Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 14
Cap XIV: Brigamos de vez


Notas iniciais do capítulo

oi gente...ok, podem me jogar pedradas, eu sei q demorei muito pra atualizar a fic..podem me odiar...espero q não deixem de ler a fic por causa disso..acontece que eu fiquei muito desanimada pra escrever a fic, por isso parei por um tempo.....e pra compensar, tem um capitulo grandão rsrsrs ou pelo menos espero q esteja grande....eu já até to com o proximo capitulo praticamente pronto e não vou demorar tanto pra posta-lo.....pelas minhas contas, falta mais 5 capitulo pra o fim da fanfic :( mas, enfim kk....puxa, capitulo 14..no inicio pensei numa short fic, 10 capitulos no maximo...agora ja vai dar quase 20...ta vendo o q eu faço por vocês kkkk...enfim, 'bora pra leitura...>>>



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POV Julie

            Depois de uma semana de conhecer o Nicolas, ele passou a fazer parte do meu grupo de amigos... Oficialmente. Descobri que ele iria estudar na minha escola e na mesma sala que eu. Sentávamos perto um do outro, andávamos em grupo no intervalo - apesar do Daniel, Martim e Félix odiarem a companhia e ficarem de cara feia o tempo todo - e sempre fazíamos os trabalhos em sala de aula juntos.

            Os meus outros três amigos não estavam gostando nada de “serem trocados pelo Nicolas”, nas palavras deles. Mas eu não estava os trocando por ninguém, apenas estava fazendo mais amigos e trazendo o tal amigo comigo para ele fazer mais amigos. Os associando. Eu até achei que, de primeira vista, eles iriam se tornar amigos de Nicolas. Como eles têm muitas coisas em comum, pensei que eles se tornassem inseparáveis. E pelo visto eu me enganei.

            Mesmo não aceitando, eles “engoliam” o Nicolas. Estávamos indo para a escola todos juntos e conversando banalidades.

            – É serio, Júh. – Nicolas disse rindo.

            – “Júh”? Nossa, que intimidade. – Daniel sussurrou, mas eu pude ouvir muito bem.

            Resolvi ignorar. – Então... O que você fizeram no final de semana? – Perguntei casualmente.

            – Nada. – eles disseram ao mesmo tempo.

            – Como assim, “Nada”!?

            – Nada, ué. – Daniel respondeu e me olhou como se me dissesse “Isso não está obvio pra você?”.

            Eu apenas revirei os olhos. Pelo jeito ele estava de mal humor e não seria legal o “cutucá-lo” muito.

            O caminho até a escola foi silencioso. E foi o silencio mais constrangedor do mundo.

[...]

            Durante a aula, eu percebi que todos resolveram enlouquecer. E esses “todos” eu digo os meus amigos. Acho que eles acordaram do avesso hoje ou talvez eles tenham sido abduzidos por algum extraterrestre. Eles estavam estranhos e eu não os estava reconhecendo.

            Bom... Talvez eu devesse contar o que aconteceu... Até agora...

~Flashback on~

            “Havíamos acabado de chegar à sala pra assistir a aula do primeiro horário. Sentamos-nos e a professora entrou logo depois, claro, sem antes pedir “educadamente” que os alunos fora da sala entrassem e sentassem. Eu simplesmente tive que rir daquela cena, vendo os tais alunos com caras emburradas e xingando a professora, dizendo que ela, de mau humor, era um saco; já outros diziam que ela estava sendo, digamos... “mal-amada”, pra não dizer outra coisa.

            Mas eu logo fechei o meu sorriso de escárnio e passei a me concentrar no inicio da aula. Ela começou com a sua aula e eu me senti uma criança de novo. Por quê? A professora resolveu passar um exercício com algumas folhas e colagens. Para os que disseram que ela estava de mau humor, mudaram logo de opinião, porque ela estava de muito bom humor pra passar uma atividade tão tranquila e, convenhamos, divertida como aquela.

            No meio do exercício, ouvi a voz de Daniel.

