Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 18
Capítulo 18- O ressurgir da Alma Sombria


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap fofuras, dessa vez fluindo um pouco mais XD qualquer erro me avisem ok?!

Bos leitura!!!!



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No mesmo dia, Konma guiou a equipe Avalanche até a montanha da nuvem cinzenta, nome do lugar onde Uriel fora selado, localizada no Vale do selamento. A nave de Cid pousou um pouco afastado do pé da montanha, deixando-a escondida entre as roxas:

–Certo, é aqui Konma? -Cid abre a porta da nave-

–Sim, é aqui. Montanha da nuvem cinzenta.

–Porque esse nome?

–O nevoeiro que se forma aqui é bem cinzento, então os antigos resolveram dar esse nome para ela...Bem óbvio - ri -

–Então, é aqui que a esconderam. - Vincent é o primeiro a sair-

–Sim mas precisamos nos apressar, estamos ficando sem tempo.

O jovem guiou a equipe através do imenso corredor e foi escolhendo por onde seguir graças ao cheiro de Azera, que estava bem perceptível. Em certo momento conseguiram escutar o grito da moça, seguido de um rugido dolorido e leve som de correntes. Konma conseguiu sentir o cheiro de sangue ficar mais forte no ar, praguejou baixo e apertou o passo, fazendo a equipe imitá-lo.

Conforme desciam logo chegaram na ponte encontraram os rastros de sangue e ousaram olhar para baixo, mantendo-se abaixados para não serem percebidos, a cena inicial não foi lá muito bonita.

Podiam ver parte da rocha matriz de onde estavam, e da mesma forma, o símbolo tingindo-se de vermelho. Vincent pediu a Konma para ir mais rápido assim que escutou a voz dos generais e pode ver uma Harpia apoiada em uma das paredes. Depois de algum tempo o jovem dragão parou em uma saída mais elevada do chão, se abaixaram para analisar a situação e foi difícil para eles segurar um urro de espanto.

Azera estava ajoelhada, presa com correntes no pescoço, pulsos e tornozelos, atadas nas paredes. As asas brancas já estavam rubras devido ao sangue que delas escorria e seu corpo estava da mesma forma, cheia de cortes e hematomas. Seu sangue fazia o chão se tornar vermelho por inteiro, aparentava não suportar ficar de joelhos mas as correntes bem firmes não lhe permitiam ir ao chão. Dragak ainda se aproximava e usava as garras para rasgar mais as asas dela, provocando o rugido dolorido e o baixo resmungo de sua voz exausta:

–Já está bom Dragak, o selo já está bem encharcado. Não exagere, não quero que ela morra, ainda.

–Como quiser Hana.- Chuta as costas da moça-

–Já podemos começar isso, agora, só falta ler isto aqui.- Desenrola um velho pergaminho cinzento-

–Como sabe se isso vai mesmo funcionar?

–Simples Alvidna, não saberemos se não tentar! Dragões como ela se regeneram, ela não vai morrer se não der certo.

A pequena general começa a ler os escritos, na língua dos dragões, mantendo os olhos fixos na draconiana acorrentada. No chão, o símbolo encharcado se ilumina e absorve o sangue na rocha matriz, Hana sorri de lado. Mais um grito vindo de Azera e o selo começa a se desfazer aos poucos, começando pelos anéis tribais ao redor da meia lua, as correntes na menina se iluminam e é a vez de Konma se desesperar:

–Droga, ela leu rápido aquele pergaminho, já começaram a desfazer o selo!

–E o que fazemos agora? - Yuffie sussurra para Konma-

–Precisamos ir, derrubaremos os generais e não podemos deixar ela terminar de ler. Se ela terminar de ler e os círculos sumirem, a meia lua vai começar a se desfazer e.........

–E?

–As correntes vão drenar a energia, a marca na testa da Azera vai se desfazer também, ela é a chave. A vida dela é a chave.

–Se a meia lua dela sumir...Ela vai...

–Ela morre!- Konma sai do esconderijo e corre rápido na direção de Hana, derrubando a menina e fazendo o pergaminho cair longe-

–Mas o que....

–Desculpe atrapalhar mas, aquela moça vem com a gente. - Sorri desafiador-

–Quem é você? - Dragak rosna-

–Eu? Não vou dizer meu nome, sinto muito! - Os olhos alaranjados cintilam-

–Esses olhos.....Parecem com os do Lord...U...

