Final Fantasy VII - Haku Ryuu No Saga escrita por Kira


Capítulo 20
Capítulo 20 - Plano de voo


Notas iniciais do capítulo

Hellooo peopleeeeeee! Sinto muito pela demora tão gigantesca. 2015 foi um ano difícil e me atrasou bastante mas finalmente voltei para vocês ♥ Muito obrigada a todos que comentaram e deixaram sua opinião e incentivo para mim, amo vocês de paixão apaixonada!!!!!

Sem mais delongas, aproveiteeeeem!



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Fogo, cinzas, sangue... E assim mais uma coluna de fumaça se erguia no horizonte levando consigo os gritos de pavor de vidas inocentes cujas almas haviam sido devoradas, sem a menor piedade, pelo recém-desperto dragão de escamas negras. Acabara de devorar a última criança de um vilarejo isolado e em suas mãos, estavam as marcas de sangue fresco, banhando suas garras e suas palmas. Seus passos ecoam surdos conforme as botas tocam a terra coberta de escombros e em seu rosto, jazia o sorriso pervo de sempre, um tanto sádico:

–Meu mestre...

–Ah Hana, aí está você. Muito bem, este vilarejo miserável até que serviu bem.

–Fico muito grata de lhe agradar meu senhor.

–E onde está Hicarium?

–Montando guarda como ordenou.

–E aqueles três....Estão de vigia ou todo aquele papo era só balela?

–Estão próximos de Midgard meu senhor, estão sendo vigiados por mim.

–Sempre eficiente, por isso você vive tanto Hana – O corpo forte se vira para a jovem loira-

–Como meu senhor está se sentindo?

–Agora sim estou me sentindo...Vivo! Não como desejo mas estou quase lá.

Uriel apressa seus passos para fora do que restou do vilarejo até uma pequena movimentação chamar sua atenção, ao que parecia, ainda havia alguém vivo nos escombros. Respirou fundo absorvendo o cheiro de seu próximo e último alvo e não tardou em seguir até lá, erguendo uma viga e encontrando o que havia se movido. Uma jovem ainda respirava mesmo que seriamente ferida, suas pernas e cintura haviam sido esmagadas pela pesada viga e seus estilhaços perfuraram sua pele mas ainda lutava para viver, um esforço inútil na visão do dragão.

Os fios claros da humana lembraram a ele aquela que tanto desejava tragar a vida e isso levou Uriel a se ajoelhar com o mesmo sorriso pervo:

–Hum, por quê ainda se debate tanto para viver verme humano? Não há escapatória para você, seria melhor se tivesse morrido antes de eu lhe perceber aqui.

–Por favor....Tenha piedade....

–Hahahahahahahahaha, piedade...Essa palavra é tão patética! Não tenho esse tipo de sentimento estúpido, ainda mais por um ser tão fraco como você. -Uma das garras pontiagudas desce às costas da jovem e perfuram a carne lentamente- Que seu sangue seja aquele a matar minha sede e seus gritos...Os que me darão alguma diversão!

Forças faltaram à jovem para gritar ou pedir por algum socorro, estava indefesa diante do ser que lhe perfurava a espalda com uma lentidão sádica, lágrimas grossas deixaram seus olhos e todo o corpo esguio estremeceu. Uriel repetiu a ação mais algumas vezes suspirando em deleite pelo sangue em suas garras, decidindo enfim perfurar mais acima e acertar de vez o coração já enfraquecido da humana que, pouco a pouco, perde o brilho de seus olhos e o fôlego de seus pulmões. Minutos depois a vida já deixara o corpo frágil e o dragão tinha acesso ao que mais desejava. Sendo assim virou como pode o corpo para si e levou dois de seus dedos manchados de sangue para o peito alheio e erguendo estes, trouxe consigo algo semelhante a um fluxo de Lifestream, esta seria a alma que traria de volta seu poder.

