livre e fechou os olhos por alguns minutos; escutando o rapaz pronunciar as palavras de juramento dos escudeiros, sorriu mais abertamente.

Ela e Konma sempre tiveram uma boa relação, brincavam juntos e passavam boa parte do tempo juntos, o que resultou num interesse mútuo, permitiram-se amar um ao outro muito além da amizade. Porém, o ataque dos humanos separou os dois por anos, já que foram obrigados a se protegerem bem longe de onde antes viviam e agora, a sensação de reencontro era perfeita para os dois:

–Eu fico tão aliviado por ter te encontrado a tempo, não sabe o quanto Azera.

–Eu esperei por você todos os dias Konma e finalmente, você está aqui...Você me encontrou.

–Para não te deixar nunca mais, nem na morte.

–Esse é o meu garoto. - Riu suavemente-

Ela permaneceu descansando por mais algumas horas na companhia de Konma até que se sentiu bem o suficiente para se levantar, o frio da montanha lhe recuperara as escamas e parte da força. Seu escudeiro ajudou-a a caminhar até o salão onde a Avalanche estava, junto de Nastcha e Hanzig, o ancião de cabelos esverdeados:

–Senhorita, como se sente?

–Muito melhor Hanzig, obrigado.

–É um alívio que esteja bem minha senhora, ficamos preocupados. - O mais velho, Nastcha, sorri a ela-

–Gostaria de te perguntar uma coisa Nastcha.

–Sim minha senhora?

–Vocês me seguiram, contra Uriel?

– O que? Minha senhora, ainda não está em condições disso, sua marca está incompleta ainda.

–Eu irei até Cloud para completar o elo de novo, ele também precisa se recuperar. Eu estou dizendo depois disso, não posso simplesmente ignorar que ele está solto por ai!

–Ir contra Uriel...Eu encaro o que for minha senhora mas nosso povo...ninguém jamais cogitou ir contra o dragão negro.

–Se não fizermos nada, ele vai destruir tudo que ver pela frente. Vamos deixar ele nos massacrar de novo?

–Eu estou com você minha senhora e creio que os outros anciões também, mas não posso responder pelo que restou do nosso povo.

–Conhecemos muito bem o poder de Uriel e o que ele pode fazer, a senhora também. Não somos mais a nação de antes, somos o que restou. - Mike lamenta-

–Ora essa seus frouxos, podemos estar em menor número agora mas ainda somos dragões! Onde está o orgulho e a força de antes? Deixaram aquele lagarto levar tudo é? Vamos deixar ele pisar em nós outra vez? - Hanzig indaga enérgico-

– Se acalme meu amigo, temos que ser prudentes também. Não podemos mais sacrificar ninguém, caso contrário, os elementais serão apenas mais uma lenda na boca das pessoas.

–Senhores! - Azera suspira- Eu sei muito bem da situação do nosso povo e sei muito bem pelo que passamos, obrigada por lembrar mais uma vez. Eu como descendente de Zeras, eu como líder deste clã, irei contra Uriel nem que seja para morrer, mas dessa vez, ele vai para o túmulo para nunca mais se levantar. Eu juro pelo sangue que corre em minhas veias, pelo sangue e pelo nome de Zeras!

Os anciões apenas observaram atônitos a energia com que ela pronunciava cada palavra, por um momento, não iram Azera falando, puderam ver a própria Zeras dizendo tudo aquilo. A discussão não durou muito mais e sabendo de seus limites, retirou-se com a ajuda de seu braço direito e a equipe, retirou-se para descansar também.

Na manhã seguinte, Azera falou ao povo em sua língua natal, deixando todos a par do que acontecia fora da montanha. Como esperava, os olhares amedrontados estavam bem nítidos ali mas não deixou de mostrar sua posição a respeito, disse o que podia para encorajá-los e logo se despediu deles, precisava voltar para junto do loiro que deixara na cidade.

Partiu com a equipe mas tendo a certeza de que suas palavras haviam se instalado na mente de seus semelhantes, sabia que nada do que dissera havia deixado de fazer sentido.

A equipe retornava para Midgard quando o celular de Berret desatinou a tocar sem parar, chamadas e mais chamadas de Tifa. Do outro lado da linha, a morena falava alto e desesperada, tentando fazer sua voz sobressair entre os estrondos atrás de si mas pode passar a mensagem que precisava; Cloud havia se soltado e seu estado era grave. Cid acelerou enquanto Azera e Konma voavam junto da nave, a menina insistia em manter suas asas bem preparadas, ainda mais depois que terem sido quase mutiladas.

Logo chegaram na região onde Cloud estava e de longe podiam ver uma coluna de fumaça, a nave pousa a poucos metros do local e os dois dragões pousam junto. Um calafrio percorre a espinha de Azera, o cheiro do loiro estava próximo, mas, ao mesmo tempo, estava misturado a outro cheiro mais agressivo. Tifa surgiu correndo em direção a nave, assustada e ofegante:

–Graças aos céus vocês chegaram, não conseguimos segurar ele!