–Agora!!

A Avalanche entra em cena e enfrenta os generais, as Harpias descem das paredes e a luta vira uma confusão, enquanto Azera só consegue arfar e observar os círculos se desfazendo, já estando na metade do primeiro dos quatro círculos. Ela sabia que os dois primeiros se desfaziam mais devagar por serem os mais fortes, mas se chegasse ao terceiro que se desfaria mais rápido, não lhe restaria muito tempo de vida.

Tentou se soltar enquanto os generais estavam distraídos mas quanto mais se mexia, mais as correntes drenavam sua energia e transferiam a mesma para o selo, acelerando o processo e lhe causando mais cansaço e dor. Decidiu não se mover mais e confiar na equipe.

Konma e Vincent eram os mais habilidosos, Vincent com a Cerberus e Konma com as garras e com adagas, sua luta então estava sendo com Alvidna. Graças a força dos generais, a luta demorou mais do que o planejado, dando tempo do segundo círculo se desfazer até a metade. Hicarium permanecia ao lado da draconiana, vigiando-a mas viu quando Vincent derrubou o general arqueiro, Valus. Isso fez o cavaleiro sair de seu posto e entrar na luta.

A avalanche porém estava sem dois integrantes, Tifa ficara com Rufus para vigiar Cloud então só podiam contar com os punhos de Konma no lugar dela. O jovem tentava se soltar logo de Alvidna para aproveitar a brecha e soltar Azera, mas seu desfoque de segundos lhe causou um prejuízo, a assassina conseguiu acertá-lo no braço e o derrubou por alguns segundos mas não demorou a se levantar:

–Acham mesmo que podem soltá-la? Não nos subestimem!

–Ora....Não nos subestimem vocês, não fiquem se achando só porque são servos de Uriel, aquele lagarto estúpido!

–Olha como fala do nosso Lord! - Avança contra o jovem-

–Tolos...

Tudo demorou muito mais do que o previsto, realmente, os generais eram fortes e habilidosos, principalmente Hana e Hicarium. Azera já ficava mais desesperada ao ver o terceiro círculo já se desfazendo quase que por inteiro mas ficou estática ao reconhecer direito a voz de Konma, ergueu os olhos já meio opacos e viu o rapaz lutando, só pode sussurrar o nome dele antes de sentir o corpo arder fortemente, seu ar quase fora cortado e quase sufocou. O último círculo já se desfazia por inteiro.

A meia lua porém, não se desfez já que Hana não havia terminado de ler e agora lutava com Vincent pela posse do mesmo. Mas o híbrido não esperava que Hana pudesse ter cartas na manga, num giro veloz e ao juntar as suas mãos, Hana altera sua forma, se tornando um ser estranho, sem um corpo físico mas que podia ferir muito bem. Desferiu um golpe potente em Vincent e o jogou contra a parede, pegando o pergaminho e terminando de ler enquanto se esgueirava pela parede.

Sobre a rocha matriz, a última parte do selo já se desfazia, levando consigo a marca na testa de Azera, desfazendo-se aos poucos, junto de sua vida. Konma virou os olhos para ela e cerrou os dentes, precisava arrebentar logo aquela corrente, mesmo que fosse se expor. Afastou Alvidna com a cauda e apenas correu até a menina, não se importando em ser acertado pelas adagas que Alvidna lançava, apenas correu.

Forçou os músculos o máximo que pode, concentrou sua energia nas mãos e saltou, usando as asas para ganhar um pouco de altitude. Hicarium ter saído de perto lhe deu a brecha que precisava e, com toda a força, acertou as garras na corrente direita, arrebentando-a e o mesmo fez com a do pescoço e do braço esquerdo. Mas as correntes dos tornozelos não se soltavam. Passou a se defender de Eagles e ao mesmo tempo golpeava as correntes, que ainda prendiam os pés de Azera:

–Droga! - A meia lua da rocha já estava pela metade- Se mantenha acordada Azera!

–E......es...tou.....c...com... - Os olhos vão se fechando-

–Não dorme!!!

–Que venha o mestre Uriel!- Eagles acerta o ombro do rapaz-

Já sem opções, Konma concentrou energia na ponta da cauda e num último esforço em cima da hora, acertou as correntes que faltavam, sendo que a meia lua já estava quase toda desfeita. As algemas se partem e ele consegue erguê-la no colo, dando o aviso para a Avalanche e abrindo caminho para a fuga deles pelo ar.

