Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 12
Cap XII: Papa Don't Preach


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora...não me matem...eu ia postar ontem ou anteontem mas acabei esquecendo...além disso, essa semana está corrida...é a semana da minha formatura, então, ta dificil ter tempo rsrsrsrs...o titulo do capitulo é uma musica da Madonna, Papa Don't Preach (https://www.youtube.com/watch?v=G333Is7VPOg) Quem quiser ouvir...a musica fala sobre a "madonna" ter ficado gravida e tal kkkkkkk...enfim, a musica me inspirou...ja escrevi demais aki....boa leitura



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POV Julie

Depois de alguns minutos, eu já estava ficando louca. Meu pai não voltava nunca da cozinha. Meu pai tinha saído para tomar um copo d’água a meia hora atrás e não voltou para a sala. Larguei a almofadinha do sofá, que já estava toda judiada de tanto que eu a apertei e amassei. Sentei-me depois de dar “mil e uma” voltas pela sala. Sinceramente, depois de trinta vezes andar para lá e para cá, eu já tinha perdido as contas.

Mais um minuto se passou e ainda estava inquieta. De 10 em 10 segundos eu me colocava em um lugar diferente. Eu estava ficando cada vez mais preocupada. Meu pai não é do tipo que se acalma facilmente... E muito menos um tipo compreensivo. Não queria que essa minha preocupação passasse para o meu bebê, então eu procurei me acalmar ao máximo.

Finalmente me sentei em um único lugar e fiquei esperando por mais um longo tempo... Bom, quer dizer... Nem tanto tempo assim quase dois minutos depois, meu pai voltou aparentemente mais calmo. Inspirei bem fundo. “Mal ele imagina que pode perder toda essa calma e ficar bravo de novo” Eu pensei. Meu pai se sentou no sofá, com a cabeça baixa e os cotovelos apoiados nos joelhos. Ele passou os dedos pelos cabelos de forma nervosa, mas sem aparentar nervosismo. Ele finalmente levantou o rosto e me encarou.

– Tudo bem. Eu finalmente estou pronto para te ouvir. Pode começar a me falar e me explicar tudo. – pausou. – Ou pelo menos tentar.

Assenti com a cabeça. – Ok... Olha, eu ainda não sei se... Se você vai aceitar isso bem. Eu não ‘to... Não... – eu dizia palavras desconexas. Nem eu me entendia direito.

– Julie... Você não está mais nervosa do que eu... Então se acalma e tenta me explicar tudo direitinho... Não estou entendendo e não vou conseguir te entender se ficar nervosa.

Certo... Era agora ou nunca... (Bendito seja quem inventou essas palavras, mas elas encaixaram perfeitamente naquele momento).

– Bom... Acontece que, eu fui numa festa na casa da Thalita.

– Ah, só podia ser. Eu sempre te disse que ter sua prima como companhia um dia seria uma má influencia pra você. Eu não disse?

– Pai... Não começa.

– O que? Mas é verdade. – ele insistiu.

– Ta... Esquece... Isso só está fazendo desviar do assunto. – pausei e meu pai me deu um sinal para continuar. – Ok, continuando... Eu fui nessa festa e eu bebi um pouco demais e... – fui interrompida.

– O QUÊ? Você estava bebendo nessa festa? Mas essa história está piorando cada vez mais.

– Eu sei que não foi certo eu beber tanto... Mas quando eu percebi já tinha exagerado demais e não consegui mais parar. – suspirei, tomando impulso para continuar.

– E então... Onde a gravidez entra nessa história? – perguntou mediante o meu silêncio.

– Calma... Eu já vou chegar ai... – pausei. – No fim da festa eu voltei pra casa totalmente bêbada sem conseguir nem ao menos lembrar o próprio nome. Eu provavelmente fui pro meu quarto e não consigo lembrar de nada. Eu devo ter... Ãhn... Feito ‘aquilo’ e não me lembro.

– Deve não. Você fez. Senão, não estaria grávida. – meu pai me interrompeu soando totalmente irônico. – E...? – meu pai interrogou como se dissesse “E aí? Cadê a parte importante nessa história toda?”, ou seja, “Você NÃO fez esse filho com o dedo.”

– Bom... E... Eu fui nessa festa com os meninos. – ele arqueou a sobrancelha. – Eu digo, os meninos, o Daniel, o Martim e o Félix.

Eu vi meu pai comprimir os lábios, segurando um provável “O QUÊ?” que sairia alto e severo... Aquela pequena frase que é a sua preferida para comigo. Eu suspirei e continuei:

– E como ambos os quatro estava muito bêbados, nenhum tinha condições de ir pra casa e muito menos de ficar sozinho... Aí o motorista da Thalita trouxe nós quatro para cá, para dormirem e poderem melhorar... E como eu não me lembro de nada, quando acordei pela manhã eu... Eles... Quer dizer, nós... – respirei fundo. – Nós estávamos dormindo na mesma cama... Na minha cama... Apenas de roupa intima e...

