Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 10
Cap X: Recebendo mal a noticia


Notas iniciais do capítulo

ai, gente...desculpa a demora....puxa, foram três semanas sem atualizar a fic....foi mal, eu sei q eu mereço ser castigada pela policia espectral, mas sabe como é...eu tinha muitas coisas para fazer que eram prioridade..muito trabalho e muita prova final...........mas eu voltei(♪e agora pra ficar♪ rsrs) e eu vou tentar postar com mais frequencia....mas TENTAR, msm............espero q gostem desse capitulo de hoje......boa leitura...



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POV Julie

            Já havia se passado uma semana desde que eu descobri que estou grávida. Até já estou me sentindo mãe. O meu eu tem estado muito maternal ultimamente e isso está me fazendo muito bem.

            Eu tenho me cuidado bem. Minha alimentação mudou um pouco, tenho tido noites de sono adequadas, fazendo um pouco de exercício... Enfim, eu estou me preparando bem para o decorrer da minha gravidez.

            Apesar de estar me cuidando bem, meus amigos Daniel, Martim e Félix tem feito uma “marcação cerrada” pra cima de mim. Eles estão cheios de cuidados comigo. Às vezes tem sido até exagerado. Eu até disse que eles estavam exagerando e que não precisa ficar se preocupando o tempo todo, mas eles sequer me deram ouvido. Eu resolvi deixar para lá, afinal, era muito bom ter alguém se preocupando comigo.

            Bom... Meu pai ainda não sabe. Eu nem sei se vou ter coragem de contar para ele. Apesar de saber que ele irá comer o meu fígado com bastante cebola quando souber, eu quero muito que ele aceite isso bem. Todo dia, desde que descobrir a gravidez, eu paro para pensar nisso.

            Eu não sabia como contar. Eu precisava preparar meu pai psicologicamente para a noticia. Eu já pedi ajudar para a minha tia, para a Bia, até mesmo para os meus três amigos e prováveis candidatos a pais do meu Júnior.

            Falando em Júnior, eu até já me acostumei com o apelido que os meus amigos deram para o bebê, por que até eu já o chamo assim.

            A Bia, a louca da minha prima, já está praticamente planejando tudo. Ela já está até juntando roupinhas de neném para o Júnior. Roupinhas de outros nenéns, que não puderam usar ou não serviram mais. Eu ainda não sei como ela conseguiu. Como ela conhece tantos bebês e pessoas que tiveram bebês há pouco tempo. E talvez eu nem precise comprar muitas roupinhas, já que ela conseguiu várias; uma montanha na verdade. E como bebês crescem rápido, se eu comprar muita roupinha, metade não será usada.

            Hoje tem aula... Infelizmente. Pensar em estudar, me faz pensar na escola, nos meus colegas. Não sei se quero continuar a estudar, agora que estou grávida. Além de, provavelmente, eu irá me ausentar com frequência, eu não vou aguentar ver todos na escola me encarando. Eu até estou imaginado: eles me olharão passar por eles e irão apontar e cochichar “Olha lá... É a garota grávida.” ou talvez vão rir. Eu não suportaria isso. Mas essas são as consequências e eu vou ter que aceitar.

            Mesmo que a contra gosto, eu me arrumei para a escola como de costume, desci para a cozinha para o desjejum e fui.

            Assim que sai para a rua, me deparei com os meus três amigos que me esperavam. Não acredito que agora eles vão me tratar como uma criança. O bebê quem vai ter serei eu, e ele ainda nem nasceu.

            – Não acredito que vocês estavam me esperando. Eu não só um neném para precisar de cuidados.

            – Nós prometemos cuidar de você. Esqueceu? – Martim disse brincalhão.

            – E nós cumprimos uma promessa. – Daniel complementou.

            – Não precisam me buscar para ir pra escola.

            – Precisamos sim. – Félix insistiu.

            – Olha... Eu já tenho um pai. E eu não preciso de mais três. – pausei, fiz uma careta e arqueei a sobrancelha. – E falando no meu pai... Precisamos contar para ele sobre... Vocês sabem. – entortei o lábio ao terminar de falar.

            – É... Nós sabemos. – Daniel disse, parecendo desconfortável.

            – Ok... Vamos logo para a escola antes que eu me desanime de vez.

            Os três assentiram com a cabeça e fomos juntos para a escola.

[...]

            – Que cara é essa? – Bia me perguntou. Ela encontrou com a gente no meio do caminho para escola e agora andava com a gente enquanto estávamos quase passando pelo portão.

            – Ah... Não sei. Só estou pensando em como as pessoas da escola vão começar a olhar para mim quando minha barriga começar a crescer e eles descobrirem que eu estou grávida.

            – Ah, Julie. Você está preocupada com isso? – Bia perguntou.

            – Você nunca foi do tipo que se importou com a opinião dos outros e... – Daniel começou a falar e eu interrompi.

            – Mas agora a situação a diferente. Além do mais, vocês falam isso só porque não é com vocês. É comigo.

            – Julie... Nós podemos não estar na mesma situação que você, mas entendemos muito bem o que você está sentindo. Nós estamos aqui para você. E, Ai daquele que ousar falar alguma coisa com você. Essa pessoa vai se ver com a gente. – Martim disse fechando uma mão sobre a outra fechada em punho, logo em seguida socando a mão fechada na outra aberta como se estivesse socando alguém.