            – Me empresta a cola, Martim. – ele disse baixinho, tom de voz de todos da sala.

            – Pra quê? – ele perguntou.

            – Pra colar, né idiota. – Daniel bufou. Martim jogou a cola pra ele. – Toma. – ele disse depois de um tempo.

            Martim pegou a cola de qualquer jeito e a tapa saiu. Parecia frouxa. Derramou uma boa quantidade de cola em cima da mesa. Irritado Martim virou pra Daniel e disse:

            – Foi você, não foi? – disse e Daniel ria debochado. – Você tem quantos anos? 3? – pausou e olhou pra mesa, no local onde a cola, numa quantidade equivalente a duas colheres de sopa, estava despejada e voltou a olhar Daniel. – Você vai se ver comigo. – sussurrou alto o suficiente para Daniel ouvir. Pediu licença para a professora para procurar algo pra ligar a mesa e saiu. Fiquei olhando Daniel tentando entender o que tinha acontecido. “Ele fez aquilo mesmo?” Pensei com dúvida.

[...]

            Depois do incidente da cola, Martim ficou bastante bravo e chateado e não conversou com Daniel depois disso.

            No segundo horário, estávamos na aula de Educação Física. Bom... Já que eu estava grávida, eu não poderia jogar. Tive que contar pro professor porque eu não podia jogar, ou seja, que eu estava grávida, e ela prometeu ser sigiloso.

            Félix conversava comigo, já que ele também não gosta de jogar. Ele tomava um suco, que eu não faço nem ideia de onde ele tirou.

            – Serio? Seria muito legal se você me ajudasse. – eu disse. – Acho que meu pai esquece às vezes que eu estou grávida e me dá esse monte de tarefas. Eu tenho consulta hoje e não conseguiria terminar de arrumar a casa a tempo. Isso sem contar as tarefas e trabalhos que eu tenho que terminar. Ah... Estudar e estar grávida é tão difícil. – suspirei.

            Ele soltou uma risada sonora. – Até imagino. – pausou. – Não se preocupe. Eu não me incomodo em te ajudar a arrumar a casa. Eu até gosto. Se quiser te ajudo nas tarefas da escola também. – ele disse e fez carinho no meu queixo.

            Estamos sorrindo um pro outro e, de tão distraída, nem vi que o Martim vinha por trás do Félix. A cena a seguir foi inusitada. Martim veio com tudo e trombou no Félix, fazendo que parte do suco derrubasse na camisa do último. Félix olhava a sua camisa indignado.

            – Oi Julie. ‘Tava te procurando. Me empresta seu exercício de matemática. Eu copio no intervalo.

            – Qual é, Martim. Que você é sonso e retardado eu já sei. Mas, um sem noção agora é novidade. Não percebe que você me fez derrubar todo o suco em mim. – Félix disse bem bravo.

            – Foi mal, Félix. Foi sem querer. – Martim disse fazendo um tom de voz inocente.

            – Sem querer vai ser o soco que eu vou te dar. – disse e Martim desviou o rosto. – Não... Não se preocupe. Não vai ser agora. Você ainda vai ter a sua vez. Agora eu vou dar um jeito de trocar de camisa. – e saiu, me deixando com o Martim.

            Fiquei olhando o Félix se afastando enquanto Martim voltava a frisar seu pedido pelo exercício, que eu logo concedi. Fiquei pensando e tendo a impressão que o “esbarrão” não foi nada sem querer. Martim trombou no Félix porque queria. E eu fiquei calada, tentando entender.

[...]

            – Ah, Julie... Você ‘tá tão bonita hoje. – Daniel disse sorrindo torto. Ai, aquele lindo sorriso torto que eu tanto amo.

            – Obrigada... Você também Dani. – eu disse corada. Daniel sorriu mais ainda quando eu o chamei de “Dani”.

            Estávamos na sala de aula, era hora do intervalo. Estávamos eu, Daniel, Félix, Martim, que copiava do meu exercício, e mais alguns poucos alunos, que davam pra contar nos dedos. Mas eu só estava concentrada no meu papo com o Daniel.