Sem demora tragou o fluxo até sua última gota, largando o corpo gélido de sua presa de lado. O sorriso perverso se alargou e de sua garganta ecoou seu riso típico, sentia ainda o sabor do que havia tragado e enfim seu poder de volta a seu melhor estado, enfim estava pronto para enfrentar sua rival:

–Hana!

–Sim mestre Uriel!

–Reúna meu exercito para ontem! Midgard não escapará de mim desta vez... Chegou a hora de eliminar o maldito sangue de Zeras, de uma vez por todas! -Seu rugido estrondoso ecoa através do vento e a terra estremece sob seus pés-

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A Avalanche nunca passou por tanta tenção antes, a apreensão que pairava no ar os sufocava tanto que quase estavam fatigando e uma sensação horrível os incomodava. A Shera agora era o lar provisório da equipe, não podiam ficar em qualquer outro lugar porque a preocupação de serem atacados a qualquer momento era constante, se esforçavam para se manterem atentos à qualquer sinal de seu inimigo.

Konma e Azera passaram praticamente a noite toda na biblioteca e na sala de computadores procurando um meio de livrar Cloud de seu parasita, o loiro passou a se sentir cada vez mais fraco e mais suscetível a um novo descontrole, mesmo que seu elo estivesse por perto. A draconiana suspirou exausta e frustrada, recostou-se na mesa e suspirou outra vez por não encontrar uma solução rápida e viável, não conseguia pensar em nenhum encantamento ou conjuração que pudesse ajudar:

–Ah... Sinceramente me sinto inútil!

–Não fale assim Azera, você vai pensar em alguma coisa, sinto muito não conhecer nada que possa ajudar.

–Você já me ajuda bastante ficando ao meu lado Konma, só fico mais aflita porque ele não melhora...... Falando em Cloud, têm notícias?

–Tifa me disse que ele não se sente bem, nem tem apetite algum.

– Estamos ficando sem tempo......Se Uriel resolver aparecer agora...Eu nem sei o quê...

–Shhh, não pense nele agora está bem? Vamos conseguir uma cura a tempo.

Os braços gentis do jovem circularam os ombros tensos de Azera, oferecendo a ela um abraço tranquilo, conseguindo ajudar a moça a se acalmar mas conseguiu agitar seu coração. Um suspiro abandona as narinas e ela se vira para ele com um sorriso carinhoso, elevando uma das mãos para acariciar o rosto do rapaz. O mesmo sorriso se forma nos lábios de Konma que se aproxima lentamente, focando os olhos alaranjados nos dourados a sua frente até que os lábios se encostaram.

Com mais um suspiro, os olhos de ambos se fecharam para que o beijo sutil pudesse continuar, levando Azera a abraçar seu companheiro pelos ombros e acariciar os fios macios. Konma desceu os braços para circundar a cintura da moça e permaneceram assim por alguns minutos, movimentando ambos os lábios sem pressa ou afobação, somente saudade pelos anos que permaneceram afastados.

Ao se separarem, um novo sorriso toma conta dos dois ao passo que o rapaz acaricia os lábios de Azera com o polegar destro, voltando a abraçá-la por mais alguns minutos. Porém, o sorriso de Konma diminuiu um pouco assim que seus pensamentos se voltaram a seu pai, não podia deixar que ele ferisse sua amada e nem seus novos companheiros, mas como faria para impedi-lo? Uriel era, sem dúvida, poderoso demais para se enfrentar sozinho e não queria deixar a Avalanche sem reforço, mas então o que faria?

Suas aflições foram afastadas pelo abraço forte que estava recebendo e se permitiu relaxar um pouco, desfrutando da companhia que tanto prezava. Tamanho momento de paz trouxe maior clareza para a jovem que tomou uma decisão importante, não poderiam ficar ali sem fazer nada, precisavam treinar os que iriam montá-los. A ideia pareceu absurda em primeiro plano mas era o mais viável, se lutassem com cavaleiros em suas costas seu poder de ataque seria dobrado. Com a mente mais calma pode enfim raciocinar direito, se foi a lança que implantou o parasita em Cloud, a mesma lança poderia anular o tal Uínculo, como era a última pergunta:

–Konma...