– Peraí... – fui interrompida. – Quer dizer que você “dormiu” naquele outro sentido com os três?

– Sim... Quer dizer, Não... Eu não... Bom, eu já disse que não me lembro de nada. Ainda não tenho certeza do que aconteceu.

– E isso significa que... Você não sabe quem é o pai do seu filho? – concluiu.

– Sim... – disse triste, mas ao mesmo tempo aliviada e sentindo como se um peso saísse das minhas costas, depois de contar tudo. – Mas o lado bom é que já tem três candidatos para pais do bebê. – eu disse sorrindo forçado e fingindo um falso otimismo, recebendo um olhar cético do meu pai e me fazendo desfazer minha expressão na mesma hora.

– Não é hora para as suas gracinhas. Não vê que é um momento sério. Você precisa para de brincar e, como dizem vocês jovens, “cair na real” e perceber que você precisa ser tornar responsável porque logo será mãe e terá que cuidar de uma criança. – pausou e suspirou. – Ah, meu deus. Meu bebê vai ter um bebê. – ele disse com um sorriso fraco, nos fazendo levantar e me abraçar forte logo em seguida.

Fiz-me de forte, mas não conseguir segurar por muito tempo. Logo, eu já me via debulhada em lágrimas. Malditos hormônios da gravidez. Sempre deixando as mulheres mais sensíveis e com o humor mais bipolar do mundo. Ri internamente só de pensar no quanto de coisas de eu iria passar por toda a minha gravidez.

Ficamos no abraço por um tempo indeterminado. Ouvimos a campainha tocar. Suspirei.

– São eles. – eu disse bem baixinho, só pro meu pai ouvir.

– Eles, você quer dizer, os seus ‘amiguinhos’? – disse a ultima palavra com certo desprezo. Eu apenas assenti com a cabeça. – Então abre a porta, porque realmente preciso ter uma conversinha com eles.

Suspirei e abri a porta. E lá estavam eles me olhando com uma carinha tão fofa, que na hora tive vontade de apertá-los. Mas eles mal podiam esperar pelo o que viria agora. Dei espaço convidando-os para entrar. Os três foram para a sala e pararam um ao lado do outro. Meu pai se encontrava de costas para eles. “É... Ele com certeza está planejando NÃO ser legal com eles.” Pensei.

Meu pai se virou para eles com uma expressão bem brava e eu engoli em seco. Eu percebi que meus amigos até arregalarem os olhos.

– Vocês... Vocês desvirtuaram a minha filha... Eu tenho vontade de matar vocês três.

– Pai... Por favor, eu... – ele me cortou.

– Shiu... Calada. Minha conversa com você já acabou. Agora a conversa é com eles. – eu assenti e me afastei.

– Seu Raul. Eu queria esclarecer e deixar bem claro que eu não... – Daniel começou, mas também foi cortado pelo meu pai.

– Poupe suas explicações. A Julie já me contou toda a história bem resumida para mim. Eu já ouvi demais e não preciso de mais. Já está bem claro tudo o que aconteceu... Então, por favor, poupe-me de ouvir mais disso porque essa historia toda me deixa muito contrariado.

– Bom se a Julie já te contou, o senhor deve saber que...

– Já disse que já sei. – o interropeu novamente.

– Mas eu quero falar mesmo assim. – Daniel insistiu. – Nós três não queríamos que isso acontecesse, o que quer que fosse o que aconteceu, de verdade. Acontece que nós erramos em beber demais e de... Enfim. – se interrompeu. – Eu lhe asseguro que nós não vamos deixar a sua filha sozinha nessa. Até nós pudermos descobrir qual de nós três é o pai do Júnior, nós vamos cuidar da Julie. – finalizou e os outros dois apenas acenaram em concordância.

– Júnior? – meu pai questionou, fazendo uma cara de dúvida.

– É... É o apelido que nós demos ao bebê. – eu disse com um sorriso divertido.

– Vocês têm cada uma. – meu pai disse, balançando a cabeça em negativa. – Tudo bem. Já que disseram que ajudarão e não fugirão da responsabilidade, eu vou dar um voto de confiança a vocês. Eu realmente espero não me decepcionar. – pausou. – Mas eu realmente espero que vocês se lembrem e digam qual dos três é o pai. Não quero que o meu neto fique sem um pai.

Os três murmuraram um “Não se preocupe” e um “Você pode confiar” logo em seguida. Soltei o ar de forma pesada como que um alivio. Alivio por essa conversar ter dado certo e o por meu pai ter sido o mais compreensivo que pode.

Eles continuaram conversando, mas não prestei atenção depois de um tempo. Só fui para a cozinha pra fazer um lanchinho. É... Ficar grávida me fez ficar com mais fome que o normal. Me permiti sorrir com essa pensamento enquanto acariciava a barriga, ainda sem muito volume.


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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram, deixem reviews e me inspirem com seus lindos comentarios.......até o prox cap.....*-*



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