            Ele continuou. – Mas, você ainda não me disse se aceitava sair comigo hoje.

            – Eu já te disse que hoje não ia dar, Daniel. – disse doce. – Tenho consulta hoje.

            – Tudo bem. Fica pra outro dia. – ele disse e eu sorri, mas desfiz o sorriso quando olhei pra trás e vi Félix com uma expressão que, na hora, decifrei que ele estava tramando ou fazendo algo errado. Olhei pra Daniel e vi-o juntando algumas bolas de papel. – Vou jogar essas bolinhas no lixo e já volto.

            Ele se levantou e caminhou até a lixeira que tinha na frente da sala. Olhei suas costas e arregalei os olhos. Tinha um papel colado nas costas dele com letras garrafais escrito “EU SOU UM LESADO. ME CHUTEM.”. As poucas pessoas que estavam na sala soltaram uma risada consideravelmente alta e Daniel virou a cabeça sobre os ombros não entendendo.

            Quando ele me olhou e eu apontei pra ele e depois para as minhas costas e ele, entendendo tudo, levou as mãos até as costas dele tirando o papel de lá. Ele leu o que tinha escrito, fechou a expressão e olhou na direção do Félix. Eu o olhei também e ele, sem conseguir disfarçar, fazia a maior cara de ser o culpado.

            – Foi você que fez essa palhaçada, não foi Félix? – Daniel disse amassando o papel em bolinha e tacando com força na direção dele.

            – E se tiver sido? – Félix disse sem medo.

            Daniel ficou vermelho de raiva, deu um chute numa cadeira que estava no caminho e avançou no Félix, que se levantou na mesma hora, o encarando também.

            – Você vai se arrepender disso. – Daniel disso empurrando Félix pelo ombro. Félix revidou o empurrão.

            Eu já podia ouvir os meus outros colegas gritando um coro de “Briga... Briga... Briga...” como se eles ainda estivessem na quinta serie. Eu tive que entrar no meio pra evitar a briga. Até um professor que passava pelo corredor, ao ouvir a baderna, apareceu na sala, dando fim a uma provável briga.

            Ambos sentaram nos seus lugares, mas eu ainda não acreditava no que tinha acontecido. Eu nunca pensei que eles fossem capazes de partir pra cima do outro para brigar.”

~Flashback off~

            Agora, no ultimo horário, estou eu aqui, pensando nas atitudes nada convencionais dos meus amigos. Eu estava tão distraída que nem sequer percebi que meus amigos tramavam. Sim, tramavam.

            Nicolas era outro distraído. Apontava alguns lápis totalmente alheio a qualquer coisa. Daniel, Martim e Félix haviam colocados suas mochilas no chão, praticamente uma ao lado da outra e, coincidentemente ou não, bem no caminho do Nicolas. Eu nem tive tempo te avisar.

            Nicolas levantou da sua cadeira pra jogar as pontas dos lápis no lixo e ao dar os primeiros passos, tropeçou nas mochilas, estrategicamente colocadas, o fazendo levar um belo tropeção. Ele quase caiu. Mas boa parte da sala, que estava concentrada nos seus exercícios viram e riram do Nicolas. A professora viu e totalmente seria perguntou:

            – Tudo bem?

            – ‘Tô ótimo. Vaso ruim não quebra. – ele disse rindo e levando tudo numa brincadeira.

            Olhei para os meus três amigos e vi que eles riam muito. Eles não se sentiram nem um pouco culpados. Nicolas, já de volta, senta-se em seu lugar. Daniel se vira para ele.

            – ‘Ta tudo bem, né? Eu vou tirar minha pasta daqui pra você não cair. Foi mal por isso.

            – Relaxa, Daniel. Você pode colocar sua pasta onde quiser. Fui eu que estava distraído demais.

            Nicolas sorriu e agiu normalmente, como se não visse maldade em nada.

[...]

            – O que foi isso tudo? – eu perguntei.

