Love Ryuzaki escrita por Nekoyama


Capítulo 2
II - Descobertas...




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– Bom dia!

– Bom dia mãe – digo chegando à sala, toda arrumada para ir pro colégio -
Ann... Mãe...

– Sim?

– Bem... Eu não estou andando muito bem nos estudos, certo? Então... Um garoto de lá da minha sala, se ofereceu pra me ajudar nos estudos e melhorar minhas notas.

– E quem é ele? – Estava com medo dessa pergunta...

– E-ele? Bem... Ele é o garoto mais inteligente da minha sala.

– O mais bonito também? – Eu corei na hora.

– Q-quê!? Q-que é isso... B-bem... Ele não é feio... - Eu deixei escapar um riso.

– Sei...

– Enfim, tem como ele vir pra cá depois da aula? – Falei, sem graça -.

– Hum... Eu trabalho à noite... Mas acho que não tem problema em eu o deixar vir.

– Mesmo!?

– Mesmo filha! Arruma logo um namorado! - Minha mãe brincou.

– P-para mãe! - Fiquei acanhada.

– Tá bom... Agora vá pro colégio, senão você vai se atrasar u.u

– Vish... É mesmo... Tchau mãe, estou saindo! - Pego minhas coisas e saio pela porta.

Não sei por que eu fiquei preocupada em me atrasar... Sempre cheguei antes do sinal tocar... Mas eu queria vê-lo. Queria ver o rosto dele outra vez, sorrindo pra mim.

Cheguei ao colégio. Já estava no corredor que me levava até a sala de aula. Perto da porta, eu vejo o Lawliet, fiquei muito feliz! Mas ele estava... Conversando... Com outras... Garotas... – Meu sorriso sumiu automaticamente - Passei por ele, ser sequer olhar pro rosto dele. E ele não parecia entender o que estava acontecendo comigo.

– Misa! Espera! – saiu atrás de mim, deixando as garotas dali de lado - O que aconteceu?

– Nada não. Só não queria te atrapalhar, conversando com aquelas garotas. Parecia ser importante a conversa que vocês estavam tendo... E elas também.

– Elas? Importantes? - Ele começou a rir - Não tem ninguém mais importante pra mim do que você. – Ele falou essa última frase bem baixinho, acho que ele não queria que eu ouvisse.

– O que? Desculpa, não ouvi direito a última frase que você disse...


– N-nada não! Esquece o que eu falei... - Ele acanhou.

– Então tá...

– Então Misa... Sobre aquele assunto de ontem, você resolveu?

– Bom, minha mãe disse que não teria problema em você ir lá a minha casa... Pra estudar é claro.

– E você acha que eu faria o que, além disso?

– N-não s-sei! Diga-me você!

– Você é uma garota bem interessante Misa. - Ele riu.

– Vou encarar isso como um elogio.

– Mas foi um elogio. - Ele ficou olhando para mim. Como se estivesse prestes a querer fazer alguma coisa.

* O sinal de início da primeira aula toca *

– Então... Mais tarde a gente conversa! – Falei.

– Ah, ok... – Ele sorriu e foi sentar em seu lugar.

Sinceramente, eu nem prestei atenção no que o professor estava explicando. Tinha ficado muito distraída olhando para Lawliet, perdido em seus pensamentos... Assim como eu. Mas resolvi pelo menos copiar o que ele colocou no quadro. Acho que, ao invés de minhas notas melhorarem com a ajuda do Lawliet, só vão piorar mais ainda.

Depois de um tempo, consegui prestar mais atenção na aula. Eu realmente estava querendo entender o que o professor estava falando. Mas do nada, uma bolinha de papel amassada cai em cima de mim, o que me parece estranho. Abri a bolinha... Tinha algo escrito nela:

“Vamos tentar nos conhecer melhor, hoje depois da aula? Por favor, não pense em nada fora do comum kkkk. – Lawliet.”

Olho pra ele, e ele dá um sorriso pra mim... Meio que sem jeito. Retribuo com um sorriso acanhado. Engraçado foi o fato de que ele me pediu para não pensar em “nada fora do comum.” Impossível não pensar em outras coisas com essas palavras!! * risos * Não o que esperar dele, sempre tão misterioso... – suspiro.

* O sinal do almoço toca *

Como de costume, sempre acabo sentando-me na mesa que é um pouco mais afastada das outras. Não tenho amigos com quem sentar. De repente, Lawliet aparece:

– Misa! – fala, acenando pra mim.