–Hun?

–Você já foi montado antes?

–Azera...Você não está pensando em....

–Estou.

–Ficou maluca? Eles nunca montaram antes e...E muito menos nós fomos montados!

–Eu sei e estou ciente de que não temos muito tempo mas é uma maneira de protegê-los também, vamos confie em mim, precisamos tentar.

Um longo suspiro abandona o rapaz que ainda observa a moça contrariado, sabia dos riscos de colocar alguém em suas costas, ainda mais numa guerra mas não poderia resistir quando ela pedia assim. Por fim acabou acatando a ideia e acompanhou-a até a cúpula da nave onde pediu para que Cid reunisse seus companheiros, não demorando de explicar seu plano quando todos chegaram. O plano todo consistia em treinar cada integrante com técnicas básicas de voo ao mesmo tempo em que teriam de comandar os dragões. De fato os dragões sozinhos poderiam fazer um estrago mas ter um cavaleiro os ajudava a observar as outras direções enquanto se concentravam em ir para frente, evitando assim um ataque surpresa.

Toda a equipe pareceu apreensiva ao imaginar estar nas costas de um lagarto tão grande e imponente mas foram animados pelos lados positivos de arriscar tal manobra. Konma por outro lado ainda estava relutante, já havia presenciado voos que terminaram em terríveis acidentes com os cavaleiros, e na guerra então, a cena era de massacrar o coração.

Cid logo partiu sob as diretrizes de Azera, buscando um penhasco de boa altitude para o treino, era preciso um locar amplo o suficiente para treinar manobras de emergência e para quedas de diversas durações. Chegando em seu destino finalmente desembarcaram, acompanhando os dois alados enquanto Tifa permaneceu com seu amado. O forte vento bagunçava os fios brancos de Azera que podia sentir as asas formigarem para se abrirem, desejava alçar voo logo:

–Aqui estamos nós, quem quiser ser o primeiro, um passo a frente – Sorriu gentil enquanto assumia a forma do enorme dragão branco, visto pela última vez na cidade.-

–E...Eu vou..Vou mostrar como se faz! - Barret aproximou-se com empolgação do dragão agora abaixado, usando a pata como apoio para os pés e os espinhos das costas como apoio, se alojando entre eles.-

–Pois bem, sua vez Konma – A voz alterada do dragão se volta para o jovem que logo assume a forma de um dragão de escamas grafite e asas negras, contrastando bem com seus olhos alaranjados.-

Vincent tomou a frente e caminhou em direção a Konma, estava curioso para sentir a sensação de voar nas costas de um dragão, imitando Barret para subir. Azera os tranquilizou antes de tomar frente a beira do penhasco, repairando fundo antes de abrir as longas asas e deixar que o corpo se projetasse para frente, caindo sem ter de pular. Barret teve de se segurar bem no espinho a sua frente enquanto olhava um tanto assustado a velocidade com que desciam, sendo acompanhados por Konma logo atrás.

O penhasco era alto o suficiente para uma queda em alta velocidade e uma abertura de asas mais perto do chão, o que arrancou alguns gritos animado daquele que levava o braço robótico quando aconteceu, o híbrido junto do cinzento lagarto apenas suspirava e se impressionava com a velocidade das manobras arriscadas entre as pedras.

Ensinaram o que precisavam saber conforme se moviam, principalmente quando voltaram a subir pela encosta que haviam descido, batendo as asas com um vigor incrível até estarem acima das nuvens. A expressão maravilhada dos cavaleiros era digna de uma foto até o susto de estarem caindo de novo, porém agora com giros e acrobacias durante a queda. Voavam em direção oposta ao vento, fazendo com que seus humanos sentissem como era voar assim, lutando contra fortes correntes de vento e cortando as nuvens com as asas.