–Calma tifa, fale o que aconteceu mas devagar.

–Berret...o Cloud...Ele...

A fala da moça foi cortada por uma explosão ao fundo, do meio das chamas que se espalhavam, Cloud veio caminhando lentamente, segurando a Buster em uma das mãos, mas sua aparência estava completamente diferente. A pele branca estava cinzenta, os cabelos esbranquiçados, olhos avermelhados até próximo da íris, correntes desenhadas por todo o lado esquerdo de seu corpo, o que incluía parte de sua pálpebra, algemas desenhadas em seus pulsos e seu peito, cintilando uma coloração de vermelho-escuro, bem escuro.

Encarou os recém-chegados e focou firme os amarelos de Azera, que não se intimidou pelo olhar alterado, Konma se colocou junto a ela, firmando os alaranjados nos olhos do ex SOLDIER. Cloud cambaleou assim que suas partes de dragão reconheceram a proximidade da draconiana, mas a parte dominada pelo parasita foi mais forte e manteve o controle. Konma afastou um pouco a draconiana e virou-se um pouco a ela:

–Deixe isso comigo.

–Konma....

–Não se preocupe, não vou machucá-lo, só preciso derrubá-lo e mantê-lo no chão.

–Eu tenho que fazer isso, se não o elo não vai voltar.

–Senhorita.....

–Eu vou ficar bem.

O rapaz encarou o loiro e obedeceu a ordem, afastou-se para junto da equipe. Azera abriu as asas e caminhou devagar na direção de Cloud que imitou-a. Ambos os passos foram se apressando até que a colisão de espada e garras foi feita com extrema força, ambos os olhares estavam focados, vibrantes um no outro. Um desviando dos golpes do outro, espada colidindo com cauda e garras, força com força, parasita e dragão.

Desviar da Buster não era muito fácil, apesar da agilidade de Azera, Cloud era exímio no manejar da espada mesmo que ela fosse enorme. O Uínculo apenas tornava as coisas mais complicadas, o corpo do rapaz parecia ferver, extremamente quente e a extremidade de seus dedos cinzentos estava muito vermelha. Tomava todo o cuidado para derrubá-lo sem ferir-lhe gravemente, sempre que se aproximava muito dele, o peito alheio exibia a coloração azul clara, mesmo que fraca por sob a roupa rasgada.

Um mísero descuido foi a brecha certa para Azera, que segurou a lâmina com a cauda e pode enrolar a mesma na espada, torceu com firmeza e conseguiu lançá-la longe o suficiente para aproximar-se rápido e acertar o peito do rapaz com a cauda, derrubando-o. Prendeu os braços dele contra o chão e encarou mais de perto os olhos escurecidos, pousou a mão sobre a cicatriz e seus olhos amarelos cintilaram. Cloud se debatia enquanto resmungava com a voz alterada, foi voltando a si aos poucos enquanto o olhar da réptil não desgrudava de seus olhos, hipnotizando o SOLDIER e forçando-o a ficar parado.

Quando a aparência do loiro voltou ao habitual, as correntes se tornaram mais claras na pele do rapaz e a luz azul voltou a reinar em seu peito, foi solto com cuidado. Tifa aproximou-se correndo e o abraçou, chorou enquanto o rapaz lhe retribuía ao braço, sem entender muito o que havia acontecido.

Azera ficou próxima ao loiro e apenas segurou sua mão, sentindo o símbolo se refazendo, não demorou para que a meia lua estivesse mais uma vez completa em sua testa:

–Ah.....Desculpe por todo o transtorno Cloud, como se sente?

–Eu...Não sei o que aconteceu...Mas...Azera você está bem?

–Eu estou, a Avalanche foi me buscar.

–Quem é ele?

–Ah, esse é Konma, meu escudeiro.

–Prazer....K..Konma..Sou Cloud.

–Prazer, sou Tifa.

–Prazer Cloud, senhorita Tifa. -Sorri-

–Foi mal ai, ele escapou. - Reno se aproxima ofegante- Não deu para manter ele lá dentro, ele derrubou o Rude cara.

–Eu derrubei? Afinal, o que aconteceu? - Observa as correntes em seu braço-

–Você foi dominado pelo Uinculo. - Tifa afaga o cabelo dele-

–Eu fui? Mas...Eu não me lembro.

–A distância entre nós foi muito grande e o parasita se aproveitou para assumir o controle, mas agora está tudo bem. -Azera se levanta- Vamos voltar para a nave, você já causou muito estrago por hoje. -sorri gentil-

Mesmo ainda meio abalado, o loiro foi carregado pela Avalanche de volta para a nave, Rufus, Reno e Rude também fizeram o mesmo. Após acalmar o loiro e explicar o que ocorreu, ficaram sentados no saguão da Shera, o clima pesado se instalara entre eles:

–Conseguimos resgatar Azera e ajudar Cloud....Mas....Não conseguimos parar o velhote. -Berret fala desanimado-

–Hana conseguiu terminar de ler...Agora, é só esperar para começar o caos outra vez. - Azera suspira-

–Sabe por onde ele vai começar?

