Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 13
Cap XIII: Um inimigo a vista... Para eles


Notas iniciais do capítulo

oi..não me matem por favor.....sei q demorei mto, mas é que eu não tava animada em escrever, além da falta de inspiração, q resolveu viajar e não voltava de jeito nenhum........bom, e falando nisso, eu vou ter q reduzir a fic e correr um pouco com o tempo cronológico por causa da inspiração..as minhas ideias pra fic estão acabando..não ta dando mais pra "encher linguiça" kkkkk...enfim, espero q gostem do cap de hoje...boa leitura *-*



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POV Julie

            Mais uma semana se passou desde que contei ao meu pai sobre a minha gravidez. Ele ainda parecia bem bravo e chateado, mas estava aceitando bem e aos poucos, a minha nova condição. Eu seria mãe em menos de oito meses.

            E... Nossa, eu passei tanto tempo preocupada e focando no meu pequeno probleminha, que até já tinha esquecido uma coisa importante: o meu sentimento pelo Daniel. Toda essa confusão acabou me fazer me desviar das minhas “individualidades”, por assim dizendo, que eu quase não me lembrava que gostava do Dani. Quer dizer, gostava não, eu ainda gosto.

            Não sei dizer se essa é uma boa oportunidade para me aproximar dele. Nessas condições... Eu digo, as minhas condições... Não acho que seria uma boa. Ah, eu não sei. Tenho muitas dúvidas. Não consigo pensar em mais nada a não ser a minha gravidez.

            Daniel, Martim e Félix estavam sempre junto comigo, ao meu lado o tempo todo, cuidando tanto de mim que me fazia sentir como se o bebê fosse eu. Estava difícil ficar sozinha com o Daniel, pra conversar com ele e confessar o eu sinto por ele. Eu não tinha coragem de abrir meu coração pra ele, ainda mais na frente dos outros dois, que estavam sempre atrás como se fossem papagaios de pirata.

            Ter uma chance de me declarar era uma questão de oportunidade. Mas elas estavam meio escassas e enquanto eu não pudesse cria confiança eu não conseguiria.

            Acordei pela manhã pensando em tudo isso, pensando em tudo o que tem acontecido em minha vida ultimamente. Suspirei e me levantei sem querer me levantar. O sono estava demais. Parece que ficar grávida é ficar cansada com muita frequencia. Vesti uma roupa fresca e, aproveitando que não tinha aula, eu sai pra caminhar um pouco.

            Tinha uma praça perto de casa e eu sempre gostei de ir para lá quando criança. É o meu lugar preferido de todos. Fazia-me lembrar de muitas coisas. Quando vazio, era um lugar calmo e ideal para meditar e refrescar a mente dos problemas. Quando cheio, era alegre e cheio de vida e era ótimo estar com os amigos, ri o tempo todo, se divertir, brincar (até mesmo para as pessoas mais velhas). Era um lugar ótimo e eu não abriria mão dele de jeito nenhum quando eu quisesse um lugar só pra mim.

            Ao chegar lá, me deparo com um movimento normal. Nem muito cheio nem muito vazio. Sentei-me em um dos bancos e me deixei relaxar nele. Fechei meus olhos, jogando a cabeça para trás e balançados os cabelos soltos, sentindo a brisa que batia levemente em meu rosto e pescoço exposto, quase como um carinho. Abro um largo sorriso, sentindo uma sensação de nostalgia muito grande. Acabei me lembrando de um momento quando eu era mais nova ali, naquela mesma praça.

~Flashback on~

            “Eu me vi correndo pela praça movimentada, livre com uma pluma. Confesso que parecia uma moleca, mas naquela época eu não me importava com nada. Lá estava eu, com os meus 8 anos, sendo perseguida por três garotos da mesma idade que eu, com exceção de um deles, que era um ano mais velho. Um moreno, um loiro de cabelos lisos e um loiro de cachinhos, o mais velho.

            – E-eu... J-já ‘tô can-cansada-a. – eu disse arfando e parando, apoiando as mãos nos joelhos.

            – Vo-cê-ê ‘tá mui-muito fraquinha. – Daniel disse logo atrás de mim, parando na mesma posição que eu.

            – Olha quem fala. – eu retruquei, puxando o fôlego pra falar mais normal.

            – Confessa que todos nós estamos cansados. – Martim apareceu andando mais devagar, aparentando tão cansado quando nós, mas um pouco mais recuperado.

            – S-só voc-cês pr-pra fala-larem is-sso... Por-que eu estou... Aos pedaços... De cansaço. – Félix veio até nós até cambaleando. Como sempre, o mais exagerando dos quatro.

            Demorou pouco para que nos recuperássemos totalmente.

            – Vamos sentar um pouco. – eu convidei.

            Nós sentamos e logo juntamos as moedinhas que tínhamos guardados para comprar um sorvete para cada um de nós. A ocasião pedia algo bem refrescante, já que, além de cansados, estava um dia bem quente.

            Juntos, nós escolhemos o mesmo sabor: Chocolate. Por incrível que pareça, era o nosso sabor preferido. Nós quatro sempre tivemos gostos bem parecidos. Desde sabores até gostos pessoais, como o estilo musical: Rock. Sempre sonhamos criar uma banda, nós quatro. Quem sabe um dia isso não aconteça.

            – A gente ainda vai brincar mais, né? – Martim perguntou, sempre com aquela inocência de criança.

            – É claro. A tarde toda se for possível. – Daniel disse empolgado.

            Era incrível a energia, a disposição que tínhamos. – Que tal a gente brincar com a minha bola? – eu sugerir.