            Estávamos na praça, uma hora depois da aula. Eu combinei de conversar com eles assim que saímos da sala.

            – Tudo o que? – Daniel perguntou, sem entender.

            – Ora. O Daniel fez o Martim derramar cola na mesa, o Martim fez o Félix derrubar suco na própria camisa e o Félix colocou um cartaz ridículo nas costas do Daniel. E, não satisfeitos, ainda fizeram o Nicolas levar um tropeção no meio da aula. – pausou esperando eles falarem algo. – Vocês estão estranhos demais... Não vão falar nada?

            – Olha, quer mesmo saber. Eu vou te contar.

            – Ah, sendo assim eu conto. – Martim e Félix interromperam.

            Eles começaram a falar ao mesmo tempo entre si e eu não entendia nada.

            – Julie.  Eu te amo. – os três disseram juntos. Arregalei os olhos. Eles se olharam. – Não. Eu é que amo, não você.

            E eles voltaram a discutir. Eu tinha ouvido bem. Meus três melhores amigos estavam gostando de mim ao mesmo tempo? Eu fiquei tão chocada que fiquei aérea por uns segundos. Logo voltei a mim porque... Bom... Eles estavam falando de mim, afinal.

            Não dava pra compactar direito o que eles falavam, já que falavam ao mesmo tempo. Mas eu podia ouvir algumas coisas como “Ela vai ser minha”, “Eu a amo de verdade”, “Ela vai ser minha mulher”, “Você não vai tirar ela de mim”, “Eu passo por cima de você se for preciso. Eu vou ficar com ela”.

            Eu sinceramente não gostei daquilo. Estava me dando náuseas. Eu sentia minha cabeça girar e minhas vistas ficarem embaçadas. Levei as duas mãos em cada lado da minha cabeça e senti lágrimas saírem por meus olhos. Isso pareceu desperta-los da briga.

            – Julie... Você está bem? O que você está sentindo? – Daniel disse preocupado.

            – NÃO. – eu disse exaltada. – Eu ODEIO vocês.

            Eles fizeram uma expressão perturbada. – Você ouviu o que a gente disse pra você. Eu pensei que...  – Daniel começou, mas o interrompi.

            – Eu ouvi o que vocês disseram. E você pensou que o quê? Que eu fosse escolher um de vocês como se fosse uma roupa que eu vou vestir pra uma festa? Ao contrario de vocês, eu não vejo vocês como se fossem um objeto.

            – A gente não disse isso, nós...

            – Não disseram, mas pensam. – o interrompi de novo. – Eu estou me sentindo como se eu fosse um troféu que está sendo competido por vocês. Eu não sou qualquer uma... Que vocês “pegam”... Como se eu não fosse nada. Eu esperava outra atitude de vocês. Eu esperava que vocês entrassem em um consenso, que não me disputassem assim, de forma tão suja. Eu esperava que me conquistassem... Isso se vocês me amassem mesmo como dizem... O que eu duvido, já que parece que você só estão interessados em saber quem é o melhor, quem é que pega a Julie primeiro, como se tivessem se auto promovendo.

            – Julie, eu...

            – CHEGA... Eu não quero ouvir mais nada. Não quero mais ouvir a voz de vocês. Não os quero ver tão cedo. – eu disse tudo e fui embora. Estava muito triste e chateada.

POV Autora

            Julie andou rapidamente, sumindo de vista depressa. Daniel, Martim e Félix tinham expressões chateadas. Perceberam a burrada que tinham feito.

            – Tudo culpa de vocês. – Daniel disse.

            – Nossa. De nós três... Você quis dizer né. – Félix e Martim disseram.

            – Odeio vocês. – Daniel disse cheio de mágoa.

            Daniel, Martim e Félix foram para suas casas, cada um indo por um lado. A amizade tinha desmoronado em minutos. Mas no fundo, beeem lá no fundo, eles torciam pra que todo volte ao que era antes.


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Notas finais do capítulo

e ai? se gostaram e se não gostaram...deixem reviews e me inspirem ok....bjs e até o proximo capitulo........