–Ele não pode absorver o meu selo por completo, então, não está com força total. O que ele absorver foi só o suficiente para se soltar e ter forças para caminhar, seu poder está muito limitado.

–E como ele costuma aumentar o poder?

–Matando.

–O que?

–Matando. Uriel mata e absorve a alma em seguida.

–Que horror! - Yuffie abraça Vincent-

–Foi isso que levou Zeras a se sacrificar para deixá-lo preso, mas agora, eu nem sei por onde começar. Talvez ele.....

–Talvez?

–Talvez o alvo principal ainda seja Midgard, já que ele não conseguiu destruí-la da última vez.

–Droga......-Cid pragueja baixo-

–É bem provável que ele comece por vilas e cidades bem menores, só para se recompor. Quando conseguir, virá direto para cá.

–Mas deve ser moleza parar ele não? Ele é só um .

–Não é tão fácil assim Cait, Uriel ainda tem um exército a disposição dele e tem os generais.

–Então, estamos ferrados? Nem exército temos!

De fato, não tinham certeza de que poderiam contar com os elementais, Azera e Konma não seriam suficientes para dar conta do contingente que Uriel possivelmente traria consigo. Os dragões já haviam comprovado que o exército de Uriel era enorme, sincronizado e cruel, tinham que agir rápido mas como ainda era a pergunta que não tinha resposta.

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Finalmente havia chegado a um esconderijo muito melhor, digno do ser que era. O recém-despertado lagarto adentrou uma esquecida fortaleza entre rochedos com passos calmos, sendo seguido dos dois generais e pelos rapazes de cabelos brancos. Respirou fundo e observou bem o saguão principal:

–Nada mal, muito bem Hana.

–A seu dispor senhor.

–Agora sim podemos conversar direito não acha, Kadaj?

–Creio eu que sim.....Senhor Uriel.

–Me acompanhe. - Segue com só três para o segundo andar, entrando em uma das salas- Aqui pelo menos podemos nos sentar.

–Senhor Uriel, então, o que deseja de nós?

–Vou ser bem direto. Antes de ser selado por aquela lagarta da Zeras, eu tive um aliado muito peculiar, através de você eu posso contar com ele dessa vez me entende?

–Se refere...a Sephiroth?

–Exatamente, rapaz esperto. Vocês três serão bons aliados, não só por causa dele mas, também, pelos genes de Jenova. Minha intenção e destruir aquela cidade infeliz e acertar minhas contas com a descendente da lagarta resmungona.

–É uma proposta boa, porém, queremos acertar nossas contas com Cloud.

–Cloud? Hum, desconheço esse daí, mas não vejo porque não. Podem acertar suas contas com quem for contanto que deixem Azera para mim.

–Sim, como quiser. - Yazoo sorri de lado minimamente-

–E tem mais uma coisa.

–O que seria? - Kadaj retoma a palavra-

– Há mais um que, se ele aparecer, quero que deixem ele para mim.

–Quem seria?

–Um jovem dragão de escamas grafite e olhos alaranjados, eu tenho que corrigir esse menino, como um bom pai faria – Fala sarcástico-

–Pai? - Hana sussurra-

–O rapaz de quem falo é meu filho, o filho que não puxou o lado inteligente do pai, só o ingênuo da mãe. Aaah...Desperdício de potencial, ninguém mandou gostar da lagarta júnior.

–Seu filho hum? Está bem, vamos deixar os dragões para o senhor, nosso assunto é com nosso irmãozinho desertor.

–Preciso restaurar um pouco mais minhas forças, o pouco que tomei da garota não foi basta.

–Peço perdão outra vez Lord Uriel...Pela fuga antes do término do ritual.

–Isso pode ser reparado Hana, só preciso absorver almas o bastante para meus poderes voltarem. Até lá, ficaremos aqui e dou uma tarefa para vocês rapazes.

–Qual tarefa?

–Fiquem de vigia em Midgard, preciso saber de tudo o que acontece por lá, quando, onde e por quê, sim? Já que são nossos aliados preciso desses favores e localizem alguma cidade mais afastada onde eu posso comer.

–Está bem, vamos procurar.

Kadaj se retira da sala com seus irmãos, Hana também se retira para fazer a vigilância do lugar junto com Hikarium. O dragão negro permanece sentado, imponente como um rei, permitiu-se sorrir de lado ironicamente e tomou entre os dedos uma mecha de seu longo cabelo castanho:

–Zeras Zeras, como foi tola de pensar que poderia me deter.......Já que não posso acertar as contas diretamente com você, veremos se a sua menininha vai ser capaz de me proporcionar diversão suficiente.

Riu baixo e fechou os olhos por um momento, permitido-os brilharem ao abri-los. A heterocromia em seus olhos tinham a capacidade de prender a atenção de qualquer pessoa, porém ao mesmo tempo, implantava o medo e o desespero em quem os encarasse. Uriel alarga o sorriso e calmamente, planeja com detalhes sua vingança contra o sangue de Zeras


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