Então alguém me puxou pelo braço e me beijou.

Tentei empurrar o garoto que estava me beijando,mas ele insistiu, quem esse menino pensava que era pra ir assim me beijando? Consegui me afastar um pouco,e ele novamente veio pra cima de mim.

– Me solta, seu nojento!

– Qual é gatinha? Só curte.

– ME SOLTA!

Então aconteceu rápido demais, o James largou a Morgana e veio dar um soco no tal garoto, que caiu no chão.

– Você. Não. Ouviu. Ela. Dizendo. Para. Soltar? - James falou entre dentes.

– E você, por acaso, é o namorado dela?

– Sim. - Ele deu um passo e agarrou a minha cintura com força. - Agora, VAZA!- Eu fiquei parada, boquiaberta, sem reação, sentindo o sangue fugir do meu rosto.

– Desculpa, cara! - O menino se levantou com as mãos levantadas. - Eu pensei que ela estava sozinha. - Ele olhou pra mim - Desculpa!- E saiu de perto de nós.

– Você tá bem, Mel? – James tocou no meu rosto com uma expressão de preocupação.

– Er... Sim, eu so...

– O que foi que aconteceu?- Logan voltou com uma lata de coca e me entregou.

– Onde você estava? Tá maluco de deixar a Mel sozinha aqui?

– Tá tudo bem!. - Insisti. Ele começou a se afastar, mas, eu segurei seu braço, fazendo ele se virar. - Obrigada James! - James assentiu, abaixou a cabeça e me lançando um último olhar, sem dizer mais nada voltou para onde a Morgana estava.

– Vai me falar agora o que aconteceu?

– Só foi um cara que me beijou à força.- Ele arregalou os olhos. - Calma! James resolveu.

– Vem! Vamos sair daqui.- Logan pegou na minha mão e voltou para a área vip, que agora estava vazia- Eu sou um imprestável!

– O que? Por que você tá dizendo isso?

– Eu não consigo nem proteger você e...

– Ei! - Segurei o rosto dele. - Não fale essas coisas. Os meninos pensam que só porque uma garota está sozinha em uma balada, ela vai querer ficar com qualquer um. Isso é normal.

– Não era pra ter acontecido isso. - Logan continuou falando como se eu não estivesse presente. - Por que eu inventei de me afastar de você? Era pra eu ter te levado comigo.

– Chega Logan! Não foi nada. Assunto encerrado. – Respirei fundo.

Fui até o vidro que dava na pista, e vi a Rachel e o James se beijando, DROGA! Era só o que faltava.

– Desculpa Mel.

– Não precisa se desculpar. - Me virei para fugir daquela cena. - Er... Logan, você pode me deixar em casa, não estou muito bem. Queria dormir um pouco.

– Claro que sim. Vou pegar as chaves do carro com o Carlos e pedir para ele ir com o Kendall. - Ele deu um meio sorriso. Se levantou e começou a descer as escadas, o segui.

Não conversamos muito no caminho, o Logan estava muito triste, eu não estava melhor do que ele. O carro parou na frente do prédio. Dei um beijo na bochecha dele e abri a porta.

– Onde está o Logan que eu conheci? Aquele que estava sempre com um sorriso para me oferecer? Aquele que não se importava se as coisas estavam mal, porque sabiam que uma hora tudo iria melhorar? Eu estou com saudades dele. - Perguntei antes de fechar a porta do carro e caminhar na direção do portão.

Vi pelo canto do olho o carro da partida e sumir pela rua. Entrei no meu apartamento, aquilo era muito vazio, tomei um banho e coloquei meu baby doll. Meu celular acendeu duas vezes.

Mensagem!

"Obrigada Mel! Vou tentar melhorar, não vale à pena ficar pra baixo. Bjos ;) " . - Logan devia ter pensado no que eu havia dito pra ele no carro.

"É sim que se fala. Mas, você não vai TENTAR, você vai melhorar e mandar todo esse desânimo pra longe. Nem que pra isso eu tenha que te dar umas tapas todos os dias. Boa Noite. ;* "– Respondi.

Coloquei meu celular embaixo do travesseiro, e, em pouco tempo adormeci.

Carlos

O Logan veio me pedir as chaves do carro para ir deixar a Mel em casa, no começo eu achei estranho, não havia nem uma hora que haviamos chegado. Então eu olhei para o lado, e vi o James beijando a Rachel e entendi tudo.

Continuei dançando com a Alissa. Ainda não havia apresentado ela pra nenhum dos meninos, não sabia se eu iria levar a sério. Mas, do que ia adiantar se eu a apresentasse hoje, e, amanhã estar com outra? Me aproximei para tentar beijar - lá, mas, ela se desviou.

– O que? - Perguntei próximo ao seu ouvido.

– Aqui não! - Ela respondeu e me puxou para mais perto.

– Por que Ali?

– Hum... Carlos, eu não quero ser só mais uma na sua listinha. Vou fazer valer a pena. - Ela aproximou sua boca da minha e encostou seus lábios nos meus, depois se afastou.

– Não faz isso. - Fiz cara de cachorro pidão, e ela riu. Não paramos de dançar um minuto, até que ela me pediu pra deixar - lá em casa. Fui até o James e pedi a chave do carro dele.

– Relaxa. Não vou bater o seu carro.

– Da última vez, você fez o maior arranhão nele.

– Não fui eu. Foi aquele entregador de pizza.

– Mas, era VOCÊ que estava nele!!! - James levantou as mãos.

– Calma Cara. Só vou deixar a minha gata. O carro vai estar inteiro na garagem de casa, em menos de uma hora. - Vi ele bufando mas, ignorei e saí da boate com a Ali.

Ela era uma menina interessante, não conversava coisas banais e sempre tinha assuntos.

– Que cavalheiro! - Falou quando eu abri a porta do carro para ela.

– Está entregue, sã e salva!

– Muito obrigada. - Ela deu um beijo no meu rosto, dessa vez eu não aguentei, encostei ela no carro e a beijei antes, que ela virasse o rosto. Me surpreendi quando a Alissa começou a retribuir meu beijo.

Então, eu comecei a escutar flashs, me separei dela para ver o que estava acontecendo. Vi dois paparazzis com o maior sorriso enquanto tiravam dezenas de fotos de nós dois.

– Por que vocês não me deixam ter uma vida? - Perguntei sentindo a raiva me invadir.

– Calma Carlos. - Ali colocou a mão no meu ombro.

– Beija ele de novo, Alissa!!!

– Alissa? Como eles sabem o seu nome? - Cerrei os punhos.

– Carlos, eu... é... - Ela fez uma pausa e deu uma risada. - Eu sou jornalista, esse é meu trabalho. Desculpa gatinho. - Me deu vontade quebrar tudo, me controlei e entrei no carro.

Pisei no acelerador e saí a toda velocidade dali.

Droga. Droga. Droga.

Não vi o semáforo fechar e continuei a toda velocidade. Escutei uma buzina e olhei para o lado, tentei desviar da caminhonete que vinha em minha direção, mas, já era tarde demais. O carro girou três vezes e parou com o poste servindo de freio, minha cabeça bateu no volante com força.

Levei minha mão a testa e notei que estava sangrando. De repente, tudo começou a rodar, e eu não vi mais nada.