Azera porém, tinha o símbolo em sua testa quase desfeito, sobrando pouco menos da metade em sua testa, seu corpo mutilado de ferimentos em alta temperatura, asas quase partidas e olhos opacos e respiração fraca. O rapaz abrira uma passagem maior e com muito esforço, fez uma das paredes da caverna ruir, permitindo a fuga da equipe toda.

Hana aproximou-se da rocha matriz, se irando ao ver o símbolo ainda lá, mesmo que pela metade, o ritual não se completara. Já se preparava para praguejar e talvez punir os outros generais por permitirem a fuga mas graças ao sangue de Azera no chão, o selo se desfez, absorvendo o mesmo. Puderam escutar o som do selo rompido e o rugido de tom grave ecoar sob a rocha que começara a rachar. Num tremor avassalador, ela se desfaz inteira e uma coluna de fumaça sobe do meio de seus pedaços.

Podiam ver a forma de um homem, aparentemente musculoso, cabelos medianos esvoaçantes , corpo exposto e meio cambaleante mas seus olhos eram únicos, um alaranjado e outro vermelho:

–Lord...Uriel...- Os generais se curvam com Hana-

–.....-Respirou fundo- Ah....Há quanto tempo....Hana....

–Seja bem-vindo meu mestre, lhe trouxemos isso. - Dragak estende a ele roupas de pele-

–Prestativos. - Se veste- Por quanto tempo estive aqui?-Sua voz grossa causava arrepios-

–Muitos anos meu senhor, mais de uma centena de anos.

–Demoraram todo esse tempo para me libertar?

–Perdão mestre, mas precisávamos encontrar o dragão do sangue de Zeras.

–A descendente.......Aquela menina......Azera não é?

–Sim meu senhor, foi difícil encontrar a situação certa e o método certo para capturá-la.

–Muito bem, conseguiram de fato...Mas...

–Mas?

–Foram muito estúpidos! - Eleva a voz-

–Co-Como assim mestre? -Dragak se abaixa mais-

–Deixaram ela ser levada antes do ritual se completar....Ou seja...Não absorvi energia suficiente para voltar com força total....

–Como podemos reparar nossa falha?

–Aproxime-se Harpia.

–Como desejar. - Se aproxima-

–Pode corrigir desse jeito -Segura o Harpia pelo pescoço e aperta, drenando a vida do general-

–Me...Mestre? - Alvidna recua-

–Pagarão assim, com sua vida!

Num estalar de dedos, os generais não puderam se mover, apenas podiam gritar implorando misericórdia enquanto Uriel tomava deles a energia que não pode absorver por completo, matou um por um incluindo as outras Harpias, deixando Hana e Hicarium por último:

–Pi..Piedade meu senhor..E..Eu juro que....

–Eu não te matarei Hana, nem você lanceiro.

–Na....Não?

–Vocês são os únicos generais que preciso, os outros eram inúteis para meu propósito, fracos demais.

–...Lhe serviremos como sempre fizemos meu Lord. - Hicarium sente o corpo livre-

–Basta ordenar e faremos. - A menina se levanta-

–Infelizmente o fruto de Zeras continua vivo, mas ferida o suficiente para me dar tempo de me acostumar com essa era com tudo isso, mudou bastante hum.

–Sim senhor.

–Preciso me fortalecer bem antes de tomar alguma atitude, arrumaram alguma aliança?

–Sim, com um grupo liderado por um jovem chamado Kadaj, eles tem ligação com Jenova.

–Perfeito! Como esperado de vocês, uma aliança muito útil. Chamem esses rapazes, guiem eles para um novo esconderijo...Não quero mais ficar enfurnado nesse lugar.

–Como desejar senhor.

Uriel usa outra rota e caminha para fora da montanha, sendo seguido pelos dois restantes. Logo a luz do entardecer toca seus olhos, fazendo os se fecharem por alguns minutos para logo se abrirem, um sorriso acompanha a iluminação em seus olhos, um sorriso típico de si, extremamente sombrio.


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Notas finais do capítulo

Bom meus lindinhos, não esqueçam de comentar o que acharam viu??? logo logo vem maaaaais!!! Espero que tenham gostado x3

Bjokas



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