– É... O-oi! – falo surpresa .

– Posso sentar aqui com você?

– Claro. Não tem nada te impedindo de sentar ao meu lado, né?

– É o que parece. – Ele se sentou.

Eu sinceramente não sabia o que falar com ele. Afinal, nós só nos conhecemos oficialmente ontem. Apesar de nós estudarmos na mesma sala já faz um tempinho.

– Então... Não tem problema mesmo em eu ir à sua casa pra te ajudar nos estudos, né? – Pergunta Lawliet.

– E-estudos? Claro que não tem problema! – Tentei ser a pessoa mais simpática possível.

– Mas e seus pais?

– Moro com minha mãe, e sou filha única.

– Também sou filho único, mas moro com meus dois pais. Os seus se separaram?

– Sim. Meu pai maltratava muito minha mãe, aí ela resolveu dar um basta nisso e se separou dele.

– Nossa... Não sabia que você tinha passado por problemas desse tipo... – ele parecia um pouco triste.

– Não precisa ficar assim, isso já passou. Agora está tudo bem, certo? – Eu sorri.

– Certo... – Ele retribuiu o sorriso.

* O sinal de fim de almoço toca *

– É melhor corrermos até a sala – Disse ele.

– Tudo bem.

Como a sala do refeitório é muito longe das outras salas (sim, o colégio é enorme), é comum ver pessoas correndo pelos corredores do colégio. Embora isso seja proibido...

Ele segurou minha mão e me puxou, e fomos correndo pra sala. Percebi que as garotas do colégio tinham ficado um tanto que irritadas com isso, o que não é surpresa já que Lawliet é cobiçado por todas elas. Eu meio que fiquei um pouco incomodada com esses olhares, e eram muitos ainda por cima...!

– Desculpe o atraso! – Grita ele, na porta da sala.

Todos olham meio que desconfiados, porque ainda estávamos de mãos dadas.

– Tudo bem. Afinal, não é sempre que vemos vocês chegarem atrasados, e ainda por cima juntos. – Fala o professor.

De repente, todos começam a cochichar... Não acreditavam que Lawliet estava de mãos dadas comigo. Aliás, nem EU MESMA estava acreditando nisso!!

– E-eu vou pro meu lugar! – Grito, e soltei a mão dele o mais rápido possível.

– Onde pensa que vai? – Fala ele.

– Pro meu lugar ué! Aliás... Onde está a minha cadeira!?

– Ah... Esta aqui? – Ele apontou pra cadeira que estava ao lado da dele -.

– Seu besta... – Falei meio corada, e sentei ali mesmo. Ele sorriu.

Quando eu sentei, ele também se sentou, arrancou um pedaço do caderno dele, anotou alguma coisa, e me deu logo em seguida. Eu abri:
“Sou o seu besta.” Era o que estava escrito. Olhei para ele, meio que envergonhada e sem jeito. Preferi não falar nada e continuar prestando atenção na aula. Ou pelo menos tentando, rs...

Ele pega minha mão e entrelaça seus dedos nos meus, ele olha pra mim e sussurra no meu ouvido:

– Gosto muito de você, muito mesmo. Eu sempre reparei em você, até mesmo antes de você perceber. Bem antes mesmo... – Eu corei.

Eu fiquei lá, de mãos dadas com ele. Gostei muito de ter ficado ali, daquele jeito com o Ryuzaki. Ele é mesmo um mistério em forma de pessoa, eu não consigo nem ao menos tentar adivinhar no que ele estava pensando. Ele sempre está sorridente, sem uma mágoa sequer.

– É-é... Que horas são?

– 17h30min. Daqui a pouco toca o sinal... Calma – Ele falou.

Eu realmente deveria ter ficado mais calma, mas isso me deixou mais nervosa ainda. Deve ser porque o Lawliet vai pra minha casa. Eu nunca recebi nenhum garoto lá, e ainda por cima vamos ficar sozinhos lá! * aflição *

– Não sei o que esperar de você, Lawliet.

– Mesmo? Bom saber...

– Como assim “bom saber”??

– Nada não. – Ele sorri.

* O último sinal do dia toca, e todos saem da sala *

Saímos juntos, e fomos pra minha casa.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo promete!!!Gostaram? Comentem >



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