A sensação de ter alguém em suas costas era diferente demais para os dois draconianos e era ao mesmo tempo interessante, se divertiam com os gritos de Barret. Logo estavam pousando sobre o mesmo penhasco e repetindo o processo com cada integrante presente, seguindo até que restasse apenas Cid. Enquanto decidiam quem levaria o loiro, outro loiro teimoso vem acompanho de Tifa que suspirava cansada, aparentemente tentou impedi-lo e não pode:

–O que estão fazendo aqui? Cloud, não deveria descansar? - Barret tenta repreender o amigo que só retrucava estar bem-

–Eu..Também vou treinar...

–O que? Nem pensar, não pode voar nessas condições! - Azera intercede na tentativa de convencê-lo.-

–Eu já disse que estou bem, eu vou!

–Cloud...

–Azera eu estou dizendo que vou e você vai me levar! -Pela primeira vez o loiro ergue sua voz com agressividade, fazendo o dragão se abaixar na hora, uma desvantagem do elo, este a obrigava a obedecer o que era ordenado por Cloud-

–Bem...Então vou com você Konma! - Cid assumo seu posto mas seu dragão não estava gostando nada disso, sentia um péssimo pressentimento.-

Sob insistência e teimosia, repetiram o mesmo processo de posicionamento e voo, imitando o trajeto feito anteriormente e as mesmas manobras. Mas durante a subida, o parasita no peito do loiro se manifesta, ignorando a ressonância do elo e tornando o cavaleiro extremamente agitado, bruto e violento. O loiro berrava, chutava e batia contra as escamas dela, o que foi ignorado brevemente por Azera até o momento em que a ressonância do parasita interferiu, afetando diretamente a draconiana.

Sentiu pontadas nos lugares onde havia sido golpeada e percebeu o calor que dali emanava, o corpo de Cloud fervia em uma temperatura absurda para um humano, tão absurda que atrapalhou o voou. A situação foi rapidamente percebi por Konma que desviou sua direção para ela, sob comando de Cid igualmente alarmado, ele estava sentindo que algo ia dar errado. As asas dela estremeceram e o corpo todo estava em letargia, se movendo devagar demais para a velocidade, causando a desestabilização e queda dos dois.

Konma prontamente voou para baixo de Azera que não conseguia estabilizar e girava de forma descontrolada. Usou de seu corpo como amparo na tentativa de ajudá-la a estabilizar as asas mas foi impedido por estranhas flechas flamejantes que saiam das marcas na pele de Cloud e teve de se afastar, não entendiam o que estava acontecendo, Uínculos não podiam fazer isso, podiam?

Na velocidade da queda, ela percebeu que logo topariam de frente com um pilar alto do cânion e, com certeza, não sairiam vivos, precisava reagir e rápido! Num ato de desespero diante da letargia cada vez mais forte, usou da cauda para segurar o loiro e trazê-lo para suas patas, mesmo que o calor fosse fatal, iria protegê-lo. Usou de toda a força para cobrir suas patas com as asas enquanto girou para que sua queda fosse de costas, topando com tudo contra as rochas e indo de encontro ao chão num impacto estrondoso.

Konma desviava das flechas e tentava chegar perto até o momento da queda que o deixou perplexo, com a força do impacto era mais que certo que os ferimentos seriam graves. Sua fúria e choque foram avassaladores enquanto escutava seus companheiros gritarem pelos dois que caíram, em sua mente a cena se repetia enquanto descia aflito em meio a poeira, buscando sua senhora.

Seu trauma de voos com cavaleiros era bem plausível, o mesmo tipo de acidente ocorrera com sua mãe e com Zeras anteriormente e nessa ocasião, se tornou órfão. Tentou segurar o pânico enquanto procurava, batendo as asas para afastar a imensa nuvem de poeira, chegando a rugir na esperança de que ela respondesse, mas o que recebeu foi uma nova onda de ataques flamejantes.


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Notas finais do capítulo

E entonnn pessoal, o que acharam?? agora eu manterei um ritmo melhor de postagens e manterei a história atualizada para vocês x333 aguardo seus comentários



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