            – Nossa... Incrível... A primeira coisa inteligente que eu já ouvi o Martim dizendo. – Daniel disse zombeteiro, recebendo o dedo do meio do Martim. – Mas, infelizmente, eu sou obrigado a concordar com ele. Quem falar alguma coisa maldosa com você, vai estar ferrado com a gente. – finalizou repetido o mesmo gesto do Martim.

            – “Tamo” junto. Eu ajudo. – Félix disse também repetido o mesmo gesto com as mãos.

            Eu gargalhei divertida. Esses meus amigos são muito 10. Só 10 não... 1.000... 1.000.000...

            – Valeu. Eu não sei o que eu seria sem vocês. – disse.

            – Você é a nossa bonequinha. Você é muito especial pra gente. – Daniel disse sorrindo torto, me abraçando de lado. Martim e Félix vieram e me abraçaram também.

            Isso me fez sorrir mais. Eu tava me sentindo uma salsicha num Hot Dog, mas eu não estava nem ligando. Eu estava mais era me divertindo.

[...]

            No final da aula, eu convenci meus amigos a não irem comigo na hora de ir embora. Eu preferi ir sozinha. Eu finalmente tinha decidido contar toda a verdade para o meu pai. Eu estava com medo e eu sabia que meu pai ficaria bem chateado, magoado comigo. Mas eu tinha que contar, uma hora ou outra. Minha tia estava certa. Era melhor contar eu mesma a deixá-lo descobrir de outra forma.

            No caminho de casa, eu fiquei pensando em um monte de coisas. Apesar de estar decidida a contar, eu não estava preparada para a reação dele. Acho que posso esperar qualquer coisa.

            Mas, como contar de uma forma mais... Ãhn... Light? Acho que não terá uma forma mais tranquila de contar para ele. Eu tinha que contar de qualquer jeito.

            Minha caminhada estava terminando e eu já estava na porta de casa. Abri a porta e eu encontro o meu pai na sala assistindo o jornal da hora do almoço.

            – O-oi. – eu disse hesitando, diante do silêncio dele. Ele parecia não estar com o melhor dos humores.

            – Oi. – ele disse apenas.

            – Eu preciso te contar uma coisa. – eu disse tirando a mochila das costas e alisando o zíper do bolso onde eu tinha guardado o meu exame com o resultado da gravidez.

            – Hm... Está com problemas na escola? O diretor me chamou para uma reunião para falar sobre alguma coisa que você fez de errado?

            – N-não. Não é nada disso. É uma coisa mais grave.

            Ele arqueou uma sobrancelha começando a ficar bravo. Ele desligou a TV e focou toda sua atenção em mim.

            – Mas, do que se trata então? Está começando a me preocupar. – ele disse engrossando o tom da voz.

            Puxei o zíper lentamente, puxando lentamente o papel do exame. Larguei a mochila no chão e segurei fortemente o papel em minhas mãos.

            – Eu... – minha voz falhou, abaixei a cabeça e eu comecei a chorar. – Eu ‘tô grávida, pai. – disse, chorando ainda mais.

            Eu permaneci de cabeça baixa chorando, ainda presa ao silêncio do meu pai. Ele se levantou do sofá e eu levantei a cabeça nessa hora. Ele parecia chocado, com a boca aberta em um perfeito “O”.

            – O quê? Você está de brincadeira, não está? É melhor parar com isso. Hoje não é primeiro de abril.

            – Não estou brincando pai. – estiquei o papel para ele e ele olhou, ficando ainda mais chocando lendo o conteúdo dele.

            – Como conseguiu fazer esse exame? – dei de ombros. – Foi a Eliane, não foi? – assenti. – Até ela sabia e eu não. – ele rosnou. Agarrou meu braço e me arrastou até o sofá. – Vem aqui.

            – Pai... ‘Tá me machucando. – eu disse em voz de choro.

            – COMO VOCÊ PODE SER TÃO... IRRESPONSÁVEL! – meu pai gritou, levando as mãos a cabeça, num gesto totalmente desesperado.

            – Não foi porque eu quis, pai. Foi sem querer, eu juro.

            – “NÃO FOI PORQUE VOCÊ QUIS”? COMO ASSIM, JULIANA. SE NÃO FOI PORQUE VOCÊ QUIS, FOI POR QUÊ? A PARTIR DO MOMENTO QUE UMA MULHER E UM HOMEM FAZEM SEXO SEM PROTEÇÃO ELES QUEREM DUAS COISAS: OU FAZER UM BEBÊ OU PEGAR ALGUMA DOENÇA. VOCÊ SABE MUITO BEM DISSO.

            O meu pai gritava tão alto que era capaz dos vizinhos ligarem para a polícia achando que estão matando alguém ou então ligarem para o hospício pensando ser um louco.

            – Eu sei... Mas, fica calmo... Não grita assim... Eu vou te explicar tudo. Você vai entender o que aconteceu.

            – FICAR CALMO. COMO? É MUITO FÁCIL FALAR, NÃO É? – ele respirou fundo, se acalmando. “Ainda bem” Pensei. – Olha. É bom mesmo você me arranjar uma boa desculpa. Por que você não faz ideia do que eu estou sentido agora. Você está merecendo um bom castigo.

            Engoli em seco. – OK... Eu vou te explicar tudo. Mas... Por favor, me entende.

            Meu pai me olhou totalmente bravo, mas não disse nada. Foi para a cozinha, provavelmente para tomar um copo d’água. É... Ele estava precisando mesmo.


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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram,...ja sabem, deixem reviews lindos e me inspirem..at o prox cap *-*



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