            – Mas a sua bola está lá na sua casa. – Félix disse com uma cara de “Senhor Óbvio” e os outros dois apenas disseram “É” em concordância.

            – Posso pedir pro meu pai trazer pra mim. É pertinho. – eu disse. Corri até um telefone publico e disquei o número de casa. E assim que meu pai atendeu, eu já tinha pedido pra ele a minha bola.

            Um tempo depois, já estávamos com a minha bola, brincando e se divertindo muito, embalados a muitas risadas e brincadeiras.”

~Flashback off~

            Sem perceber, lágrimas escorriam meu rosto. Tratei de limpa-las em seguida com a ponta dos dedos. E como sempre... Droga de hormônios de gravidez, que deixam todas as mulheres loucas e sensíveis e choronas... Mas confesso: foi bom relembrar tudo isso.

            Ainda perdida em pensamentos, nem ao menos percebi que havia alguém se sentando ao meu lado. Viro o rosto para o lado e vejo quem é a minha atual companhia.

            – Oi... Desculpa se estou te atrapalhando ou te incomodando, mas é que eu sempre gosto de sentar nesse banco e hoje ele está ocupado. Espero que não se importe com a minha companhia. – disse sem graça o garoto de cabelos pretos e lindos olhos.

            – Imagina. Nem me importo. É que tem um tempo que eu não vinha aqui. Estava com saudade. – sorri. – Qual o seu nome mesmo?

            – Nicolas. E o seu?

            – Juliana. Prefiro Julie, na verdade.

            – Prazer então, Julie. – disse sorrindo e eu soltei um “Igualmente”. – Mora aqui perto?

            – Sim. É por ali. Virando aquela rua ali. – eu expliquei com as mãos.

            Eu e o Nicolas, que depois de um tempo reparei que era bem bonito, ficamos conversando por um bom tempo. Eu e ele contamos um pouco de cada um de nós um pro outro. Ele me contava tudo da vida dele e eu, da minha.

            Eu contei da minha gravidez e ele me desejou sorte. Disse que eu iria precisar de muita. Ele me contou coisas muito pessoais, coisas como ele ter tido uma namorada que ele sempre levava para aquela praça, mas que aí um dia ela morreu e ele ficou totalmente desolado. Eu nem perguntei como a namorada dele morreu, pois eu achei que seria chato demais tocar em um assunto tão íntimo e particular.

            – Quer que eu te leve em casa, Julie?

            – Se não for incomodar.

            Ele sorriu e me acompanhou, andando lado a lado comigo.

[...]

            – Obrigado pela companhia Julie.

            – Imagina... Eu é que tenho que te agradecer. Você foi muito legal comigo e... – fui interrompida.

            – Julie. – Ouvi três vozes me chamando o mesmo tempo. Nem preciso dizer quem eram, né?

            – Oi pra vocês também. Olha, esse aqui é o Nicolas. Acabamos de nos conhecer. Viramos amigos. – pausei. – Esses são o Daniel, o Martim e o Félix. – apontei. – Aqueles que eu te falei.

            – Ah... Os “pais” do Júnior. – disse fazendo aspas no ‘pais’.

            – Hm, pelo jeito você andou falando muito de nós para o seu... Amigo. – Daniel disse com certo descaso. Descaso esse que não foi notado por Nicolas.

            – Você já está em ótimas mãos Julie. Eu já vou. Tchau. – Nicolas se despediu de nós e eu olhei meus amigos me fitando com uma expressão que eu não decifrei.

            – E vocês?

            – A gente veio te fazer companhia, mas pelo jeito... – Daniel olhou pra trás vendo Nicolas se distanciando. – Você já estava muito bem acompanhada, né?

            – Nada a ver. Eu só estava na praça, conheci o Nicolas, conversamos, viramos amigos e ele fez a gentileza de me trazer em casa.

            – E você deixa ele te trazer em casa? Um cara que você acabou de conhecer? Você é louca, Juliana? Já pensou se ele fosse um sequestrador... Um Serial Killer... Ou um psicopata. – Daniel continuou.

            – HaHaHa... Que exagero Dani. Eu não sou tola. O Nicolas é confiável. Nós conversamos sobre tudo... Tudo mesmo, só faltou ele me passar o numero do CPF e do RG dele pra mim.

            – De qualquer forma... – o interrompi.

            – Esqueci isso. Entrem, ok? Vou tomar um banho e volto pra ficar com vocês.

POV Daniel

            Entramos na casa da Julie. Eu ainda não esquecia a cena que tinha visto há poucos minutos. Um idiota, na porta da casa da Julie. Não gostei nem um pouco daquilo.

            – Não gostei nem um pouco daquilo. – eu disse pensando alto.

            – Eu também não. – Martim disse. – Achei aquele otário muito suspeito. Não gostei dele.

            – Também não gostei dele. – eu disse segurando a raiva.

            – Eu também. Mas, admitem: Nós só estamos falando isso porque estamos com ciúmes do engomadinho.

            Dei de ombros. E daí se eu tava com ciúmes. OK, eu estava me mordendo de ciúmes. Mas não vou deixar nenhum mané ocupar o meu lugar. Eu posso até aceitar o Martim ou o Félix ficarem com a Julie, menos aquele tal de Nicolas.

            Fiquei bufando de raiva até a Julie voltar. Tive que disfarçar a minha expressão. E esquecendo tudo isso, passamos a tarde toda com a Julie. A companhia dela sempre vai ser a melhor coisa do mundo.


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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram, deixem reviews ok....e inspirem...xauzinho e até a próxima *-*